Por telefone, Papa Francisco envia bênção à população de São Paulo

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09 de mai de 2020

O Papa Francisco fez um telefonema ao Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, na manhã deste sábado, 9.

O Pontífice disse a Dom Odilo que recebeu informações sobre a situação da pandemia de COVID-19 em São Paulo e manifestou preocupação pelo número crescente de doentes e pelas perdas de vidas humanas. Ele também prometeu rezar por todos.

Segundo o Cardeal Scherer, o Santo Padre também quis saber como estão os pobres e expressou sua preocupação pela situação deles, sabendo que nem sempre eles têm casa, nem condições adequadas para seguir as medidas preventivas contra o contágio.

“Expressou sua proximidade e solidariedade para com toda a população de São Paulo e disse que estava orando por nós. Por fim, ele pediu para transmitir a todos a sua bênção apostólica e também se recomendou às nossas orações por ele”, comunicou o Arcebispo.

Ao agradecer ao Pontífice, Dom Odilo ressaltou que sua ligação e suas palavras eram motivo de grande conforto para todos e que as transmitiria juntamente com sua bênção apostólica.   

LEIA O COMUNICADO DO CARDEAL ODILO SCHERER

 

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Condolências após morte do líder da Ordem de Malta

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06 de mai de 2020

Chamando-o de “zelante homem de cultura e fé”, o Papa Francisco enviou um telegrama de condolências à Ordem de Malta, após a morte do Grão-Mestre Giacomo Dalla Torre del Tempio di Sanguinetto, líder da instituição.

“Recordo sua íntegra fidelidade a Cristo e ao Evangelho, somada ao generoso empenho em exercitar, com espírito de serviço, o próprio ofício pelo bem da Igreja”, afirmou o Santo Padre.

“Fra Giacomo”, como era conhecido, morreu no dia 29 de abril, aos 75 anos, em Roma, em decorrência de uma doença sem cura na garganta, diagnosticada em janeiro. Della Torre assumiu a Ordem em maio de 2018, após a renúncia do antecessor, Matthew Festing, a pedido do Papa Francisco. O Grão-Mestre é escolhido por meio de eleição e tem cargo vitalício.

A Ordem é uma organização internacional soberana, que mantém relações diplomáticas com 120 países, inclusive o Brasil. Atualmente com mais de 13 mil membros, embora tenha nascido como ordem militar fiel ao Papa, conduz obras de caridade e, por isso, é uma instituição religiosa que se submete à autoridade papal.

Segundo a Ordem, Dalla Torre “dedicouse profundamente à vida caritativa” e “será lembrado por todos por seus dons humanos e suas maneiras sempre cordiais e afetuosas”. Assumiu temporariamente o controle da Ordem o Grão-Comandante, o português Ruy Gonçalo do Valle Peixoto de Villas Boas.

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No Domingo do Bom Pastor, Papa reza pelos padres ‘que dão a vida pelos fiéis’

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06 de mai de 2020

Em suas missas diárias na Casa Santa Marta, o Papa Francisco reza por uma intenção especial nestes tempos de COVID-19. No Domingo do Bom Pastor, 3, ele dedicou suas orações especialmente “aos tantos pastores que no mundo dão a vida pelos fiéis, também nesta pandemia”.

Somente na Itália, mais de cem padres perderam a vida por causa do contágio com o novo coronavírus. Muitos sacerdotes continuam atendendo os fiéis, dando conforto espiritual de diferentes maneiras, especialmente com apoio às famílias, aos doentes e realizando funerais, onde é permitido. O Papa Francisco comparou esses padres aos médicos, chamando-os de “pastores médicos”, que “ajudam a cuidar do santo povo de Deus”.

JESUS, BOM PASTOR  

Foram lidas, no 4º Domingo do Tempo Pascal, passagens do Evangelho e da Carta de São Pedro que apresentam Jesus como um pastor e seus discípulos como “ovelhas perdidas”. O Papa Francisco reflete sobre essa metáfora, e também o famoso Salmo 22 (23) que diz: “O Senhor é meu pastor: nada me faltará”.

“Jesus se apresenta não só como pastor, mas a porta pela qual se entra no rebanho”, comentou o Papa. “Todos aqueles que vieram e entraram por aquela porta eram ladrões e bandidos, ou queriam se aproveitar do rebanho: falsos pastores”, continuou, referindo-se a líderes que tentaram se aproveitar dos fiéis, fazendo carreira ou enriquecendo. “Mas o rebanho os conhece, sempre os conheceu e andava procurando Deus por suas estradas.”

O bom pastor, em vez disso, “escuta e guia o rebanho, cuida do rebanho”. Em outras reflexões, Francisco lembrou que o pastor verdadeiro caminha no meio do rebanho, deixando que alguns de seus integrantes caminhem à sua frente e que outros o sigam, e “tem cheiro de ovelhas”.

‘BRANDURA’ COMO SINAL

A suavidade e a brandura são sinais do verdadeiro bom pastor. Por isso, o rebanho confia nele, diz o Santo Padre. “Ele é terno, tem aquela ternura da proximidade, conhece as ovelhas pelo nome e cuida de cada uma como se fosse única”, disse.

“O Bom Pastor, isto é, Jesus, é aquele que nos acompanha a todos no caminho da vida.” Essa ideia, acrescentou o Papa, está ao centro do Mistério Pascal. A comunidade, a ternura e a bondade vêm de Jesus e conduzem a Igreja também nestes tempos difíceis, completou.

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Papa Francisco: ‘A oração é o respiro da fé’

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06 de mai de 2020

"A fé é um grito, a falta de fé é sufocar aquele grito, é como um 'silêncio'. A fé é um protesto contra uma condição dolorosa da qual não entendemos o motivo; a falta de fé é aceitar viver uma situação à qual nos adaptamos. A fé é esperança de ser salvo; a falta de fé é habituar-se ao mal que nos oprime", disse Francisco.

Na Audiência Geral desta quarta-feira, 6, realizada na Biblioteca do Palácio Apostólico, por causa da pandemia de COVID-19, o Papa Francisco iniciou um novo ciclo de catequeses, desta vez dedicado à oração.

“A oração é o respiro da fé, é a sua expressão mais apropriada. Como um grito que sai do coração de quem acredita e confia em Deus”, disse o Pontífice, convidando a pensar na história do cego Bartimeu, que ficava sentado na rua pedindo esmola na periferia de Jericó. “Não é um personagem anônimo, ele tem um rosto, um nome: Bartimeu, o filho de Timeu”, disse o Papa.

A ORAÇÃO DE BARTIMEU

O Santo Padre lembra, ainda, que este homem entra nos Evangelhos como uma voz que grita com toda a força. Ele não vê. Ele não sabe se Jesus está perto ou longe, mas entende isso por meio da multidão, que a um certo ponto aumenta e se aproxima, mas ele está completamente sozinho e ninguém se importa com isso.

Bartimeu, por sua vez, usa a única arma que tem, a voz, e, então, grita. O Papa frisou que os gritos insistentes daquele homem incomodam e muitos o repreendem, dizendo-lhe para ficar quieto. “Bartimeu não se cala, pelo contrário, grita ainda mais forte: ‘Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!’ Essa expressão: ‘Filho de Davi’ é muito importante, significa ‘o Messias’. É uma profissão de fé que sai da boca daquele homem desprezado por todos”.

O Pontífice enfatiza que a oração de Bartimeu toca o coração de Jesus, o coração de Deus, e as portas da salvação se abrem para ele. Jesus o chama. Ele se levanta e aqueles que antes lhe disseram para ficar calado agora o conduzem ao Mestre. Jesus fala com ele, pede para que expresse o seu desejo e então o grito se torna um pedido: ‘Mestre, eu quero ver de novo’.

A FÉ QUE SALVA

Jesus disse a Bartimeu: “Vai, a tua fé te salvou”. O Papa destacou que o Senhor “reconhece a força da fé daquele homem pobre, indefeso e desprezado, que atraiu a misericórdia e o poder de Deus”,  recordando que o Catecismo da Igreja Católica afirma que “a humildade é o fundamento da oração”.

“A oração nasce da terra, do húmus, de onde vem o ‘humilde, a  ‘humildade’; vem do nosso estado de precariedade, da nossa sede contínua de Deus.”

Em seguida, Francisco acrescentou que a fé é um grito, a falta de fé é sufocar aquele grito, é como um “silêncio”. A fé é um protesto contra uma condição dolorosa da qual não entendemos o motivo; a falta de fé é aceitar viver uma situação à qual nos adaptamos. A fé é esperança de ser salvo; a falta de fé é habituar-se ao mal que nos oprime.

Segundo o Papa, “Bartimeu é um homem perseverante. Ao seu redor havia pessoas que diziam que implorar era inútil, que era um grito sem resposta, que era um barulho que incomodava e basta: mas ele não ficou em silêncio. E no final, conseguiu o que queria”.

VOZ NO CORAÇÃO

“Mais forte do que qualquer argumento contrário, no coração humano tem uma voz que invoca. Uma voz que sai espontaneamente, sem que ninguém a comande, uma voz que questiona o significado de nosso caminho aqui em baixo, sobretudo quando nos encontramos na escuridão: “Jesus, tem piedade de mim! Jesus, tem piedade de todos nós!” Talvez essas palavras não estejam gravadas em toda a criação? Tudo invoca e suplica para que o mistério da misericórdia encontre sua realização definitiva”, sublinhou ainda Francisco.

O Papa concluiu sua catequese, dizendo que “os cristãos não apenas rezam, mas partilham o grito da oração com todos os homens e mulheres”. Segundo Francisco, “o horizonte ainda pode ser ampliado, pois Paulo afirma que toda a criação “geme e sofre as dores do parto”.

 

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‘Que cada um possa descobrir com gratidão o chamado que Deus lhe dirige’

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04 de mai de 2020

A Igreja celebra, em todo o mundo, no 4º Domingo da Páscoa, também chamado de “Domingo do Bom Pastor”, o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Em 2020, é a 57ª vez que os fiéis em todos os continentes são convidados e rezar especificamente nessa intenção, pedindo que o Senhor “envie bons operários para sua messe” (Mt 9,37-38).

O Papa Francisco, em sua mensagem para ocasião, exaltou quatro palavras-chave para agradecer aos sacerdotes e apoiar seu ministério: gratidão, coragem, tribulação e louvor. A experiência da travessia de Pedro e Jesus durante a noite de tempestade no lago de Tiberíades também ajudou a conduzir a mensagem do Papa.

“Os padres são convidados a continuar a despenhar a sua missão como ‘bons pastores’ que não abandonam o rebanho, pois o Bom Pastor não abandona a ovelha quando há algum perigo e, por isso, se colocam junto do rebanho. O Papa Francisco, em sua mensagem, aborda justamente essas atitudes que são próprias dos padres, ou seja, a imitação do Jesus como Bom Pastor”, disse o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, no programa “Construindo Cidadania”, que foi ar na tarde deste sábado na rádio 9 de julho.

RESPOSTA GRATUITA

Mais do que uma escolha pessoal, recordou Francisco, a vocação é uma resposta gratuita ao Senhor, possível de ser descoberta quando o coração se abrir à gratidão. Para abraçar o Matrimônio, o sacerdócio ordenado ou a vida consagrada, isto é, “a opção fundamental de vida”, é preciso coragem. A fé na escolha da vocação também ajuda a vencer as próprias tempestades e a tribulação em jogo, “as fadigas”, as responsabilidades e adversidades que surgirão para, em meio às ondas, se abrir ao louvor.

 “Caríssimos, especialmente neste Dia de Oração pelas Vocações, mas também na ação pastoral ordinária das nossas comunidades, desejo que a Igreja percorra este caminho a serviço das vocações, para que cada um possa descobrir, com gratidão, a chamada que Deus lhe dirige, encontrar a coragem de dizer ‘sim’, vencer a fadiga com a fé em Cristo e, finalmente, como um cântico de louvor, oferecer a própria vida por Deus, pelos irmãos e pelo mundo inteiro”, escreve o Papa Francisco na mensagem.

LARGAR TUDO POR CRISTO

O seminarista Rodolfo Rodrigues de Almeida, 30, criado pelos avós paternos, no bairro de Itaquera, zona Leste da capital paulista, desde criança participa da Igreja. Seu primeiro chamado vocacional aconteceu quando ainda participava das pastorais na Paróquia São Pedro, na Diocese de São Miguel Paulista.

Enquanto discernia sua vocação, o jovem cursou licenciatura em História. Formou-se em 2011 e, durante seis anos, lecionou como professor na rede estadual de ensino. Nesse período, terminou o mestrado em História, na PUC-SP, em 2015.

Em 2016, o chamado vocacional ficou ainda mais forte e ele resolveu procurar a Pastoral Vocacional da Arquidiocese de São Paulo. Realizou, então, um processo de discernimento vocacional entre 2016 e 2017 e, no início de 2018, ingressou no seminário arquidiocesano da Igreja em São Paulo. Em virtude disso, não assumiu a vaga de emprego conquistada com a aprovação em um concurso público e deixou para trás um doutorado na USP.

FELICIDADE EM DEUS

Em entrevista ao O SÃO PAULO, Rodolfo, que atualmente está no Seminário de Filosofia Santo Cura D'Ars, da Arquidiocese de São Paulo, contou como foi esse processo de deixar sua carreira para assumir sua vocação, uma vez que gostava de lecionar, mas não se sentia completo.

“Quando disse à direção da escola que estava fazendo os encontros vocacionais e  deixaria a sala de aula, durante todo o ano foi aquele convencimento, inclusive com os colegas do magistério. Expliquei que a minha felicidade estava em Deus e não fazia mais sentido atuar como professor”.

Rodolfo afirmou que as coisas foram se encaixando e, aos poucos, as pessoas perceberam que a sua vocação era mais importante que tudo.

“Foi um embate com a família e com a escola. No fim das contas, porém, até concluir o ano de 2017, quando fiz os encontros vocacionais, consegui convencer os dois lados, com a força da oração, explicando sobre a Igreja, falando sobre minha felicidade e esse chamado de Deus. Hoje sou feliz e realizado e agradeço a Deus e à Arquidiocese de São Paulo que me acolheu”, concluiu.

NO BRASIL

Neste ano, no Dia Mundial de Oração pelas Vocações, a maioria das famílias vai rezar de casa por causa da quarentena imposta pela pandemia do novo coronavírus. Para orientar a comunidade, consagrados e fiéis poderão usar, além da mensagem do Papa Francisco, um roteiro de Leitura Orante em família, produzido pelo Setor Juventudes da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), que pode ser utilizado tanto pelas famílias quanto por quem desejar rezar pelas vocações, por meio de reflexões, vídeos e músicas vocacionais.

Irmã Clotilde Prates de Azevedo, assessora do Setor Juventudes da CRB, explicou que o roteiro, disponível no site da CNBB, vai nos ajudar a pedir “ao Senhor da messe que continue enviando operários para sua messe”. Afinal, como lembrou Irmã Maria Inês Ribeiro, presidente da CRB Nacional, “a Igreja precisa de valorosos missionários, leigos e consagrados para continuar a missão de Jesus Cristo”.

(Com informações de Vatican News e CNBB)

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Papa reza pelas pessoas ‘que sofrem de tristeza’ durante a pandemia

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29 de abril de 2020

Pessoas solitárias, ansiosas com relação ao futuro, preocupadas com a família, sem dinheiro e sem trabalho. A missa do Papa Francisco no 3º Domingo da Páscoa, 26, foi dedicada especialmente “a todas as pessoas que sofrem a tristeza” neste período de pandemia do novo coronavírus.

O Papa vem celebrando a missa diariamente na capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, onde vive. As cerimônias são transmitidas pela internet. Neste domingo, ele dedicou sua pregação ao trecho do Evangelho de Lucas que conta o encontro de Jesus com os discípulos de Emaús.

Caminha conosco

“Vemos que bem nesta passagem que Jesus respeita a nossa própria situação, não passa adiante”, refletiu, referindo-se à ideia de que Jesus caminhava com o discípulos mesmo sem ser reconhecido, na direção oposta à da cidade de Jerusalém. “Vai lentamente, respeitoso dos nossos tempos. É o Senhor da paciência.” 

“O Senhor caminha ao nosso lado, como vimos com esses dois discípulos. Escuta nossas inquietudes, as conhece, e a um certo ponto diz alguma coisa”, acrescentou. O Papa lembrou, ainda, uma antiga “regra” dos peregrinos: a de caminhar no ritmo da pessoa mais lenta do grupo. Ele disse que Jesus também é assim.

Mas quando chega o momento propício, Jesus nos interpela, disse o Papa. “Do que vocês falam?”, questionou aos discípulos de Emaús e, só depois de escutar, respondeu e se revelou a eles. 

Do “si” ao “sim”

“Nós encontramos Jesus no escuro das nossas dúvidas, até mesmo no escuro dos nossos pecados, Ele está ali para nos ajudar, nossas inquietações… é sempre conosco”, disse na missa. “O Senhor nos acompanha porque tem vontade de nos encontrar.”

No mesmo dia, após a oração do Regina Coeli (Rainha dos Céus), o Papa acrescentou que é possível superar a tristeza pensando numa realidade mais ampla, que é a ressurreição de Cristo, e não somente nos problemas individuais. “Encontrando Jesus é possível passar do ‘eu’ a ‘Deus’, do ‘si’ ao ‘sim’”, declarou.

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No mês mariano, Papa escreve orações especiais a Nossa Senhora

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27 de abril de 2020

Com em todos os anos, o Papa Francisco publicou uma breve carta “a todos os fiéis” para o mês de maio, dedicado especialmente a Nossa Senhora. Diante da atual pandemia causada pelo novo coronavírus, o Pontífice incentiva a oração do Terço e outros apelos à intercessão de Maria.

“O mês de maio está próximo, no qual o povo de Deus expressa com particular intensidade o seu amor e devoção à Virgem Maria”, explica. “É tradição neste mês rezar o Terço em casa, em família. Uma dimensão, aquela doméstica, que as restrições da pandemia nos ‘obrigaram’ a valorizar, também do ponto de vista espiritual.”

Em casa

Como já é tradição na Igreja, este mês de maio dedicado a Maria costuma servir de incentivo para a oração do Terço. O Papa Francisco, que é bastante devoto da Virgem Mãe de Jesus, diz que o segredo de um Terço bem rezado é a simplicidade. “Vocês encontram até na internet bons esquemas para rezá-lo”, afirma.

Para ajudar, ele também propõe duas orações marianas, que podem ser rezadas ao final do Terço. “Eu mesmo as recitarei no mês de maio, espiritualmente unido a vocês.”

Nas palavras do Papa, “contemplar juntos o rosto de Cristo com o coração de Maria, nossa mãe, nos fará ainda mais unidos como família espiritual e nos ajudará a superar esse desafio [da atual pandemia]”. Francisco garantiu que rezará em especial pelos que mais sofrem. “E vocês, por favor, rezem por mim.”

Orações a Maria

Ó Maria,

Vós sempre resplandeceis sobre o nosso caminho

como um sinal de salvação e de esperança.

Confiamo-nos a Vós, Saúde dos Enfermos,

que permanecestes, junto da cruz, associada ao sofrimento de Jesus,

mantendo firme a vossa fé.

Vós, Salvação do Povo Romano,

sabeis do que precisamos

e temos a certeza de que no-lo providenciareis

para que, como em Caná da Galileia,

possa voltar a alegria e a festa

depois desta provação.

Ajudai-nos, Mãe do Divino Amor,

a conformar-nos com a vontade do Pai

e a fazer aquilo que nos disser Jesus,

que assumiu sobre Si as nossas enfermidades

e carregou as nossas dores

para nos levar, através da cruz,

à alegria da ressurreição. Amen.

À vossa proteção, recorremos, Santa Mãe de Deus;

não desprezeis as nossas súplicas na hora da prova

mas livrai-nos de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita.

 ‘À vossa proteção, recorremos, Santa Mãe de Deus’.

Na dramática situação atual, carregada de sofrimentos e angústias que oprimem o mundo inteiro, recorremos a Vós, Mãe de Deus e nossa Mãe, refugiando-nos sob a vossa proteção.

Ó Virgem Maria, volvei para nós os vossos olhos misericordiosos nesta pandemia do coronavírus e confortai a quantos se sentem perdidos e choram pelos seus familiares mortos e, por vezes, sepultados duma maneira que fere a alma. Sustentai aqueles que estão angustiados por pessoas enfermas de quem não se podem aproximar, para impedir o contágio. Infundi confiança em quem vive ansioso com o futuro incerto e as consequências sobre a economia e o trabalho.

Mãe de Deus e nossa Mãe, alcançai-nos de Deus, Pai de misericórdia, que esta dura prova termine e volte um horizonte de esperança e paz. Como em Caná, intervinde junto do vosso Divino Filho, pedindo-Lhe que conforte as famílias dos doentes e das vítimas e abra o seu coração à confiança.

Protegei os médicos, os enfermeiros, os agentes de saúde, os voluntários que, neste período de emergência, estão na vanguarda arriscando a própria vida para salvar outras vidas. Acompanhai a sua fadiga heroica e dai-lhes força, bondade e saúde.

Permanecei junto daqueles que assistem noite e dia os doentes, e dos sacerdotes que procuram ajudar e apoiar a todos, com solicitude pastoral e dedicação evangélica.

Virgem Santa, iluminai as mentes dos homens e mulheres de ciência, a fim de encontrarem as soluções justas para vencer este vírus.

Assisti os Responsáveis das nações, para que atuem com sabedoria, solicitude e generosidade, socorrendo aqueles que não têm o necessário para viver, programando soluções sociais e económicas com clarividência e espírito de solidariedade.

Maria Santíssima tocai as consciências para que as somas enormes usadas para aumentar e aperfeiçoar os armamentos sejam, antes, destinadas a promover estudos adequados para prevenir catástrofes do género no futuro.

Mãe amadíssima, fazei crescer no mundo o sentido de pertença a uma única grande família, na certeza do vínculo que une a todos, para acudirmos, com espírito fraterno e solidário, a tanta pobreza e inúmeras situações de miséria. Encorajai a firmeza na fé, a perseverança no serviço, a constância na oração.

Ó Maria, Consoladora dos aflitos, abraçai todos os vossos filhos atribulados e alcançai-nos a graça que Deus intervenha com a sua mão omnipotente para nos libertar desta terrível epidemia, de modo que a vida possa retomar com serenidade o seu curso normal.

Confiamo-nos a Vós, que resplandeceis sobre o nosso caminho como sinal de salvação e de esperança, ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria. Amém.

 

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‘Deus não deixa ninguém para trás’

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21 de abril de 2020

Mesmo depois de os discípulos O terem abandonado em seus últimos dias, Jesus voltou e os encontrou. Na missa do Domingo da Divina Misericórdia, no dia 19, o Papa Francisco refletiu sobre as passagens bíblicas que contam os primeiros dias após a Ressurreição. Mesmo Tomé, o apóstolo inicialmente incrédulo, foi capaz de acreditar em Jesus ressuscitado diante de si e confessar: “Meu Senhor e meu Deus”.

Também nós, disse o Papa, somos acompanhados por Deus e não podemos deixar os mais fracos para trás. “Somos todos frágeis, todos preciosos”, declarou o Santo Padre. “Nesta provação que estamos atravessando, também nós, como Tomé, com nossos temores e dúvidas, nos encontramos frágeis”, afirmou, referindo-se à atual pandemia de COVID-19. “O Senhor, no entanto, o esperou. A misericórdia não abandona quem ficou para trás.”

Contra o ‘vírus do egoísmo’

Nas palavras de Francisco, mesmo na possibilidade de se retomar a vida normal lentamente após a pandemia do novo coronavírus, é necessário garantir que ninguém tenha ficado para trás, abandonado no caminho.

Ele alertou: “O risco é que nos atinja um vírus ainda pior, aquele do egoísmo indiferente. Ele se transmite a partir da ideia de que a vida melhora se está melhor para mim, que tudo vai ficar bem, se ficar bem para mim. Parte-se daqui e chega-se a selecionar as pessoas, a descartar os pobres, a imolar quem está atrás no altar do progresso”.

O Pontífice pediu que toda a comunidade humana trabalhe para dissolver as desigualdades e acabe com “a injustiça que mina pela raiz a saúde da humanidade inteira”. 

Apresentar fraquezas a Deus

Assim como os primeiros cristãos, que vivenciaram a presença de Jesus ressuscitado, também nós temos que apresentar a Ele as nossas “misérias”, as fraquezas de cada um, pois é Ele o caminho.

“O amor desarmado e desarmante de Jesus ressuscita o coração do discípulo”, disse. “Usemos a misericórdia com quem é mais fraco: só assim reconstruiremos um mundo novo.”

Após um mês fechado no Vaticano e sem eventos públicos, o Papa saiu dos limites do pequeno país e caminhou até a Igreja do Espírito Santo, em Sassia, que fica a alguns quarteirões de distância, onde celebrou a missa.

A basílica é dedicada à devoção da Divina Misericórdia, que se baseia nos escritos de Santa Faustina e a qual foi instituída na liturgia pelo Papa João Paulo II, em abril de 2000.

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Semana Santa do Papa é repleta de símbolos e orações pelo fim da pandemia

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16 de abril de 2020

Jamais o Tríduo Pascal foi celebrado como em 2020. A pandemia do novo coronavírus impediu que as tradicionais celebrações da Semana Santa do Papa tivessem um grande número de fiéis. Mesmo assim, numa Basílica de São Pedro com cerca de 20 participantes, entre assistentes, músicos e alguns leitores, o Papa Francisco presidiu um dos momentos mais intensos do seu pontificado, transmitido globalmente.

As celebrações do Papa foram repletas de símbolos e orações, implorando a Deus o fim da epidemia global de COVID-19, doença que já matou mais de 110 mil pessoas em todo o mundo. Francisco deixou fortes palavras de alerta à humanidade, especialmente aos líderes das nações, para que abandonem seus litígios e se concentrem numa grande colaboração contra o mal que coloca “todos no mesmo barco”. Ele pediu unidade, o fim da indiferença e uma atenção maior aos que já estão sofrendo com a pandemia e outras mazelas.

PELO FIM DO EGOÍSMO

O Papa, no entanto, não se dirigiu somente aos detentores de poder: lembrou-se de cada gesto de solidariedade, como aquele dos profissionais de saúde e prestadores de serviços essenciais, rezou pelos doentes e falou “dos santos da porta ao lado”, ou seja, as pessoas que agem de forma discreta e silenciosa, e assim dão testemunho do amor de Cristo no dia a dia.

Nas palavras de Francisco, o anúncio da ressurreição celebrado na Páscoa é a nossa maior esperança. Se até mesmo quando tudo parecia ter dado errado Ele voltou dos mortos, também os corações humanos, ainda que aflitos e cheios de feridas, serão capazes de reviver.

“Não se trata de uma fórmula mágica, que faz desaparecer os problemas”, declarou, em sua tradicional bênção pascal Urbi et Orbi (Para a cidade [de Roma] e para o mundo). A ressurreição de Cristo “é a vitória do amor sobre a raiz do mal”.

O Papa disse no Domingo de Páscoa, 12, que “não é esse o tempo da indiferença, do egoísmo e das divisões”. Ele pediu o fim de todos os outros conflitos nas nações, mencionando-os um a um. “Não se percam ocasiões de dar maiores provas de solidariedade, também recorrendo a soluções inovadoras”, disse, usando a Europa como exemplo, pois vive impasses multilaterais sobre como reagir à crise.

“Não é este o tempo para continuar a fabricar e traficar armas”, denunciou, também falando do aborto e da pobreza como fontes do mal. A indiferença a esses problemas parece “prevalecer quando em nós vencem o medo e a morte, isto é, quando não deixamos vencer o Senhor Jesus no nosso coração e na nossa vida”, enfatizou.

CRISTO SOFRE COM A HUMANIDADE

Entre os diversos símbolos deste Tríduo Pascal, esteve o crucifixo trazido a pedido do Papa da igreja de São Marcelo, em Roma, considerado milagroso por ter sobrevivido a um incêndio no século XVI. Depois de ser carregada em procissão, segundo a tradição, essa cruz ajudou a trazer o fim da peste negra na cidade.

Um sinal de devoção popular que associa a dor humana à sensação de abandono do Cristo na cruz. Na celebração da Paixão, na Sexta-feira Santa, 10, o pregador da Casa Pontifícia, Frei Raniero Cantalamessa, falou sobre a companhia de Deus quando a humanidade sofre. “A pandemia do coronavírus nos despertou bruscamente do perigo maior que os indivíduos e a humanidade sempre correram, aquele da ilusão de onipotência”, refletiu Cantalamessa. Segundo ele, a morte de Jesus Cristo na cruz, de fato, remete à situação dramática atual. No entanto, “Deus, às vezes, faz assim conosco: confunde os nossos projetos e a nossa tranquilidade, para nos salvar do abismo que não vemos”, comentou, ressalvando que não é Deus quem manda o mal para o mundo, mas que Ele nos acompanha no sofrimento.

“Deus participa da nossa dor para superá-la.” Citando Santo Agostinho, afirmou também que “Deus, por ser soberanamente bom, nunca deixaria qualquer mal existir em suas obras se não fosse bastante poderoso e bom para fazer resultar do mal o bem”.

Dor essa que também ficou evidente nas meditações da Via-Sacra, celebrada na Praça São Pedro, e não no Coliseu, como de praxe. Os textos foram escritos por detentos, familiares, vítimas de crimes, funcionários do sistema carcerário e um padre acusado injustamente de algo que não cometera. Todos, porém, com palavras que remetem a uma nova vida.

“Tudo é possível a quem crê, porque, mesmo na escuridão das prisões, ressoa este anúncio cheio de esperança: ‘Nada é impossível a Deus’ (Lc 1,37). Se alguém lhe apertar a mão, o homem que foi capaz do crime mais horrendo poderá ser o protagonista da mais inesperada ressurreição”, dizia o texto da Via-Sacra.

LUZ DO MUNDO

A liturgia do Sábado Santo, a mais completa de todo o ano litúrgico, teve de ser adaptada e abreviada neste ano. Não houve Batismo, por exemplo, mas apenas a renovação das promessas batismais. E, no caso da missa papal, só o Círio Pascal, representando a luz de Cristo, e uma pequena vela acendida pelo Papa Francisco iluminaram a quase deserta basílica.

Em mais um momento deste ano atípico, a clássica “oração universal” da liturgia do Sábado de Aleluia, 11, incluiu uma prece pelo fim da epidemia, para “fazer triunfar a vitória [de Deus] sobre o mal que aflige a humanidade”. Nesse contexto, o Papa Francisco defendeu o que chamou de “direito à esperança”.

“Com Deus nada é perdido. Coragem!”, disse. “Não cedamos à resignação. Não coloquemos uma pedra sobre a esperança. Deus não nos deixou sozinhos. Ele nos visitou.” Esse direito, explicou, não é o simples otimismo, mas um “dom que vem do céu” 

Da mesma forma que as mulheres encontraram o sepulcro vazio, também nós devemos ver a esperança, declarou. “Jesus, como semente na terra, estava por fazer germinar no mundo uma vida nova. E as mulheres, com a oração e o amor, ajudavam a esperança a florescer. Quantas pessoas, nos dias que vivemos, fizeram e fazem como aquelas mulheres: semeiam brotos de esperança!”

O Papa pediu à humanidade, neste momento de dor, a coragem de abrir o coração a Cristo, para ressurgir com Ele e tornar-se promotora de vida. 

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Papa exorta a deixar-se contagiar pela esperança do Cristo Ressuscitado

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12 de abril de 2020

Diante da nave central da Basílica de São Pedro completamente vazia, logo após presidir a missa do Domingo de Páscoa, o Papa Francisco dirigiu sua mensagem de saudação pascal, seguida da bênção Urbi et Orbi (à cidade de Roma e ao mundo).

Não havia fiéis reunidos na Praça São Pedro, como nos anos anteriores, mas milhões de católicos acompanharam a cerimônia, ao vivo, pelos meios de comunicação e plataformas digitais.

Em meio a crise global causada pela pandemia de COVID-19, o Pontífice iniciou sua mensagem com a o anúncio que ecoa neste dia em todo mundo: “Jesus Cristo ressuscitou; verdadeiramente ressuscito!”.

“Nesta noite, ressoou a voz da Igreja: ‘Cristo, minha esperança, ressuscitou!’”, acrescentou Francisco, ressaltando que esse é um “contágio” diferente, “que se transmite de coração a coração, porque todo o coração humano aguarda esta Boa Nova. É o contágio da esperança.”

VITÓRIA SOBRE O MAL

O Santo Padre explicou que este anúncio não se trata de uma fórmula mágica que faz desaparecer os problemas, mas é “a vitória do amor sobre a raiz do mal, uma vitória que não 'salta' por cima do sofrimento e da morte, mas atravessa-os abrindo uma estrada no abismo, transformando o mal em bem: marca exclusiva do poder de Deus”.

“O Ressuscitado é o Crucificado”, enfatizou Francisco, recordando que no corpo glorioso do Senhor estão indeléveis as feridas que se tornaram “frestas de esperança”, e lembrou as feridas abertas hoje na humanidade, a começar pelos infectados pelo COVID-19, especialmente os doentes, os que morreram e seus familiares.

“Para muitos, é uma Páscoa de solidão, vivida entre lutos e tantos incômodos que a pandemia está causando, desde os sofrimentos físicos até aos problemas econômicos”, afirmou.

EFEITOS DA PANDEMIA

O Santo Padre ressaltou que epidemia não privou as pessoas apenas dos afetos, mas também da possibilidade de recorrer pessoalmente à consolação que brota dos sacramentos, especialmente da Eucaristia e da Reconciliação. “Mas o Senhor não nos deixa sós! Permanecendo unidos em oração, estamos certos de que ele colocou sua mão sobre nós, e repetiu com força: ‘Não tenhas medo, ‘eu ressuscitei e estou sempre contigo’”, disse.

Francisco agradeceu novamente aos médicos e enfermeiros, que oferecem um testemunho de cuidado e amor ao próximo até o extremo das forças e não raro ao sacrifício da própria saúde”. De igual modo, o Pontífice dirigiu seu pensamento afetuoso a todos os profissionais que garantem os serviços essenciais.

“Nas últimas semanas, a vida de milhões de pessoas mudou subitamente. Para muitos, ficar em casa foi uma oportunidade para refletir, parar o ritmo frenético da vida, estar com os entes queridos e desfrutar da companhia deles”, destacou o Papa, reconhecendo que para muitos, no entanto, é também um momento de preocupação com o futuro incerto, pelo trabalho que se corre o risco de perder e para as outras consequências que a atual crise traz.

NÃO À INDIFERENÇA

“Encorajo todos os que têm responsabilidades políticas a trabalhar ativamente para o bem comum dos cidadãos, fornecendo os meios e as ferramentas necessárias para permitir que todos tenham uma vida digna e incentivando, quando as circunstâncias o permitirem, a retomada das atividades diárias normais”, pediu o Pontífice.

“Este não é tempo para a indiferença, porque o mundo inteiro está sofrendo e deve sentir-se unido ao enfrentar a pandemia”, disse ainda o Santo Padre, pedindo que não faltem os bens de primeira necessidade aos que vivem nas periferias, aos refugiados e aos desabrigados.

Francisco pediu, ainda, a redução das sanções internacionais que impedem a alguns países de proporcionar apoio adequado aos seus cidadãos e inclusive o cancelamento da dívida que pesa sobre os orçamentos dos mais pobres.

“Este não é tempo para egoísmos, pois o desafio que enfrentamos nos une a todos e não faz distinção de pessoas”, afirmou.

TEMPO DE SOLIDARIEDADE

Dirigindo um olhar para as regiões que mais sofrem nesse momento, o Papa referiu-se à Europa, uma das mais afetadas pelas pandemia. Ele recordou que o continente se recuperou depois da Segunda Guerra Mundial graças à solidariedade e, por isso, pediu que esse seja o sentimento que prevaleça agora, ao contrário do ressurgimento de antigas rivalidades.

O Pontífice novamente fez um apelo por um cessar-fogo global e imediato de todos os conflitos e repetiu a exortação feita na vigília pascal: “Este não é tempo para continuar a fabricar e comercializar armas, gastando somas enormes que deveriam ser usadas para cuidar das pessoas e salvar vidas.”

FIM DOS CONFLITOS

O Bispo de Roma mencionou, ainda, as guerras ainda em andamento na Síria e no Iêmen, as tensões no Iraque e no Líbano. Pediu que sejam retomados os diálgos entre israelenses e palestinos pela paz, recordou os conflitos na Ucrânia da crise dos refugiados na Líbia e na fronteira entre a Grécia e a Turquia e de países da Ásia.

Francisco também lembrou dos ataques terroristas na África, em especial da crise humanitária vivida na região de Cabo Delgado, no norte de Moçambique. Na América Latina, citou a Venezuela, pedindo soluções concretas e imediatas.

“Palavras como indiferença, egoísmo, divisão, esquecimento não são as que queremos ouvir neste tempo. Mais, queremos bani-las de todos os tempos! Essas palavras prevalecem quando em nós vencem o medo e a morte, isto é, quando não deixamos o Senhor Jesus vencer no nosso coração e na nossa vida. Ele, que já derrotou a morte abrindo-nos a senda da salvação eterna, dissipe as trevas da nossa pobre humanidade e introduza-nos no seu dia glorioso, que não conhece ocaso”, concluiu o Papa antes de conceder a benção pela qual é possível a indulgência plenária.

‘ESTE É O DIA QUE O SENHOR FEZ PARA NÓS’

Minutos antes da bênção pascal, no altar da Cátedra de São Pedro, o Papa presidiu a missa do domingo mais importante do calendário litúrgico. Do interior da Basílica Vaticana vazia, ecoava as vozes dos apenas oito integrantes do coro que entoava o salmo 117, que diz: “Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremos e nele exultemos”.

Nesse ano, devido à emergência sanitária em curso, foi omitido o rito  do Resurrexit (Ressuscitou), que consiste na abertura dos painéis laterais do ícone do Santíssimo Salvador, ao canto do Aleluia, recordando a surpresa de Pedro ao ver p sepulcro vazio e os onze apóstolos atestam que o Senhor realmente ressuscitou e apareceu a Simão.

Como é costume na missa do Domingo de Páscoa presidida pelo Santo Padre, o Evangelho da Ressureição do Senhor (Jo 20, 1-9) foi proclamado em latim e em grego, ressaltando a catolicidade da Igreja presente no Ocidente e no Oriente.

Em seguida, ao invés da homilia, o Papa não proferiu a homilia, mas fez um instante de silêncio para meditação interiorização da Palavra de Deus proclamada.

Como em todas as celebrações deste Tríduo Pascal, o crucifixo milagroso da Igreja de São Marcelo, ao qual se deve o fim da grande epidemia de 1522, esteve presente próximo ao altar, assim como o ícone da Virgem Maria Salus Popoli Romano, que foi levado da Basílica de Santa Maria Maior e diante do qual o Pontífice, na conclusão da missa, entoou a antífona pascal Regina Coeli (Rainha do céus).

(Com informações de Vatican News)

 

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