Formação de Presbíteros é tema central da 56ª Assembleia Geral

Por
09 de fevereiro de 2018

“Diretrizes para a Formação de Presbíteros” é o tema central a ser refletido pelos cerca de 485 bispos católicos do Brasil em 56ª Assembleia Geral (AG) que se realizará em Aparecida (SP) de 10 a 20 de abril deste ano. Antes, contudo, do texto ir para a plenária geral da 56ª AG para receber ainda acréscimos e a aprovação dos participantes o texto percorreu um caminho.

Um grupo formado por bispos e peritos se reuniu nos dias 5 e 6 de fevereiro na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília-DF, pela última vez para consolidar o texto a ser enviado aos bispos antes da assembleia. Os pastores ainda enviarão suas últimas sugestões a uma equipe de síntese cujo papel é fazer a sistematização final do texto que será apresentado à plenária do próximo encontro anual dos bispos.

“Na reunião dos dias 05 e 06 deste mês de fevereiro, consideramos as contribuições dos bispos e preparamos a segunda versão que, nos próximos dias, será enviada para os bispos para nova leitura e apresentação de sugestões”, disse dom Esmeraldo Barreto Farias, membro da equipe de redação do texto, e presidente da Comissão para a Ação Missionária da CNBB.

A Ratio Fundamentalis Instituitionis Sacerdotalis é um dos documentos considerados pela equipe que dá pistas para a formação de seminaristas e do clero da Igreja. Publicado no dia 8 de dezembro de 2016, atualiza as orientações de 1985 e explicita às Igrejas locais como realizar a formação dos futuros presbíteros e a necessidade de formação permanente. O texto destaca que o futuro padre deve ser acompanhado na totalidade das quatro dimensões que interagem simultaneamente no processo formativo e na vida dos ministros ordenados: humana, espiritual, intelectual e pastoral.

As atuais Diretrizes para a Formação Presbiteral foram aprovadas na 48ª Assembleia Geral da CNBB, em 2010, e já visavam enriquecer a formação espiritual, humana, intelectual e pastoral dos futuros sacerdotes “com novos impulsos vitais, consoantes com a índole peculiar de nosso tempo”.

Características do novo Presbítero 

O arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, dom Jaime Spengler, é um dos responsáveis pela elaboração do texto. Ele conta que o novo presbítero, a ser buscado pela Igreja no Brasil, tem as seguintes características: “Homens verdadeiramente apaixonados pelo Evangelho do crucificado/ressuscitado, homens entusiasmados pela proposta do Reino e por isso capazes de se lançar generosamente no trabalho apostólico”, afirma.

O documento, em processo de elaboração no Brasil, do ponto de vista da formação assumiu as inspirações da Ratio Fundamentalis e suas quatro características que precisam ser destacadas:a formação deve ser única, integral, comunitária e missionária”.

Para o bispo auxiliar de São Paulo (SP) dom José Roberto Fortes, também membro da equipe preparatória do texto, os futuros padres devem ter um “coração semelhante ao coração de Cristo, o Coração do Bom Pastor, que sejam homens misericordiosos, que tenham espírito de serviço, se dediquem com todo seu ser a serviço da evangelização, tenham amor pelo povo, forme comunidades maduras e adultas na fé e colaborem com a graça de Deus para o advento do reino”.

Após a aprovação final pelo episcopado brasileiro em sua 56ª Assembleia Geral, em Aparecida (SP), ao texto segue para a Congregação para o Clero do Vaticano para ser referendado. Só então, o texto se tornará um documento da CNBB que vai orientar a formação de novos presbíteros no Brasil. Um conjunto de outros temas fazem parte da programação da 56ª Assembleia Geral dos Bispos.

Comente

Custódio da Terra Santa visita sede da CNBB, em Brasília

Por
01 de fevereiro de 2018

O presidente e o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) receberam na manhã desta quarta-feira, 31, o custódio da Terra Santa, frei Francesco Patton. Em visita aos Comissariados da Terra Santa no Brasil, o frade italiano quis também comparecer à sede da CNBB para saudar a Presidência da entidade.

O arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, cardeal Sergio da Rocha, acompanhando do bispo auxiliar da mesma arquidiocese e secretário-geral da Conferência, dom Leonardo Steiner, recepcionou a comitiva do custódio da Terra Santa. Na oportunidade, puderam conversar sobre a situação do oriente médio e a realidade da Igreja na região, que sofre com a diminuição no número de fiéis por conta dos conflitos que ali acontecem desde 2011. Os cristãos do Oriente Médio vivem na insegurança, tiveram que imigrar ou sofrem violência, às vezes pelo simples fato de professar a fé.

De acordo com dom Leonardo Steiner, eles discutiram como que as Igrejas podem ajudar a Igreja que está na Terra Santa. “Inclusive falamos sobre a coleta que é feita na Sexta-feira Santa”, informou, citando a Coleta em prol da Terra Santa realizada pelas dioceses de todo o mundo e enviada à Igreja Mãe de Jerusalém.

No último sábado, frei Francesco participou de um encontro no Convento São Francisco, em São Paulo (SP), que reuniu frades ligados ao trabalho com a Terra Santa no Brasil e algumas zeladoras da Terra Santa, senhoras que auxiliam os comissários em seu trabalho de divulgação e busca de recursos que garantem o sustento e a continuidade da presença franciscana no cuidado e na evangelização dos lugares onde Jesus viveu.

Na ocasião, recordando os 800 anos da presença dos Franciscanos na Terra Santa e também os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida no Brasil, Patton fez um apelo de paz aos participantes do encontro : “’O Senhor vos dê a paz!’ Creio que hoje, mais do que nunca, necessitamos que esta saudação e este desejo de paz se realizem. E acredito que a terra do Oriente Médio seja hoje aquela em que há maior necessidade de que se realize este dom de Deus e este sonho de Deus, que é a paz”. O frade também fez referência ao conturbado momento político no Brasil: “A mensagem de igualdade da Virgem Mãe Aparecida foi para aquele momento da história do Brasil e continua até os nosso dias. É atual para a nossa realidade conflitual da Terra Santa e continua sendo para o Brasil neste delicado momento da política brasileira”, recordou Frei Patton.

Frei Patton, falando em português, ainda comentou sobre a história e o momento atual da Custódia. Apresentou dados estatísticos sobre a presença dos cristãos no Oriente Médio. A notícia do encontro no site da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, da Ordem dos Frades Menores, destaca os dados da Síria que, em 2010, contava 2,2 milhões de cristãos, numa população de 25 milhões de pessoas. Hoje, tem 15 milhões de habitantes, dos quais 1,1 milhão de cristãos. “O serviço mais importante que os nossos frades desenvolvem em Alepo [maior cidade da Síria] é manter viva a esperança nas pessoas e ajudar todos a manter o coração livre do ódio e aberto ao perdão e à reconciliação. Deste ponto de vista, são muito importantes algumas iniciativas que se iniciaram recentemente e nas quais estão envolvidos alguns dos nossos frades, para promover um diálogo entre aqueles que se disponibilizaram à reconciliação e à paz”, afirmou frei Francesco.

Recordação – Também por ocasião dos 800 anos da presença Franciscana na Terra Santa, frei Patton entregou ao cardeal Sergio da Rocha uma lembrança em forma de medalha comemorativa.

Comente

Diocese de Petrolina (PE) tem novo bispo

Por
03 de janeiro de 2018

Primeira transferência do ano no episcopado brasileiro: o Papa Francisco nomeou bispo da diocese de Petrolina (PE) Dom Francisco Canindé Palhano, transferindo-o da diocese de Bonfim (BA).

Dom Francisco Canindé Palhano nasceu em 1° de jan eiro de 1949 na cidade de São José de Mipibu, na arquidiocese de Natal (RN).

Estudou Filosofia e Teologia em São Paulo, na Faculdade  “Nossa Senhora da Assunção”. Obteve a Licenciatura em Teologia Moral na Academia Alfonsiana de Roma.

Foi ordenado sacerdote em fevereiro de 1975 e incardinado na arquidiocese de Natal, desempenhando inúmeras funções, como vigário paroquial, pároco, reitor e professor, vigário episcopal e capelão.

Em 26 de julho de 2006 foi nomeado bispo diocesano de Bonfim (BA).

Comente

Encontros Nacionais movimentaram a vida da Igreja no Brasil em 2017

Por
29 de dezembro de 2017

A Comissão para a Juventude realizou grandes encontros nacionais como a Romaria Nacional da Juventude, em abril, em Aparecida (SP). Com ampla programação, a Romaria que teve como tema: “Maria e a Doutrina Social da Igreja”, foi uma experiência transformadora na vida dos jovens de todo o Brasil.

Em setembro, jovens de todo o país se reuniram em Brasília para o 2º Encontro Nacional de Revitalização da Pastoral Juvenil. O encontro reuniu cerca de 300 pessoas, entre jovens e religiosos dos setores arquidiocesanos e diocesanos de 17 regionais da CNBB. Na ocasião, o bispo de Imperatriz do Maranhão e presidente da Comissão Juventude, dom Vilson Basso, disse que o sentido da missionariedade dos jovens é ser simples e doar-se à causa comum.

“Saímos do encontro vendo um rumo comum e respeitando as especificidades de cada trabalho com os jovens na Igreja”.

E a jornada juvenil não parou por aí, em setembro, teve a Missão Jovem na Amazônia, na diocese de Caxias (MA). Foram 35 jovens de diferentes regionais da CNBB e outros 70, entre diocesanos de Caxias e de outras Igrejas particulares do Maranhão. A dinâmica da Missão Jovem contou com momentos de formação, espiritualidade e o trabalho missionário em si, nas diversas realidades, como presídios, centros de recuperação, periferias e áreas rurais.

As famílias também se encontraram em três momentos importantes. Em maio, a Pastoral Familiar se reuniu na 9ª Peregrinação e o 7º Simpósio Nacional da Família, no Santuário Nacional de Aparecida (SP). O evento promovido pela Comissão para a Vida e a Família por meio da Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF), teve como lema: “No Ano Mariano, a família peregrina para a Casa da Mãe”.

Além disso, em novembro e dezembro, a comissão realizou dois encontros: o primeiro com os assessores eclesiásticos da Pastoral Familiar, que acompanham as atividades nos regionais e dioceses e na sequência, foi a vez de reunir os responsáveis pela formação de agentes da pastoral que tiveram seu primeiro encontro em âmbito nacional. Os objetivos foram, respectivamente, a reflexão a respeito da função do assessor da Pastoral Familiar e o conhecimento da realidade dos Núcleos de Formação e Espiritualidade.

Na ocasião, o bispo de Osasco (SP) e presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB, dom João Bosco Barbosa de Sousa, disse que pela primeira vez foi dedicado um tempo mais longo ao aprendizado, a reflexão e a partilha.

“A importância do assessor se verifica no sentido de que é ele que faz a ligação entre a pastoral e a Comissão, de modo a garantir a unidade da caminhada, a comunhão entre os diversos regionais”, conta dom João Bosco.

A Comissão para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso da CNBB promoveu em setembro, em Curitiba (PR) juntamente com a Comissão de Diálogo Bilateral Católico-Luterano e o Núcleo Ecumênico e Inter-Religioso da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) o Simpósio Mariológico Ecumênico sobre o ‘Louvor de Maria’. A formação aprofundou o comentário de Martín Lutero sobre a obra Magnificat, na ótica católica e luterana. Em outubro, a comissão concluiu uma série de celebrações e eventos relacionados aos 500 anos da Reforma Protestante.

Voltando a juventude, o Setor Universidades da Comissão Episcopal Pastoral para Cultura e Educação da CNBB, realizou, setembro, o IV Encontro Brasileiro de Universitários Cristãos (EBRUC). O evento que aconteceu em Manaus (AM), reuniu mais de 300 pessoas de onze dos dezoito regionais da CNBB e de sete países diferentes (Alemanha, Bolívia, Brasil, Filipinas, Guiana Inglesa, Itália e Venezuela), que partilharam a vida, os desafios e alegrias de ser presença Cristã na Universidade. No evento, foi lançado o livro “Pensando o Brasil: Educação” – Edições CNBB, o lançamento oficial do Programa Missão País e do novo portal de notícias do Setor Universidades da CNBB.

A recém-criada Comissão Episcopal Especial para os Bens Culturais na CNBB também foi destaque este ano com a realização do Seminário Preservação dos Bens Culturais da Igreja do Brasil, em outubro. O encontro reuniu professores, estudantes, padres, especialistas e empresários comprometidos com a preservação dos bens culturais da Igreja.

A liturgia também marcou presença nos encontros nacionais. O Setor de Música Litúrgica da Comissão para a Liturgia da CNBB promoveu o encontro anual entre compositores, letristas e músicos instrumentistas de diversas regiões do Brasil que se dedicam à criação e à divulgação da música litúrgico-ritual. Participaram desta 12ª edição, ocorrida em São Paulo, 33 compositores e letristas, cujo tema estudado foi “Canto e música nas celebrações do sacramento do Matrimônio”.

Finalizando esta retrospectiva de vários encontros nacionais, a Amazônia teve grande destaque em 2017. Em agosto, a Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam-Brasil) com o apoio da Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB e do Grupo de Trabalho Igreja e Mineração da CNBB, realizou, em Brasília, o Encontro sobre Ecoteologia.

Em novembro, foi a vez do 16º Seminário Laudato Sì e Repam que aprofundou os temas discutidos nos 15 seminários realizados desde junho de 2016 a setembro de 2017 no território da Amazônia legal, com o apoio da Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB. Além disso, foi o grupo refletiu sobre a realidade da Amazônia no contexto nacional e internacional e debateu sobre o Sínodo Pan-amazônico, recentemente anunciado pelo papa Francisco para 2019.

Neste Seminário participam lideranças dos povos indígenas, ribeirinhos, quilombolas, seringueiros, camponeses, agentes de Pastoral, religiosas/os, padres e bispos de toda a Amazônia Legal. Também estiveram presentes o cardeal Cláudio Hummes, presidente da Rapam, de dom Ervin Krautler, presidente da Repam-Brasil, a delegação da Rede Eclesial da Bacia do Congo (REBAC) e representantes do Equador e Inglaterra.

Comente

‘Sal da terra e luz do mundo’

Por
01 de dezembro de 2017

“A grande riqueza da Igreja está na diversidade que a compõe. Contudo, fazse necessário compreender que compete a todos, sejam leigos, clérigos ou religiosos, o cumprimento da missão evangelizadora instituída por Jesus. A proposta da Igreja é que voltemos a ser ‘sal da terra e luz do mundo’”, disse Marcelo Cypriano Motta, que participa da Catedral da Sé (leia mais na página 11), e foi nomeado para a Comissão arquidiocesana para o Ano Nacional do Laicato, aberto oficialmente no domingo, 26, na celebração da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. 

"Apesar do crescimento da consciência da identidade e da missão dos cristãos leigos e leigas na Igreja e no mundo, ainda há longo caminho a percorrer: A tomada de consciência desta responsabilidade laical, que nasce do Batismo e da Confirmação, não se manifesta de igual modo em toda a parte; em alguns casos, porque não se formaram para assumir responsabilidades importantes, em outros por não encontrarem espaço nas suas Igrejas particulares para poderem exprimir-se e agir, por causa de um excessivo clericalismo que os mantém à margem das decisões. (EG, n. 102)"

Na Arquidiocese de São Paulo, a missa às 11h, na Catedral da Sé, foi presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, e reuniu os diferentes organismos que representam os leigos, como o Conselho de Leigos da Arquidiocese de São Paulo.

"Queremos reconhecer os diferentes rostos dos cristãos leigos e leigas, irmãos e corresponsáveis na evangelização. São para nós motivo de alegria e de ânimo na vivência do ministério ordenado. (Documento 105 da CNBB)"

O Ano Nacional do Laicato foi convocado pela CNBB e tem como tema “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’ a serviço do Reino” e como lema “Sal da Terra e Luz do Mundo (Mt 5,13-14)”.

Na homilia, Dom Odilo lembrou aos leigos a importância de que eles sejam o “fermento na massa”, que sejam discípulos do Reino de Deus e, ao mesmo tempo, missionários, mensageiros de Deus para o mundo. Ele recordou, também, que tipo de reino Jesus veio instaurar na Terra e lembrou aos fiéis sobre a Campanha de Evangelização, que terá duração até o 3º domingo do Advento, quando “a Igreja recolhe doações para desenvolver sua principal atividade: evangelizar”

“Os leigos estão nas paróquias e são todos os batizados. Alguns leigos são chamados a servir o povo de Deus. Mas, os leigos são todos vocês, Igreja de batizados. Igreja de testemunhas de Jesus Cristo, que participam da grande graça da fé e dos dons que recebemos por meio dos sacramentos. Todos os que participam da grande esperança, do grande patrimônio espiritual da Igreja, desde Jesus até nós, chamados a viver a esperança e o testemunho do Reino de Deus no meio de nós. Vós sois o sal da terra e a luz do mundo e que vossa luz brilhe no meio do mundo”, afirmou Dom Odilo  .

Marcelo Kobayakawa é Vice-Presidente do Conselho de Leigos da Arquidiocese de São Paulo, em que atua desde 2010, e membro da Comissão para o Ano do Laicato. Além disso, ele participa do Fórum das Pastorais Sociais da Região Episcopal Sé. À reportagem, ele disse que “vê o Ano do Laicato como uma grande oportunidade para ajudar os leigos a perceberem que eles têm a responsabilidade de serem discípulosmissionários na cidade de São Paulo”. 

Ações para o Ano do Laicato estão sendo programadas pela Comissão nomeada especialmente para a ocasião. Entre as iniciativas estão o aprofundamento e a reflexão sobre o Documento 105 da CNBB – “Cristãos leigas e leigos na Igreja e na Sociedade – Sal da Terra e Luz do Mundo”.
 

"O sacerdócio comum dos fiéis e o sacerdócio ministerial ou hierárquico, embora se diferenciem essencialmente e não apenas em grau, ordenamse mutuamente um ao outro; pois um e outro participam, a seu modo, do único sacerdócio de Cristo. Com efeito, o sacerdote ministerial, pelo seu poder sagrado, forma e conduz o povo sacerdotal, realiza o sacrifício eucarístico, fazendo as vezes de Cristo e oferece-o a Deus em nome de todo o povo; os fiéis, por sua parte, concorrem para a oblação da Eucaristia em virtude do seu sacerdócio real, que eles exercem na recepção dos sacramentos, na oração e ação de graças, no testemunho da santidade de vida, na abnegação e na caridade operosa. (LG, n 10)"

 


Oração para o  Ano Nacional do Laicato

Ó Trindade Santa, Amor pleno e eterno, que estabelecestes a Igreja como vossa “imagem terrena”: Nós vos agradecemos pelos dons, carismas, vocações, ministérios e serviços que todos os membros de vosso povo realizam como “Igreja em saída”, para o bem comum, a missão evangelizadora e a transformação social, no caminho de vosso Reino. Nós vos louvamos pela presença e organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil, sujeitos eclesiais, testemunhas de fé, santidade e ação transformadora. Nós vos pedimos, que todos os batizados atuem como sal da terra e luz do mundo: na família, no trabalho, na política e na economia, nas ciências e nas artes, na educação, na cultura e nos meios de comunicação; na cidade, no campo e em todo o planeta, nossa “casa comum”. Nós vos rogamos que todos contribuam para que os cristãos leigos e leigas compreendam sua vocação e identidade, espiritualidade e missão, e atuem de forma organizada na Igreja e na sociedade à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres. Isto vos suplicamos pela intercessão da Sagrada Família, Jesus, Maria e José, modelos para todos os cristãos. Amém!

Comente

Bispos repudiam Portaria do Governo Federal sobre trabalho escravo

Por
26 de outubro de 2017

O Conselho Permanente da CNBB, reunido em Brasília, de 24 a 26 de outubro, emitiu nota oficial repudiando com veemência a Portaria 1.129/2017, do Ministério do Trabalho, considerando que esta elimina proteções legais contra o trabalho escravo.

“A desumana Portaria é um retrocesso que, na prática, faz fechar os olhos dos órgãos competentes do Governo Federal que têm a função de coibir e fiscalizar esse crime contra a humanidade e insere-se na perversa lógica financista que tem determinado os rumos do nosso país. Essa lógica desconsidera que ‘o dinheiro é para servir e não para governar’ (Evangelii Gaudium, 58). O trabalho escravo é, hoje, uma moeda corrente que coloca o capital acima da pessoa humana, buscando o lucro sem limite (cf. Papa Francisco, Mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, 2014).

LEIA TAMBÉM

'Apesar de tudo é preciso vencer a tentação do desânimo', afirma CNBB

Mensagem sobre fundamentalismo contra símbolos da fé

Na terça-feira, 24, a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar (decisão provisória) suspendendo os efeitos da Portaria 1.129/2017. 

Leia a seguir a íntegra da nota da CNBB

 

NOTA DA CNBB SOBRE O TRABALHO ESCRAVO

“O Espírito do Senhor me ungiu para dar liberdade aos oprimidos” (cf. Lc 4, 18-19)

Reunido em Brasília-DF, nos dias 24 a 26 de outubro de 2017, o Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB manifesta seu veemente repúdio à Portaria 1129 do Ministério do Trabalho, publicada no Diário Oficial da União de 16/10/2017. Tal iniciativa elimina proteções legais contra o trabalho escravo arduamente conquistadas, restringindo-o apenas ao trabalho forçado com o cerceamento da liberdade de ir e vir. Permite, além disso a jornada exaustiva e condições degradantes, prejudicando assim a fiscalização, autuação, penalização e erradicação da escravidão por parte do Estado brasileiro.

Como nos recorda o Papa Francisco, “hoje, na sequência de uma evolução positiva da consciência da humanidade, a escravatura – delito de lesa-humanidade – foi formalmente abolida no mundo. O direito de cada pessoa não ser mantida em estado de escravidão ou servidão foi reconhecido, no direito internacional, como norma inderrogável” (Papa Francisco, Dia Mundial da Paz, 1º de janeiro de 2015). Infelizmente, esse flagelo continua sendo uma realidade inserida no tecido social. O trabalho escravo é um drama e não podemos fechar os olhos diante dessa realidade.

A desumana Portaria é um retrocesso que, na prática, faz fechar os olhos dos órgãos competentes do Governo Federal que têm a função de coibir e fiscalizar esse crime contra a humanidade e insere-se na perversa lógica financista que tem determinado os rumos do nosso país. Essa lógica desconsidera que “o dinheiro é para servir e não para governar” (Evangelii Gaudium, 58). O trabalho escravo é, hoje, uma moeda corrente que coloca o capital acima da pessoa humana, buscando o lucro sem limite (cf. Papa Francisco, Mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, 2014).

Nosso País, no qual, por séculos, vigorou a chaga da escravidão de modo legalizado, tem o dever de repudiar qualquer retrocesso ou ameaça à dignidade e liberdade da pessoa humana. Reconhecendo a importância da decisão liminar no Supremo Tribunal Federal que suspende essa Portaria da Escravidão e somando-nos a inúmeras reações nacionais e internacionais, conclamamos a sociedade a dizer mais uma vez um não ao trabalho escravo.

Confiamos a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, a proteção de seus filhos e filhas, particularmente os mais pobres.

Brasília, 26 de outubro de 2017

Cardeal Sergio da Rocha

Presidente

Dom Murilo S. Krieger

Vice-Presidente

Dom Leonardo U. Steiner

Secretário-Geral

 

 

Comente

Projeto “IDE” de evangelização juvenil é apresentado no Conselho Permanente da CNBB

Por
26 de outubro de 2017

O Projeto da Pastoral Juvenil do Brasil 2017-2020, carinhosamente apelidado de “IDE” foi apresentado aos bispos na 94ª Reunião do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na manhã do dia 24 de novembro. O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, dom Vilson Basso, disse que trata-se da continuidade da ação evangelizadora da Igreja com os jovens após o projeto Rota 300, concluído em outubro deste ano.

O projeto estrutura-se em cinco grandes linhas: a)Missão; b) Capacitação; c) estruturas de acompanhamento; d) ecologia e e) políticas públicas. Segundo dom Vilson, a inspiração para os dois novos eixos (ecologia e políticas públicas) vieram do papa Francisco, por meio da sua encíclica Laudato Si, que trata do meio ambiente, e da Campanha da Fraternidade 2019 que vai tratar do tema das políticas públicas.

“Esse será um braço mais interno da Igreja: missão, formação e unidade. Abrimos duas novas frentes que seria a ida para o espaço social que é ‘ecologia e políticas públicas’, a partir das palavras do papa Francisco quando ele diz que quer um milhão de jovens, uma geração inteira vivendo a Doutrina Social da Igreja, então agora continuamos caminhando, firmando os passos e abrindo novos caminhos”, disse dom Vilson. 

Outro ponto importante que é favorável a este projeto é o Sínodo dos Bispos 2018, convocado pelo papa, cujo tema é: Os jovens, a fé e o discernimento vocacional. As respostas dos jovens e dioceses brasileiras já foram sistematizadas e enviadas ao Vaticano, segundo o religioso.

Comente

Dízimo: compromisso de fé e pertença à comunidade

Por
10 de outubro de 2017

No mês de outubro, a Arquidiocese de São Paulo realiza sua campanha anual sobre o dízimo, dessa vez com o tema “Ele fez em mim maravilhas” (cf. Lc 1, 46-55), em alusão ao Ano Mariano Nacional e ao tricentenário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. 

Referente ao quinto mandamento da Igreja, “Ajudar a Igreja em suas necessidades”, o dízimo tem a finalidade de “organizar o culto divino, prover o sustento do clero e dos demais ministros, praticar obras de apostolado, de missão e caridade, principalmente em favor dos pobres!”, como recorda o documento “O Dízimo na Comunidade de Fé – Orientações e Propostas”, publicado pela CNBB, em 2016. 

A palavra dízimo significa a “décima parte” que os judeus davam de tudo o que colhiam da terra com o seu trabalho. Também hoje, todos são convidados a oferecer o dízimo, mas nem o Catecismo da Igreja Católica e nem o Código de Direito Canônico obrigam que essa “parte” seja exatamente 10% do salário de cada fiel. 

“Dízimo é um ato de fé e de ação de graças a Deus, que é sumamente bom e digno de ser amado. Essa experiência está enraizada na fé de nossos primeiros pais, como podemos ver a partir da Bíblia Sagrada, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento”, explicou Dom Sergio de Deus Borges, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo e Referencial para a Pastoral do Dízimo. 

Mais do que uma simples devolução e preceito, o dízimo é uma prática que manifesta o sentimento de pertença do fiel à comunidade eclesial e remonta à experiência vivida pelos primeiros cristãos, como está relatado nos Atos dos Apóstolos: “Todos os fiéis, unidos, tinham tudo em comum; vendiam as propriedades e os seus bens e dividiam o preço entre todos, segundo as necessidades de cada um” (At 2,44; 4, 32-34).
 

Corresponsabilidade

Além da dimensão religiosa, o dízimo está relacionado à fé e à pertença a uma comunidade e torna o batizado corresponsável com a vida e missão da Igreja, não apenas para a manutenção da estrutura material do templo e seus ministros, mas também para o sustento das iniciativas pastorais. 

“O dízimo, além de preocupar-se com as necessidades paroquiais, também se preocupa com a necessidade do próximo. O Papa Francisco tem insistido na necessidade de sermos uma Igreja em saída. Precisamos ir ao encontro do próximo também por meio do dízimo”, salientou Luiz Fernando Porto Pinto, Coordenador Arquidiocesano da Pastoral do Dízimo. 

A proposta da campanha arquidiocesana deste ano chama a atenção para o aspecto missionário do dízimo, a partir da experiência de Nossa Senhora que, ao receber a graça da encarnação de Jesus em seu ventre, saiu em missão ao encontro de Isabel, que estava necessitada. Segundo Luiz Fernando, assim também deve ser o dizimista, que sai de si para o encontro dos que mais necessitam, partilhando seus bens com a comunidade. 

 

Ação evangelizadora

A Paróquia Imaculada Conceição, na Região Episcopal Ipiranga, tem feito um trabalho de conscientização dos paroquianos a respeito do dízimo, especialmente após passar por um processo de renovação pastoral e missionária por ocasião das comemorações do seu jubileu de ouro, festejado entre 2016 e 2017. Em outras palavras, o resultado das atividades missionárias da Paróquia também é um fruto do dízimo. 

Cristiane dos Santos Barbosa, Coordenadora da Pastoral do Dízimo da Paróquia, explicou ao O SÃO PAULO que em 2014 havia cerca de cem dizimistas ativos e hoje esse número dobrou. Ela reiterou a necessidade de que os fiéis tenham consciência da fidelidade e o vínculo que o dízimo gera com a Paróquia. “Mesmo tendo um número de dizimistas, as paróquias não conseguem contar todo mês com determinada arrecadação, porque nem sempre há a fidelidade mensal, ainda mais neste período de crise econômica no País”, ponderou. 

O Padre Boris Agustin Nef Ulloa, Pároco, ressaltou que o compromisso do dízimo é uma experiência de fé, de adesão à Palavra de Deus e uma resposta de cada pessoa a tudo aquilo que recebe de Deus. 

Na Paróquia Imaculada Conceição, além de ajudar a pagar as contas, arcar com a manutenção mensal da igreja e na aquisição de materiais para as pastorais, 
o dízimo é destinado a um fundo para a formação de leigos e agentes de pastorais, assistência às famílias carentes e também na partilha com alguma instituição do bairro ou outra paróquia que esteja em dificuldade econômica. “Quando a pessoa é dizimista, ela cresce na consciência de que é responsável por manter a ação evangelizadora da Paróquia”, concluiu Padre Boris.

(Colaborou: Júlia Cabral)
 
A INCIDÊNCIA DO DÍZIMO NA VIDA DA IGREJA
•  As finalidades do dízimo decorrem de sua natureza e dimensões;
•  O dízimo deve coincidir com as “obras de apostolado” da Igreja;
 O dízimo está relacionado com o crescimento e a vivência da fé;  
•  Ele cresce conjuntamente com a qualidade de vida cristã;
•  O dízimo é utilizado para organizar o culto divino, prover o sustento do clero e demais ministros, praticar obras de apostolado, de missão e de caridade;
•  No Código de Direito Canônico: “os fiéis têm obrigação de socorrer as necessidades da Igreja”, para exercer os seus fins (cân. 222 §1);
•  O dízimo deve ser usado para promover a justiça social e socorrer os necessitados;
•  As comunidades devem fazer uma motivação permanente de cultivo integral do dízimo;
•  Ele se sustenta a partir da experiência de Deus na vida cristã;
•  O dízimo não se sustenta quando a preocupação é só com os dividendos.
Fonte: CNBB
 

Comente

Igreja no Brasil celebra a Semana Nacional da Vida

Por
05 de outubro de 2017

Começou no dia 1º, a Semana Nacional da Vida, que segue até o domingo, 8, Dia do Nascituro. A Semana é organizada anualmente pela Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família da CNBB. 

O tema proposto para a reflexão neste ano é “Bendito é o fruto do teu ventre” (Lc 1,42), em consonância com a celebração do Ano Mariano Nacional. Segundo Dom João Bosco de Sousa, Bispo de Osasco (SP) e Presidente da referida Comissão, a proposta dessa semana é fazer com que os fiéis pensem no significado da vida, “o maior presente que recebemos de Deus. Defender a vida é defender a Deus!”, afirmou. 

Durante os oito dias, as dioceses, paróquias e comunidades devem se reunir e promover atividades que girem em torno do tema proposto, por meio do subsídio “Hora da Vida”, já disponível no site da CNBB.

O material sugere às famílias o atendimento ao chamado do Papa Francisco para uma Igreja em saída, com visitas a gestantes, procura por serviços de acolhida e auxílio a mulheres grávidas que pensam em abortar, aproximação e acompanhamento a mulheres que já abortaram, para que façam um trajeto de encontro com a misericórdia divina, além de ajuda aos marginalizados na restauração de suas histórias.

Dom João Bosco recordou os ensinamentos de São João Paulo II na Encíclica Evangelium Vitae , que reflete sobre o valor e a inviolabilidade da vida humana.  Já neste documento, o Papa mencionou as ameaças à vida humana, “sobretudo quando ela é débil e indefesa”.

“Estamos vivendo uma cultura que tem simpatia pela morte, seja por conta do egoísmo crasso, das doenças provocadas pelo estresse, das agressões físicas, o tráfico de drogas, as migrações. Todo esse contexto de morte bate à nossa porta. É preciso cultivarmos essa atitude de cuidado com a vida”, ponderou Dom João Bosco. 

Na Arquidiocese de São Paulo, diversas atividades estão acontecendo, em nível paroquial e regional. Uma destas será a “1ª Subida ao Pico pela Vida”, uma caminhada em prol dos direitos do nascituro, no domingo, 8, a partir das 8h, saindo do portão 01 do Parque Estadual do Jaraguá. Em cada paróquia, deverá ocorrer também reuniões de oração e reflexão acerca do tema.

Comente

Morre aos 98 anos Dom José Maria Pires

Por
30 de agosto de 2017

A Arquidiocese da Paraíba comunicou na noite do domingo, 27, o falecimento de Dom José Maria Pires, Arcebispo Emérito da Paraíba. Ele tinha 98 anos de idade e estava internado em um hospital de Belo Horizonte (MG), onde tratava de uma pneumonia.

“A igreja perde, neste domingo em que comemoramos o Dia do Catequista, um grande pastor. Dom José foi um dos catequistas mais ativos e humildes à frente do seu rebanho, e que soube impor a sua voz, sempre que necessário, em defesa dos menos favorecidos. O ‘Dom Pelé’, como ficou carinhosamente conhecido, faz a sua passagem deixando em nós o exemplo de como ser Igreja, de como estar à frente do Povo de Deus. Descanse em paz, Dom José! Temos a certeza de que, crentes na ressurreição, ao lado do Pai, o senhor agora vai abençoar do Céu todos os que fazem a Arquidiocese da Paraíba”, expressou Dom Manoel Delson, Arcebispo Metropolitano da Paraíba.

O velório de Dom José Maria Pires será nessa segunda-feira, dia 28, na Paróquia Nossa Senhora das Dores –  Rua Silva Jardim, 100 – bairro Floresta, em Belo Horizonte, com início previsto às 10h30,  com Celebração Eucarística às 12h, presidida por Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte (MG). O sepultamento será na Paraíba.

 

Sobre Dom José Maria Pires

Dom José Maria Pires nasceu no dia 15 de março de 1919, na cidade de Córregos (MG), filho de Eleutério Augusto Pires e Pedrelina Maria de Jesus. Foi ordenado presbítero no dia 20 de dezembro de 1941, em Diamantina (MG). No dia 25 de maio de 1957 recebeu a nomeação episcopal, e a sagração ocorreu no dia 22 de setembro de 1957, em Diamantina.

Foi formado em Teologia e Filosofia pelo Seminário de Diamantina (MG), cursos que realizou entre 1936 e 1941. Antes de ser Bispo, Dom José foi pároco de Açucena-MG (1943-1946); diretor do Colégio Ibituruna em Governador Valadares-MG (1946-1953); missionário diocesano (1953-1955); e pároco de Curvelo-MG (1956-1957). Atuou como Bispo em Araçuaí-MG (1957-1965), de onde veio para ser Arcebispo da Paraíba (1966-1995).

Foi também membro da Comissão Central da CNBB e Presidente do Regional Nordeste 2 da CNBB, que compreende as dioceses nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Ele foi um dos bispos brasileiros que participou do Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965).

Na biografia de Dom José destaca-se a sua atuação na época da Ditadura Militar, quando desenvolveu um trabalho pautado na conjunção da atividade religiosa com a defesa dos direitos humanos, com vistas à mudança social. Prestou apoio nos conflitos pela terra na Paraíba, defendendo camponeses de perseguições. E lutou contra a discriminação e o racismo, incentivando a organização e a luta dos afro-brasileiros.

Dom José tinha como lema episcopal: “Scientiam Salutis” (A ciência da Salvação). Foi o quarto Arcebispo da Paraíba. Dom José Maria Pires ficou à frente da Arquidiocese de 1966 até 29/11/1995, sendo sucedido por Dom Marcelo Pinto Carvalheira.

Participante ativo da luta pelos direitos dos negros, em 2013, publicou o livro “A cultura religiosa afro-brasileira e seu impacto na cultura universitária”. Desde 1995, Dom José Maria Pires passou a atuar mais diretamente em paróquias de Córregos e Santo Antônio do Norte, no Vale do Jequitinhonha, onde se dedicou também a um projeto de geração de renda para centenas de famílias carentes dessa região. Nos últimos anos, residia na Arquidiocese de Belo Horizonte.

 

 

Fonte: CNBB e Arquidiocese de Belo Horizonte

LEIA TAMBÉM

Padre Alfredo José Gonçalves: Herança de Dom José Maria Pires

Comente

Páginas

Para pesquisar, digite abaixo e tecle enter.