Bispos enviam Carta ao Papa e lembram que o Brasil passa por grave instabilidade

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13 de abril de 2018

Durante a segunda coletiva de imprensa da 56ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil (CNBB), nesta quinta-feira, 12 de abril, o arcebispo da arquidiocese São Sebastião do Rio de Janeiro, cardeal Orani Tempesta, divulgou uma carta a ser enviada para o Papa Francisco, levando saudações do episcopado e as temáticas que estão sendo trabalhadas durante a Assembleia Geral. O texto trata também da unidade do episcopado brasileiro com o sumo pontífice. Segundo o cardeal, a carta, aprovada em plenário, foi elaborada por uma comissão e representa a opinião de todos os bispos presentes em Aparecida (SP).

Em sua apresentação, o arcebispo do Rio de Janeiro ressaltou alguns assuntos citados na carta dando destaque ao tema central da Assembleia, ‘A Formação de Novos Presbíteros’, e a memória dos 40 anos da restauração da imagem de Nossa Senhora Aparecida, após um atentado que a deixou fragmentada. A carta, assinada pela presidência da CNBB, também lembra ainda a Exortação Apostólica do próprio Papa Francisco, “Gaudete et Exsultate”, sobre o chamado à santidade no mundo atual’, o Ano Nacional do Laicato e a Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos.

Leia a carta na íntegra:

 

CARTA AO PAPA FRANCISCO

Aparecida – SP, 11 de abril de 2018.

 

Querido Papa Francisco,

Ao iniciarmos a 56ª Assembleia Geral Ordinária da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), enviamos a Vossa Santidade nossa saudação e manifestação de comunhão.

Reunidos em Aparecida até o próximo dia 20, celebramos a Santa Missa diariamente no Santuário Nacional. Aqui nos recordamos, Santo Padre, de sua visita, seu carinho filial pela Mãe de Deus e nossa Mãe, bem como de suas intenções particulares.

Vivenciando o Ano do Laicato no Brasil, damos graças a Deus pela vida e missão dos fiéis leigos e leigas, e a eles manifestamos nossa profunda gratidão por serem autênticos “sujeitos na Igreja em saída a serviço do Reino”. Nesta Assembleia Geral nos dedicaremos, particularmente, ao tema da formação dos presbíteros da Igreja no Brasil, elaborando as diretrizes para formação no contexto atual, a partir da nova Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis.

Diante da pequena imagem da Virgem Aparecida, também fazemos memória dos 40 anos de sua restauração, após um atentado que a deixou fragmentada. Num período em que o Brasil passa por grave instabilidade política, econômica e social, que também atinge nossa vivência eclesial, queremos assumir ao lado de nosso povo as exigências deste momento que, cremos, também pode ser de profunda restauração. Sem ceder à perplexidade e à estagnação, sentimo-nos impulsionados a uma adesão mais intensa e criativa ao Evangelho de Jesus Cristo.

Reconhecemos a graça de participarmos da missão do Filho de Deus, que restaura em Si mesmo todas as coisas sob o impulso do Espírito Santo. Essa obra se desenvolve na história e conta com todos os filhos e filhas da Igreja, chamados à santidade, na diversidade das vocações. Agradecemos a Vossa Santidade pela Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate, sobre o chamado à santidade no mundo atual, assinada no dia 19 de março passado, na Solenidade de São José. Com essa Exortação, somos encorajados, como pastores, a percorrer o caminho das bem-aventuranças e a permanecer ao lado dos fiéis em sua busca quotidiana da santidade.

Com nossa gratidão, apresentamos-lhe nossa oração pelas grandes preocupações de Vossa Santidade em relação às necessidades da Igreja e aos sofrimentos de uma multidão de irmãos e irmãs, mergulhados nas situações de guerra, violência, perda de direitos, desemprego, miséria e fome em várias partes do mundo.

Santo Padre, que o mistério da Páscoa do Senhor, há pouco celebrado solenemente, possa sustentar sua alegre doação. Deus é jovem e o coração da Igreja é jovem! Que a luz da ressurreição o guie na preparação e realização do Sínodo sobre “os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Conte sempre com nossa oração e comunhão.

Que Nossa Senhora Aparecida seja Mãe próxima e interceda sempre por Vossa Santidade.

Pedimos-lhe que nos acompanhe com sua oração e solicitude paternal, e que conceda sua Bênção Apostólica a nós e a todo povo brasileiro.

 

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Pesquisa da CNBB: Perfil predominante de padres brasileiros é de jovens e diocesanos

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13 de abril de 2018

O perfil predominante dos padres brasileiros, segundo dom Pedro, é de um presbitério jovem, diocesano e de brasileiros (já houve uma predominância de padres estrangeiros). Esses dados gerais emergem de uma pesquisa ainda inconclusa que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está desenvolvendo desde 2014. Os dados foram apresentados pelo arcebispo de Palmas (TO), dom Pedro Brito Guimarães, na segunda Coletiva de Imprensa da 56ª Assembleia Geral (AG) da CNBB, realizada dia 12.

O levantamento teve início em 2014 com a formulação de um questionário de 100 perguntas que foi enviado a 25 mil padres brasileiros. Destes, 1/3, cerca de 7 mil responderam, informou o religioso. “Percebemos, pela pesquisa, que apesar das dificuldades os padres brasileiros estão animados com a sua vocação e missão e não tem medo de assumir seu seguimento e anúncio de Jesus Cristo”, disse. A pesquisa foi um dos subsídios que deu suporte à elaboração do texto sobre o tema central da 56ª AG.

Além deste levantamento, dom Pedro Brito, membro da Comissão de Elaboração do texto sobre o tema central, falou sobre o documento “Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil”. O religioso destacou que a formação de um presbítero não se encerra quando é ordenado. “Depois de ordenado, como toda pessoa e todo profissional, inicia a fase da a formação continuada do padre” disse.

Tempos e espaços da formação – A formação continuada seria a última fase de um processo permanente de formação que tem início com o trabalho da Pastoral Vocacional e se estende pela formação inicial – que compreende as demais fases de estudo, incluindo a formação em filosofia e teologia. O arcebispo apresentou aos jornalistas a estrutura e os conteúdos do texto mártir que está em processo de análise e aprovação pelo episcopado brasileiro.

O texto é constituído de três capítulos. O primeiro, cujo título é “As coordenadas para a formação presbiteral” trata dos desafios do contexto e da realidade, bem como os fundamentos previsto no magistério da Igreja para esta formação. Nele também consta a ideia do processo formativo dos sacerdotes que deve ser único, integral, comunitário e missionário. O segundo capitulo e mais longo capítulo aborda a “Formação Inicial”. Nesta parte o texto vai falar dos tempos, espaços como casas, seminários, capelas e institutos, onde o processo de formação acontece. O terceiro capítulo do texto trata da “Formação Continuada”, disse.

O texto, após ser debatido e aprovado pelo plenário da 56ª Assembleia Geral da CNBB, segue para apreciação e aprovação da Congregação do Clero do Vaticano. A previsão de publicação, como documento da CNBB, é no segundo semestre segundo dom Pedro.

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Em Missa, episcopado brasileiro reza pelos bispos eméritos

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13 de abril de 2018

O arcebispo emérito de Manaus (AM) dom Luiz Soares Vieira presidiu a Celebração Eucarística desta sexta-feira, 13, no Altar Central do Santuário Nacional de Aparecida (SP), que abriu as atividades deste terceiro dia da 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Antes de iniciar a Santa Missa, dom Luiz Soares saudou os bispos de Aparecida (SP), dom Orlando Brandes e o emérito de Juiz de Fora (MG), Eurico dos Santos Veloso pelo aniversário natalício e lembrou do falecimento do padre redentorista Guilherme Tracy, que durante sua vida sacerdotal trabalhou no combate ao alcoolismo de sacerdotes, seminaristas e religiosos.

Em sua homilia, o bispo fez um questionamento: ‘O que será que Deus quer dizer pra mim?’. Ele apontou que a liturgia de hoje oferece pistas de vida cristã e de exercício do ministério episcopal dignas de muita atenção. “A leitura tirada dos Atos dos Apóstolos destaca a figura de um homem capaz de discernir com clareza clara sábia os caminhos de Deus”, afirmou.

O bispo lembrou o que o país vive uma época de enormes mudanças, de violentas crises, do desaparecimento das utopias e de profundas mudanças morais, éticas e religiosas. “O documento de Aparecida classifica nossos tempos como mudança de época. E a gente começa a se perguntar: para onde caminha a humanidade? Como será a sociedade do futuro? Qual modo de evangelização teremos que nos propor? É sem dúvidas o momento de invocar o Espírito Santo para discernir quais são os caminhos de Deus para sua Igreja no Brasil”, destacou.

Dom Luiz Soares fez ainda uma reflexão em relação a sobre a vida dos bispos como pastores do povo de Deus. Ele disse que na vida episcopal os bispos enfrentam muitas tentações que os seduzem com propostas contrárias a missão. Uma delas é o poder visto como dominação. “Nos é proposto sermos os donos da diocese como se o único Senhor não fora Jesus. É terrível esquecer que o dono de nossas dioceses se ajoelhou para lavar os pés dos seus discípulos e se entregou à morte da cruz por todos nós. Somos servidores da Igreja, nada mais do que isso”, colocou.

Afirmou ainda que outra tentação é o dinheiro, os bens materiais. Destacou que Jesus mesmo sendo infinitamente rico se fez pobre para enriquecer a todos e questionou: ‘O que adianta uma diocese rica em bens materiais no meio de uma imensidão de pobres?’ Concluindo disse que a terceira tentação é o egocentrismo, a procura de honras, a vaidade e a busca de protagonismo. “Triste figura de servidor de Jesus se apresenta orgulho. Graças a Deus nosso episcopado é constituo de homes que venceram e vencem essas tentações”, acrescentou.

“Nós bispos eméritos chegamos a idade da sabedoria que não é desencanto com a vida, mas sim ver claramente o que é de Deus. O entardecer da existência nos faz ver que Deus só Ele é a ração do ser cristão e do agir episcopal”.

Finalizando sua reflexão, dom Luiz Soares pediu a intercessão de Nossa Senhora Aparecida a Jesus para que Ele ajude os bispos a ter discernimento para viver a vocação episcopal como serviço. “Nada além de serviço”, concluiu.

Hoje no Brasil são 173 bispos eméritos e muitos deles participam da 56ª Assembleia Geral da CNBB.

 

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Em missa, núncio apostólico no Brasil acolhe novos bispos da CNBB

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12 de abril de 2018

Acolhendo os novos bispos nomeados no último ano pelo papa Francisco, o núncio apostólico no Brasil, dom Giovanni D´Aniello, presidiu a Santa Missa da 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na Basílica Nacional do Santuário de Aparecida (SP), nesta quinta-feira, 12.

Na abertura da missa, dom Giovanni D´Aniello acolheu os novos bispos nomeados no período de maio de 2017 a abril de 2018 e falou que os bispos se coloquem à serviço da Igreja como o Bom Pastor.

Durante a homilia, o bispo meditou sobre o Evangelho (Jo 3,31-36), que diz que desde toda eternidade Deus concebeu seu verbo, gerou seu filho. Dom Giovanni explicou que o Pai confiou a Jesus e à Igreja a missão de anunciar o amor e a misericórdia aos povos.

“Sua origem e condição divinas fundam sua missão salvadora conferindo sua autoridade e poder para testemunhar o que viu e ouviu. De modo que naquele que diz e se realiza o filho manifesta o pai que o enviou. Ambos são uma coisa só. Por isso, quem vê Jesus, vê o Pai e quem não escuta, não escuta a palavra de Deus”, refletiu.

Ao recordar a passagem da primeira leitura (At 5,27-33), o núncio destacou o convite de Pedro para que permanecêssemos centrados no cristo.

“Há nas suas palavras uma contraposição entre a ação dos chefes que levam Jesus à morte e a ação de Deus que o ressuscita”, disse o bispo.

Dom Giovanni convidou os novos bispos a serem pastores conduzindo o povo em suas dioceses ao caminho do Pai e ressaltou no ministério apostólico confiado aos bispos, o Santo Padre convida-os a não perder de vista a meta.

“Ser alguém que saiba elevar-se a altura do olhar Deus sobre nós para nos guiar para Ele. Esse é o nosso irrenunciável testemunho prestado na obediência e celado no Espeito Santo e o mesmo espírito que doa fé é um dom da fé e é dado a quem obedece”, ressaltou.

 

Por fim, o núncio pediu a intercessão da Virgem Maria pela a 56ª Assembleia Geral e confiou a Mãe Aparecida os frutos do trabalho durante o encontro do episcopado brasileiro.

Bispos nomeados 2017-2018

  • Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Olinda e Recife (PE) padre Limacêdo Antônio da Silva
  • Bispo auxiliar da Diocese de São Carlos (SP), padre Eduardo Malaspina
  • Bispo de Teixeira de Freitas/Caravelas (BA), dom Jailton de Oliveira Lino
  • Bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ), dom Paulo Celso Dias do Nascimento
  • Bispo da Diocese de Propriá (BA), dom  Vitor Agnaldo de Menezes
  • Bispo da Diocese de Guarabira (PB), dom Aldemiro Sena dos Santos
  • Bispo da Diocese de Cametá (PA), dom José Altevir da Silva
  • Bispo Auxiliar da Diocese de Belém do Pará (PA), dom Antônio de Assis Ribeiro
  • Bispo da Diocese de Campo Maior (PI), dom Francisco de Assis Gabriel dos Santos
  • Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de janeiro (RJ), dom Juarez Delorto Secco
  • Bispo auxiliar da Arquidiocese de Curitiba (PR), dom Francisco Cota de Oliveira
  • Bispo auxiliar da Arquidiocese de Curitiba (PR), dom Amilton Manoel da Silva
  • Bispo da Diocese de Limoeiro do Norte (CE), dom André Vital Félix da Silva
  • Bispo da Diocese de São Luiz de Cáceres (MT), dom Jacy Diniz Rocha
  • Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Niterói (RJ), dom Luiz Antônio Lopes Ricci

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CNBB: 65 anos de história

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11 de abril de 2018

Considerada a terceira conferência episcopal do mundo reconhecida pela Santa Sé, a CNBB foi fundada em 14 de outubro de 1952, no Rio de Janeiro, ou seja, dez anos antes do Vaticano II.  A reunião de instalação da CNBB foi realizada no palácio São Joaquim, na capital Fluminense, onde ocorreu também a eleição da comissão permanente encarregada de dirigir a entidade, constituída por Dom Alfredo Vicente Scherer, Dom Mário de Miranda Vilas Boas e Dom Antônio Morais de Almeida Júnior. Dom Helder Câmara, então Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro e idealizador da Conferência, foi designado Secretário-Geral, e o Cardeal Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, então Arcebispo de São Paulo, foi eleito o primeiro presidente da Entidade, função que exerceu por dois mandatos.

Conferências Episcopais são expressão de comunhão dos pastores unidos ao Papa

Estrutura

A CNBB possui um Presidente, um Vice-presidente e um secretário geral, eleitos pela assembleia geral, conforme a prescrição canônica. Atualmente, a Conferência é presidida pelo Cardeal Sergio da Rocha, Arcebispo de Brasília (DF) e 11º Bispo a assumir a presidência; tendo como Vice-Presidente Dom Murilo Krieger, Arcebispo de Salvador (BA); e como Secretário-Geral, Dom Leonardo Steiner, Bispo Auxiliar de Brasília. Os mandatos da CNBB têm duração de quatro anos, podendo haver dois mandatos consecutivos.

De acordo com seu Estatuto, também constituem a CNBB: 

- Conselho Permanente – Órgão de orientação e acompanhamento da atuação da CNBB e dos organismos a ela vinculados, bem como órgão eletivo e deliberativo, nos limites de seu Estatuto, cuidando para que se executem devidamente as decisões da Assembleia Geral e do próprio Conselho;

- Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP) – órgão executivo das decisões pastorais da Assembleia Geral e do Conselho Permanente e, como tal, promove e coordena a pastoral orgânica, em âmbito nacional. Tem como atribuições: coordenar as atividades das comissões episcopais pastorais e de outras comissões, grupos de trabalho e setores de atividade ligados à ação pastoral da CNBB.

Para colaborar na animação pastoral das dioceses, CNBB conta com 12 comissões episcopais pastorais e uma comissão especial que visam o estudo e a manutenção das atividades teológico-pastorais.

Conheça as comissões episcopais da CNBB e seus membros

Há casos em que a conferência episcopal admite como “organismos agregados” algumas entidades a ela vinculadas ou diretamente convergentes à sua atuação. No Brasil, são vinculados à CNBB o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), a Comissão Pastoral da Terra (CPT), Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), o Centro Nacional de Fé e Política (CEFEP), a Cáritas Brasileira, a Organização dos Seminários e Institutos Filosóficos-Teológicos do Brasil (OSIB), e diversas pastorais.

Devido às dimensões do Brasil, os membros da CNBB estão agrupados em 18 regionais: Norte 1, Norte 2, Norte 3, Noroeste, Nordeste 1, Nordeste 2, Nordeste 3, Nordeste 4, Nordeste 5, Centro-Oeste, Leste 1, Leste 2, Oeste 1, Oeste 2, Sul 1, Sul 2, Sul 3 e Sul 4.

Atribuições

Cabe, ainda, à CNBB:

- Fomentar uma sólida comunhão entre os Bispos que a compõem, na riqueza de seu número e diversidade, e promover sempre a maior participação deles na Conferência;

- Concretizar e aprofundar o afeto colegial, facilitando o relacionamento de seus membros, o conhecimento e a confiança recíprocos, o intercâmbio de opiniões e experiências, a superação das divergências, a aceitação e a integração das diferenças, contribuindo assim eficazmente para a unidade eclesial;

- Estudar assuntos de interesse comum, estimulando a ação concorde e a solidariedade entre os Pastores e entre suas Igrejas;

- Manifestar solicitude para com a Igreja e sua missão universal, por meio de comunhão e colaboração com a Sé Apostólica e pela atividade missionária, principalmente ad gentes;

- Favorecer e articular as relações entre as Igrejas particulares do Brasil e a Santa Sé;

- Relacionar-se com as outras Conferências Episcopais, particularmente as da América, e com o Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM);

- Definir normas referentes ao uso do hábito eclesiástico conveniente aos clérigos, conforme previsto pelo Direito Canônico;

- Serem consultadas pela Santa Sé para a alteração ou criação de dioceses. Dialogar com a Conferência dos Religiosos do Brasil;

- Elaborar diretrizes nacionais para a formação de presbíteros;

- Também é de responsabilidade da CNBB traduzir e revisar textos litúrgicos, bem como elaborar rituais adaptados para circunstâncias pastorais locais. Desde o Vaticano II, as traduções desses textos passavam por uma revisão e aprovação da Santa Sé. Com a publicação do Motu Proprio Magnum Principium[o.2] , em setembro de 2017, fica estabelecido que a tradução de textos litúrgicos promovida e aprovada pelas conferências episcopais nacionais não será mais submetida a essa revisão por parte da Santa Sé, mas apenas passará por uma simples confirmação.

Assembleia geral

Segundo o artigo 27 do Estatuto Canônico da CNBB, a Assembleia Geral, órgão supremo da Conferência, “é a expressão e a realização maiores do afeto colegial, da comunhão e corresponsabilidade dos Pastores da Igreja no Brasil”. Reúne-se ordinariamente, uma vez por ano e, extraordinariamente, quando para fim determinado e urgente, sua convocação for requerida.  “A Assembleia trata de assuntos pastorais de ordem espiritual e de ordem temporal e dos problemas emergentes da vida das pessoas e da sociedade, na perspectiva da evangelização” (Estatuto, artigo 29).

(Com informações de CNBB)

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56ª Assembleia Geral da CNBB tem início nesta quarta-feira, 11 de abril

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10 de abril de 2018

Tudo pronto para começar mais uma assembleia geral do episcopado brasileiro no Centro de Eventos padre Vítor Coelho de Almeida, no pátio do Santuário Nacional, em Aparecida (SP). O encontro se estenderá até o dia 20, incluindo os dias que os bispos dedicarão a um Retiro Espiritual. O tema central do encontro será: Diretrizes para a formação dos presbíteros na Igreja no Brasil.

Quadro episcopal

Segundo os dados atualizados pelo professor doutor Fernando Altemeyer Junior, chefe do departamento de Ciência da Religião da PUC-SP, o quadro geral da organização da Igreja no Brasil está desenhado do seguinte modo:

Circunscrições eclesiásticas

No Brasil há 277 circunscrições eclesiásticas: 44 arquidioceses ou sedes metropolitanas, 216 dioceses, nove prelazias territoriais, uma arquieparquia de rito oriental, três eparquias orientais, um ordinariato militar, um exarcado, um ordinariato para fieis de rito oriental sem ordinário próprio, uma Administração Apostólica pessoal. A organização na Igreja Católica do Brasil acontece através da rede de 11.700 paróquias e 50.159 centros de atendimento pastoral.

Ministérios e ministros

Ministérios e ministros na evangelização são: 27.416 presbíteros, 3.849 diáconos permanentes, 2.073 membros de institutos seculares, 122.170 missionários leigos, 2.674 irmãos, 6.154 seminaristas maiores em 595 seminários de formação presbiteral, 29.868 religiosas consagradas e 700.000 catequistas.

Episcopado

O episcopado católico brasileiro entre vivos e falecidos de 25/02/1551 até 01/04/2018 somam 1.153 nomes: um Abade-bispo, 22 cardeais-arcebispos, 209 arcebispos, 802 bispos, 95 prelados, três prefeitos, 11 administradores apostólicos, dois exarcas e oito eparcas. São 477 bispos vivos e 676 bispos falecidos. Perfil dos bispos vivos em 01/04/2018 383 brasileiros, ou seja, 80,3% 94 estrangeiros, ou seja, 19,70% Origem geográfica dos 676 bispos falecidos até 01/04/2018 435 brasileiros, ou seja, 64,4% 241 estrangeiros, ou seja, 35,6% Todos os 1153 bispos católicos vivos e falecidos do Brasil até 01/04/2018 817 brasileiros, ou seja, 71 % 336 estrangeiros, ou seja, 29% Atualmente temos 476 bispos vivos no Brasil indicados pelos seguintes pontífices: 2 foram nomeados pelo papa São João XXIII 39 foram nomeados pelo papa beato Paulo VI Nenhum bispo nomeado pelo bem-aventurado papa João Paulo Primeiro. 229 bispos nomeados pelo papa São João Paulo II; 125 nomeados pelo papa Bento 16; 81 nomeados desde 19/03/2013 até 01/04/2018 pelo atual papa Francisco.

Episcopado atual

Há 308 bispos ativos na hierarquia católica no Brasil (com voz e voto na CNBB):

105 nomeados pelo papa São João Paulo II;

122 nomeados pelo papa Bento XVI, hoje emérito;

81 nomeados pelo atual papa Francisco.

Há 168 bispos eméritos: 2 nomeados pelo papa São João XXIII;

39 nomeados durante o papado de Paulo VI;

124 nomeados pelo papa São João Paulo II;

3 nomeados pelo papa Bento XVI;

Nenhum nomeado pelo atual papa Francisco.

Assembleia 2018

Episcopado reunido como CNBB: 476 pastores, sendo 308 bispos na ativa e 168 bispos eméritos (aposentados). Os bispos oriundos do clero diocesano são 279 pessoas, ou seja, 58,6% do episcopado e os que pertenceram a uma ordem ou congregação de vida consagrada são 198 pessoas, ou seja, 41,4% do episcopado brasileiro. por função institucional temos: Cardeais: 6 diocesanos + 3 religiosos. Arcebispos: 42 diocesanos + 29 religiosos. Bispos: 231 diocesanos + 165 religiosos.

Fonte:

ALTEMEYER Jr, Fernando. Perfil Episcopal da Igreja Católica no Brasil, São Paulo: Ed. Paulus, 2018.

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Arquidiocese de Olinda e Recife intensifica preparação para CEN

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15 de março de 2018

Escolhida para sediar o 18º Congresso Eucarístico Nacional (CEN), marcado para 2020, a cidade de Recife já se prepara para receber o evento. Na última terça-feira, 13, após o aniversário das duas cidades, o arcebispo de Olinda e Recife (PE), Dom Antônio Fernando Saburido, coordenou reunião, na cúria metropolitana, com os responsáveis pelas comissões constituídas para organizar o evento.

Na reunião, o Arcebispo ouviu os responsáveis pelas treze comissões por ele constituídas, que vão levar adiante os trabalhos de organizar o evento. A intenção do encontro foi alinhar estratégias e ações a respeito do evento, que acontece de 12 a 15 de novembro de 2020, com o tema “será “Pão em todas as mesas” e o lema, “Repartiam o pão com alegria e não havia necessitados entre eles” (cf. At 2, 46).

Fiéis católicos, bispos e sacerdotes todo o país participarão das atividades e celebrações, programadas com a colaboração das dioceses existentes nas quatro províncias do regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB): Olinda e Recife, Petrolina, Salgueiro, Floresta, Garanhuns, Palmares, Caruaru, Pesqueira, Afogados da Ingazeira, Nazaré, Paraíba, Campina Grande, Guarabira, Patos, Cajazeiras, Maceió, Penedo, Palmeira dos Índios, Natal, Caicó e Mossoró.

Dom Fernando diz que convocar reuniões sistemáticas dois anos antes da data marcada para o evento parece configurar muita antecedência, mas o cuidado é necessário. “O centro da Igreja do país, nos dias do Congresso, será a Arquidiocese de Olinda e Recife, e muito nos honra cuidar dos detalhes, para o crescimento da fé do povo de Deus”, comentou.

Para o secretário geral do congresso, monsenhor Albérico Bezerra, reuniões como essa são importantes para alinhar as diretrizes, avaliar o andamento das tarefas das comissões, além de sugerir novas estratégias para enriquecer o evento. “Precisamos da colaboração de todas as áreas – infraestrutura, comunicação, hospedagem, cultura, liturgia, segurança, feiras e outras – para que tudo ocorra a contento, honrando a dimensão do Congresso”, afirmou.

Atividades e celebrações do Congresso Eucarístico Nacional irão acontecer em locais distintos na Região Metropolitana: abertura e Primeira Eucaristia na Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata; palestras, exposições, feiras e shows no Centro de Convenções, em Olinda; e encerramento no Marco Zero do Recife.

O papa Francisco vai enviar um representante para participar do Congresso. O presidente da Comissão Central de organização do evento é o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, que é também presidente do Regional NE2.

Esta é a segunda vez que o CEN acontece na capital pernambucana. A primeira foi em 1939, quando foi promovido o sétimo Congresso. Da ocasião, dom Fernando Saburido destaca o Parque 13 de maio, que foi o local de realização do evento na capital pernambucana, e a igreja que foi construída no bairro Espinheiro, “um bairro elegante de Recife. A igreja é um memorial daquele congresso”, lembra.

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Propostas para o Dia Mundial do Pobre 2018 e a CF 2019 foram debatidas por membros do Consep

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19 de fevereiro de 2018

Dois temas tomaram a maior parte do tempo da reunião dos bispos que integram o Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na tarde da segunda-feira, 19/02: Campanha da Fraternidade 2019 e o Dia do Pobre. Integram o Consep a presidência da CNBB e os presidentes das 12 Comissões Episcopais Pastorais da entidade.

Instituído pelo Papa Francisco na conclusão do Ano Santo extraordinário da Misericórdia, o Dia Mundial dos Pobres tem sua celebração marcada para o XXXIII Domingo do Tempo Comum. No Brasil, a animação e coordenação das atividades foi delegada à Cáritas Brasileira, um dos organismos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por sua experiência na realização Semana da Solidariedade.

O diretor-executivo da Cáritas Brasileira, Luiz Claudio Mandela,  apresentou aos bispos membros do Consep a proposta metodológica, bem como as atividades de sensibilização e mobilização para o ano de 2018, incluindo uma atividade na 56ª Assembleia Geral, em Aparecidea (SP). A proposta é realizar atividades durante uma semana denominada de “Jornada Mundial dos Pobres”. Uma novidade, inspirada no papa Francisco, é a realização de uma Mesa Fraterna Nacional.

A proposta de trabalho recebeu emendas e sugestões dos membros do Consep. Uma delas foi de dom Esmeraldo Barreto de Farias, bispo-auxiliar de São Luís do Maranhão e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária. Segundo ele, observou que é necessário inserir, na jornada, o pobre como sujeito da Igreja e de direitos.

Outro assunto debatido pelos participantes, foi a primeira versão do texto mártir da Campanha da Fraternidade 2019 cujo tema é: “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema: “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1, 27). Os participantes consideram que é necessário traduzir o texto, em processo de elaboração por uma equipe de especialistas, para uma linguagem mais popular.

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Assembleia Legislativa de São Paulo realiza apresentação da CF 2018

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17 de fevereiro de 2018

A Campanha da Fraternidade (CF) 2018, que teve início na Quarta-feira de Cinzas em todo Brasil, será apresentada na próxima terça-feira, 20, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

A iniciativa do evento é do Padre Afonso Lobato, Deputado Estadual pelo Partido Verde, e tem como objetivo de envolver o Parlamento paulista na superação da violência. 

O tema proposto este ano é “Fraternidade e superação da Violência” e o lema: “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8), com o objetivo geral de construir a fraternidade, promovendo a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da palavra de Deus.

A primeira Campanha da Fraternidade (CF) em âmbito nacional, foi realizada em 1964, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Desde lá, muitos temas foram propostos para a reflexão quaresmal no País.

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CNBB realiza abertura oficial da Campanha da Fraternidade

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16 de fevereiro de 2018

Na manhã da quarta-feira, 14, na sede provisória da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi aberta oficialmente a Campanha da Fraternidade (CF) 2018, que este ano tem como tema “Fraternidade e a superação da violência”.

O Cardeal Sergio da Rocha, Presidente da CNBB, e Dom Leonardo Steiner, Secretário-geral da Conferência, receberam as autoridades para o evento: a Ministra Cármen Lúcia, Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF); e o deputado Alessandro Molon, Coordenador da Frente Parlamentar pela Prevenção da Violência e Redução de Homicídios; além de Carlos Alves Moura, Presidente da Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP).

Padre Luís Fernando da Silva, Secretário-executivo de Campanhas da CNBB, leu a mensagem enviada especialmente pelo Papa Francisco para a CF 2018, na qual o Pontífice expressa o desejo de que a Campanha deste ano “anime a todos para encontrar caminhos de superação da violência, convivendo mais como irmãos e irmãs em Cristo".

Cármen Lúcia agradeceu à CNBB pelo convite para participar da solenidade. Ela lamentou que hoje as pessoas vejam umas as outras com desconfiança, e fez votos de que a Campanha ajude “a ver o outro como aliado, como irmão”. 

“Não basta que se faça parte da sociedade humana. É preciso atuar por ela para que se criem espaços de fraternidade”, acrescentou a Ministra.

O Presidente da CNBB lembrou que embora seja importante a ação de cada pessoa, iniciativas comunitárias são fundamentais. “A Igreja não pretende oferecer soluções técnicas para os problemas que aborda, mas o valor da fé e do amor que mostra que o semelhante não é um adversário, mas um irmão a ser amado”, concluiu o Cardeal.

Fonte: CNBB

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