Romaria Nacional da Juventude acontece neste final de semana em Aparecida

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26 de abril de 2019

Neste sábado, 27 de abril, o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida recebe mais uma edição da Romaria da Juventude. O evento é realizado pela Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em parceria com os Jovens de Maria, iniciativa pastoral do santuário mariano voltada para os jovens. “Maria: Paixão pela vida e pelo Senhor da vida” é o tema que animará centenas de jovens em momentos de espiritualidade, formação e confraternização.

O evento deste ano estará concentrado em um único conjunto de atividades, diferentemente de anos anteriores que foram oferecidas catequeses aos jovens em tendas. O momento de aprofundamento escolhido para esta edição recebeu o nome de “Ecos do Sínodo”, quando será possível refletir sobre o processo sinodal, bem como sobre a exortação apostólica do papa Francisco “Christus vivit” (Cristo vive).

Na programação, adoração ao Santíssimo Sacramento, consagração a Nossa Senhora, missa, procissão e um luau com o cantor Danilo Casemiro.

Será um “momento de oração, de reflexão, e queremos encontrar jovens de todo o Brasil”, afirmou em vídeo divulgado pelas mídias sociais dos Jovens Conectados o bispo auxiliar de Curitiba (PR), dom Amilton Manoel da Silva.

“Que cada jovem, cada expressão juvenil se mobilize para esta festa do encontro, da partilha, da união e da relação entre a pluralidade juvenil. A gente convida para que nenhuma expressão fique ausente, mas ali a gente possa beber da mesma fonte, a graça de Deus”, afirmou o bispo de Valença (RJ), dom Nelson Francelino.

O assessor da Comissão para a Juventude, padre Antônio Ramos do Prado, explica que a romaria é um importante momento de unidade para a juventude. “A cada ano temos uma temática ligada à Maria ou a um tema em destaque para a Igreja no momento. A romaria tem também uma identidade de formação de lideranças, catequese, testemunhos, missa, conferência, caminhada e um evento à noite com música”, conta.

Durante a Romaria Nacional, acontecerá também o #Conecta – Encontro Nacional dos Grupos de Jovens Paroquiais. Uma das atividades do Conecta 2019 será a finalização do Regimento para os Grupos de Jovens Paroquiais do Brasil, que apresentará normas e procedimentos para estas expressões juvenis seguirem nos seus projetos de evangelização. Também neste encontro, serão indicados pelos participantes dois jovens para representar os Grupos de Jovens Paroquiais na Coordenação Nacional da Pastoral Juvenil.

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CNBB lança texto sobre cuidado pastoral com as vítimas de abuso sexual

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07 de abril de 2019

Em sintonia com a crescente preocupação da Igreja com a prevenção, justiça e assistência aos menores vítimas de abusos sexuais cometidos por clérigos, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou em março o texto “O Cuidado Pastoral das Vítimas de Abuso Sexual”, editado em forma de cartilha pelas Edições CNBB.

O material apresenta orientações às autoridades eclesiásticas, em especial aos bispos diocesanos, sobre procedimentos diante de denúncias ou fatos comprovados de abusos sexuais cometidos por clérigos contra menores. Também busca, “pastoralmente, promover a devida assistência às vítimas de tais abusos, ajudar o clérigo acusado para que se corrija, e formar a comunidade eclesial, a fim de que proteja os menores contra qualquer tipo de exploração sexual”.

O texto está estruturado em cinco capítulos e foi aprovado pela Congregação para a Doutrina da Fé (CDF), que tem entre suas atribuições investigar crimes sexuais praticados por membros da Igreja.

 

REPÚDIO AOS ABUSOS

Na apresentação da cartilha, é destacado que “a Igreja rejeita energicamente quaisquer tipos de abusos, especialmente o abuso sexual contra menores”

Ainda nas páginas iniciais do texto, é recordado que a condenação de tais transgressões à sexualidade humana está alicerçada especialmente no sexto mandamento do Decálogo (Não cometer atos impuros).

Destaca-se, ainda, que os bispos do Brasil zelam para que as Igrejas, pastorais e instituições católicas sejam sempre lugares mais seguros para as crianças e as pessoas vulneráveis.

 

ASPECTOS PSICOLÓGICOS

No primeiro capítulo, há um detalhamento sobre os abusos sexuais que o menor está suscetível a sofrer em seu ambiente mais imediato, tais como incesto, violência carnal, conduta libidinosa e atos indecentes; e os abusos com propósito lucrativo, como a prostituição e a produção de material pornográfico infantil.

Também se abordam as razões que levam alguém a cometer tal prática, bem como os efeitos danosos provocados nas vítimas, entre os quais a redução da autoestima e a maior dificuldade de convivência social.

 

A PARTIR DA DENÚNCIA

A segunda parte do texto, a mais extensa, apresenta orientações sobre os procedimentos canônicos e civis diante dos abusos sexuais cometidos por clérigos contra menores. A referência principal sobre os procedimentos canônicos é o motu proprio Sacramentorum sanctitatis tutela, escrito por São João Paulo II, em 2001. A CDF fez acréscimos ao documento em 2010 e 2011.

Inicialmente, cabe ao bispo diocesano a responsabilidade de averiguar a veracidade da denúncia, ouvindo os denunciantes, as supostas vítimas (que desde o primeiro momento devem receber suporte pastoral), o clérigo acusado e as eventuais testemunhas.

Ao longo da investigação, devem ser protegidas a privacidade e a reputação de todos os envolvidos. No entanto, o Bispo pode, com prudência e cautela, limitar o exercício das funções sacerdotais do clérigo, proibi-lo de residir em determinado lugar e até mesmo proibir a sua participação pública na Eucaristia.

Uma vez que o bispo diocesano tenha convicção de que a denúncia é verdadeira, “enviará à Congregação para a Doutrina da Fé toda a documentação, com um relatório sobre a investigação prévia e com seu próprio parecer, sugerindo a conveniência de se escolher tratar a causa por via judicial ou, se as circunstâncias assim o aconselharem (por exemplo, em presença da intenção do réu de pedir dispensa de todas as obrigações sacerdotais, inclusive do celibato, ou quando houver exigência de maior celeridade), por via administrativa”, detalha o parágrafo 41 do texto.

Depois disso, o bispo aguardará as instruções da CDF, que poderá chamar para si a causa ou ordenar que este instaure o processo penal no seu próprio tribunal de primeira instância. Concluído o julgamento na primeira instância, o processo é enviado para a CDF a fim de que se julgue a questão em segunda instância.

“Quando consta manifestadamente a prática do delito e dada ao réu a faculdade de se defender, pode também a Congregação para a Doutrina da Fé enviar diretamente à decisão do Sumo Pontífice os casos mais graves, tendo em vista a demissão do estado clerical ou a deposição, com dispensa da lei do celibato”, informa o texto no item 46.

 

E NA JUSTIÇA COMUM?

No texto, aponta-se que “a comunicação de suposto crime à autoridade pública não é uma obrigação legal do Ordinário [bispo local]”, conforme parágrafo 59. De todo modo, nesse mesmo parágrafo, aconselha-se que o bispo consulte uma assessoria jurídica “para que eventualmente não se configure, da parte do Ordinário, a situação de favorecimento com o clérigo acusado”.

 

E SE O CLÉRICO FOR INOCENTE?

Se comprovada a falsidade da denúncia contra o clérigo, este “deverá ser publicamente reabilitado, principalmente se tiverem sido tomadas as medidas cautelares de que se falou acima [limitação das funções sacerdotais, proibição de residir em um determinado local, proibição de participar publicamente da Eucaristia etc.]. Pode ser de justiça promover um processo canônico e até civil, se for o caso, por calúnia e difamação contra o falso denunciante”, como consta no parágrafo 53 do texto.

 

COMUNICAÇÃO DOS CASOS

Na terceira parte do texto, recomenda-se que, assim que o bispo local se certificar da denúncia de um caso de abuso sexual cometido por um clérigo, que informe, também por meio da imprensa, sobre as medidas preventivas que estão sendo tomadas para evitar que aconteçam novas ocorrências e comunique como a diocese acompanha a formação dos futuros sacerdotes e está disposta a agir com firmeza diante de tais casos de abuso sexual.

 

CUIDADO PASTORAL

A quarta parte do documento apresenta orientações quanto à postura pastoral da Igreja com os envolvidos nos casos. Ao clérigo acusado, recomenda-se que tenha, com urgência, ajuda psicológica, espiritual e pastoral, e que, desde o início, o bispo tenha com ele um diálogo honesto e sincero, mostrando-lhe a gravidade do ato praticado.

Às vítimas e seus familiares, deve-se assegurar, o mais rápido possível, que recebam apoio psicológico e espiritual. Também com estes, o bispo buscará ter um diálogo honesto, corresponsável, para que retomem o caminho da vida e da esperança. “O perdão pode produzir uma cura verdadeira. Por meio do amor de Deus e do sacramento da Reconciliação, o perdão tem o poder de sarar as feridas profundas e reconstruir a dignidade do ser humano”, indica o parágrafo 77 do texto, no qual se pontua, também, que “perdoar não significa justificar a violência ou dispensar quem a cometeu de responder pelo seu crime”.

Também ao longo de todo o processo, deve-se manifestar à comunidade de fiéis que a Igreja, de modo algum, é conivente com tal crime, solidariza-se com as vítimas e seus familiares, trata do caso de forma sigilosa e transparente, e que possui um plano sério e seletivo de formação dos futuros sacerdotes, incluindo o acompanhamento psicológico.

 

RECOMENDAÇÕES FINAIS

Na quinta parte do texto, são feitas algumas recomendações quanto à seleção e formação presbiteral, para evitar a admissão ao sacerdócio de candidatos com anomalias graves e irreversíveis, sejam de ordem psíquica, sejam de ordem sexual. Também se recomenda que as dioceses estabeleçam programas para garantir que na Igreja os ambientes sejam protegidos e seguros para as crianças.

Aponta-se, ainda, que os bispos do Brasil trabalharão com maior empenho para implantar as “Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil” e para efetivar a Pastoral Presbiteral nas dioceses.

 

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Conselho Permanente da CNBB lança mensagem sobre a reforma da Previdência

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28 de março de 2019

O Conselho Permanente da CNBB, órgão colegiado de de orientação e acompanhamento da atuação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, lançou mensagem ao Povo Brasileiro sobre a reforma da Previdência Social, realçando, sobretudo a necessidade do cuidado aos mais pobres e vulneráveis.

Confira abaixo a íntegra da mensagem:

 

MENSAGEM DO CONSELHO PERMANENTE DA CNBB

Serás libertado pelo direito e pela justiça” (cf. Is 1,27).

Nós, bispos do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunidos em Brasília - DF nos dias 26 a 28 de março de 2019, assistidos pela graça de Deus, acompanhados pela oração da Igreja e fortalecidos pelo apoio das comunidades eclesiais, esforçamo-nos por cumprir nossa missão profética de pastores no anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo e na denúncia de acontecimentos e situações que se opõem ao Reino de Deus.

A missão da Igreja, que nasce do Evangelho e se alimenta da Eucaristia, orienta-se também pela Doutrina Social da Igreja. Esta missão é perene e visa ao bem dos filhos e filhas de Deus, especialmente, dos mais pobres e vulneráveis, como nos exorta o próprio Cristo: “Todas as vezes que fizestes isso a um destes pequeninos que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes” (Mt 25,40). Por isso, nosso olhar se volta constantemente para a realidade do país, preocupados com propostas e encaminhamentos políticos que ameacem a vida e a dignidade dos pequenos e pobres.

Dentre nossas atuais preocupações, destaca-se a reforma da Previdência – PEC 06/2019 – apresentada pelo Governo para debate e aprovação no Congresso Nacional. Reafirmamos que “o sistema da Previdência Social possui uma intrínseca matriz ética. Ele é criado para a proteção social de pessoas que, por vários motivos, ficam expostas à vulnerabilidade social (idade, enfermidades, acidentes, maternidade…), particularmente as mais pobres. Nenhuma solução para equilibrar um possível déficit pode prescindir de valores ético-sociais e solidários” (Nota da CNBB, março/2017).

Reconhecemos que o sistema da Previdência precisa ser avaliado e, se necessário, adequado à Seguridade Social. Alertamos, no entanto, que as mudanças contidas na PEC 06/2019 sacrificam os mais pobres, penalizam as mulheres e os trabalhadores rurais, punem as pessoas com deficiência e geram desânimo quanto à seguridade social, sobretudo, nos desempregados e nas gerações mais jovens. O discurso de que a reforma corta privilégios precisa deixar claro quais são esses privilégios, quem os possui e qual é a quota de sacrifício dos privilegiados, bem como a forma de combater a sonegação e de cobrar os devedores da Previdência Social. A conta da transição do atual regime para o regime de capitalização, proposto pela reforma, não pode ser paga pelos pobres. Consideramos grave o fato de a PEC 06/2019 transferir da Constituição para leis complementares regras previdenciárias como idades de concessão, carências, formas de cálculo de valores e reajustes, promovendo desconstruções da Constituição Cidadã (1988).

Fazemos um apelo ao Congresso Nacional que favoreça o debate público sobre esta proposta de reforma da Previdência que incide na vida de todos os brasileiros. Conclamamos as comunidades eclesiais e as organizações da sociedade civil a participarem ativamente desse debate para que, no diálogo, defendam os direitos constitucionais que garantem a cidadania para todos.

Ao se manifestar sobre estas e outras questões que dizem respeito à realidade político-social do Brasil, a Igreja o faz na defesa dos pobres e excluídos. Trata-se de um apelo da espiritualidade cristã, da ética social e do compromisso de toda a sociedade com a construção do bem comum e com a defesa do Estado Democrático de Direito.

O tempo quaresmal, vivido na prática da oração, do jejum e da caridade, nos leva para a Páscoa que garante a vitória, em Jesus, sobre os sofrimentos e aflições. Anima-nos a esperança que vem de Cristo e de sua cruz, como ensina o papa Francisco: “O triunfo cristão é sempre uma cruz, mas cruz que é, simultaneamente, estandarte de vitória, que se empunha com ternura batalhadora contra as investidas do mal” (Evangelii Gaudium, 85).

Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, interceda por todos os brasileiros e brasileiras!

Brasília - DF, 28 de março de 2019.

Dom Cardeal Sergio da Rocha  
          Arcebispo de Brasília 
          Presidente da CNBB    
                                                                 
Murilo S. R. Krieger
Arcebispo de Salvador
Vice Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

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CNBB e Cáritas Brasileira lançam a campanha ‘SOS África: Moçambique, Zimbábue e Malawi’

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28 de março de 2019

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Nacional lançaram a campanha “SOS África: Moçambique, Zimbábue e Malawi”, em solidariedade aos atingidos pelo ciclone Idai, que, no dia 14, devastou territórios inteiros nesses três países do continente africano.

Todo o valor arrecadado será destinado para a compra de água potável, alimentos, roupas, cobertores, kits de higiene, remédios, itens de primeiros socorros e tendas, em ação a ser coordenada pela Caritas Internacional, na qual se prevê, também, a reconstrução de moradias e das condições de vida das pessoas afetadas nesses países.

A passagem do ciclone deixou ao menos 750 mortos, mas esse número ainda pode aumentar. A ajuda humanitária pretende atender cerca de 1,5 milhão de pessoas desalojadas.

A Cáritas Brasileira disponibilizou três contas bancárias para doações:

BANCO DO BRASIL

Ag: 0452-9 CC: 49.667-7 CNPJ: 33.654.419/0001-16

 

CAIXA ECÔNOMICA FEDERAL

Ag: 1041 – Op: 003 CC: 4322-3 CNPJ: 33.654.419/0001-16

 

SANTANDER

Ag: 3100 CC: 13.061645-0 CNPJ: 33.654.419/0001-16

Fonte: Cáritas Brasileira
 

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Encontro do Celam promove reflexão sobre a iniciação à vida cristã na América Latina

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18 de março de 2019

A cidade de Puebla de los Ángeles, no México, recebe de 18 a 22 de março a I Semana Latino-Americana sobre a Iniciação à Vida Cristã. O evento é promovido pelo Departamento de Missão e Espiritualidade do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) e tem a presença do arcebispo de Curitiba (PR) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom José Antônio Peruzzo, e do assessor da Comissão, padre Antônio Marcos Depizzoli.

Várias temáticas no contexto da iniciação à vida cristã estão na pauta do encontro para serem discutidas, refletidas e aprofundadas, a partir da metodologia contemplar – discernir – propor. Na primeira parte, os aspectos de mudança de época e crise na transmissão da fé. Na segunda, perspectivas da iniciação à vida cristã: bíblica, com reflexão conduzida por dom Peruzzo; Patrística e Pastoral a do Magistério Latino-americano, considerando o processo evangelizador da Igreja, o processo de formação dos discípulos missionários e o Rito de Iniciação Cristã de Adultos (RICA).

A terceira parte da metodologia, que compreende o “propor”, os participantes terão um painel para discutir os elementos de um itinerário de iniciação cristã, considerando o processo, a pessoa, a introdução a Jesus e à vida da Igreja, a mediação da Palavra e dos Sacramentos, a mudança de atitude e testemunho de comunidade.

A semana de iniciação à vida cristã também contará em sua dinâmica com momentos de trabalho em grupos, celebrações, como a dos 40 anos da III Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe, missa na basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, momentos culturais e a conclusão com a Eucaristia com renovação das promessas batismais e envio missionário.

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Projetos pastorais marcam quadriênio da Comissão para a Juventude da CNBB

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15 de março de 2019

Rota 300, o trabalho de revitalização da Pastoral Juvenil, o Sínodo para a Juventude e o projeto IDE foram as grandes marcas do trabalho da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no período de 2015 a 2019.

O projeto Rota 300, de 2015 a 2017, animou os jovens de todo o Brasil numa caminhada missionária em comunhão com as celebrações do tricentenário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. Surgiu da necessidade de dar continuidade ao projeto de revitalização da pastoral juvenil e fomentar o espírito de missão, como aconteceu no Bote Fé, que antecedeu a JMJ Rio 2013.

À época, o assessor da Comissão, padre Antônio Ramos do Prado, explicou a intenção de “dar continuidade ao projeto de revitalização e chegar em 2017 mais fortalecidos na evangelização da juventude”. Agora, em 2019, a Comissão faz o balanço do trabalho com um novo projeto de pastoral de evangelização para a juventude, que contempla mais expressões juvenis, e na expectativa para a exortação apostólica do papa Francisco após o Sínodo sobre a juventude realizado em outubro de 2018.

Os eixos do projeto de evangelização da juventude proposto pela comissão em 2015 constavam de missão, capacitação e estrutura de acompanhamento. Três anos depois, foi apresentado o projeto IDE, que se desenvolve desde o ano passado seguindo até 2020, com cinco eixos norteadores: Missão, Formação, Estruturas de Acompanhamento (já presentes no Rota 300), acrescido de Ecologia e Políticas Públicas.

O bispo de Imperatriz (MA) e presidente da Comissão para a Juventude da CNBB, dom Vilsom Basso, avaliou o trabalho realizado no quadriênio que se encerra no próximo mês de maio:

 

“Foi um tempo lindo. Participar de uma comissão da CNBB é uma graça, é imerecido, é algo maravilhoso. Fica a nossa gratidão a Deus, à Conferência pelo amor à juventude, pelo apoio. E é uma experiência de aprendizado. Você estar no meio de pessoas que tem muito conhecimento, assessores competentes e acima de tudo o amor à Igreja. Aqui se aprende a amar a Igreja e fazer tudo para que o Reino seja anunciado. Então foram quatro anos maravilhosos e deixamos um caminho bonito a ser percorrido: o projeto IDE, o Sínodo e agora a exortação apostólica pós-sinodal”.

 

Outra frente de trabalho marcante na caminhada dos últimos anos foi o resgate do contato e a aproximação com expressões juvenis no Brasil.    “De fato, esta é a missão da comissão: acompanhar e acolher todas as expressões juvenis”, explica dom VIlsom.

“Temos as 4 PJs (Pastoral da Juventude, Pastoral da Juventude no Meio Popular, Pastoral da Juventude Rural e Pastoral da Juventude Estudantil), os movimentos, novas comunidades, congregações, grupos jovens paroquiais e todos os que forem surgindo. O papa quer uma Igreja Mãe, acolhedora, que escuta e que os jovens se sintam em casa, na casa da mãe, numa família e ali, firme na fé, numa experiência com Jesus, possa ser o que o Documento dos leigos pede: Sal da terra, luz do mundo, fermento na massa”, afirma dom Vilsom.

O bispo ainda salienta que o papa Francisco diz que “‘os jovens não são o futuro, são o agora de Deus para a Igreja e para a sociedade’”. O agora de Deus, continua, “fermentados na fé em Jesus e animados pelo Espírito para levar vida plena a toda a juventude. Muita coisa foi feita e há muita coisa para fazer, graças a Deus, porque a Juventude é esse campo imenso de missão para a Igreja”.

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CNBB publica nota sobre combate ao trabalho escravo

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02 de fevereiro de 2019

Em 28 de janeiro foi recordado o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. Em virtude da data, a Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tornou pública uma nota sobre os casos de exploração do trabalho no Brasil.

O documento apresentou dados da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), de 1995 a 2018, que revelou que foram libertados do trabalho escravo no Brasil 50.731 trabalhadores.

Na nota, o Presidente da Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano, da CNBB, Dom Enemésio Lazzaris, Bispo de Balsas (MA), afirmou que “a exploração do ser humano, através do trabalho escravo, é um grave desrespeito aos direitos da pessoa humana, à sua dignidade e, especialmente, uma violação grave ao direito de trabalhar em condições dignas, recebendo um salário justo”.

(Com informações: CNBB)

 

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Presidência da CNBB visita o Papa Francisco no Vaticano

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06 de dezembro de 2018

O Papa Francisco recebeu em audiência privada na segunda-feira, 3, a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O grupo é composto pelo Presidente, Cardeal Sergio da Rocha, Arcebispo de Brasília; pelo Vice-Presidente, Dom Murilo Krieger, Arcebispo de São Salvador da Bahia; e pelo Secretário-Geral, Dom Leonardo Ulrich Steiner, Bispo Auxiliar de Brasília. 

De acordo com Dom Sergio, já é uma tradição que a presidência da CNBB visite o Papa pelo menos uma vez por ano. “É uma grande graça, muito especial, encontrar-nos com o sucessor de Pedro”, disse ele em entrevista ao Vatican News, explicando que o Papa Francisco os recebe de forma especialmente afetuosa, pelo carinho que tem pelo povo brasileiro. “Isso nos anima muito. Procuramos vir uma vez ao ano, pelo menos para ter contato com alguns dicastérios da Cúria Romana, para expressar e reforçar sempre mais a comunhão com a Sé Apostólica.”

O Cardeal disse, ainda, que a visita foi uma oportunidade de demonstrar apoio ao Santo Padre, em um momento em que encontra forte resistência por parte de alguns grupos. “[É preciso] fazer chegar a nossa oração, carinho, apoio do episcopado brasileiro. Ele sempre testemunha serenidade, força para superar as mais diferentes situações, apoiado pela graça de Deus”, comentou. 

De acordo com Dom Murilo, o Papa estava bem disposto e tranquilo durante o encontro. “O que admiro nele é a capacidade de escutar. Ele quer saber o que estamos vivenciando, quais desafios a Igreja está vivendo no Brasil. Ele nos deixa muito à vontade. É um irmão mais velho entre os irmãos. É uma conversa entre amigos”, afirmou.

Perguntado pelo radialista Silvonei Protz sobre o motivo de o Papa Francisco sempre pedir para que rezem por ele, Dom Murilo sugeriu que, além de acreditar no poder da oração, o Pontífice deve sentir um certo peso em relação à “necessidade de dar uma resposta a tudo aquilo que o mundo vive hoje. Todo mundo espera uma palavra esclarecedora dele”.

Dom Leonardo observou que o Papa consegue manter o bom humor, mesmo diante de muitas dificuldades. “Ele foi muito paternal”, comentou o Bispo, acrescentando que Francisco “agradeceu tudo aquilo que a conferência episcopal do Brasil faz pela Igreja”.

Na entrevista, os bispos tocaram em alguns temas bastante atuais e que podem ter sido conversados também com o Papa Francisco. Eles comentam a conclusão do recente Sínodo dos Bispos sobre os jovens; os preparativos do Sínodo para a Amazônia, que será realizado no ano que vem; algumas medidas do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, como as propostas para os indígenas e as reservas florestais; e o papel da CNBB na era das redes sociais. 

“Nós temos a nossa missão, que é de evangelizar, e ela inclui a dimensão profética. Graças a Deus, temos procurado fazer isso, sim”, declarou Dom Sergio. A entrevista está disponível no Vatican News.

 

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Durante Conselho Permanente, CNBB apresenta nova tradução oficial da Bíblia

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23 de novembro de 2018

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza, de 20 a 22, em sua sede provisória, a 97ª Reunião Ordinária do Conselho Permanente, órgão que, segundo o estatuto e regimento da entidade, é responsável pela orientação e acompanhamento da CNBB e dos organismos a ela vinculados. O Conselho Permanente, constituído pela presidência, presidentes das comissões episcopais e membros eleitos dos conselhos episcopais regionais, também tem caráter eletivo e deliberativo. 

O destaque central da reunião é a organização da 57ª Assembleia Geral da CNBB, que acontecerá em Aparecida (SP), de 1º a 10 de maio de 2019, e terá como objetivo atualizar as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil para o período 2019 a 2023.

Durante a reunião, a CNBB apresentou na quarta-feira, 21, uma nova tradução oficial da Bíblia, que servirá de referência para a Igreja no Brasil. Como recomenda o Concílio Vaticano II, a tradução se baseia nos textos originais Hebraicos, Aramaicos e Gregos, cotejados com a Nova Vulgata – a tradução oficial católica. Essa nova versão será usada nas futuras publicações oficiais da Igreja no Brasil.

Fonte: CNBB
 

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Grupo de trabalho sobre a Mineração da CNBB promove encontro

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04 de dezembro de 2018

Aconteceu, entre os dias 9 e 10, o encontro de Comunidades Atingidas por Mineração em diálogo com a Igreja no Norte e Nordeste. Cerca de 60 pessoas passaram pela experiência de conhecer a comunidade de Piquiá de Baixo, bairro do município de Açailândia (MA), que desde a década de 1980, quando foram instaladas empresas siderúrgicas no local, sofre com a qualidade da água e do ar. 

A carta pastoral do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), com o tema “Discípulos Missionários, guardiões da Casa Comum – reflexão à luz da Encíclica Laudato Si’”, serviu de subsídio aos participantes. O documento ainda será traduzido e distribuído no País. 

A realização desse encontro foi iniciativa do próprio grupo de trabalho sobre mineração da CNBB, além da Iglesias y Minería e a rede Justiça nos Trilhos, com apoio da Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida (Coesus).

Fonte: CNBB 
 

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