‘Não se pode santificar seu clero se não se estiver próximo a ele’

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08 de junho de 2017

O Papa Francisco devotou seu discurso para a Assembleia Plenária da Congregação para o Clero, reunida na quinta-feira, dia 1º, à reflexão sobre os jovens sacerdotes e ao acompanhamento feito pelos bispos àqueles que estão iniciando seu ministério em meio ao entusiasmo dos primeiros  projetos e os medos e responsabilidades do labor apostólico.

Voltando-se aos bispos, o Papa indagou como cada um deles vem tratando as jovens vocações: “é importante para  os jovens sacerdotes ter  padres mais velhos e bispos encorajando-os, e não só esperando por eles pela necessidade de preencher buracos vazios. Não preencham esses buracos com pessoas que não foram chamadas pelo Senhor. Testem a vocação desses rapazes. Acolher pessoas só porque estamos em necessidade é hipotecar a Igreja!”, afirmou o Papa.

Logo após, Francisco recomendou aos bispos proximidade com o seu clero: “Não deixem seus padres sozinhos. Proximidade! Um padre solitário pode cair em duas tentações: a da rigidez e a de se perder, e desistir de tudo. Não se é possível governar uma diocese sem essa proximidade, não se pode fazer crescer e santificar o seu clero, se não se está próximo dele com solicitude paternal”.

Além da proximidade, o Papa recomenda uma oração incansável como solução para a vida sacerdotal: “Orai sem cessar, porque só podemos ser pescadores de homens, se antes reconhercermo-nos como pescados pela ternura de Deus. Se não estamos intimamente ligados a Ele, nossa pesca não pode ter sucesso”. Francisco adicionou, ainda, que, mesmo que a vida pastoral seja um tanto desorganizada e até mesmo cruel, o padre deve encontrar algum tempo durante o dia para se colocar diante do sacrário.

Por fim, o Romano Pontífice sublinhou qual é a essência do sacerdócio: “A vida presbiteral não pode ser um ofício burocrático ou um conjunto de práticas religiosas e litúrgicas que devem ser cumpridas. Ser sacerdote é viver para o Senhor e para os irmãos e irmãs, trazendo na própria carne as alegrias e angústias do povo, gastando tempo para curar as feridas dos outros. é partilhar o coração, não somente como um amigo, mas como alguém que participa concretamente das vicissitudes de suas vidas”.

(Com informações do Vatican Insider)

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Padre atuante na Arquidiocese é nomeado bispo auxiliar de Curitiba

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07 de junho de 2017

A Nunciatura Apostólica no Brasil comunicou à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que o Papa Francisco nomeou três bispos auxiliares: dois para a Arquidiocese de Curitiba - Padre Francisco Cota de Oliveira e Padre Amilton Manoel da Silva – e um para a Arquidiocese do Rio de Janeiro - Padre Juarez Delorto Secco.

Um dos nomeados atua desde o começo do ano na Arquidiocese de São Paulo: Trata-se do Padre Amilton Manoel da Silva, atualmente pároco da Paróquia São Paulo da Cruz, na Região Episcopal Sé. Desde 2012, é superior provincial e membro da secretaria de formação do Conselho Geral dos Passionistas.

Nascido em 02 de março de 1963, em Osvaldo Cruz (SP), Padre Amilton Manoel da Silva ingressou na Congregação da Paixão de Jesus Cristo em 1991. Cursou Filosofia na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba (PR), de 1992 a 1995. Possui bacharelado e licenciatura em Filosofia, História e Psicologia. Fez a sua primeira profissão religiosa no dia 18 de janeiro de 1997, e foi ordenado presbítero em dezembro de 2000, por Dom Luciano Mendes de Almeida.

Como presbítero, foi coordenador da equipe de espiritualidade da Família Passionista do Brasil, de 2002 a 2009, e secretário dos Superiores Maiores Passionistas da América Latina, de 2004 a 2007. Na província do Calvário, atuou como vigário paroquial das paróquias Nossa Senhora do Rosário e Santa Teresinha de Lisieux, em Colombo (PR), de 2001 a 2007. Foi ainda formador dos postulantes de 2001 2003, mestre dos noviços de 2004 a 2012 e conselheiro provincial de 2009 a 2001.

OUTROS NOMEADOS

O outro nomeado para bispo auxiliar na Arquidiocese de Curitiba é o Padre Francisco Cota de Oliveira. Natural de Pitangui (MG), ele estudou Filosofia e Teologia na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), em Belo Horizonte (MG), entre 1992 e 1998. Foi ordenado sacerdote em agosto de 1999. Exerceu o ministério presbiteral na paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Carmo do Cajuru (MG), entre 1999 e 2009, como vigário paroquial e pároco. Na paróquia de Itaúna (MG), foi administrador paroquial e pároco entre 2010 e 2016. Na paróquia Nossa Senhora do Pilar, em Pitangui (MG), exerceu o posto de administrador paroquial, onde se encontra até hoje.

Já o nomeado bispo auxiliar para a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, Padre Juarez Delorto Secco, é natural de Cachoeiro de Itapemirim (ES). Ele tem 46 anos. É bacharel em Direito, pela Faculdade de Direito de Cachoeiro do Itapemirim (FDCI). Possui especialização em Processo Matrimonial Canônico pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e também em Formação de Educadores, promovido em convênio com a Escola de Formadores da Organização dos Seminários e Institutos do Brasil (Osib – SC), com sede em Florianópolis (SC).

Padre Juarez foi ordenado presbítero em março de 2001 e, desde então, pertence ao clero secular da diocese de Cachoeiro de Itapemirim, onde foi membro do Conselho Presbiteral; membro do Conselho Nacional do Prado; pároco da paróquia São Miguel Arcanjo, em Guaçuí (ES); pároco da paróquia São Sebastião, em Cachoeiro do Itapemirim, entre outras funções. Atualmente é pároco da catedral de São Pedro Apóstolo, na sede diocesana.

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Papa receberá bispos venezuelanos nesta quinta

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06 de junho de 2017

O Papa Francisco receberá nesta quinta-feira, dia 8, em uma audiência privada no Vaticano, o Conselho da Presidência da Conferência Episcopal Venezuelana. A notícia foi comunicada pelo Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke. 

De acordo com o porta-voz vaticano, “o encontro foi solicitado pela própria conferência episcopal, que deseja falar com o Papa sobre a situação da Venezuela”. O pedido da entidade ocorre exatamente um mês após o Pontífice ter enviado uma carta à Conferência, na qual pede que os religiosos e o povo do país sul-americano não percam a esperança de um futuro melhor e mostra sua proximidade à dramática situação de crise política e econômica da nação.

O Papa Francisco anteriormente já havia comentado sobre a situação da Venezuela durante a viagem de volta do Egito para a Itália, (28 e 29 de abril deste ano) na tradicional conversa com jornalistas, na qual disse que o Vaticano poderia tentar uma nova mediação de paz no país se “as condições estivessem mais claras”. 

Nos últimos quatro anos, o Santo Padre teve um papel fundamental em alguns acordos de paz que foram finalizados, como a retomada das relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos e o acordo de paz entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo de Juan Manuel Santos.

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Que Deus converta os corações dos terroristas

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29 de mai de 2017

Após a oração do Regina Coeli, o Papa Francisco recordou o atentado perpetrado na última sexta-feira (26/05), no Egito, contra os cristãos coptas que iam de ônibus ao Mosteiro de São Samuel.

“Manifesto novamente a minha proximidade ao querido irmão, Papa Tawadros II, e a toda nação egípcia, que dois dias atrás sofreu outro ataque feroz de violência. As vítimas, dentre as quais crianças, são fiéis que iam ao santuário para rezar e foram mortas depois de se recusarem a renegar sua fé cristã. Que Deus acolha na paz estas testemunhas corajosas, esses mártires, e converta os corações dos terroristas.”

O Pontífice recordou também o atentado perpetrado na última segunda-feira em Manchester, na Inglaterra. 

“Rezamos também pelas vítimas do atentado horrível de segunda-feira passada, em Manchester, onde muitas vidas jovens foram ceifadas cruelmente. Estou próximo aos familiares e a todos aqueles que choram por causa dessas mortes.” 

O Papa lembrou também que neste domingo se celebra o Dia Mundial das Comunicações Sociais sobre o tema “Não tenhas medo, que Eu estou contigo. Comunicar esperança e confiança no nosso tempo”.  

“Os meios de comunicação social oferecem a possibilidade de partilhar e difundir instantaneamente as notícias de forma generalizada. Estas notícias podem ser boas ou ruins, verdadeiras ou falsas. Rezemos para que a comunicação, em todas as suas formas, seja realmente construtiva, a serviço da verdade, repudiando preconceitos, e difundindo esperança e confiança em nosso tempo.”

A seguir, o Papa saudou também os grupos de folclore bávaros que vieram a Roma para a grande parada no centenário da festa da Padroeira da Baviera, e os fiéis poloneses que participaram da peregrinação ao Santuário de Piekary. 

Francisco saudou também os Missionários Combonianos que celebram 150 anos de fundação, e incentivou as associações de voluntariado que promovem a doação de órgãos, “ato nobre e digno de apreço”.  

Saudou também os trabalhadores da TV Mediaset Roma, desejando que “a sua situação de trabalho possa se resolver, tendo como finalidade o bem verdadeiro da empresa, não limitando-se somente ao lucro, mas respeitando os direitos de todas as pessoas envolvidas. Primeiro, o direito ao trabalho”.

Por fim, o Papa saudou e agradeceu aos cidadãos de Gênova por tê-lo acolhido com afeto em sua visita, no último sábado (27, a esta cidade. “Que o Senhor os abençoe abundantemente e que Nossa Senhora da Guarda os proteja”.  

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Francisco propõe o ‘Manual do Missionário’

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27 de mai de 2017

Um pequeno “manual do missionário”: foi o que propôs o Papa Francisco ao concluir sua série de audiências na manhã da sexta-feira, 26, recebendo as Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade, reunidas em Roma para seu 12º Capítulo Geral.

O Instituto, da família orionita, tem como carisma desenvolver um amplo apostolado junto aos mais pobres da sociedade e tem uma natureza missionária. E foi justamente a esta característica que o Papa dedicou o seu discurso. O método missionário, afirmou, deve ser marcado pela proximidade, pelo encontro, pelo diálogo e pelo acompanhamento.

Audácia e criatividade

“A missão e o serviço aos pobres as coloca ‘em saída’ e as ajudará a superar os riscos da autorreferencialidade, do limitar-se a sobreviver e da rigidez autodefensiva”, destacou Francisco. Ao missionário, acrescentou, pede-se que seja uma pessoa audaz e criativa.

“Não vale o cômodo critério do ‘sempre se fez assim’. Repensem os objetivos, as estruturas, o estilo e os métodos da missão. Estamos vivendo num tempo em que é necessário repensar tudo à luz daquilo que o Espírito nos pede”, aconselhou.

Liberdade e simplicidade

O missionário, prosseguiu o Papa, deve ser também uma pessoa livre, que vive sem nada de sua propriedade. “Não me canso de repetir que a comodidade, a preguiça e a mundanidade são forças que impedem o missionário de ‘sair’, de ‘partir’ e de se colocar em caminho e de compartilhar o dom do Evangelho. O missionário não pode colocar-se em caminho com o coração repleto de coisas (comodidade), com o coração vazio (preguiça) ou em busca de coisas alheias à glória de Deus (mundanidade). O missionário é uma pessoa livre de lastros e correntes; uma pessoa que vive sem nada de sua propriedade; somente para o Senhor e o seu Evangelho; uma pessoa que vive num caminho constante de conversão pessoal e trabalha sem cessar para a conversão pastoral”.

Espiritualidade holística e profeta da misericórdia

Outra característica do missionário é ser uma pessoa habitada pelo Espírito Santo e que tenha uma espiritualidade fundada em Cristo, na Palavra de Deus e na liturgia. Uma espiritualidade “holística”, que envolva toda a pessoa nas suas várias dimensões. Por fim, o missionário deve ser um profeta da misericórdia, isto é, pessoa centralizada em Deus e nos crucifixos deste mundo. “Deixem-se provocar pelo clamor de tantas situações de dor e de sofrimento. Como profetas da misericórdia, anunciem o perdão e o abraço do Pai”.

O Papa Francisco concluiu seu discurso propondo o ícone da Visitação: “Assim com a Virgem Maria, coloquem-se em caminho, com pressa – não a pressa do mundo, mas a pressa de Deus – e repletas da alegria que habita em seu coração cantem o magnificat. Cantem o amor de Deus por cada criatura. Anunciem aos homens e às mulheres de hoje que Deus é amor”.

As Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade estão presentes em várias cidades do Brasil, reunidas na Província Nossa Senhora Aparecida.

 

Fonte: rádio Vaticano

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Olhem para o Céu e anunciem Jesus ao mundo

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26 de mai de 2017

Nesta sexta-feira (26/05), o Papa Francisco presidiu a missa matutina na capela da Casa Santa Marta e na homilia, afirmou que “as Escrituras nos indicam três pontos de referência no caminho cristão”.

O primeiro é a memória. Jesus ressuscitado diz aos discípulos que o precedam na Galileia: este foi o primeiro encontro com o Senhor. E “cada um de nós tem a sua própria Galileia”, aquele lugar aonde Jesus se manifestou pela primeira vez, o conhecemos e “tivemos a alegria e o entusiasmo de segui-lo”. Para ser um bom cristão, precisamos sempre nos lembrar do primeiro encontro com Jesus ou dos seguintes”. Esta é “a graça da memória”, que “no momento da provação, me dá a certeza”.

O segundo ponto de referência é a oração. Quando Jesus sobe ao Céu, ele não se separa de nós: “fisicamente sim, mas fica sempre ligado, para interceder por nós. Mostra ao Pai as chagas, o preço que pagou por nós e pela nossa salvação”. Assim, “devemos pedir a graça de contemplar o Céu, a graça da oração, a relação com Jesus na oração que neste momento nos ouve, está conosco”:

“Enfim, o terceiro: o mundo. Antes de ir, Jesus diz aos discípulos: ‘Ide mundo afora e façam discípulos’. Ide. O lugar dos cristãos é o mundo no qual anunciar a Palavra de Jesus, para dizer que fomos salvos, que Ele veio para nos dar a graça, para nos levar com Ele diante do Pai”.

Esta é – observou Francisco – a “topografia do espírito cristão”, os três lugares de referência de nossa vida: a memória, a oração e a missão; e as três palavras de nosso caminho: Galileia, Céu e Mundo:

“Um cristão deve agir nestas três dimensões e pedir a graça da memória: “Que não me esqueça do momento que me elegeu, que não esqueça do momento em que nos encontramos”, dizendo ao Senhor. Depois, rezar e olhar ao Céu, porque Ele está ali para interceder. Ele intercede por nós. E depois, sair em missão... não quer dizer que todos devem ir ao exterior; ir em missão é viver e dar testemunho do Evangelho; é fazer saber aos outros como é Jesus. Mas fazer isso com o testemunho e com a Palavra, porque se eu falar como Jesus e como a vida cristã, mas viver como um pagão, não adianta. A missão não funciona”.

Se, ao contrário, vivermos na memória, na oração e em missão – concluiu Francisco – a vida cristã será bela e também alegre:

“E esta é a última frase que Jesus nos diz no Evangelho de hoje: “Naquele dia, no dia em que viverem a vida cristã assim,  vocês saberão tudo e ninguém poderá lhes tirar a alegria”. Ninguém, porque terei a memória do encontro com Jesus e a certeza que Jesus está no Céu e intercede por mim, está comigo, eu rezo e tenho a coragem de dizer, de sair de mim, dizer aos outros e dar testemunho com a minha vida que o Senhor ressuscitou, está vivo. Memória, oração e missão. Que o Senhor nos dê a graça de entender esta topografia da vida cristã e seguir adiante com alegria, aquela alegria que ninguém pode nos tirar”. 

(CM)

 

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