CNBB repudia produções midiáticas que desrespeitam a fé cristã

Por
19 de dezembro de 2019

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma nota na tarde desta quinta-feira, 12, na qual critica a postura de “artistas” que, em nome da liberdade de expressão, desrespeitam símbolos sagrados da fé cristã.

O texto, assinado pela presidência da entidade, foi publicado após a recente repercussão de um vídeo produzido por um grupo humorístico na internet, que provocou a manifestação de inúmeros católicos e cristãos de outras denominações que se sentiram ofendidos pela forma com a qual a figura de Jesus e os relatos bíblicos foram apresentados na produção.

“Ridicularizar a crença de um grupo, seja ele qual for, além de constituir ilícito previsto na legislação penal, significa desrespeitar todas as pessoas, ferindo a busca por uma sociedade efetivamente democrática, que valoriza todos os seus cidadãos”, diz o manifestação do episcopado.

Confira abaixo a íntegra da nota:   

Nota ofical da CNBB sobre o desrespeito à fé cristã

Examinai tudo e ficai com o que é bom! (1 Ts 5,21)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) repudia recentes fatos que, em nome da liberdade de expressão e da criatividade artística, agridem profundamente a fé cristã. Ridicularizar a crença de um grupo, seja ele qual for, além de constituir ilícito previsto na legislação penal, significa desrespeitar todas as pessoas, ferindo a busca por uma sociedade efetivamente democrática, que valoriza todos os seus cidadãos.

A Igreja nunca deixou de promover a arte e a liberdade de expressão. Por isso, a CNBB reitera que toda produção artística respeite “os sentimentos de um povo ou de grupos que vivem valores, muitas vezes, revestidos de uma sacralidade inviolável”. Quando há desrespeito em produções midiáticas, os meios de comunicação tornam-se violentos, verdadeiras armas que contribuem para ridicularizar e matar os valores mais profundos de um povo.

Vivemos em uma sociedade pluralista. Nem todos têm as mesmas crenças. Devemos, no entanto, como exigência ética e democrática, respeitar todas as pessoas. Nada permite a quem quer que seja o direito de vilipendiar crenças, atingindo vidas. O direito à liberdade de expressão não anula o respeito às pessoas e aos seus valores.

Neste tempo de Advento, somos convocados a permanecer firmes na fé, constantes na esperança e assíduos na caridade. Não podemos nos deixar conduzir por atitudes de quem, utilizando a inteligência recebida de Deus, agride esse mesmo Deus. Um dia, haveremos de prestar contas de todos os nossos atos.

Diante, pois, dessas agressões, respeitando a autonomia de cada pessoa a reagir conforme sua consciência, a CNBB clama a todos os cidadãos brasileiros a se unirem por um país com mais justiça, paz, respeito e fraternidade.

Brasília-DF, 12 de dezembro de 2019

Festa de Nossa Senhora de Guadalupe

Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Arcebispo de Belo Horizonte – MG

Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler

Arcebispo de Porto Alegre – RS

1º Vice-Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva

Bispo de Roraima – RR

2º Vice-Presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado

Bispo Auxiliar de S. Sebastião do Rio de Janeiro – RJ

Secretário-Geral da CNBB

 

LEIA TAMBÉM: 

Juristas católicos emitem nota em defesa do sentimento religioso

 

Comente

'Repudiamos toda forma de violência', diz Regional Sul 1 sobre mortes em Paraisópolis

Por
03 de dezembro de 2019

O Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que compreende o estado de São Paulo, emitiu uma nota na qual lamenta pelas mortes de nove pessoas pisoteadas e 12 ficaram feridas durante uma ação policial em um baile funk em Paraisópolis (Diocese de Campo Limpo), na zona Sul da capital paulista, na madrugada deste domingo, 1º.

“Queremos manifestar nosso lamento pelos atos violentos que resultaram nesta tragédia”, afirmam os bispos, que reiteraram, ainda, seu repúdio a “toda forma de violência, manifestação de ódio e desrespeito à vida”.

O episcopado expressou “a fraternal solidariedade da Igreja Católica às famílias atingidas por este grave golpe mortal e sangrento, que dilacerou seus corações”.

“Reafirmamos nossa opção preferencial pela juventude fazendo ecoar, nesta lamentável circunstância, o grito de milhões de jovens excluídos do direito à educação, ao trabalho, ao lazer e acesso aos bens culturais deste País”, completa a nota.

ENTENDA O CASO

Há duas versões sobre o que aconteceu em um baile funk de Paraisópolis. A polícia diz que a confusão foi provocada por criminosos, que atiraram contra militares e usaram frequentadores da festa como “escudo humano”. Parentes de vítimas contestaram e falaram em uma “emboscada” da PM.

A Polícia Militar de São Paulo informou que a Corregedoria da corporação abriu inquérito para averiguar a conduta dos agentes que atuaram no episódio.

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA:

Nota do Regional Sul 1 da CNBB

"Ele há de julgar as nações e arguir numerosos povos; estes transformarão suas espadas em arados e suas lanças em foices: não pegarão em armas uns contra os outros e não mais travarão combate" (Is 2,4).

Nós, Bispos do Regional Sul 1, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), diante da triste e assustadora notícia da grave ocorrência em Paraisópolis, na Cidade de São Paulo, na madrugada deste 1° de dezembro, em que nove jovens perderam suas vidas e vários outros foram feridos, queremos manifestar nosso lamento pelos atos violentos que resultaram nesta tragédia.

Tendo em nossos corações os mesmos sentimentos de Jesus Cristo, repudiamos toda forma de violência, manifestação de ódio e desrespeito à vida.

De modo particular, expressamos a fraternal solidariedade da Igreja Católica às famílias atingidas por este grave golpe mortal e sangrento, que dilacerou seus corações. Reafirmamos nossa opção preferencial pela juventude fazendo ecoar, nesta lamentável circunstância, o grito de milhões de jovens excluídos do direito à educação, ao trabalho, ao lazer e acesso aos bens culturais deste País.

Nas periferias dilaceradas pela ausência de recursos materiais e políticas públicas indispensáveis ao bem-estar, fraternidade e sociabilidade, em que se partilhe a vida com alegria e segurança, compreendemos que nossos jovens pobres e carentes procurem, a seu modo e como podem, oportunidades de lazer e encontro. Cumpre a todas as pessoas de boa vontade e senso ético, particularmente nas instâncias políticas responsáveis pelos aparatos de segurança do Estado, propiciar a todos, principalmente à população mais vulnerável, oportunidades e projetos eficazes que visem à superação da violência e das desigualdades econômicas e sociais. Não é ético nem patriótico que os recursos humanos e materiais sejam instrumentalizados para ferir e eliminar a vida e a dignidade de cada ser humano.

A Igreja católica reafirma seu propósito e compromisso com a evangelização da juventude, na convicção que, providos dos mais nobres sentimentos e valores familiares, culturais, religiosos e humanos, os jovens trilharão caminhos de justiça e cidadania, livres das circunstâncias que conduzem à violência e à morte.

Que a mensagem de amor e a paz, celebrada no Natal que se aproxima, seja o horizonte de esperança nos caminhos da juventude e da sociedade brasileira. E que Jesus Cristo renasça em nossos corações.

Dom Pedro Luiz Stringhini - presidente

Dom Edmilson Amador Caetano - vice-presidente

Dom Luiz Carlos Dias - secretário

Comente

Dom Valmor Oliveira de Azevedo faz balanço da 100ª reunião do Conselho Permanente

Por
29 de novembro de 2019

Terminada a 100ª reunião do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que aconteceu em Brasília (DF), de 26 a 28 de novembro, o Arcebispo de Belo Horizonte (MG) e Presidente da entidade, Dom Walmor Oliveira de Azevedo fez um balanço dos debates e encaminhamentos do encontro.

Em um vídeo gravado com exclusividade pela assessoria de imprensa da entidade, Dom Walmor compartilha a preocupação dos bispos com a assessoria política e análise da conjuntura social e eclesial. “Não podemos caminhar sem conhecer a realidade, ela nos desafia. Precisamos conhecê-la para darmos respostas à luz dos valores intocáveis e inegociáveis do Evangelho”, disse.

Na ocasião, Dom Walmor compartilhou a experiência “bonita” dos testemunhos de irmãs de várias congregações no Haiti com os mais pobres. “Ouvimos de nossos irmãos bispos experiências missionárias importantes e, ao mesmo tempo, a experiência bonita de uma igreja viva missionária presente”, afirmou.

O Arcebispo destacou também a importância do trabalho com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. “Estamos nós agora empenhados a fazer da Igreja casa da Palavra, casa do Pão, casa da Missão e casa da Caridade”, disse. E por isso, dom Walmor salientou que os bispos escolheram como temática da 58ª Assembleia Geral da CNBB, a ser realizada em abril de 2020: “Evangelizar pelo anúncio da Palavra de Deus”.

Por fim, outro assunto de destaque citado no vídeo por Dom Walmor é a atuação da Comissão Especial para a Tutela de Menores. “Estamos realizando esse trabalho grande de enfrentar o crime da pedofilia e como Igreja darmos a resposta que devemos”, garantiu. Outros temas como a criação do regional Leste 3 e a importância do Conselho Episcopal Latino-Americano, o Celam, foram abordados pelo Arcebispo.

Confira, abaixo, o vídeo na íntegra:

Comente

Em última reunião do ano, assessores das Comissões levantam propostas para a 58ª Assembleia Geral

Por
26 de novembro de 2019

Na última reunião do ano do Grupo de Assessores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizada dia 25 de novembro, na sede da entidade em Brasília, os participantes foram provocados a pensar sugestões para a 58ª Assembleia Geral do Episcopado brasileiro de abril de 2020. O trabalho da manhã, para levantamento de sugestões para a assembleia, foi orientado pelo Secretário-Geral da CNBB, Dom Joel Amado.

Segundo o Secretário Adjunto de Pastoral da CNBB, Padre Marcus Barbosa, também assessor para a Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo da CNBB, o tema central da próxima Assembleia nacional dos Bispos do Brasil será: “Evangelização e a Palavra de Deus”.

Tratou-se de levantar propostas para pensar a elaboração de um texto base preparatório ao encontro do episcopado brasileiro. Segundo padre Marcus, a ideia é produzir um texto-base simples e popular, com linguagem acessível, que trabalhe a evangelização e a centralidade da Palavra de Deus. O Secretário Adjunto de pastoral destacou que o esquema e a estrutura do texto serão apresentados para a aprovação na 100ª Reunião do Conselho Permanente da entidade de 26 a 28 de novembro.

Outro ponto, considerado importante da reunião, foi a conclusão do Plano Quadrienal – 2020 a 2023. Segundo o Padre Marcus, é o Plano que reflete o rosto da CNBB e os projetos por meio do trabalhos das Comissões Episcopais Pastorais e da entidade.

O Padre Juarez Albino Destro, assessor da Comissão Episcopal Pastoral dos Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, destacou a importância da reunião de Assessores como fundamental para avançar no trabalho conjunto, especialmente na CNBB com sua missão na Igreja no Brasil. “São reuniões essenciais porque demonstra um interesse de trabalhar em rede”, disse.

Outros temas foram discutidos pelos assessores como o Sínodo da Amazônia: informações e compromissos, o projeto de Comunicação da CNBB – novos desdobramentos, a Revista CNBB em Ação e o Comunicado das Comissões. A reunião terminou com uma celebração eucarística, no final do dia.

Comente

Comissão Representativa se reúne em São Paulo

Por
22 de novembro de 2019

Na quinta-feira, dia 20, aconteceu em São Paulo, na sede do Regional Sul 1 Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Reunião Ampliada da Comissão Episcopal Representativa.

O encontro, conduzido pelo presidente do Regional  e bispo diocesano de Mogi das Cruzes, dom Pedro Luiz Sringhini, contou com a participação dos Bispos responsáveis das Comissões Episcopais e das sub-regiões pastorais, padres subsecretários e representantes dos Organismos,  Pastorais, Movimentos e serviços eclesiais vinculados ao Regional.

Após a saudação,  dom Pedro exibiu o vídeo da Campanha para a Evangelização 2019, destacou o objetivo da Campanha e explicou que a coleta auxilia na arrecadação de recursos para a realização da missão evangelizadora, como a promoção de diversas iniciativas de formação, que contribuem com a manutenção da CNBB e também o financiamento de diversas iniciativas pastorais promovidas nas dioceses e nos 18 regionais da entidade.

O encontro teve como principal discussão  indicações pastorais, elaboradas pelos participantes durante Assembleia das Igrejas, em Aparecida, entre os dias 25 e 27 de outubro de 2019.

De acordo com o texto, entre os apontamentos, destacam-se a acolhida das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora 2019-2023; Espiritualidade missionária; Acolher o Sínodo da Amazônia, segundo as palavras do Papa Francisco, a partir de um diagnóstico que leve em conta os aspectos cultural, social, pessoal e ecológico; Igreja servidora: o serviço ao Povo de Deus: olhar a realidade dos pobres a partir dos desafios do presente: os submundos da violência, das drogas, das prisões; o sofrimento das crianças e dos idosos;  Campanha da Fraternidade 2020 – Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso – “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34); Recurso aos meios de comunicação; Comunidades eclesiais mais fraternas, solidárias, acolhedoras; Valorização do convite pessoal e valorização da pluralidade.

A questão dos procedimentos de gestão administrativa-financeira das pastorais foi o outro assunto apresentado durante a reunião. O secretário-executivo do Regional Sul 1, padre Walter Merlugo, conduziu reflexão.

Ainda durante o evento, houve um encontro privativo dos bispos e um momento com os padres das sub-regiões, conduzido pelo secretário executivo do Regional Sul 1, padre Walter Merlugo Júnior.

Ao final, os presentes assistiram um breve vídeo da Ação Missionária em prol da Missão na Diocese de Pemba, em Moçambique, que será divulgado nas redes sociais da entidade para fortalecer, sensibilizar e despertar a consciência missionária

Com informações e fotografia do regional Sul 1 da CNBB.

Comente

Lançada Campanha Missionária 2019

Por
18 de setembro de 2019

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e as Pontifícias Obras Missionárias (POM) lançaram na tarde desta terça-feira, 17, o Mês Missionário Extraordinário e a Campanha Missionária 2019. A cerimônia aconteceu na sede da entidade em Brasília, no contexto de realização da reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep).

O Mês Missionário Extraordinário, foi Convocado pelo Papa Francisco em outubro de 2017, e tem como “Batizados e enviados: A Igreja de Cristo em missão no mundo”. Seu objetivo quer despertar a consciência da missão ad gentes, além-fronteiras. Realizada no Brasil desde 1972, no mês de outubro, a Campanha Missionária ganhou este ano um maior impulso eclesial com a coincidência do Mês Missionário Extraordinário e do Sínodo para a Amazônia.

MISSIONARIEDADE

Durante o lançamento, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte (MG) e Presidente da CNBB, disse que a ocasião é o mais importante momento que faz com que a Igreja cumpra a sua razão de ser: evangelizar.  Ele lembrou, ainda, que sem a missionariedade a Igreja morre. “Ela pode até permanecer, mas será uma burocracia ou será possivelmente uma organização, mas sem vida”, alegou.

Em sua fala, dom Walmor chamou atenção ainda para o fato de que a missionariedade na Igreja interpela no coração de cada um de nós o que somos, o que temos, o que repartirmos, sobretudo na coragem bonita de ir ao encontro sem pressa.

Padre Maurício da Silva Jardim, Diretor das POM, afirmou que os missionários são os primeiros destinatários do encontro que Jesus fez. “Ele olhou para nós com misericórdia, olhou para nós com amor e por isso que nós estamos aqui”, disse. Ele reiterou ainda que a missão nasce de um coração apaixonado, de um coração que arde, que se motiva na espiritualidade e na escuta da Palavra. “A missão é o lugar para a gente encontrar Jesus, que fala para nós através do seu povo e, sobretudo, dos pobres e temos muito a aprender”, finalizou.

DIA MUNDIAL DAS MISSÕES

Na Mensagem para o Dia Mundial das Missões de 2019, o Papa Francisco explicou que a finalidade da celebração do Mês Missionário Extraordinário é ajudar, em primeiro lugar, “a reencontrar o sentido missionário e a nossa adesão”.

O Santo Padre destacou, ainda, a “coincidência providencial” do mês missionário extraordinário com a celebração do Sínodo Especial sobre as Igrejas na Amazônia. “Um renovado Pentecostes abra de par em par as portas da Igreja, a fim de que nenhuma cultura permaneça fechada em si mesma e nenhum povo fique isolado, mas se abra à comunhão universal da fé. Que ninguém fique fechado em si mesmo, na autorreferencialidade da sua própria pertença étnica e religiosa”.

EM SÍNODO ARQUIDIOCESANO

Na Carta Pastoral à Arquidiocese publicada em janeiro, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, convocou todas as paróquias e comunidades, com suas organizações eclesiais e pastorais a celebrarem o Mês Missionário Extraordinário, como parte das ações do sínodo Arquidiocesano de São Paulo.

Dom Odilo recordou que o mês temático convocado pelo Papa Francisco comemora o centenário da Carta Apostólica do Papa Bento XV Maximum Illud (1918), sobre a “grande e sublime missão da Igreja”. Ele destacou que essa Carta Apostólica lança um forte apelo à renovação missionária da Igreja, sobretudo em vista da evangelização “de toda a criatura”, conforme o mandato de Cristo aos apóstolos.

SUGESTÕES DE AÇÕES

A Congregação para a Evangelização dos Povos e as POM indicaram algumas propostas para a vivência do Mês Missionário Extraordinário em todo o mundo.

  1. Organizar uma celebração diocesana ou nacional para a abertura do Extraordinário Mês Missionário de outubro de 2019;
  2. Celebrar a Vigília Missionária com o tema proposto pelo Santo Padre;
  3. Propor uma celebração eucarística a nível diocesano para o domingo do Dia Missionário Mundial;
  4. Propor que pequenos grupos de pessoas ou famílias se reúnam pelas casas para rezar o Santo Rosário com intenções missionárias, inspirados na intuição original da Venerável Pauline Jaricot, fundadora da Pontifícia Obra Missionária da Propagação da Fé;
  5. Promover uma peregrinação mariana ou a um santuário, memória de santos ou mártires da missão;
  6. Promover coleções de ofertas e doações econômicas para apoiar o trabalho apostólico Missio ad gentes e a formação missionária;
  7. Propor aos jovens uma atividade pública de anúncio do Evangelho;
  8. Organizar uma celebração diocesana ou nacional para o Encerramento do Mês Extraordinário Missionário de outubro de 2019.

(Com informações de CNBB)

LEIA TAMBÉM:

Cardeal Scherer: Mês missionário extraordinário

 

Comente

Conselho Permanente da CNBB realiza reunião em Brasília

Por
30 de junho de 2019

Começou na terça-feira, 25, e segue até quinta-feira, 27, a reunião do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Entre os principais assuntos estão: observações sobre a conjuntura, avaliação da 57ª Assembleia Geral, escolha do tema central da Assembleia Geral de 2020, Sínodo da Amazônia e Comissão para a Ecologia Integral e Mineração. 
Os presidentes dos 18 regionais da CNBB terão a palavra durante o encontro. Os bispos também irão discutir sobre a “Visita Ad Limina” à Santa Sé, que ocorre de cinco em cinco anos. 
No primeiro dia de atividades, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo e Vice-presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), informou que o Conselho nos próximos dois anos fará uma revisão e avaliação do papel do organismo. 
Além da Presidência da CNBB, participam do Conselho Permanente representantes dos 18 regionais. Eles deverão oferecer ao conjunto do Conselho as perspectivas pastorais diante das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2019-2023), aprovadas na última Assembleia da CNBB, realizada em maio. 
 

Fonte: CNBB

Comente

Diretrizes Gerais indicam caminho para uma Igreja mais discípula e missionária

Por
03 de mai de 2019

Dom Leomar Antônio Brustolin, Bispo auxiliar de Porto Alegre (RS) e membro da Comissão de Redação do Tema Central da 57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), afirmou, na coletiva desta sexta-feira, 3, sobre as novas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil (DGAE) para os anos de 2019 a 2023. O texto está sendo trabalhado pelo episcopado brasileiro reunido entre os dias 1º e 10, em Aparecida (SP)  

Dom Leomar explicou que assim como em toda instituição existem caminhos a serem seguidos, a Igreja também necessita. “Não é possível fazer um único planejamento para a Igreja em todo o Brasil, somos um continente. Mas é preciso dar indicações”, disse.

Já na Assembleia do ano passado, os bispos deram indicações e sinais para serem trabalhados pela comissão responsável pelo texto das DGAE. Uma primeira versão do texto é entregue a todos os bispos, que enviam emendas e sugestões. Em seguida, uma nova versão é encaminhada ainda antes da Assembleia para novas apreciações.

No plenário, há novas contribuições dos prelados, que apontam emendas e fazem intervenções na tribuna, para depois haver a votação individual de cada parágrafo do texto para a aprovação final do documento.

MUNDO URBANO

As novas Diretrizes dedicam uma maior atenção para a realidade do mundo urbano, que não se limita apenas às cidades, mas também aos lugares que possuem acesso à internet e energia elétrica.

“Essa realidade é marcada por tanto sinais positivos, avanços tecnológicos, mas também com preocupações, contradições e ambiguidades”, destacou dom Leomar, indicando desafios próprios desse contexto, como o individualismo, a solidão, do anonimato. “Nossas comunidades têm um desafio enorme em relação à crise do sentido da vida”.

Nesse sentido, o documento também salienta todas as questões relativas à falta de ética nos vários âmbitos da sociedade. “Nós nos baseamos muito na Doutrina Social da Igreja, que prevê um humanismo integral e solidário, ou seja, para toda a pessoa, do nascituro até aquele que está para morrer”.

COMUNIDADE COMO CASA

O Bispo informou, ainda, que todo o texto das Diretrizes é permeado de referências ao magistério do Papa Francisco, do Documento de Aparecida e dos próprios documentos recentes da CNBB.

Em um dos capítulos, as DGAE enfatizam a importância de a comunidade eclesial ser entendida a partir da imagem da casa. Essa, por sua vez, entendida como lar, espaço de vida.

A partir dessa analogia, o texto apresenta quatro pilares que devem sustentar a comunidade, seguidos de encaminhamentos e sugestões para que cada diocese, paróquia e comunidade podem implementá-los.

PALAVRA, PÃO, CARIDADE E MISSÃO

A primeiro desses pilares é a Palavra, que engloba desde a iniciação à vida cristã à animação bíblica da pastoral, conduzindo as pessoas ao encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, formando, assim, verdadeiros discípulos. O segundo pilar é o “pão”, que diz respeito à liturgia e espiritualidade, uma novidade em relação às diretrizes anteriores. “Para que nós celebremos o mistério pascal como uma espiritualidade profunda que conduz à santidade”, explicou Dom Leomar.

A caridade, serviço à vida plena, é o terceiro pilar proposto pelo documento. “Sabemos quantas organizações caritativas, de promoção da vida humana e transformação da realidade pelas quais a Igreja tem se empenhado”, acrescentou o Bispo.

“O quarto pilar é a ação missionária, para que essa casa tenha as portas abertas para que outras pessoas possam entrar e possamos sair ao encontro do outro”, ressaltou Dom Leomar.

TESTEMUNHAS DE CRISTO

Ainda de acordo com Dom Leomar, as DGAE insistem na formação de comunidades eclesiais missionárias, “em que as pessoas vivam em torno da palavra, se convertam e testemunhem em uma sociedade cada vez mais plural o que realmente o Cristo Pede para a sua Igreja”.

“Esperamos encontrar caminhos que tornem o Brasil mais discípulo e missionário. A maior preocupação não é com o número de cristãos, mas com a qualidade do testemunho desses cristãos onde estão”, completou o Bispo.

Diariamente, acompanhe os detalhes sobre a 57ª Assembleia Geral da CNBB no site do jornal O SÃO PAULO e nos noticiários da rádio 9 de Julho.  

LEIA TAMBÉM

Cardeal Scherer: ‘O nosso futuro é evangelizar as cidades’

Assembleia da CNBB: Deus na cidade

(Com informações da CNBB)

Comente

Dom Armando Bucciol: ‘A liturgia é a fonte da fé da Igreja’

Por
02 de mai de 2019

Durante a 57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que acontece entre os dias 1º e 10, em Aparecida (SP), foi apresentada ao episcopado a última parte da revisão da tradução do Missal Romano, livro litúrgico que contém as orações e ritos da celebração missa.

O trabalho da revisão é de responsabilidade da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, presidida por Dom Armando Bucciol, Bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA). Ele abordou o assunto na entrevista coletiva do 2º dia de Assembleia, nesta quinta-feira, 2.

O MISSAL

O Missal Romano foi promulgado por São Paulo VI em 1969, após a reforma litúrgica proposta pelo Concílio Vaticano II. Em 2002 foi publicada pela Santa Sé a terceira edição do Missal em Latim, língua oficial da Igreja. A partir dessa edição, as conferências episcopais de todo o mundo devem revisar suas traduções locais.

Para isso, foi constituída uma equipe com a participação de especialistas. Esse grupo tem trabalhado na revisão nos últimos 12 anos.  “É um trabalho, ao mesmo tempo, delicado, complexo, precioso e importante. Como se sabe, a liturgia é a fonte da fé da Igreja”, afirmou Dom Armando.   

“A Teologia da Liturgia fundamenta, ilumina, sustenta, proclama e canta a santidade de Deus e o amor de Deus para com a humanidade. E suscita o amor fiel e o testemunho coerente dos cristãos”, acrescentou o Bispo.

REVISÃO

Em cada Assembleia Geral, era submetida à aprovação do episcopado uma parte da revisão dos textos litúrgicos. A última parte apresentada neste ano são os textos referentes às missas para diversas necessidades, votivas e dos defuntos.

Depois de aprovado pelos bispos, o livro passará, ainda por últimas revisões e averiguações e correções antes de ser encaminhado para a Congregação para o Culto Divino, no Vaticano, para a aprovação.

FIDELIDADE AO LATIM

O Bispo esclareceu que, ao contrário de boatos propagados pelas redes sociais recentemente, nunca houve por parte da CNBB “desvios de doutrina” ou alterações dos textos litúrgicos que não condizem com a versão original. Mas, sim, uma revisão pedida pela Santa Sé. 

Dom Armando explicou que a Comissão buscou manter um equilíbrio entre a fidelidade ao original latino e uma linguagem próxima à compreensão do povo. "O texto foi traduzido por uma equipe que tinha sólido conhecimento da língua latina e de liturgia", reiterou. 

“A proposta é que se faça agora uma ulterior revisão, pedindo a análise de teólogos, liturgistas e biblistas e especialistas em linguagem, para ver se há alguma expressão que pode ser melhorada, sempre dentro da fidelidade ao texto aprovado pela Assembleia Geral”, explicou o Bispo, informando que acredita que em até um ano e meio será publicado a nova edição do Missal Romano no Brasil.

Diariamente, acompanhe os detalhes sobre a 57ª Assembleia Geral da CNBB no site do jornal O SÃO PAULO e nos noticiários da rádio 9 de Julho.   

(Com informações da CNBB)

Comente

Trabalhos no 2º dia serão centrados na missão das 12 comissões episcopais

Por
02 de mai de 2019

Nesta quinta-feira, 2, segundo dia da Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), as atividades começaram com a celebração de missa na Basílica do Santuário Nacional de Aparecida (SP), presidida por Dom Giovanni D´Aniello, Núncio Apostólico no Brasil.

A celebração foi na intenção dos novos bispos, aqueles que foram nomeados e ordenados pelo Papa Francisco desde a última assembleia, período de abril de 2018 a abril de 2019.

O Núncio, na homilia,  meditou sobre o Evangelho de João 3,31-36, que diz que “Aquele que vem do alto está acima de todos”.

Dom Giovanni citou ainda que o Espírito Santo constituiu Pedro autêntica e corajosa testemunha da ressurreição de Cristo e do seu Evangelho: “O mundo presente, mais do que mestres, tem necessidade de verdadeiras testemunhas de Cristo e sua ressurreição que saiba anunciar o Evangelho no testemunho coerente de uma vida conforme o seu chamado ao segmento de Cristo. Embora, nadando contra a corrente quando for necessário”.

O Núncio ainda pediu a intercessão da Virgem Maria pela a 57ª Assembleia Geral da CNBB e confiou a Mãe Aparecida que cuide de cada um dos fiéis e permita que cada um possa ir com Ela ao encontro de Jesus que veio para salvar e para que cada um seja testemunhas Dele no mundo de hoje. “Sejamos estreitos colaboradores da Igreja para que seja afastado de nós rodo o perigo que ameace a nossa fé em Cristo”.

Momento de comunhão episcopal

Um dos novos bispos da Igreja é Dom José Benedito Cardoso, Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo e Vigário Episcopal na Região Lapa, ordenado em março deste ano. “Estou conhecendo os bispos e o ambiente de Assembleia. Estou muito feliz com o que estou vendo. O primeiro dia foi muito proveitoso, percebendo aquilo que os bispos apresentaram, dentro do contexto do Brasil, do contexto eclesiológico. Hoje, a missa com o Núncio, a acolhida que foi feita aos bispos novos e que já estão atuando. É muito importante para mim viver este momento de comunhão episcopal, e isso marca bastante a minha vida”, disse em entrevista à Assessoria de Imprensa da Arquidiocese de São Paulo.

Pauta do dia

Uma das tarefas centrais deste segundo dia de Assembleia, será atualizar a missão e os objetivos das 12 Comissões Episcopais Pastorais da CNBB: Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada; Laicato; Ação Missionária e Cooperação Intereclesial; Animação Bíblico-Catequética; Doutrina da Fé; Liturgia; Ecumenismo e Diálogo Interreligioso; Ação Social Transformadora; Cultura e Educação; Vida e a Família; Juventude; e Comunicação Social.

Uma proposta que atualiza a missão e objetivos das 12 Comissões, elaborada pelas Comissões e apresentada na última reunião do Conselho Permanente da entidade, no final de março, será apresentada para os bispos brasileiros.

A Comissão Para Textos Litúrgicos (CETEL) da CNBB fará uma apresentação do seus trabalhos. Entre eles, a finalização da tradução da terceira edição do missal romano após um trabalho integrado de 12 anos, atendendo uma ordem vinda da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos através da quinta instrução Liturgiam Authenticam, de 2001, que serve de comentário sobre as traduções em língua vernáculo dos textos da liturgia romana.

Na pauta do dia ainda estão previstas, discussão sobre um documento em preparação pela CNBB que trata das “Novas Comunidades”, o processo de aprovação do Regimento Interno da CNBB e o calendário litúrgico. Os bispos ainda continuam também ao longo do dia, em grupos, analisando as diretrizes propostas pela texto das Novas Diretrizes para Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2019-2023.

Coletiva de imprensa

A segunda coletiva de imprensa da 57ª Assembleia Geral da CNBB acontecerá, às 15h, na sala de coletivas do Centro de Convenções Padre Vitor e terá como temas o trabalho das Comissões Episcopais Pastorais da entidade e o documento “Orientações para a Mídia de Inspiração Católica”, que está em discussão pelos bispos.

Participarão desta coletiva o Bispo de Santo André (SP) e Presidente da Comissão para a Doutrina da Fé, Dom Pedro Carlos Cipollini; o Bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA) e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, Dom Armando Bucciol; e o Arcebispo de Diamantina (MG) e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, Dom Darci José Nicioli.

Quer saber mais sobre a Assembleia dos Bispos?

Diariamente, acompanhe os detalhes sobre a 57a Assembleia Geral da CNBB no site do jornal O SÃO PAULO e nos noticiários da rádio 9 de Julho.

(Com informações da CNBB e da Assessoria de Imprensa da Arquidiocese de São Paulo)

Comente

Páginas

Para pesquisar, digite abaixo e tecle enter.