Papa reza pelos médicos e agentes de saúde que se dedicam aos pacientes com Covid-19

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20 de março de 2020

Na Missa da manhã desta sexta-feira, 20, na capela da Casa Santa Marta, o Papa Francisco dirigiu sua oração aos profissionais e agentes de saúde que estão dando o máximo de si para ajudar pacientes com coronavírus, especialmente nas áreas mais atingidas pelo Covid-19. Também rezou pelas autoridades.

“Ontem recebi uma mensagem de um sacerdote bergamasco, pedindo para rezar pelos médicos de Bérgamo, Treviglio, Bréscia, Cremona, que estão trabalhando no limite de suas forças; eles estão dando suas próprias vidas para ajudar os doentes, para salvar a vida dos outros. E também peçamos pelas autoridades; não é fácil para eles gerir esse momento, e muitas vezes sofrem com incompreensões. Médicos, funcionários de hospitais, voluntários da saúde ou as autoridades, neste momento são colunas que nos ajudam a seguir em frente e nos defendem nesta crise. Rezemos por eles”, afirmou o Pontífice.

RECONCILIAÇÃO

Na homilia da missa celebrada sem a presença de fiéis e transmitida ao vivo pela internet, o Santo Padre destacou a dificuldade dos cristãos para recorrerem ao sacramento da Reconciliação nesse período de restrição da circulação.

“Muitos me diriam hoje: ‘Mas padre, onde posso encontrar um sacerdote, um confessor, por que não podemos sair de casa? E eu quero fazer as pazes com o Senhor, eu quero que ele me abrace, que meu pai me abrace ... Como posso fazer se não encontro sacerdotes?’", destacou o Papa.

Francisco orientou os fiéis a buscarem o arrependimento sincero diante de Deus, em oração, reconhecendo seus pecados por meio de um ato de contrição perfeito, comprometendo-se a se confessarem sacramentalmente assim que possível. “Um Ato de Contrição bem feito, e assim nossa alma se tornará branca como a neve”, completou.

COMUNHÃO ESPIRITUAL

Ao fim da missa, houve um momento de adoração eucarística conduzido pelo Papa, seguido da benção com o Santíssimo Sacramento. Nessa ocasião, o Pontífice convidou os fiéis que acompanhavam a celebração de suas casas, a fazerem sua comunhão espiritual:

“Aos vossos pés, ó meu Jesus, me prostro e vos ofereço o arrependimento do meu coração contrito que mergulha no vosso e na Vossa santa presença. Eu vos adoro no Sacramento do vosso amor, desejo receber-vos na pobre morada que meu coração vos oferece. À espera da felicidade da comunhão sacramental, quero possuir-vos em Espírito. Vinde a mim, ó meu Jesus, que eu venha a vós. Que o vosso amor possa inflamar todo o meu ser, para a vida e para a morte. Creio em vós, espero em vós. Eu vos amo. Assim seja”, concluiu o Papa.

(Com informações de Vatican News e foto de Vatican Media)

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Pais e educadores têm orientações para evitar doping de jovens esportistas

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15 de março de 2020

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) conta com uma ferramenta na educação e prevenção ao doping. Desde 2018, a área “Antidoping” funciona com o objetivo de prevenir essa grande ameaça ao esporte. Esse combate ficou ainda mais completo com o lançamento do “Guia de Pais e Educadores apoiando o Jogo Limpo”.

Elaborado com o apoio da área de desenvolvimento do COB e com recursos do programa Solidariedade Olímpica, do Comitê Olímpico Internacional (COI), o documento foi criado para ajudar pais e educadores a orientar os jovens atletas a viver num ambiente livre do doping.

“O papel dos pais, responsáveis e educadores que estão envolvidos no início da formação desses atletas é de reforçar esse comportamento ético e moral, além do espirito olímpico, a amizade, o respeito e a busca da excelência de uma forma natural, sem a utilização de métodos proibidos para alterar seus resultados”, disse, ao O SÃO PAULO, Christian Trajano, médico e gerente de Educação e Prevenção ao Doping do COB.

MATERIAL ACESSÍVEL

“Todas as pessoas terão essas informações antidoping de uma forma acessível e com uma linguagem adequada, com vídeos mostrando as etapas de controle ao doping, os cuidados que os atletas, pais e educadores precisam ter em relação ao uso de suplementos alimentares, bem como direito e deveres do atleta durante esse controle de doping”, disse Trajano.

O material foi feito de forma eletrônica parar ter um maior alcance e facilitar o acesso a informação e conta com uma seção com perguntas e respostas, que aprofundam diversos temas. Também é possível enviar perguntas por meio do “Fale Conosco”. Os visitantes também podem encontrar arquivos e formulários específicos para cada esporte, com lista de substâncias proibidas e diversas orientações.

“Nós temos uma ação direta nos jovens em desenvolvimento, mas também trabalhos juntos com os atletas que já estão preparados para participar de Jogos Olímpicos e representar o Brasil em competições internacionais. Nós temos esses dois lados, de reforçar os valores dos atletas profissionais e formar esses valores morais e éticos nos atletas em desenvolvimento”, reforçou o médico.

EDUCAÇÃO E PREVENÇÃO

Em 2019, a área “Antidoping” impactou diretamente cerca de duas mil pessoas. Foram realizadas palestras e seminários para as delegações que participaram de diversas competições, como os Jogos Sul-Americanos de Praia, em Rosário, na Argentina; os Jogos Pan-americanos de Lima, no Peru; e os Jogos Mundiais de Praia, em Doha, no Qatar.

Além disso, foram realizadas apresentações sobre o tema para jovens atletas de diversas modalidades, como vela, judô e vôlei, além de etapas regionais e nacionais dos Jogos Escolares da Juventude. Segundo Christian, esse contato direto com atletas, preparadores físicos, técnicos e treinadores tem sido importante no combate ao doping e tem tido resultados fantásticos.

“Nossa área tem a obrigação de trabalhar dentro do movimento olímpico, atuando na prevenção e educação dos atletas brasileiros. Nosso trabalho começa muito cedo, porque nós temos atletas despontando no cenário internacional e classificados para as Olímpiadas com 12 anos de idade. Portanto, nossas atividades têm um alcance bem maior do que somente a Seleção Olímpica do país”, reforçou Trajano.

Entre os propósitos também está a integração das ações de educação e prevenção de doping aos cursos de formação de treinadores do Instituto Olímpico Brasileiro, que trabalha com a formação de todos envolvidos no esporte olímpico nacional. Além da academia de treinadores, também é disponibilizado uma área de formação com cursos específicos para gestores esportivos de confederações.

O QUE VEM POR AI?

Outras importantes ações estão previstas para 2020, visando os Jogos Olímpicos de Tóquio, como uma palestra sobre o assunto para delegação que irá representar o Brasil. Além disso, segue em desenvolvimento uma plataforma de ensino à distância em parceria com universidades, que fará sugestão de conteúdos de acordo com a experiência de navegação do usuário.

No Brasil, a entidade que determina os testes de controle de doping, realiza a gestão dos resultados de uma análise positiva e encaminha o caso para julgamento na Justiça Antidopagem, é a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), que também contribui para esse trabalho de prevenção e educação do COB. As Federações internacionais de cada modalidade também tem seus planos de testes em atletas.

“Para Tóquio, o COI também terá um período antes dos jogos para testar esses atletas que poderão estar na olímpiada. Portanto, o combate ao doping é cuidado por diversas organizações. O COB tem o papel exclusivamente de educação e prevenção, essa parte de teste e monitoramento de análises laboratoriais é uma prerrogativa exclusiva da ABCD e da federações internacionais”, concluiu Trajano.

DAR O MELHOR DE SI

O documento “Dar o melhor de si”, lançado em junho de 2018, no Vaticano, pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, com o objetivo de apresentar um olhar da Igreja sobre os múltiplos aspectos que envolvem os esportes, alerta que “para combater o doping, físico e mecânico, e manter o fair play nas competições desportivas, não basta apelar à moral individual dos atletas”: as organizações desportivas devem se engajar para combater e motivar seus desportivas a não recorrerem ao doping.

“O doping amplifica uma série de complicadas problemáticas morais visto não corresponder aos valores de saúde e de jogo leal. Representa um exemplo claríssimo de como a mentalidade da ‘vitória a todo o custo’ corrompeu o desporto, levando-o à violação das suas regras constitutivas. Neste processo, a ‘estrutura do jogo’ decompôs-se, e os valores internos do desporto que dependem da aceitação das regras perderam-se”, diz o documento.

(Com informações de COB)

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Papa doa 100 mil euros para Caritas Italiana

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13 de março de 2020

O Papa Francisco determinou, nesta quinta-feira,12, a doação de 100 mil euros para a Caritas Italiana para auxiliar os serviços essenciais prestados pela Igreja diante da situação vivida com a difusão do coronavírus no país.

A doação será feita por meio do Dicastério para o Desenvolvimento Humano e Integral e será destinada aos serviços prestados em favor dos pobres e mais vulneráveis, entre os quais, os refeitórios, centros de acolhimento, alojamentos e os centros de escuta, oferecidos diariamente pela Caritas local.  

O comunicado divulgado pelo Dicastério informa que o Pontífice expressa “proximidade espiritual” e “encorajamento paterno” às pessoas que sofrem pela atual epidemia e a todos aqueles que ajudam no cuidado aos doentes.

A contribuição do Dicastério, finaliza o comunicado, vem acompanhada da oração do Santo Padre pela “amada população italiana” e faz parte do empenho pelas igrejas locais que, através do trabalho das Caritas nacionais e diocesanas, “garantem ajuda e solidariedade em favor dos carentes”.

Até o momento, a Itália confirmou mais de 10 mil infectados e registrou 1.016 mortes.

ATIVIDADES DA SANTA SÉ

A epidemia de coronavírus e as restrições determinadas pelo governo italiano não interromperam as atividades ordinárias da Santa Sé e da Cidade do Vaticano. Os dicastérios e organismos permanecerão “abertos para garantir os serviços essenciais à Igreja, em coordenação com a Secretaria de Estado”, respeitando as normas de saúde e os “mecanismos de flexibilidade no trabalho”, informou a Sala de Imprensa da Santa Sé.

O Papa também tem mantido sua rotina de atividades diárias, contudo, sem a realização de eventos ou celebrações com a participação do público, devido às restrições civis. Todas as manhãs, o Pontífice preside a missa na capela da Casa Santa Marta, que, para expressar a proximidade com as pessoas impedidas de participar da Eucaristia, estão sendo transmitidas via internet. O Santo Padre também pediu aos sacerdotes que não deixem de levar a Eucaristia aos fiéis doentes.

RESTRIÇÕES

Por causa do bloqueio do acesso do público à Praça São Pedro, por parte da Polícia italiana, a Basílica de São Pedro permanece fechada. No entanto, todos os dias, até o próximo sábado, 14, o Vigário Geral do Papa para a Cidade do Vaticano, Cardeal Angelo Comastri, recita a oração do Angelus, seguida pelo Terço, ladainhas e a oração Salve Rainha, ao meio dia, com transmissão pela internet.

Em toda a Itália, as missas e liturgias públicas permanecem suspensas, em consequência das medidas do governo, que, na quarta-feira, 11, tonaram-se ainda mais restritivas. Por isso, a partir desta quinta-feira, todas as igrejas da Diocese de Roma permanecerão fechadas até 3 de abril. 

[ATUALIZAÇÃO] Na sexta-feira, 13, o Vigário da Diocese de Roma modificou a determinação e permanecerão fechadas apenas as igrejas não paroquiais da capital italiana. 

ORAÇÃO DO PAPA

A quarta-feira na Diocese de Roma foi dedicada ao jejum e oração pela Itália e pelo mundo. Em uma vídeo-mensagem, O Papa Francisco confiou a cidade de Roma, a Itália e o mundo à proteção da Mãe de Deus, como sinal de salvação e esperança nesses “dias de emergência de saúde”.

“Ajuda-nos, Mãe do Divino Amor, a nos conformarmos com a vontade do Pai e a fazer o que Jesus nos disser. Ele que tomou sobre si nossos sofrimentos e tomou sobre si nossas dores para nos levar, através da Cruz, à alegria da Ressurreição”, diz um trecho da oração recitada pelo Santo Padre.

(Com informações de Vatican News)

ASSISTA À VÍDEO-MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO: 

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O SÃO PAULO recorda início do pontificado de Francisco

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12 de março de 2020

Nesta quinta-feira, 12, a série “#TBT O SÃO PAULO” recorda a edição número 2944 do semanário da Arquidiocese de São Paulo, publicada em 13 de março de 2013, data que marcou o início do Pontificado do Papa Francisco, eleito sucessor de Pedro às 15h07 daquele dia, após uma fumaça branca sair da chaminé da Capela Sistina, onde os cardeais estavam reunidos para escolher um novo Papa, após a renúncia de Bento XVI.

Muitos ficaram surpresos quando o argentino Jorge Mario Bergoglio, até então Arcebispo de Buenos Aires, apareceu sorridente na janela, já com o nome de ‘Francisco’. Ele abençoou a multidão que mesmo com frio de 9 graus celsius estava em vigília na Praça São Pedro, no Vaticano.  

Segundo o próprio Papa relatou o nome foi escolhido por influência do Arcebispo Emérito de São Paulo, Cardeal Cláudio Hummes, que disse a Bergoglio logo após a eleição ainda na Capela Sistina: “Não se esqueça dos pobres”.

REZEM POR MIM

Francisco, em seu primeiro ato de fala, surpreendeu a todos na praça, ao pedir “um favor”: “Peço-vos que rezem ao Senhor para que me abençoe, a oração do povo pedindo a bênção pelo seu bispo. Façamos em silêncio esta oração”, declarou, conseguindo calar a multidão que se encontrava em festa e rezou com o povo o Pai-Nosso e a Ave-Maria.

Após a oração, as feições do Papa se abriram e ele, já mais descontraído, brincou com os fiéis, dizendo: “Sabeis que o dever do Conclave era dar um Bispo a Roma: parece que os meus irmãos cardeais foram buscá-lo quase ao fim do mundo”. Então, Francisco deu a tradicional bênção papal Urbi et Orbi (à cidade e ao mundo).

“A Igreja recebeu um novo Sucessor de Pedro para conduzi-la nos caminhos do Evangelho e para animar todos os seus membros no testemunho da salvação de Deus, manifestada a toda a humanidade por meio de Jesus Cristo. Participei pela primeira vez de um Conclave e posso dizer que foi ocasião para uma experiência eclesial única e profunda! Pude perceber a sincera busca do melhor para a Igreja e sua missão. O Espírito Santo não dorme!”, disse o Cardeal Odilo Pedro Scherer na ocasião.

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Contemplar e amar a Amazônia: o ‘sonho ecológico’ do Papa Francisco

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05 de março de 2020

Não basta somente “analisar” a Amazônia. É preciso também contemplá-la para poder amá-la. E, amando-a, é possível preservá-la. Essa é a essência do “sonho ecológico” do Papa Francisco, que ele apresenta no terceiro capítulo da Exortação Apostólica Pós-Sinodal Querida Amazônia (QA), fruto da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos, realizada em outubro de 2019.

O Papa Francisco aplica à região amazônica uma noção já defendida na sua Encíclica Laudato si’, de 2015. Se Deus criou tudo o que existe, inclusive a estreita relação do ser humano com a natureza, cuidar da natureza é cuidar do ser humano. Abrir-se para uma “ecologia integral”, que protege tanto a vida humana quanto a Criação, é abrir-se para Deus.

“Libertar os demais de suas escravidões implica, certamente, cuidar do seu ambiente e defendê-lo, e, mais importante ainda, ajudar o coração do homem a se abrir com confiança àquele Deus que não só criou tudo o que existe, mas também nos deu a si mesmo em Jesus Cristo”, afirma o Papa Francisco. “O Senhor, que primeiro cuida de nós, ensina-nos a cuidar de nossos irmãos e do ambiente que a cada dia Ele nos presenteia” (QA 41).

Em Querida Amazônia, o Papa fala de quatro sonhos para a Amazônia: social, cultural, ecológico e eclesial. Nesta série com quatro análises, O SÃO PAULO apresenta chaves de leitura para essas categorias. Entenda, a seguir, alguns dos principais pontos do aspecto ecológico.

 

APRENDER A CONTEMPLAR
O Papa Francisco insiste que é necessário aprender com os povos nativos da Amazônia e incluí-los em qualquer projeto que se tenha para a região, também do ponto de vista ecológico. Afinal, a preservação da floresta e de suas riquezas só ocorre se acompanhada de uma autêntica admiração pelo que ela representa. 


“Aprendendo dos povos originários, podemos contemplar a Amazônia, e não só para analisá-la, para reconhecer esse mistério precioso que nos supera. Podemos amá-la, e não só utilizá-la, para que o amor desperte um interesse profundo e sincero”, afirma. “E mais, podemos nos sentir intimamente unidos a ela, e não só defendê-la, e, então, a Amazônia se tornará nossa como uma mãe. Porque o mundo não se contempla de fora, mas de dentro, reconhecendo os laços com que o Pai nos uniu a todos os seres” (QA 55).


Admirar a beleza da Amazônia e reconhecer que ela é um projeto de Deus pode levar a uma “conversão interior” que sustentará a defesa daquele ambiente sagrado. “Essa conversão interior é o que poderá nos permitir chorar pela Amazônia e gritar com ela diante do Senhor” (QA 56).

 

DOR DOS POBRES E DA TERRA
Por isso, estão unidos os gritos de sofrimento dos pobres e da terra na Amazônia – gritos que o Papa Francisco compara àqueles do povo judeu, quando rezava a Deus e clamava pelo fim da escravidão no Egito: “É um grito de escravidão e abandono, que clama por liberdade” (QA 52).


Se a Amazônia grita por sua sobrevivência, já não é mais possível adiar decisões importantes, como se nada fosse acontecer, diz o Papa. Anualmente, milhares de espécies de plantas e animais desaparecem, algumas das quais nem sequer conhecidas e catalogadas; a água está cada vez mais contaminada; as periferias das cidades crescem de forma desordenada; a floresta é desmatada sem critérios; as reservas naturais e terras indígenas são exploradas ilegalmente...


E o que tem a Igreja a ver com isso? “Deus Pai, que criou cada ser do universo com infinito amor, nos chama a ser seus instrumentos para escutar o grito da Amazônia. Se acudirmos a esse clamor angustiado, poderá manifestar-se que as criaturas da Amazônia não foram esquecidas pelo Pai do céu” (QA 57). A Amazônia é, portanto, um “lugar teológico, um espaço onde Deus mesmo se mostra e convoca seus filhos” (QA 57).

 

NÃO À INTECCRNACIONALIZAÇÃO
Querida Amazônia convoca toda a humanidade a amar a região amazônica, mas atribui aos mais poderosos uma responsabilidade maior, justamente porque controlam o poder econômico e político. 

Suas decisões e práticas têm impactos decisivos na preservação do ambiente natural e das culturas locais. Por isso, Francisco afirma que é preciso resistir a “vícios autodestrutivos”, como a ideia de que nada precisa ser feito.

Faltam regras claras, um “sistema normativo que inclua limites invioláveis e assegure a proteção dos ecossistemas, antes que as novas formas de poder derivadas do paradigma tecnoeconômico acabem arrasando não só a política, mas também a liberdade e a justiça” (QA 52).

Com a ajuda da ciência, o Papa reconhece o papel que a Amazônia tem no equilíbrio planetário e no controle das temperaturas. Ele defende que a Amazônia é um bem de toda a humanidade e suas riquezas naturais e culturais pertencem a toda a família humana.

Isso não quer dizer, entretanto, que a Amazônia deva ser internacionalizada. Pelo contrário: Francisco atribui aos governos nacionais e locais da região amazônica o dever de conservá-la e garantir os direitos dos povos. “A solução não está, então, em uma internacionalização da Amazônia, mas a responsabilidade dos governos nacionais torna-se mais grave”, declara. Iniciativas internacionais e da sociedade civil ajudam a sensibilizar a população, “para que cada governo cumpra o dever próprio e não delegável de preservar o meio ambiente e os recursos naturais do seu país, sem se vender a espúrios interesses locais ou internacionais” (QA 50).

 

RESISTIR AO INDIVIDUALISMO
O Papa também convida a todos a adotar um novo estilo de vida, mais respeitoso em relação ao meio ambiente. É preciso, ainda, educar as populações, inclusive na Amazônia, a novos hábitos ecológicos: “A grande ecologia sempre inclui um aspecto educativo, que provoca o desenvolvimento de novos hábitos nas pessoas e nos grupos humanos” (QA 58).


É possível integrar o conhecimento tecnológico existente com as práticas milenares dos indígenas, diz o Papa. “Para cuidar da Amazônia, é bom articular os saberes ancestrais com os conhecimentos técnicos contemporâneos, mas sempre procurando um manejo sustentável do território que ao mesmo tempo preserve o estilo de vida e os sistemas de valores dos habitantes” (QA 51). 


Superando o consumismo e o individualismo, e promovendo um estilo de vida “mais sereno, mais respeitador, menos ansioso, mais fraterno”, será possível dar mais um passo rumo à “ecologia integral” (QA 58).

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Encontro sobre Pacto Educativo Global é adiado para outubro

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03 de março de 2020

O Pacto Educativo Global, encontro promovido pelo Papa Francisco para reacender o empenho para e com as jovens gerações, será realizado entre os dias 11 e 18 de outubro, em Roma. A adesão ao pacto será assinada em 15 de outubro. As datas foram divulgadas em comunicado da Congregação para a Educação Católica, que organiza o encontro, por meio da Sala de Imprensa da Santa Sé.

O evento mundial sobre o tema “Reconstruir o Pacto Educativo Global” estava anteriormente previsto para 14 de maio, com uma série de encontros complementares entre os dias 10 e 17, como a “Aldeia da Educação”, com as melhores experiências educativas internacionais, ilustradas por jovens estudantes provenientes do mundo inteiro. De fato, o Papa Francisco convidou todos os agentes e responsáveis do campo da educação e da pesquisa para se fazerem presentes.

A motivação para a mudança das datas está ligada às incertezas, em escala mundial, sobre a propagação do Covid-19. No comunicado da Congregação, a precaução para permitir uma maior e serena participação possível dos interessados.

ALIANÇA PESSOAL E COMUNITÁRIA

O Pacto Global não se limita às instituições escolásticas e universidades, mas, na convicção que o compromisso educativo deva ser compartilhado por todos, envolve os representantes das religiões, dos organismos internacionais e das diversas instituições humanitárias do mundo acadêmico, econômico, político e cultural. Nessa ótica, a ampla e variada participação desejada pelo Papa Francisco compreende não uma dimensão secundária ao Pacto Educativo, mas constitua a premissa e o propósito de tal aliança.

A Congregação para a Educação Católica continua trabalhando para esse encontro, segundo as intenções manifestadas pelo Papa Francisco: “procuramos juntos encontrar as soluções, iniciar os processos de transformação sem medo e olhar o futuro com esperança. Convido cada um a ser protagonista dessa aliança, assumindo um compromisso pessoal e comunitário para cultivar juntos o sonho de um humanismo solidário, respondendo às expectativas do homem e ao projeto de Deus”.

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Igreja no Brasil lança ações voltadas ao Pacto Educativo Global

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Papa envia mensagem para a abertura da Campanha da Fraternidade

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26 de fevereiro de 2020

O Papa Francisco enviou nesta Quarta-feira de Cinzas, 26, uma mensagem aos brasileiros por ocasião da abertura da Campanha da Fraternidade (CF) 2020.

Com o tema “Fraternidade e vida: dom e compromisso” e o lema “viu sentiu compaixão e cuidou dele (Lc 10,33-34)”, a CF 2020 convida os católicos a refletir sobre o significado mais profundo da vida em suas diversas dimensões: pessoal, comunitária, social e ecológica.

Na mensagem, o Pontífice manifestou alegria pela realização da campanha há mais de 50 anos, “anunciando a importância de não separar a conversão do serviço aos irmãos e irmãs, sobretudo os mais necessitados”.

Ao falar sobre o tema deste ano, Francisco enfatiza que a vida é “presente amoroso de Deus, que devemos continuamente cuidar. De modo particular, diante de tantos sofrimentos que vemos crescer em toda parte”.

O Santo Padre recorda, ainda, que “a Quaresma é um tempo propício para que, atentos à Palavra de Deus que nos chama à conversão, fortaleçamos em nós a compaixão, nos deixemos interpelar pela dor de quem sofre e não encontra quem o ajude. É um tempo em que a compaixão se concretiza na solidariedade, no cuidado”.

 

Leia a íntegra da mensagem:

 

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO
AOS FIÉIS BRASILEIROS POR OCASIÃO DA
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2020

Queridos irmãos e irmãs do Brasil!

Iniciamos a Quaresma, tempo forte de oração e conversão em que nos preparamos para celebrar o grande mistério da Ressurreição do Senhor. Durante quarenta dias, somos convidados a refletir sobre o significado mais profundo da vida, certos de que somente em Cristo e com Cristo encontramos resposta para o mistério do sofrimento e da morte. Não fomos criados para a morte, mas para a vida e a vida em plenitude, a vida eterna (cf. Jo 10,10).

Alegro-me que, há mais de cinco décadas, a Igreja no Brasil realize, no período quaresmal, a Campanha da Fraternidade, anunciando a importância de não separar a conversão do serviço aos irmãos e irmãs, sobretudo os mais necessitados. Neste ano, o tema da Campanha trata justamente do valor da vida e da nossa responsabilidade de cuidá-la em todas as suas instâncias, pois a vida é dom e compromisso; é presente amoroso de Deus, que devemos continuamente cuidar. De modo particular, diante de tantos sofrimentos que vemos crescer em toda parte, que “provocam os gemidos da irmã terra, que se unem aos gemidos dos abandonados do mundo, com um lamento que reclama de nós outro rumo” (Carta Enc. Laudato Si’, 53), somos chamados a ser uma Igreja samaritana (cf. Documento de Aparecida, 26).

Por isso, estejamos certos de que a superação da globalização da indiferença (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium,54) só será possível se nos dispusermos a imitar o Bom Samaritano (cf. Lc 10,25-37). Esta Parábola, que tanto nos inspira a viver melhor o tempo quaresmal, nos indica três atitudes fundamentais: ver, sentir compaixão e cuidar. À semelhança de Deus, que ouve o pedido de socorro dos que sofrem (cf. Sl 34,7), devemos abrir nossos corações e nossas mentes para deixar ressoar em nós o clamor dos irmãos e irmãs necessitados de serem nutridos, vestidos, alojados, visitados (cf. Mt 25, 34-40).

Queridos amigos, a Quaresma é um tempo propício para que, atentos à Palavra de Deus que nos chama à conversão, fortaleçamos em nós a compaixão, nos deixemos interpelar pela dor de quem sofre e não encontra quem o ajude. É um tempo em que a compaixão se concretiza na solidariedade, no cuidado. “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5,7)!

Por intercessão de Santa Dulce dos Pobres, que tive a alegria de canonizar no passado mês de outubro e que foi apresentada pelos Bispos do Brasil como modelo para todos os que veem a dor do próximo, sentem compaixão e cuidam, rogo ao Deus de Misericórdia que a Quaresma e a Campanha da Fraternidade, inseparavelmente vividas, sejam para todo o Brasil um tempo em que se fortaleça o valor da vida, como dom e compromisso.

Envio a todos e cada um a Bênção Apostólica, pedindo que nunca deixem de rezar por mim.

Vaticano, 26 de fevereiro de 2020.

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Quaresma: tempo para desligar o celular e conectar-se com o Evangelho

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27 de fevereiro de 2020

Na manhã desta Quarta-feira de Cinzas, 26, durante a Audiência Geral, na Praça São Pedro, o Papa Francisco fez uma catequese na qual refletiu sobre a relação da Quaresma com o deserto, recordando que Jesus, no início de seu ministério, retirou-se no deserto por 40 dias para rezar e jejuar, sendo tentado pelo diabo.

“No deserto, encontra-se a intimidade com Deus, o amor do Senhor. Jesus gostava de retirar-se todos os dias para lugares desertos para rezar. Ele nos ensinou a procurar o Pai, que nos fala no silêncio”, disse Francisco.

DAR ESPAÇO PARA A PALAVRA

“A Quaresma é o tempo propício para abrir espaço à Palavra de Deus. É o tempo para desligar a televisão e abrir a Bíblia. É o tempo para se desligar do telefone celular e conectar-se com o Evangelho. É o tempo de renunciar a palavras inúteis, conversinhas, fofocas, mexericos e se aproximar do Senhor. É o tempo de se dedicar a uma ecologia saudável do coração, fazer uma limpeza nele”, acrescentou o Papa, reforçando que: “Jesus, chamando-nos no deserto, nos convida a prestar atenção no que interessa, no que é importante, no essencial”.

O Santo Padre ressaltou, ainda, que vive-se em um ambiente poluído pela violência verbal, por muitas palavras ofensivas e nocivas, que a rede amplifica. Hoje, insulta-se como se dissesse ‘Bom dia’. Somos submergidos de palavras vazias, publicidades e anúncios falsos. Acostumamo-nos a ouvir tudo sobre todos e corremos o risco de cair num mundanismo que atrofia os nossos corações. Custamos para distinguir a voz do Senhor que nos fala, a voz da consciência, do bem. Jesus, chamando-nos no deserto, nos convida a prestar atenção no que interessa, no que é importante, no essencial”, completou.

LUGAR DO ESSENCIAL

“O deserto é o lugar do essencial”, sublinhou o Papa, convidando todos a olharem para suas vidas e observarem quantas coisas inúteis os circundam. “Seguimos mil coisas que parecem necessárias, mas na realidade não são. Nos fará bem nos libertar de muitas realidades supérfluas a fim de redescobrir o que interessa e reencontrar o rosto de quem está ao nosso lado.”

Sobre isso, Jesus dá o exemplo por meio do jejum. “Jejuar é saber renunciar às coisas vãs, supérfluas, para ir ao essencial. Jejuar não é apenas para emagrecer, jejuar é ir ao essencial, é buscar a beleza de uma vida mais simples”, disse Francisco.

Por fim, o Papa  afirmou que o deserto “é o lugar da solidão”. “Ainda hoje, perto de nós, existem muitos desertos, muitas pessoas sozinhas. São pessoas sós e abandonadas. Quantos pobres e idosos estão ao nosso lado e vivem em silêncio, sem fazer barulho, marginalizados e descartados! Falar sobre eles não faz audiência. Mas o deserto nos leva a eles, àqueles que, em silêncio, pedem a nossa ajuda em silêncio. Muitos olhares silenciosos que pedem a nossa ajuda. O caminho no deserto quaresmal é um caminho de caridade para com os vulneráveis. Oração, jejum e obras de caridade: eis o caminho no deserto quaresmal”, concluiu o Pontífice.

(Com informações de Vatican News - foto Vatican Media)

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Papa Francisco publica mensagem para a Quaresma

 

 

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Papa Francisco publica mensagem para a Quaresma

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25 de fevereiro de 2020

A mensagem para a Quaresma deste ano tem o título inspirado na 2ª carta de São Paulo aos Coríntios: “Em nome de Cristo, suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus” (2 Cor 5, 20).

Neste tempo quaresmal, o Pontífice estende a todos os cristãos o que escreveu aos jovens na Exortação apostólica Christus vivit: fixar os braços abertos de Cristo crucificado e deixar-se salvar sempre de novo: “A Páscoa de Jesus não é um acontecimento do passado: pela força do Espírito Santo, é sempre atual e permite-nos contemplar e tocar com fé a carne de Cristo em tantas pessoas que sofrem.”

LEIA A ÍNTEGRA DA MENSAGEM

Face a face com o Senhor

Francisco insiste numa contemplação mais profunda do Mistério pascal, recordando que a experiência da misericórdia só é possível “face a face” com o Senhor crucificado e ressuscitado.

“Um diálogo coração a coração, de amigo a amigo. Por isso mesmo, é tão importante a oração no tempo quaresmal. Antes de ser um dever, esta expressa a necessidade de corresponder ao amor de Deus, que sempre nos precede e sustenta”.

O cristão reza ciente da sua indignidade de ser amado, aponta o Papa. A oração poderá assumir formas diferentes, mas o que conta verdadeiramente aos olhos de Deus é que ela escave dentro de cada um de nós, chegando a romper a dureza do nosso coração, para o converter cada vez mais a Ele e à sua vontade.

Quanto mais nos deixarmos envolver pela sua Palavra, tanto mais conseguiremos experimentar a sua misericórdia gratuita por nós. O convite do Pontífice, portanto, é não deixar passar em vão este tempo de graça, na presunçosa ilusão de sermos nós o dono dos tempos e modos da nossa conversão a Ele.

Não interromper o diálogo com o Senhor

Esta nova oportunidade, prossegue Francisco, deve suscitar em nós um sentido de gratidão e sacudir-nos do torpor em que nos encontramos, às vezes estimulados por um “uso pervertido” dos meios de comunicação.

“Não obstante a presença do mal, por vezes até dramática, tanto na nossa existência como na vida da Igreja e do mundo, este período que nos é oferecido para uma mudança de rumo manifesta a vontade tenaz de Deus de não interromper o diálogo de salvação conosco.”

Colocar o Mistério pascal no centro da vida, acrescenta o Papa, significa sentir compaixão pelas chagas de Cristo crucificado presentes nas inúmeras “vítimas inocentes das guerras, das prepotências contra a vida desde a do nascituro até à do idoso, das variadas formas de violência, dos desastres ambientais, da iníqua distribuição dos bens da terra, do tráfico de seres humanos em todas as suas formas e da sede desenfreada de lucro, que é uma forma de idolatria”.

Encontro de Assis

Para reverter este cenário, Francisco chama em causa a partilha na caridade e uma nova maneira de gerir a economia, mais justa e inclusiva, recordando a convocação para esta Quaresma de jovens economistas em Assis, de 26 a 28 de março. O magistério da Igreja nos lembra que a política é uma forma eminente de caridade.

Intercessão de Maria

“Invoco a intercessão de Maria Santíssima sobre a próxima Quaresma, para que acolhamos o apelo a deixar-nos reconciliar com Deus, fixemos o olhar do coração no Mistério pascal e nos convertamos a um diálogo aberto e sincero com Deus. Assim, poderemos tornar-nos aquilo que Cristo diz dos seus discípulos: sal da terra e luz do mundo.”

(Com informações de Vatican News)

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Papa Francisco: ‘Guardar no coração quem nos acompanha no caminho da vida’

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14 de fevereiro de 2020

O Papa Francisco celebrou a missa matutina esta sexta-feira, 14, e em sua homilia se inspirou numa funcionária da Casa Santa Marta, Patrícia, que acaba de se aposentar. O Pontífice fez um “ato de memória, de agradecimento” e falou do calor da Casa Santa Marta, de uma “família ampla”, feita de pessoas que nos acompanham no caminho da vida, que todos os dias trabalham ali, com dedicação e cuidado. 

O egoísmo é um pecado

A homilia narrou a cotidianidade da Casa Santa Marta, a residência do Papa. Francisco deu destaque à família, não apenas “pai, mãe, irmãos, tios e avós”, mas à “família alargada, aqueles que nos acompanham no caminho da vida por um pouco de tempo”. Depois de 40 anos de trabalho, Patrícia está se aposentando: uma presença de família sobre a qual refletir:

E isso fará bem a todos nós que moramos aqui pensar nesta família que nos acompanha; e a todos vocês que não moram aqui, pensar em tantas pessoas que os acompanham no caminho da vida: vizinhos, amigos, companheiros de trabalho, de estudo... Nós não estamos sós. O Senhor nos quer povo, nos quer em companhia; não nos quer egoístas: o egoísmo é um pecado.

Obrigado, Senhor, por não nos abandonar

Na sua reflexão, o Papa recordou a generosidade de tantos companheiros de trabalho que cuidaram de quem adoeceu. Por trás de cada nome, há uma presença, uma história, uma permanência breve que deixou uma marca. Uma familiaridade que encontrou espaço no coração de Francisco. “Penso na Luísa, penso na Cristina”, afirmou o Pontífice, na avó da casa, irmã Maria, que entrou para trabalhar jovem e que ali decidiu se consagrar.

Mas ao recordar a sua família “alargada”, o pensamento do Papa se dirigiu a quem não está mais: “Miriam, que foi embora com seu filho; Elvira, que foi um exemplo de luta pela vida, até o fim”. E outros ainda que se aposentaram ou foram trabalhar em outro lugar. Presenças que fizeram bem e que, ás vezes, é difícil deixar.

Hoje nos fará bem, a todos nós, pensar nas pessoas que nos acompanharam no caminho da vida, como gratidão, e também como um gesto de gratidão a Deus. Obrigado, Senhor, por não nos abandonar. É verdade, sempre existem problemas, e onde há gente, há fofocas. Inclusive aqui dentro: se reza e se faz fofoca, ambas as coisas. E algumas vezes também se peca contra a caridade.

Um grande “obrigado”

Pecar, perder a paciência e, depois, pedir desculpa. Assim se faz na família. “Eu gostaria de agradecer pela paciência das pessoas que nos acompanham – destacou o Papa - e pedir perdão pelas nossas faltas”.

Hoje é um dia para agradecer e pedir perdão, do coração, cada um de nós, às pessoas que nos acompanham na vida, por um pedaço da vida, por toda a vida … E gostaria de aproveitar desta despedida de Patrícia para fazer com vocês este ato de memória, de agradecimento, e também pedir perdão às pessoas que nos acompanham. Cada um de nós o faça com as pessoas que habitualmente o acompanham. E àqueles que trabalham aqui em casa, um “obrigado” grande, grande, grande. E à senhora, Patrícia, que comece esta segunda parte da vida com mais 40 anos!

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