Colômbia: o primeiro passo para recomeçar com Cristo

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05 de setembro de 2017

A Colômbia está preparada para receber o Papa Francisco! Ruas, parques, praças, transporte público, jornais, revistas… estão revestidos de fotos e frases dizendo: “bem-vindo a Colômbia Papa Francisco”. Caminhando pelas ruas e nas paróquias se escuta facilmente as pessoas falando da expectativa de ver o Sumo Pontífice, escutar sua voz e a mensagem que traz a todos os colombianos.

A Visita Apostólica do Papa Francisco, do dia 6 a 10 de setembro, é um momento de graça, alegria e esperança para todo o país, que viveu décadas de conflitos armados e de violência, e atualmente vive um processo de reconciliação nacional. O lema da visita: “Demos o primeiro passo”, é um convite para que os colombianos deem o primeiro passo para começar algo novo com Cristo, por meio da reconciliação, para alcançar a paz.

Dom Joaquín Pinzón, bispo do Vicariato de Puerto Leguízamo-Solano, na amazônia colombiana, (que chegou para receber o Papa Francisco e partilha suas expectativas) expressa que “a visita do nosso Papa motiva as pessoas ao perdão, à reconciliação e a fazer o esforço de construir a paz que tanto desejamos”.

Comparte que “o lema da visita do Santo Padre é ‘demos o primeiro passo’; comecemos agora com gestos de bondade e de amabilidade, com gestos concretos que levem as pessoas a comprometer-se com a paz que tanto sonhamos e queremos todos os colombianos”.

A alegria, elemento próprio de cada colombiano, se expressa nas cores branca e amarela da bandeira do Vaticano que começam a ser vistas em carros, casas e igrejas por toda Bogotá, bem como pelas redes sociais que já conta com uma quantidade imensa de mensagens, marcos, fotos, canções dando as boas-vindas ao mensageiro de paz e esperança.

Nos cinco dias que estará em Colômbia, o Papa Francisco visitará quatro cidades: Bogotá, Villavicencio, Medellín e Cartagena; mas, sem dúvida, está mobilizando todos os cantos da Colômbia, dos países vizinhos e do mundo para acompanhar, celebrar e rezar pela paz e a reconciliação.

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A memória da vocação reaviva a esperança

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30 de agosto de 2017

“A memória da vocação reaviva a esperança”. Com este tema de sua catequese, o Papa Francisco voltou a realizar a Audiência Geral na Praça São Pedro, que esta quarta-feira teve a presença de sacerdotes do Colégio Pio Brasileiro e da equipe da Chapecoense, que na noite de sexta-feira disputará um amistoso no Estádio Olímpico contra o Roma.

"Recordar-se de Jesus, do fogo de amor com o qual um dia concebemos a nossa vida como um projeto de bem e reavivar com esta chama a nossa esperança" é "uma dinâmica fundamental da vida cristã".

O Papa Francisco concentrou sua catequese da Audiência Geral desta quarta-feira – que voltou a ser realizada na Praça São Pedro -na relação entre memória e esperança, com particular referência à memória da vocação.

E para ilustrar isto, usou como exemplo o chamado dos primeiros discípulos de Jesus, uma experiência que ficou de tal forma impressa em suas memórias, que João já idoso chegou até mesmo a precisar a hora: "Eram cerca de 4 horas da tarde".

Após a frase pronunciada às margens do Jordão por João Batista "Eis o Cordeiro de Deus", Jesus ganha dois novos jovens seguidores, a quem pergunta: "Que procurais?".

"Jesus - observou o Papa - aparece nos Evangelhos como um especialista de coração humano. Naquele momento, havia encontrado dois jovens que estavam buscando, com uma saudável inquietude":

"Com efeito, que juventude é uma juventude satisfeita, sem uma busca de sentido? Os jovens que não buscam nada não são jovens, estão aposentados, envelheceram antes do tempo. É triste ver jovens aposentados. E Jesus, em todo o Evangelho, em todos os encontros que lhe acontecem ao longo do caminho, aparece como um "incendiário" dos corações".

Por isso faz a pergunta "o que procurais?", justamente para “fazer emergir o desejo de vida e de felicidade que cada jovem traz dentro”.

Então, Francisco pergunta aos jovens que estão na Praça São Pedro e aqueles que acompanham pela mídia:

“Tu, que és jovem, o que procuras? O que procuras no teu coração?”

E foi assim que começou a vocação de João e de André, dando início a uma amizade com Jesus tão forte, que criou uma comunhão de vida e de paixão com Ele. E esta convivência com Jesus, transformou-os logo em missionários, tanto que seus irmãos Simão e Tiago também passam a seguir Jesus.

"Foi um encontro tão tocante, tão feliz, que os discípulos recordarão para sempre aquele dia que iluminou e orientou a juventude deles", ressaltou o Papa.

Francisco diz a seguir que a própria vocação neste mundo pode ser descoberta de diferentes maneiras, "mas o primeiro indicador é a alegria do encontro com Jesus":

"Matrimônio, vida consagrada, sacerdócio: cada vocação verdadeira inicia com um encontro com Jesus que nos dá alegria e uma esperança nova; e nos conduz, mesmo em meio às provações e dificuldades, a um encontro sempre mais pleno, cresce, aquele encontro, maior, o encontro com Ele e à plenitude da alegria".

O Papa observa então, que "o Senhor não quer homens e mulheres que o sigam de má vontade, sem ter no coração o vento da alegria", perguntando aos presentes: “Vocês, que estão na praça, vocês têm o vento da alegria? Cada um se pergunte: Eu tenho dentro de mim, no coração, o vento da alegria?”:

"Jesus quer pessoas que tenham experimentado que estar com Ele traz uma felicidade imensa, que pode ser renovada a cada dia da vida. Um discípulo do Reino de Deus que não é alegre, não evangeliza este mundo,  é um triste. Nos tornamos pregadores de Jesus, não aperfeiçoando as armas da retórica: tu podes falar, falar, falar, mas se não existe uma outra coisa, como pode se tornar pregador de Jesus? Tendo nos olhos o brilho da verdadeira felicidade. Vemos tantos cristãos, também entre nós, que com os olhos te transmitem a alegria da fé: com os olhos!”.

Por isto o cristão - assim como o fez a Virgem Maria - deve proteger "a chama de seu enamoramento":

"Certamente, existem provações na vida, existem momentos em que é necessário seguir em frente não obstante o frio e os ventos contrários. Porém os cristãos conhecem o caminho que conduz àquele fogo sagrado que os acendeu uma vez para sempre".

O Papa por fim, alerta para não darmos atenção à quem nos tira o entusiasmo e a esperança, mas a sonharmos com um mundo diferente e cultivarmos sãs utopias:

"Mas por favor, recomendo: não demos ouvidos às pessoas desiludidas e infelizes; não escutemos quem recomenda cinicamente para não cultivar esperanças na vida; não confiemos em quem apaga ao nascer cada entusiasmo, dizendo que nenhuma empresa vale o sacrifício de toda uma vida; não escutemos "velhos" de coração que sufocam a euforia juvenil.  Procuremos os velhos que têm os olhos brilhantes de esperança! Cultivemos, pelo contrário, sãs utopias: Deus nos quer capazes de sonhar como Ele e com Ele, enquanto caminhamos bem atentos à realidade. Sonhar um mundo diferente. E se um sonho se apaga, voltar a sonhá-lo de novo, indo com esperança à memória das origens, aquelas brasas que, talvez, depois de uma vida não tão boa, estão escondidas sob as cinzas do primeiro encontro com Jesus". 

Antes de saudar os peregrinos de língua italiana, o Papa Francisco fez um apelo pelo Dia de Oração pelo Cuidado da Criação:

“Depois de amanhã, 1º de setembro, recorre o Dia de Oração pelo cuidado da criação. Nesta ocasião, eu e meu querido irmão Bartolomeu, Patriarca ecumênico de Constantinopla, preparamos juntos uma Mensagem. Nela convidamos todos a assumir uma atitude respeitosa e responsável com a criação. Fazemos, além disto, um apelo àqueles que desempenham papeis influentes, para escutar o grito da terra e o grito  dos pobres, que são os que mais sofrem pelos desequilíbrios ecológicos”.

(JE)

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Cardeal italiano representará Francisco nas comemorações do Ano Mariano

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24 de agosto de 2017

Será o cardeal italiano Giovanni Battista Re, Presidente emérito da Pontifícia Comissão para a América Latina, que irá representar o Papa nas celebrações do III Centenário da Aparição da imagem de Nossa Senhora, no Santuário Nacional de Aparecida (SP), entre 10 e 12 de outubro. A nomeação foi anunciada na manhã da quinta-feira, 17, pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

A imagem de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada no rio Paraíba do Sul no ano de 1717. As comemorações dos ‘300 anos de Bênçãos’ de Nossa Senhora tiveram início no dia 12 de outubro de 2016 e para celebrar esse grandioso tricentenário, o Santuário Nacional está promovendo uma programação especial de devoção e obras de fé. A programação pode ser consultada em www.a12.com/ santuario-nacional.

(Com informações da Rádio Vaticano)

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‘Nossa Senhora nos traz a capacidade de atravessar com fé os momentos mais difíceis’

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24 de agosto de 2017

Falando aos fiéis na Praça São Pedro, no Ângelus da Solenidade da Assunção de Nossa Senhora (celebrada no Brasil no domingo, 20), o Papa Francisco recordou que todos devem pedir a Maria, em favor das famílias e comunidades, aquele dom imenso: a graça que é Jesus Cristo.

A narrativa de Lucas da visita de Maria à sua prima Isabel inspirou a reflexão do Papa. Francisco recordou que “na casa de Isabel e de seu marido, Zacarias, onde antes reinava a tristeza pela falta de filhos, agora existe a alegria de uma criança que chega, uma criança que se tornará o grande João Batista”. E completou, falando da visita da Virgem: “Quando chega Maria, a alegria transborda e explode nos corações, porque a presença invisível, mas real, de Jesus preenche tudo com um sentido: a vida, a família, a salvação do povo, tudo!”

“E esta alegria plena – explica o Santo Padre – se expressa com a voz de Maria na oração do Magnificat: É o canto de louvor a Deus que opera grandes coisas por meio das pessoas humildes, desconhecidas para o mundo, como é a própria Maria, como é o seu esposo José. As grandes coisas que Deus fez com as pessoas humildes! As grandes coisas que o Senhor faz no mundo com os humildes, porque a humildade é como um vazio, que deixa espaço para Deus. O humilde é poderoso, não porque é forte. E essa é a grandeza da humildade.”

“Celebrando Maria Santíssima Assunta ao Céu, gostaríamos que ela, mais uma vez, trouxesse a nós, a nossas famílias, às nossas comunidades, o dom imenso, a graça única que devemos sempre pedir por primeiro e acima das outras graças: a graça que é Jesus Cristo. Trazendo Jesus, Nossa Senhora traz também a nós uma alegria nova, cheia de significado: nos traz uma nova capacidade de atravessar com fé os momentos mais dolorosos e difíceis; que possamos ter uma fé forte, alegre e misericordiosa, que nos ajude a sermos santos, para nos encontrarmos com ela um dia no Paraíso”, concluiu o Pontífice.

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Maria nos capacita a atravessar com fé os momentos dolorosos

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15 de agosto de 2017

“Trazendo Jesus, Nossa Senhora traz também a nós uma nova alegria, cheia de significado; nos traz uma nova capacidade de atravessar com fé os momentos mais dolorosos e difíceis”.

Falando aos milhares de fiéis presentes na Praça São Pedro para o Angelus na Solenidade da Assunção, o Papa Francisco recordou que devemos pedir a Maria para nossas famílias e comunidades aquele “dom imenso”, “a graça que é Jesus Cristo”.

A narrativa de Lucas da visita de Maria à sua prima Isabel inspirou a reflexão do Papa, que precede a oração do Angelus.

Francisco recordou que “na casa de Isabel e de seu marido Zacarias, onde antes reinava a tristeza pela falta de filhos, agora existe a alegria de uma criança que chega, uma criança que se tornará o grande João Batista, precursor do Messias”. E completou:

“E quando chega Maria, a alegria transborda e explode nos corações, porque a presença invisível mas real de Jesus preenche tudo com um sentido: a vida, a família, a salvação do povo, tudo!”

“E esta alegria plena – explica o Santo Padre – se expressa com a voz de Maria na oração estupenda” do Magnificat:

“É o canto de louvor a Deus que opera grandes coisas por meio das pessoas humildes, desconhecidas para o mundo, como é a própria Maria, como é o seu esposo José, e como é também o local onde vivem, Nazaré. As grandes coisas que Deus fez com as pessoas humildes! As grandes coisas que o Senhor faz no mundo com os humildes, porque a humildade é como um vazio, que deixa espaço para Deus. O humilde é poderoso, não porque é forte. E esta é a grandeza do humilde, da humildade.”

“Gostaria de perguntar a vocês, e também a mim - completou Francisco. Mas não se responde em voz alta, cada um responde no coração. Como está a minha humildade?”

“O Magnificat – disse o Papa – canta o Deus misericordioso e fiel que cumpre o seu plano de salvação com os pequenos e os pobres, com aqueles que têm fé n’Ele, que confiam na sua palavra como Maria”.

“A vinda de Jesus naquela casa por meio de Maria – sublinhou Francisco – criou não somente um clima de alegria e de comunhão fraterna, mas também um clima de fé que leva à esperança, à oração, ao louvor”:

“Tudo isto nós gostaríamos que acontecesse hoje em nossas casas. Celebrando Maria Santíssima Assunta ao Céu, gostaríamos que ela, mais uma vez, trouxesse a nós, a nossas famílias, às nossas comunidades, o dom imenso, a graça única que devemos sempre pedir por primeiro e acima das outras graças que também estão no coração: a graça que é Jesus Cristo”.

“Trazendo Jesus – acrescentou o Pontífice – Nossa Senhora traz também a nós uma alegria nova, cheia de significado”:

“Nos traz uma nova capacidade de atravessar com fé os momentos mais dolorosos e difíceis; nos traz a capacidade de misericórdia para perdoar-nos, compreender-nos, apoiarmo-nos uns aos outros”.

“Maria – disse o Papa ao concluir sua reflexão – é modelo de virtude e de fé”, “agradeçamos a ela porque sempre nos precede na peregrinação da vida e da fé”, pedindo que “nos proteja e nos sustente”. “Que possamos ter uma fé forte, alegre e misericordiosa, que nos ajude a sermos santos, para nos encontrarmos com ela um dia no Paraíso”.

(JE)

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Vaticano desmente que Papa enviou bênção a casal homossexual

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11 de agosto de 2017

A Subdiretora da sala de imprensa do Vaticano, Paloma García Ovejero, enviou comunicado da imprensa à ACI, na quarta-feira, dia 9, negando que o Papa Francisco tenha felicitado dois homossexuais brasileiros pelo Batismo de filhos adotivos na cidade de Curitiba (PR).

A montagem da suposta bênção do Papa Francisco ao casal homossexual formado pelo ativista LGBT Tony Reis e David Harrad começou quando ambos publicaram no Facebook que em abril enviaram uma carta ao Pontífice sobre o batismo de seus três filhos adotados, Alyson, Jéssica e Filipe, em uma igreja em Curitiba (PR).

Posteriormente, asseguraram à imprensa que um membro da Secretaria de Estado do Vaticano, o Monsenhor Paolo Borgia, os havia felicitado em nome do Papa através de uma carta.

No entanto, a dita carta difundida é o modelo padrão de resposta de cortesia que o Vaticano envia a todas as pessoas que escrevem ao Papa, conforme esclareceu à ACI Paloma García Overejo.

“Em relação à carta assinada pelo Monsenhor Assessor da Secretaria de Estado, reitero que a afirmação do senhor Toni Reis de que se trata de uma resposta ao casal é falsa. A carta estava dirigida somente a ele (‘Prezado Senhor’)”, pontuou, esclarecendo, ainda, que “embora seja verdade que no corpo do texto haja referência a uma bênção à família do destinatário, se precisa que em português essa expressão tem um sentido genérico e amplo”.

Por último, escreveu Paloma: “Na resposta enviada pela Seção Portuguesa da Secretaria de Estado em nome do Santo Padre, não há nenhum elemento que faça referência ao conteúdo concreto da carta do senhor Reis, exceto o agradecimento do Papa com a expressão da ‘estima e veneração ao Pastor da Igreja universal’”.

 

(Com informações da ACI)

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Papa intima religiosos belgas a deixar de oferecer eutanásia a doentes mentais

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11 de agosto de 2017

A Sala de Imprensa da Santa Sé confirma que o Papa Francisco ordenou ao ramo belga do Instituto religioso dos Irmãos da Caridade para por fim até este mês de agosto à prática de oferecer a eutanásia aos pacientes psiquiátricos internados nas estruturas que administra.

A ordem foi transmitida pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica ao Superior Geral do Instituto, Frei René Stockman. Caso não for atendida, será ocasião para severos procedimentos canônicos, que podem incorrer em excomunhão.

O próprio Stockman havia afirmado à Agência dos bispos estadunidenses CNS que o Papa havia aprovado pessoalmente a intimação para que os métodos em uso fossem interrompidos até agosto pela instituição, que administra 15 centros para pacientes com problemas psiquiátricos.

 

"Kit eutanásia" belga - ANSA(RV)

Uso da eutanásia

O grupo dos Irmãos da Caridade havia anunciado em maio que permitiria que os médicos realizassem a eutanásia em seus 15 hospitais psiquiátricos na Bélgica – país que junto com a Holanda autoriza o uso da eutanásia em pacientes com problemas de saúde mental.

A instituição de caridade disse em uma declaração que a eutanásia só seria realizada caso não houvesse "nenhuma alternativa de tratamento razoável".

A eutanásia vai contra os princípios da Igreja Católica e a Santa Sé começou a investigar a decisão do conselho de administração do grupo em permitir a prática da eutanásia.

 

Magistério da Igreja

Os religiosos que fazem parte do conselho do Grupo Irmãos da Caridade deverão assinar uma carta a ser enviada ao Superior Geral declarando que “apoiam plenamente a visão do Magistério da Igreja Católica, que sempre confirmou que a vida humana deve ser respeitada e protegida em termos absolutos, desde o momento da concepção até seu fim natural”.

Os irmãos que se recusarem a assinar tal declaração sofrerão sanções com base no Direito Canônico, enquanto o grupo poderá sofrer ações legais, o que contempla até mesmo a expulsão da Igreja caso não houver mudança nos métodos usados.

“O grupo – acrescentou Stockman – não deve mais considerar a eutanásia, em nenhuma circunstância, como solução para os sofrimentos humanos”.

(JE/AP)

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Solidariedade com vítimas do ataque à igreja na Nigéria

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08 de agosto de 2017

Ao ser informado do ataque contra uma igreja católica na Nigéria, em que 11 pessoas foram mortas domingo (06/08), o Papa Francisco enviou uma mensagem de pesar ao bispo de Nnewi, Dom Hilary Paul Odili Okeke. 

“Entristecido pelo violento ataque à Igreja Saint Philip, de Ozubulu, Sua Santidade estende suas condolências a todos os fiéis da Diocese de Nnewi, especialmente às famílias da vítimas e aos atingidos pela tragédia e invoca as bênçãos consoladoras para todos”.

A mensagem é assinada pelo Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado.

 

Conflitos étnicos na raiz do caso

As investigações iniciais apontam como causa da tragédia uma vingança tribal, e não o terrorismo. O local onde ocorreu o ataque não é ameaçado pelo grupo islâmico Boko Haram, que costuma perpetrar atentados contra cristãos e muçulmanos, tem como alvo principal o nordeste do país. Já a Diocese de Nnewi, onde se situa Ozubulu, está no estado meridional de Anambra e é habitada em maioria por cristãos.

Dom Ignatius Ayau Kaigama, arcebispo de Jos, no centro do país, se encontra em Roma e declarou à RV que “o sul da Nigéria é aonde a Igreja Católica está presente há mais tempo; os primeiros missionários chegaram em 1885. Neste território acontecem episódios ligados a questões de terra e agricultura, mas um ataque como este era inesperado”.

Dom Kaigama reza para que esta brutalidade permaneça um ‘caso isolado’ e acrescenta: “Vivemos tantos problemas na Nigéria e não queremos que a tensão aumente. Precisamos de paz porque nosso país tem muitos recursos, que se forem bem usados podem nos fazer viver em paz”. 

(cm)

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Ser batizado significa ser chamado a difundir a luz de Deus

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02 de agosto de 2017

“Ser batizado significa ser chamado a difundir a luz da esperança de Deus neste mundo sem esperança”. Ao retomar as Audiências Gerais após a pausa no mês de julho, o Papa Francisco dedicou sua catequese ao "Batismo, como porta da esperança".

Dirigindo-se ao sete mil presentes na Sala Paulo VI, Francisco começou sua reflexão recordando que nos tempos modernos praticamente desapareceu o fascínio pelos antigos ritos do Batismo, assim como alegorias que tinham um grande significado para o homem antigo, como a orientação das Igrejas para o Oriente, “local onde as trevas eram vencidas pela primeira luz da aurora, o que nos remete a Cristo”, "que nos vai trazer do alto a visita do Sol nascente."

Permanece intacta em seu significado no entanto – observou o Papa – “a profissão de fé feita segundo a interrogação batismal, que é própria da celebração de alguns sacramentos”.

Mas, o que quer dizer “ser cristãos?”, pergunta. “Quer dizer olhar para a luz, continuar a fazer a profissão de fé na luz, mesmo quando o mundo é envolvido pela noite e pelas trevas”:

“Nós somos aqueles que acreditam que Deus é Pai: esta é a luz! Acreditamos que Jesus desceu entre nós, caminhou em nossas próprias vidas, tornando-se companheiro especialmente dos mais pobres e frágeis: esta é a luz! Nós acreditamos que o Espírito Santo age incansavelmente para o bem da humanidade e do mundo, e até mesmo as maiores dores da história serão superadas: esta é a esperança que nos desperta todas as manhãs! Acreditamos que cada afeto, cada amizade, cada desejo bom, cada amor, até mesmo aqueles mais momentâneos e negligenciados, um dia encontrarão o seu cumprimento em Deus: esta é a força que nos impulsiona a abraçar com entusiasmo a nossa vida todos os dias!”

O Papa recorda então outro sinal “muito bonito da liturgia batismal, que nos recorda a importância da luz”, que é quando ao final do rito é entregue aos pais da criança - ou ao adulto batizado - uma vela, cuja chama é acesa no Círio Pascal.

O Círio Pascal que na noite de Páscoa entra na igreja completamente escura, para manifestar a Ressurreição de Jesus:

“Daquele Círio – explica Francisco – todos acendem a própria vela e transmitem a chama aos vizinhos: neste sinal existe a lenta propagação da ressurreição de Jesus na vida de todos os cristãos. A vida da Igreja é contaminação de luz”.

O Santo Padre reitera então a importância de sempre recordarmos de nosso Batismo, explicando:

“Nós nascemos duas vezes: a primeira à vida natural, a segunda, graças ao encontro com Cristo, na fonte batismal. Ali somos mortos para a morte, para viver como filhos de Deus neste mundo. Ali nos tornamos humanos como nunca poderíamos ter imaginado. Eis porque todos devemos espalhar a fragrância do Crisma com o qual fomos marcados no dia do nosso Batismo. Em nós vive e opera o Espírito de Jesus, o primogênito de muitos irmãos, de todos aqueles que se opõem a inevitabilidade das trevas e da morte”.

“Que graça – exclama Francisco – quando um cristão torna-se realmente um “cristóforo”,  um “portador de Cristo” no mundo!”, sobretudo “para aqueles que estão atravessando situações de luto, de desespero, de trevas e de ódio”, e isto pode ser percebido por tantos pequenos gestos:

“Da luz que um cristão traz nos olhos, da profunda serenidade que não é afetada mesmo nos dias mais complicados, pelo desejo de recomeçar a querer bem mesmo quando se tenha experimentado muitas decepções”.

“No futuro – pergunta o Papa ao concluir sua reflexão -  quando for escrita a história do nosso dia, o que se dirá de nós? Que fomos capazes de esperança, ou que  colocamos a nossa luz debaixo do alqueire? Se formos fiéis ao nosso Batismo, propagaremos a luz da esperança de Deus e poderemos passar para as gerações futuras razões de vida”.

Ao saudar os peregrinos em língua portuguesa, o Papa Francisco citou, em particular, os membros da Fraternidade dos “Irmãozinhos de Assis” presentes.

“Ser batizados - disse o Papa– significa ser chamado à Santidade. Peçamos a graça de poder viver os nossos compromissos batismais como verdadeiros imitadores de cristo, nossa esperança e nossa paz”.

(JE)

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Filho espiritual de Charles de Foucauld é nomeado Reitor do Seminário Romano

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01 de agosto de 2017

“A notícia sobre o pedido explícito do Papa Francisco de confiar ao Irmão Gabriele a guia da formação dos futuros presbíteros no Seminário Romano foi para a nossa pequena fraternidade um “relâmpago no céu sereno”, certamente uma novidade que surpreendeu a todos. A nomeação, ocorrida em finais de junho, foi confirmada pelo Capítulo Geral da nossa Congregação e anunciada oficialmente hoje, 31 de julho de 2017”.

Com evidente surpresa, os Pequenos Irmãos de Jesus Caritas – instituto religioso da família espiritual de Charles de Foucauld, Beato francês (1858-1916) explorador do Sahara, eremita, linguista e missionário entre os tuareg, apóstolo da fraternidade entre as diversas culturas – anunciaram em seu site a nomeação pelo Papa Francisco do Irmão Gabriele Faraghini, romano de 51 anos, como novo Reitor do Pontifício Seminário Romano Maior, onde se formam os jovens que se preparam ao sacerdócio, pertencentes à Diocese de Roma ou provenientes de outras Dioceses na Itália e no mundo.

Com a nomeação, o Papa Francisco demonstra uma particular atenção à formação de sacerdotes com uma característica “missionária”, de uma “Igreja em saída”.

Após ser ordenado em 16 de maio de 1992 na Basílica São João de Latrão pelo então Vigário Camillo Ruini, Padre Faraghini ingressou nos Pequenos Irmãos de Jesus Caritas, partindo para a Terra Santa, mais especificamente Nazaré, para o ano de noviciado.

Mais tarde foi Pároco em Limiti di Spello (1998-2005) e Foligno (2005-2017).

No Seminário Maior sucede ao siciliano Padre Concetto Occhipinti.

Durante o Capítulo Geral recém concluído, falou sobre “ser pequeno irmão presbítero na paróquia”.

“O segundo ponto – disse entre outras coisas – é a gratuidade da presença. Viver entregue, sem interesse próprio, somente estando lá. O Irmão Charles de Jesus falava do anúncio do Evangelho com a vida, da evangelização por meio da amizade e da bondade. Imitar Jesus na vida cotidiana de Nazaré é estar em um lugar e compartilhar a vida com quem está ali. Fazer amizade com as pessoas: esta foi a atividade do Irmão Charles no deserto do Sahara”.

“Gabriele não é um padre extraordinário – comentam os Pequenos Irmãos – mas alguém que busca sempre dar o melhor de si. Não é um amante das redes sociais, pois prefere os encontros face a face com as pessoas, pequenas e grandes que sejam, próximas ou afastadas da Igreja. Não é um grande apaixonado por “planos pastorais”, porque como Charles de Foucauld considera que “é preciso deixar-se guiar pelas circunstâncias e pela ajuda de Deus”; tudo isto o Papa Francisco o sabe bem, mas não deixou por menos, dizendo que o presbítero deve saber viver a fraternidade, rezar e amar as pessoas. O resto vem por si”.

(JE/Ansa)

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