Câncer de próstata: diagnóstico precoce leva a mais de 80% de chance de cura

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14 de novembro de 2017

Depois do Outubro Rosa, voltado à prevenção do câncer de mama, começou o Novembro Azul, internacionalmente dedicado à conscientização sobre o câncer de próstata, o segundo que mais mata os homens, ficando atrás somente do câncer de pulmão. Quando diagnosticado precocemente, a chance de cura desse tipo de câncer é superior a 80%.

Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), neste ano devem ser registrados 61,2 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil. Dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) mostram que 20% dos pacientes são diagnosticados em estágios avançados da doença, o que faz com que a taxa de mortalidade chegue a 25%.

A próstata é uma glândula presente nos homens, localizada na frente do reto, abaixo da bexiga, envolvendo a parte superior da uretra (canal por onde passa a urina). Sua função é produzir um líquido que compõe parte do sêmen, que nutre e protege os espermatozoides. O tumor nessa glândula, na maioria dos casos, cresce de forma lenta e não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem. Em outros casos, pode crescer rapidamente, se espalhar para outros órgãos e causar a morte. Por esse motivo, é importante o diagnóstico precoce. 

 

Diagnóstico

Recomenda-se que todos os homens acima de 50 anos façam exames anuais para a investigação de alterações prostáticas. O principal deles é o toque retal, por meio do qual o médico avalia o tamanho, forma e textura da próstata. Esse exame permite palpar as partes posterior e lateral da próstata. 

Outro exame é a coleta de sangue para medir a quantidade de uma proteína produzida pela próstata – antígeno prostático específico (PSA, na sigla em Inglês). Níveis altos de PSA podem indicar alteração na próstata ou o câncer. A confirmação da doença ocorre por meio de uma biópsia, indicada somente caso seja encontrada alguma alteração em um dos exames anteriores. 

O Presidente da Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo (SBU-SP), Flávio Trigo Rocha, explicou ao O SÃO PAULO que, embora exista um preconceito por parte de alguns homens quanto ao toque retal, esse procedimento é muito importante. “Nenhum outro exame tem sensibilidade tátil, então, mesmo que se faça uma ultrassonografia ou ressonância magnética não se consegue detectar a presença de áreas endurecidas que levam à suspeita de um câncer de próstata”. 

 

Sintomas

A fase inicial do câncer de próstata pode não apresentar sintomas. Mas, quando apresenta, esses geralmente são: dificuldade e demora em começar e terminar a urinar; sangue na urina; diminuição do jato de urina; e necessidade de urinar mais vezes.

Esses sinais, no entanto, não são indicadores somente de câncer de próstata. 

"Felizmente, o tumor não é a doença mais frequente na próstata. Existe o aumento benigno da próstata, que causa sintomas semelhantes e é tratado inicialmente com medicamentos ou as famosas raspagens da próstata”, explicou Flávio Trigo, referindo-se à hiperplasia benigna da próstata - o aumento benigno da glândula -, que afeta mais da metade dos homens com idade superior a 50 anos e ocorre naturalmente com o avançar da idade. Outra doença comum é a prostatite, uma inflamação na glândula, geralmente causada por bactérias.

 

Tratamento

Como toda doença, o tratamento do câncer de próstata é mais fácil na fase inicial, porque pode ser feita a remoção cirúrgica da glândula ou a radioterapia exclusivamente na região do tumor, com um alto índice de cura. A remoção pode ocorrer por meio de cirurgia clássica ou com o auxílio de um robô de precisão. “Quando o diagnóstico é feito em uma fase em que o tumor já não está mais restrito à próstata, é necessário fazer manipulações hormonais ou mesmo quimioterapia”, acrescentou o Médico. 

Atualmente, existem algumas terapias alternativas, como um ultrassom de alta frequência que trata especificamente o local do tumor, ou a crioterapia, que é o congelamento a área cancerígena. “O que sabemos até agora é que esses tratamentos não têm uma eficácia tão grande quanto à remoção cirúrgica e acabam dando mais efeitos colaterais”, ponderou Flávio Trigo. 

Nem todos os tumores de próstata necessitam de tratamento. “É possível acompanhar um paciente com um tumor pequeno restrito a uma pequena porção da próstata e de baixa agressividade sem fazer nenhum tratamento. Esse método se chama vigilância ativa”, explicou o Presidente da SBU-SP. Hoje, aproximadamente 30% dos tumores diagnosticados nos Estados Unidos são submetidos a essa forma de acompanhamento. 

 

Prevenção

Pesquisas sobre possíveis causas do câncer de próstata indicam que fatores genéticos podem influenciar o surgimento da doença. Por exemplo, homens cujo pai ou irmão tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos têm mais chances de desenvolvê-lo. Outros estudos relacionam com a doença o sobrepeso, especialmente o excesso de gordura no sangue. 

Nesse sentido, alguns hábitos podem diminuir o risco de várias doenças, inclusive o câncer, como ter uma alimentação saudável, praticar atividade física, manter o peso corporal adequado, não fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas. 

Mesmo com todos esses cuidados, os profissionais da saúde não descartam a necessidade do exame periódico. “O conselho que sempre damos é que todo tratamento feito numa fase inicial tem um índice de sucesso maior e as chances de haver consequências e efeitos adversos do tratamento são muito baixos. E a melhor forma de obter um diagnóstico precoce é fazendo exames periódicos e, portanto, abrindo mão de preconceitos”. 
 

 

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Pastoral da Saúde discute políticas públicas em defesa do SUS

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17 de outubro de 2017

No sábado, 7, a Faculdade Zumbi dos Palmares sediou o 2º Seminário dos Militantes nas Políticas Públicas de Saúde e em Defesa do SUS, promovido pela Pastoral da Saúde da Arquidiocese de São Paulo. 

O encontro contou com presença significativa de representantes da Pastoral da Saúde das seis regiões episcopais. O Assistente Eclesiástico da Pastoral da Saúde na Arquidiocese de São Paulo, Padre João Inácio Mildner, destacou que a atividade foi parte de um “serviço que a Igreja presta para articular a população na defesa dos seus direitos”.

Em breve saudação aos participantes, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, manifestou o total apoio da Arquidiocese de São Paulo à luta por melhorias na saúde pública, especialmente em benefício daqueles que não têm condições de pagar por planos de saúde particulares. Destacou, ainda, que eventos como aquele ajudam para que a sociedade “esteja atenta à voz daqueles que têm mais necessidade de contar com as estruturas dos serviços públicos de saúde”.

Um dos debatedores do encontro foi o Padre Antônio Luiz Marchioni, mais conhecido como Padre Ticão, da Diocese de São Miguel Paulista. Ele lembrou que a motivação da Pastoral da Saúde para a garantia da vida é encontrada no livro do Êxodo 3, 7-10: “Deus viu o sofrimento do povo”. 

O médico Jorge Kayano apresentou os contrapontos do sistema público de saúde, assegurado na Constituição Federal. Ele comparou o Artigo 196, que, em essência, defende o direito à saúde, com o Artigo 199, que retira a garantia desse sistema igualitário, pois concede à gestão privada concessões de lucro voltadas à mesma proposta de qualidade para a saúde.

Ao final do encontro, foram reveladas as ações concretas que serão realizadas a partir do seminário. Uma delas será uma maior aproximação e interação dos participantes com as unidades básicas de saúde. A outra, o engajamento na coleta de assinaturas, promovida pelo Conselho Nacional da Saúde, para anular a Emenda 95, aprovada em 2016, que permite o congelamento dos gastos para Saúde e Educação por 20 anos.

(Colaborou: Jenniffer Silva)
 

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Ministério da Saúde vacinará crianças e adolescentes no sábado, 16

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15 de setembro de 2017

No sábado, 16, acontecerá o Dia D da Campanha de Multivacinação do Ministério da Saúde, que este ano convoca mais de 47 milhões de crianças menores de 5 anos, de 9 anos e também adolescentes de 10 a 15 anos completos, para atualizarem o calendário vacinal.

Com o slogan “Todo mundo unido fica mais protegido”, a campanha começou no dia 11 e segue até o dia 22 em aproximadamente 36 mil postos fixos de vacinação. Ao todo, 350 mil profissionais participam da ação.

De acordo com o Ministério, de janeiro a agosto deste ano, todas as unidades da Federação receberam 143,9 milhões de doses de vacinas de rotina. Para a campanha, foram enviadas 14,8 milhões de doses extras.

A meta é resgatar todas as crianças e adolescentes não vacinados e, com isso, iniciar ou completar os esquemas de imunização. Segundo o Ministério, 53% não estão com a vacinação em dia.

Em 2016, o Brasil registrou a menor cobertura vacinal dos últimos 10 anos, segundo a coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunizações, Carla Domingues.

“Não podemos dizer que temos uma tendência, mas é preocupante e por isso queremos reverter essa situação. O objetivo da campanha é resgatar os não vacinados para que esse dado de 2016 não se repita em 2017”, disse.

Em 2017, o Ministério da Saúde fez alterações no esquema vacinal e, por isso, orienta os pais a irem aos postos de saúde para checar a caderneta de vacinação.

CLIQUE AQUI E SAIBA MAIS DETALHES SOBRE A CAMPANHA

(Com informações de Ministério da Saúde e Agência Brasil)

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É possível vacinar-se contra a gripe até o dia 9 de junho

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05 de junho de 2017

Até a manhã da quinta-feira, 25, foram vacinados contra a gripe 35,1 milhões de brasileiros nas unidades básicas de saúde de todo o País, 63,6% do público da campanha nacional, que foi prorrogada até 9 de junho, para alcançar a meta de imunizar 90% do público alvo, incluindo a população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e pessoas com comorbidades.

Nesta 19ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, o Ministério da Saúde adquiriu 60 milhões de doses da vacina. “É importante que a população da campanha se vacine neste período para ficar protegida quando o inverno chegar. A vacina demora 15 dias para fazer efeito no organismo, por isso o Ministério da Saúde planeja a campanha antes do inverno, período de maior circulação dos vírus da influenza”, disse Carla Domingues, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, em entrevista à Agência Brasil.

A vacina disponibilizada protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela Organização Mundial da Saúde para este ano (A-H1N1, A-H3N2 e Influenza B).

A dose é segura e também é considerada uma das medidas mais eficazes na prevenção de complicações e casos graves de gripe. Pessoas com mais de 60 anos, crianças de 6 meses a 5 anos, professores e agentes de saúde estão entre as pessoas mais vulneráveis aos vírus. Outros detalhes podem ser obtidos pelo Disque Saúde, 136, em ligação gratuita.

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2º Congresso da Pastoral da Saúde em São Paulo

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31 de mai de 2017

No domingo, 28, a Pastoral da Saúde do Regional 1 da CNBB (São Paulo) promoveu a 2ª edição do Congresso Estadual da Pastoral da Saúde, no anfiteatro da instituição de ensino Uninove, no bairro da Barra Funda, em São Paulo.

O tema “A Pastoral da Saúde nos tempos atuais: O sofrimento humano e a perda dos direitos sociais” foi a base para reflexões sobre o perdão e a espiritualidade na vida do integrante da Pastoral de Saúde, Bioética e a espiritualidade do agente da pastoral, e o sofrimento humano diante das perdas sociais.

Aproximadamente 300 pessoas partilham seus serviços e experiência de fé durante a atividade destinada a coordenadores, agentes e pessoas interessadas em conhecer mais profundamente a Pastoral da Saúde.

O dia de formação e reflexões foi iniciado com missa, presidida pelo Padre João Inácio Mildner, assistente eclesiástico da Pastoral da Saúde na Arquidiocese de São Paulo.

Foram feitas discussões que versaram sobre as seguintes reflexões: Medicina Alternativa e Farmácia Viva na Segunda Dimensão Comunitária da Pastoral da Saúde, com mostras do trabalho desenvolvido na Diocese de Jales (SP); Reflexões sobre Bioética Social, com Dr. Venâncio Pereira Dantas Filho, professor do Centro Interdisciplinar de Bioética-CIB na UNICAMP; Mistanásia, com Dr. Flávio César de Sá, professor do Centro Interdisciplinar de Bioética-CIB na Unicamp; O Perdão na vida do Agente de Pastoral da Saúde, com a professora e escritora Maria Gabriela Oliveira Alves; O Sofrimento Humano diante das perdas Sociais, com o professor Luiz Bassegio e sua esposa Luciene. Ele coordena o Projeto Direitos Sociais e Saúde e presidente o Grito dos Excluídos Continental.

No Congresso destacou-se que a Pastoral da Saúde é essencial para que as pessoas doentes e hospitalizadas se sintam compreendidas e amparadas não somente nas suas necessidades físicas, mas também humanas e espirituais.

Venâncio falou, por exemplo, que hoje é unanimidade que a assistência religiosa-espiritual “é benéfica para os pacientes, familiares e profissionais envolvidos com o atendimento”.

Ao longo do dia também houve homenagem e agradecimento a grupo de 40 Bombeiros Civis que auxiliaram a Pastoral da Saúde durante a procissão arquidiocesana dos 100 anos das aparições Nossa Senhora, em Fátima, em 13 de maio.

A 2ª edição do Congresso Estadual da Pastoral da Saúde foi concluída com agradecimento pela presença de todos e dos esforços da Equipe Coordenadora da Pastoral da Saúde na Arquidiocese de São Paulo que acolhe em dois anos seguidos o Congresso Estadual da Pastoral da Saúde CNBB Regional Sul 1.

 

(Colaborou Marcos Rubens, da Pastoral da Saúde do Regional Sul 1 da CNBB)

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O aplicativo das vacinas

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16 de mai de 2017

A Sociedade Brasileira de Imunizações desenvolveu um aplicativo que auxilia usuários a registrar e organizar seu histórico de vacinas. Disponível para os sitemas operacionais iOS e Android, o aplicativo “Minhas Vacinas” pode ser baixado gratuitamente pelo site. Segundo a entidade, o aplicativo cria uma caderneta de vacinação digital para toda a família. A partir da informação da idade e do sexo, são apresentadas as vacinas recomendadas e o local em que estão disponíveis, em redes públicas e/ou privadas.

Além disso, a ferramenta informa quando deve ser tomada a segunda dose, quando for necessário. Assim, à medida que se aproxima a data, o aplicativo emite alertas ao usuário.

Fonte: Agência Brasil

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Se aproxima o ‘Dia D’ da Campanha de Vacinação contra a Influenza

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16 de mai de 2017

A Campanha de Vacinação contra a Influenza 2017 já começou. Além de pessoas com 60 anos de idade ou mais, contempla crianças na faixa etária de 6 meses a 5 anos de idade, as gestantes, as puérperas (até 45 dias após o parto), os trabalhadores da saúde, os povos indígenas, os grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, os adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, presos e funcionários do sistema prisional. Também estão incluídos para a vacinação os professores das escolas públicas e privadas.

A vacinação, que começou em 10 de abril, foi dividida em etapas. Inicialmente, foram vacinados os trabalhadores de saúde dos hospitais; depois, os que atuam na área da saúde dos serviços públicos e privados e as pessoas com 60 anos ou mais; na sequência, a vacinação se estendeu às gestantes, puérperas, crianças (entre 6 meses e 5 anos de idade) e indígenas; e desde o dia 8 passaram a ser vacinados também os professores.

No sábado, 13, será realizado o ‘Dia D’ da Campanha de Vacinação contra a Influenza, com aplicação da vacina a todos estes grupos em todas as unidades de saúde pelo Brasil e em algumas unidades móveis.

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