OMS recomenda vacinação contra sarampo e rubéola antes de viajar para Copa do Mundo

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01 de junho de 2018

Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) recomenda que todas as pessoas que viajarão para a Copa do Mundo 2018 estejam com todas as vacinas em dia, incluindo aquela que protege contra sarampo, rubéola e caxumba – conhecida no Brasil como tríplice viral. O torneio mundial de futebol acontecerá entre os dias 14 de junho e 15 de julho, na Rússia.

A intensificação das viagens internacionais e o movimento de pessoas durante eventos de massa, como a Copa do Mundo, aumentam o risco de transmissão de doenças. Também aumenta a probabilidade de os viajantes retornarem a seus países com doenças como sarampo, que é altamente contagioso e pode ter graves consequências para a saúde das populações não vacinadas e mais vulneráveis.

“É recomendável que as pessoas se vacinem ao menos 15 dias antes de viajar”, afirmou Cuauhtémoc Ruiz Matus, chefe da Unidade de Imunização Integral da Família da OPAS. “Quem for viajar para a Rússia deve se certificar de que suas vacinas estão atualizadas, principalmente as que protegem contra o sarampo e a rubéola”.

No ano passado, o número de novos casos de sarampo na Europa quadruplicou. A doença infectou 22,3 mil pessoas e causou 36 mortes. Nos primeiros três meses de 2018, a Europa registrou mais de 18 mil casos de sarampo. França, Grécia, Sérvia e Ucrânia são os países com o maior número de casos. A Rússia, por sua parte, notificou mais de 600 casos.

Estima-se que a Copa do Mundo atrairá cerca de 1 milhão de pessoas de todo o mundo. Dos 32 países que participarão do torneio, 28 relataram casos de sarampo este ano.

Em 2018, segundo o Boletim Semanal sobre Sarampo/Rubéola da OPAS publicado no dia 19 de maio, 11 países das Américas notificaram 1.194 casos confirmados de sarampo: Antígua e Barbuda (1), Argentina (3), Brasil (173), Canadá (11), Colômbia (25), Equador (7), Guatemala (1), México (4), Peru (2), Estados Unidos (63) e Venezuela (904).

Este número é mais alto do que o registrado em todo o ano de 2017, quando quatro países – Argentina (3), Canadá (45), Estados Unidos (120) e Venezuela (727) – notificaram 895 casos.

A região foi declarada livre dos vírus endêmicos da rubéola (2015) e do sarampo (2016) após um esforço de 22 anos, que incluiu a vacinação em massa de 450 milhões de crianças, adolescentes e adultos com até 40 anos em todo o continente entre 2003 e 2009. No entanto, casos importados e surtos em alguns países colocam essas conquistas em risco.

“Manter a eliminação do sarampo, da rubéola e da síndrome da rubéola congênita nas Américas requer uma taxa de cobertura de vacinação de ao menos 95%, bem como ações rápidas para detectar casos importados e quebrar a cadeia de transmissão”, disse Ruiz Matus.

Desde maio de 2017, a OPAS/OMS vem emitindo alertas sobre a situação, instando os países a manter altos níveis de cobertura de vacinação, fortalecer a vigilância e implementar urgentemente medidas para responder a qualquer caso suspeito.

Durante a Semana de Vacinação nas Américas, em abril deste ano, a OPAS enfatizou a necessidade de ação para proteger as pessoas contras doenças evitáveis por vacinação no contexto da Copa do Mundo de 2018. Nesse marco, 11 países informaram que reforçarão a imunização contra o sarampo, vacinando 6 milhões de pessoas.

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Campanha de vacinação contra gripe termina na sexta-feira

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28 de mai de 2018

Devem receber a dose crianças de 6 meses a menores de 5 anos, idosos a partir de 60 anos, trabalhadores da saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional.

Pessoas com doenças crônicas e outras condições clínicas especiais também devem ser imunizadas. Neste caso, é preciso apresentar uma prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle de doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) devem procurar os postos em que estão registrados para receber a dose.

Cobertura

Até 24 de maio, foram vacinadas 33,3 milhões de pessoas contra a gripe. O público com maior cobertura é o de puérperas, com 74,2%, seguido por idosos (71%), trabalhadores da saúde (67,8%) e professores (67,7%). Entre os indígenas, a cobertura ficou em 53,5% e, entre as gestantes, em 51,8%. O grupo com menor índice de vacinação foram as crianças, com 46%.

A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e, segundo o ministério, é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias. São priorizados os grupos considerados mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

Casos

O último boletim do ministério aponta que, até 19 de maio, foram registrados 1.678 casos de influenza em todo o país, com 280 óbitos. Do total, 1.022 casos e 178 óbitos foram pelo vírus H1N1, além de 329 casos e 52 óbitos de H3N2. Há ainda o registro de 184 casos de influenza B, com 22 óbitos, e 143 casos de influenza A não subtipado, com 28 óbitos.

A vacina

A pasta informou que a vacina é segura e reduz complicações que podem provocar casos graves da doença, internações e óbitos. A dose utilizada na rede pública de saúde protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no Hemisfério Sul ao longo do último ano, incluindo o H1N1 e o H3N2.

Reações adversas

Ainda de acordo com o ministério, após a aplicação da dose, podem ocorrer, de forma rara, dor, vermelhidão e endurecimento no local da injeção. As manifestações são consideradas benignas e os efeitos costumam passar em 48 horas.

A vacina da gripe é contraindicada para pessoas com histórico de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados. É importante procurar o médico para mais orientações.

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Fundo de População da ONU promove reunião em PE para discutir vigilância do zika

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21 de mai de 2018

O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) participa na terça-feira (22) de um encontro entre organizações da sociedade civil, apoiadores nacionais e internacionais e representantes governamentais para discutir a vigilância epidemiológica e as políticas públicas no contexto do vírus zika em Pernambuco.

Denominada “Sala de Situação da Sociedade Civil sobre Direitos e Saúde Sexual e Reprodutiva no Contexto das Epidemias de Arboviroses no estado de Pernambuco”, a reunião conta com organizações como o Fundo Posithivo, a International Planned Parenthood/ Western Hemisphere Region, o Grupo Curumim, a Gestos – Soropositividade, Comunicação e Gênero, a Casa da Mulher do Nordeste, o GTP+ e o Instituto Papai.

Desde 2015, as organizações estão engajadas em ações de promoção dos direitos e da saúde sexual e reprodutiva no contexto da epidemia de zika. As ações vão desde capacitação de profissionais da área de saúde e educação até a sensibilização de comunidades locais.

O representante do UNFPA no Brasil, Jaime Nadal, salienta que a epidemia de zika mostra a necessidade de melhorar o acesso à educação para a sexualidade, assim como o acesso universal a serviços de planejamento da vida reprodutiva. As ações com a sociedade civil são fundamentais, pois estão na linha de frente com a população em situação de maior vulnerabilidade.

“Considerando as áreas de maior incidência de infecção pelo vírus zika, Pernambuco e Bahia, e as caraterísticas da população mais afetada — mulheres, jovens e população negra — é possível concluir que a epidemia de zika não é apenas um problema de saúde pública, mas também o resultado das desigualdades que mantêm distante da realidade da população questões fundamentais como o planejamento familiar, formas de prevenção e tudo o que abarca a saúde sexual e reprodutiva”, afirma Nadal.

Para a Casa da Mulher do Nordeste, o Sistema ONU forneceu às organizações da sociedade civil envolvidas no trabalho em prol da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos dados atualizados, acesso ao diálogo com especialistas governamentais e a espaços multilaterais e centros de pesquisa e academia.

“Isso, além de possibilitar a qualificação técnica das organizações, articulações, redes e movimentos da sociedade civil no tema da tríplice epidemia das arboviroses e suas repercussões, criou um espaço crucial para que esses conhecimentos pudessem ser aplicados em uma atuação política”, diz a instituição por meio de assessoria de imprensa.

O evento acontece das 14h às 18h, no Hotel Nobile Suites Executive, localizado na Avenida Boa Viagem, em Recife.

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O SUS pode deixar de ser para todos?

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20 de mai de 2018

Criado pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado em 1990, o Sistema Único de Saúde (SUS) completa três décadas com o desafio de manter-se sustentável, em um cenário de crescente demanda de atendimentos e de limitação de investimentos, por conta da emenda constitucional do teto dos gastos (em vigor desde 2016, com a aprovação da PEC 95, prevê que o crescimento dos gastos públicos de um ano para o outro não pode ser acima da inflação aferida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

 

E SE HOUVESSE UM NOVO SISTEMA DE SAÚDE?

Essa foi a reflexão central do evento “Agenda Saúde: a ousadia de propor um novo sistema de saúde”, realizado, em abril, pela Federação Brasileira de Planos de Saúde (Febraplan), que congrega pequenas e médias operadoras do setor.

Na ocasião, levantou-se a hipótese de que, até 2038, apenas 50% da população tenha acesso direto ao SUS e o restante deva recorrer aos planos de saúde ou pagar por exames e consultas. Também haveria uma política para que o SUS financiasse os procedimentos de alta complexidade feitos pelos planos de saúde.

As propostas foram repudiadas por entidades ligadas aos movimentos populares de saúde e aos profissionais da área, o que motivou esclarecimentos complementares da Febraplan. “Não defendemos a desconstrução do SUS nem investimento de recursos públicos no setor privado”, manifestou-se a entidade em nota enviada ao O SÃO PAULO . A Federação diz ter havido equívocos de entendimento quanto aos propósitos do evento, e que sua principal preocupação é garantir que o Conselho Nacional de Saúde Suplementar tenha papel preponderante no tratamento das questões ligadas à saúde suplementar.

 

EXISTÊNCIA CONJUNTA

“Não dá para imaginar que o SUS sozinho tenha condições financeiras de atender 207 milhões de brasileiros. Também não achamos que o setor suplementar possa dar conta. Nós entendemos que os dois precisam estar presentes no País”. A afirmação é do economista José Cechin, diretor-executivo da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa 17 grupos de operadoras de planos de saúde.

Cechin garantiu que as operadoras não querem o fim do SUS: “A pessoa que tem o plano pode se valer do SUS ou do privado. Quando ela se vale do SUS, as operadoras fazem o ressarcimento. Entendemos que se mais pessoas têm plano de saúde privado, elas não estarão no SUS e, portanto, encurtar-se-á a fila de espera pelo atendimento no setor público”.

 

PODE NÃO SER TÃO BOM ASSIM

Em entrevista ao site da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fiocruz, José Sestelo, vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), alertou que não necessariamente ter mais pessoas com planos de saúde desafogará as condições do SUS, pois a expansão das operadoras impacta nos custos da intermediação comercial de todo o sistema de assistência à saúde.

“Nós vamos ter no Brasil um aumento do gasto proporcional com saúde em relação ao PIB, ou seja, vamos aumentar essa despesa, o sistema vai ficar mais caro, e vai ficar mais excludente, mais regressivo, vai excluir as pessoas que não podem pagar e concentrar os serviços naqueles que podem pagar, tornando-se mais injusto ainda do que é”, opinou. 

 

INVESTIMENTOS

No ano passado, os gastos do governo com saúde e educação caíram 3,1% em relação a 2016, apesar de tais áreas não estarem até então sob o regime do teto dos gastos.

Para este ano, a perspectiva de menos recursos continua, mas deverá haver um aumento de arrecadação para o SUS após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar, em fevereiro, que os planos de saúde devem ressarcir o SUS todas as vezes que os usuários forem atendidos na rede pública. Anteriormente, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) só determinava o reembolso para o caso de internações hospitalares. Por esse expediente, em 2017, as operadoras de saúde ressarciram a rede pública com R$ 458 milhões, menos da metade dos R$ 1,1 bilhão devido, já que muitos dos ressarcimentos ficaram retidos na Justiça.

 

ENTRAVES

Por cinco anos, o Padre João Inácio Mildner, Assistente Eclesiástico Arquidiocesano da Pastoral da Saúde, integrou o Conselho Estadual de Saúde de São Paulo. Em seu entender, a aprovação da PEC 95 é o principal entrave para a destinação de recursos ao SUS, aliado ao aumento da demanda. De acordo com a ANS, entre 2015 e 2017, as operadoras de saúde perderam 3,1 milhões de clientes.

“O SUS está absorvendo muita gente, mas não tem recursos. O grande desafio hoje é fortalecer o SUS para que ele tenha um serviço de qualidade, a partir dos impostos pagos, e com o gerenciamento das verbas públicas voltadas para a população”, opinou.

Padre João também ressaltou que o dinheiro aplicado pelo poder público na saúde não deve ser visto como gasto mas como investimento. “Se houver um trabalho maior em saúde pública, de prevenção de doenças, certamente se evitará gastos mais adiante. Se eu invisto agora na questão da prevenção, não vou precisar gastar com a alta complexidade depois, com relatórios, ressonância e exames”, exemplificou.

 

RESSARCIMENTO

O Sacerdote lamentou que nem sempre a cobertura feita pelo SUS seja ressarcida pelos planos de saúde. “Na atenção primária, por exemplo, se houver um acidente comigo, eu posso ter o melhor plano de saúde, mas o resgate vai me levar primeiro para uma unidade do SUS. Todo esse procedimento até ser transferido para o hospital particular, o SUS cobre, mas os planos de saúde não ressarcem o sistema”, afirmou.

Segundo José Cechin, as operadoras de saúde não são obrigadas a cobrir alguns procedimentos de alta complexidade, como transplantes do coração, pulmão e fígado, e por isso não ressarcem o SUS nesses casos. “Mas para qualquer outro procedimento que a pessoa faça, há ressarcimento, inclusive os de alta complexidade, como tomografia, cirurgias complexas, cirurgia bariátrica, tratamento de câncer, que são coisas muito caras e sofisticadas”, pontuou. 

 

APRIMORAMENTOS NECESSÁRIOS

Padre João Mildner diz ser indispensável a implantação de um prontuário eletrônico no SUS. “Hoje, às vezes, uma pessoa vai de manhã ao hospital para fazer exames, não sai contente, vai a outro à tarde e repete os mesmos exames. Isso é dinheiro jogado fora”, lamentou.

Outro ponto destacado pelo Assessor Eclesiástico Arquidiocesano da Pastoral da Saúde é o fortalecimento da Estratégia de Saúde da Família. “Na medicina de família, o médico conhece onde a família mora, que riscos a pessoa tem de pegar alguma doença na região, qual o histórico de doenças da própria família. Uma coisa é eu ir a um médico que eu não conheço, outra é ir a um que me conhece e que conhece a minha história”. Ele lembrou, porém, que nem sempre há médicos dispostos a trabalhar em áreas periféricas.

(Com informações do UOL, Agência Brasil, O Globo, EPSJV/Fiocruz e Câmara Notícias)


 

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A alegria do recomeço

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17 de abril de 2018

É difícil pensar a vida após um acidente ou uma situação que limita, por exemplo, a capacidade de andar. Ao ter a rotina modificada e ser impedido de fazer atividades corriqueiras como, por exemplo, ir para o trabalho de metrô, andar com o filho nos ombros ou simplesmente ficar em pé, as pessoas têm as mais diferentes reações: de aceitação, mudança de vida ou de constante negação. 

Maria Lúcia Costacurta Guarita, 36, Médica Fisiatra do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e Hospital Sírio Libanês, especializada em dor pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, lida com essas reações todos os dias. 

“O fisiatra, como médico, ciente da patologia que o paciente tem, ciente do que existe de medicamentos, de órteses e próteses, cadeiras motorizadas etc., bem como das terapias - terapia ocupacional, psicologia, fisioterapia, fonoaudióloga e todas as demais - encaminha o paciente, de modo que se consiga tirar o máximo de fruto possível para uma determinada deficiência ou falta”, explicou Maria Lúcia à reportagem do O SÃO PAULO .
 

O QUE É A DOR?

Ninguém quer sentir dor. Seja ela em que nível for, a dor não é algo que pode ser medido com exatidão. No dicionário, dor é definida como “sensação desagradável, variável em intensidade e em extensão de localização, produzida por fatores múltiplos, e geralmente associada à estimulação de fibras nervosas e transmitidas ao sistema nervoso central”. 

“A dor física quase nunca vem separada da questão psíquica. A minha profissão faz com que, no meio da dor, do sofrimento, eu perceba que há alegria. Eu tenho pacientes muito alegres que estão numa situação física complicadíssima. E pessoas serenas que não podem andar, por exemplo. Por outro lado, há pessoas desequilibradas porque perderam o dedinho do pé”, disse a Fisiatra, que trabalhou, anteriormente, na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). 

Ela enfatizou que a cultura ocidental faz com que as pessoas evitem – a todo custo – o sofrimento. “Essa negação da dor faz com que as pessoas sofram ainda mais. Às vezes, mesmo quando o paciente se cura, mas fica com alguma sequela, ele custa muito a continuar motivado e o que vemos, também na mídia ou nos filmes, é que a pessoa quer pôr fim à própria vida por não suportar aquele sofrimento.” 

 

RESILIÊNCIA

Se dor é algo variável, difícil de delimitar, a resiliência, por sua vez, é a “propriedade pela qual a energia armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão causadora duma deformação elástica” ou “resistência ao choque”, no sentido figurativo. 

Maria Lúcia salientou que, a partir da sua experiência, compreendeu que a pessoa lida melhor com o sofrimento quando aceita a situação em que se encontra, e isso influencia as pessoas que estão ao redor dela. “Se a pessoa sabe lidar com isso, influencia os familiares e até mesmo os profissionais da saúde”, disse. 

Como fisiatra, a Médica começou a ver a beleza real das pessoas, que não tem a ver com a estética do corpo unicamente. “Falamos muito em resiliência, e estimulo sempre as pessoas a não pararem, pois quando a pessoa não se envolve no que quer que seja, a chance de ela desanimar é maior”, continuou Maria Lúcia. 

“Certa vez, atendi um paciente que chegou ao consultório reclamando de dores no braço. Perguntei a ele o que tinha acontecido e ele me disse que, no dia anterior, tinha corrido a São Silvestre. Ele andava de muletas. No ano seguinte, eu corri a São Silvestre”, contou a Médica. 

 

REY

O dia 3 de junho de 2016 foi decisivo na vida de Renildo da Silva Santos, 36. Após 15 horas de cirurgia, Rey como é conhecido o baiano que migrou para São Paulo ainda criança, não tinha mais nada do umbigo abaixo. A cirurgia a que ele se submeteu, hemicorporectomia, tinha apenas 15% de chances de ser bem-sucedida. Mas não para Rey. Para ele, era a oportunidade de ver-se livre de um câncer que se desenvolveu a partir de uma ferida que não cicatrizava. 

O caso de Renildo foi destaque em um dos encontros da Organização Mundial da Saúde, em Genebra, na Suíça, e a primeira do gênero no Brasil. Para que o procedimento pudesse ser realizado, o fluxo sanguíneo de Renildo precisou ser refeito e seus órgãos reposicionados. Além disso, suas funções fisiológicas são finalizadas em bolsas coletoras. 

Em entrevista à reportagem, na casa onde mora sozinho, em Embu das Artes (SP), Rey disse que após a cirurgia sua vida melhorou muito, e que atualmente não está tomando nenhum remédio. “Eu já estava acostumado a ficar na cadeira de rodas e agora, com a prótese, posso até andar, com auxílio das muletas, mas sinto que ainda não é a hora”, disse Renildo, que atualmente trabalha com vendas de programas na internet. 

A tetraplegia de Renildo aconteceu quando ele tinha 12 anos, após ter levado um tiro de um vizinho, quando subiu numa laje para soltar pipa com os amigos. O tiro atingiu a coluna e Renildo ficou imediatamente sem os movimentos das pernas. “Minha adolescência e juventude foram muito difíceis, mas eu nunca pensei em desistir”, contou. Rey que tem uma equipe de DJ´s, trabalhou muitos anos em festas e eventos, mas agora tem outros projetos: “As vendas pela internet estão indo bem e estou esperando meu carro chegar para me locomover com mais facilidade. Além disso, quero viajar pelo Brasil e conhecer outros lugares.” 

“No início, quando todos perceberam o quanto a cirurgia tinha sido bem-sucedida, disseram para mim que muitos jornais poderiam vir me procurar, e eu fui resistente. Mas depois que percebi que minha história poderia ajudar outras pessoas, resolvi contá-la”, afirmou Renildo que no dia da entrevista estava se preparando para prestigiar um amigo DJ numa festa e estendeu o convite à reportagem.
 

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Brasil recebe novo carregamento de seringas para vacinação contra a febre amarela

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26 de fevereiro de 2018

Na noite de quinta-feira, 22, chegou ao Brasil o carregamento com quase 20 milhões seringas para as doses fracionadas da vacina contra a febre amarela.

As seringas foram solicitadas à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) pelo Ministério da Saúde. O instrumento com capacidade de 0,1 mL, permite que seja aplicada a fração exata, evitando erros.

O Brasil tem recebido ajuda da OPAS na compra das seringas para doses fracionadas desde o ano passado, quando se preparava para a necessidade de adoção da estratégia de fracionamento. Em janeiro deste ano, com a circulação do vírus em áreas de grande fluxo populacional, o Ministério da Saúde do país decidiu pôr em pratica a abordagem. O objetivo é proteger mais pessoas e diminuir a possibilidade de propagação da doença.

No período de monitoramento, de 1º de julho de 2017 a 20 de fevereiro de 2018, a OMS confirmou 545 casos de febre amarela no país, dos quais 164 resultaram em mortes.

A pesar do reforço de dozes fracionadas, crianças de 9 meses a 2 anos de idade, pessoas com condições clínicas especiais, entre outros grupos, continuarão a receber as doses padrão.

(Fonte ONU Brasil)

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Campanha mobiliza sociedade para o combate à hanseníase

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19 de janeiro de 2018

No último domingo de janeiro, comemora-se o dia mundial das pessoas atingidas pela hanseníase e o dia nacional de luta contra a doença. Por isso, o governo federal e algumas associações realizam a campanha Janeiro Roxo. 

Em 2016, o Ministério da Saúde registrou 25.218 casos novos de hanseníase no Brasil, o que representa 12,23 casos novos para cada 100 mil habitantes: a maior taxa do mundo. 

Segundo o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), os principais obstáculos para a eliminação da hanseníase no País são o preconceito, a falta de informação pública sobre a doença e o despreparo da rede saúde para diagnosticar os casos precocemente.

 

A DOENÇA

A hanseníase é uma doença infecciosa, de evolução crônica, causada por um microorganismo que acomete principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo. Ninguém atingido pela doença precisa se afastar da sociedade ou de suas atividades, porque, tão logo seja iniciado o tratamento, a doença deixa de ser transmissível.

A hanseníase é transmissível pela respiração. Porém, esse contágio tem uma característica especial: é necessário um convívio prolongado com o indivíduo infectado. A maioria da população adulta é resistente à hanseníase, mas as crianças são mais susceptíveis, geralmente adquirindo a doença quando há um paciente contaminante na família. O período de incubação varia de dois a sete anos. Como toda doença, é importante que seja diagnosticada logo no início.

 

TRATAMENTO

Até a década de 1980, as pessoas acometidas pela doença eram excluídas do convívio social e confinadas em colônias. Hoje, o tratamento pode ser feito em casa por meio de medicamentos fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), recebendo acompanhamento médico nas unidades básicas de saúde. O tratamento dura, em média, entre seis meses e um ano.

Desde 1995, o termo “lepra” e seus derivados não podem mais ser utilizados em relação à doença no Brasil. Foi o Médico Abraão Rotberg, Professor da Escola Paulista de Medicina, quem propôs a mudança de terminologia no Brasil, em 1976. O nome hanseníase é uma homenagem ao cientista norueguês Gehard Hansen, que descobriu a bactéria causadora da doença, em 1873.

A jornalista Manuela Castro, Consultora da ONU para a hanseníase e autora do livro “A Praga – O holocausto da hanseníase” - que conta a história das pessoas com a doença que tiveram suas vidas afetadas pela internação compulsória de leprosos -, destacou que, embora o Brasil tenha assinado um tratado internacional de erradicação da hanseníase nos anos 1990, o País tem a pior situação em termos proporcionais. “Trata-se de uma doença que tem cura, que tem tratamento na rede pública. Ele é demorado, mas relativamente simples com os medicamentos. A hanseníase é uma doença fácil de se descobrir: geralmente, começa com uma mancha onde a pessoa deixa de ter sensibilidade; o problema é que as pessoas não têm a cultura de procurar um médico ao surgirem esses sintomas”, afirmou Manuela, em entrevista ao O SÃO PAULO , publicada em 16 de agosto de 2017.  

O Morhan disponibilizou um número de telefone gratuito para informações sobre a doença, o TeleHansen: 0800-026- 2001.
 

SINAIS E SINTOMAS MAIS COMUNS DA HANSENÍASE:

  •  Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo.
  • Área de pele seca e com falta de suor.
  • Área da pele com queda de pelos, mais especialmente nas sobrancelhas.
  • Área da pele com perda ou ausência de sensibilidade (dormências, diminuição da sensibilidade ao toque, calor ou dor).
  • Sensação de formigamento na pele, principalmente das mãos e dos pés.
  • Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas.
  • Edema ou inchaço de mãos e pés.
  • Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face, devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos.
  • Úlceras de pernas e pés.
  • Nódulo (caroços) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos. 

(Fonte: Morhan)

 

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Estados receberão doses fracionadas de vacina contra a febre amarela

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13 de janeiro de 2018

O Ministério da Saúde anunciou na terça-feira, 9, que 75 municípios dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia vão realizar campanhas de vacinação contra a febre amarela com doses fracionadas entre fevereiro e março. A decisão foi adotada mediante recomendação e autorização da Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com o Ministro da Saúde, Ricardo Barros, o fracionamento de doses é uma medida preventiva e emergencial adotada em razão do surto da doença no País e que será implementado em áreas selecionadas durante um período de 15 dias. 

Atualmente, o Ministério utiliza a dose padrão da vacina contra a febre amarela com 0,5ml. Já para a dose fracionada, são aplicados 0,1ml ou 1/5 da dose padrão. Dessa forma, um frasco com cinco doses da vacina padrão pode imunizar até 25 pessoas com a dose fracionada contra a doença. 

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo atualizou para 13 o número de pessoas mortas por contrair febre amarela no Estado desde o ano passado. Desse total, três ocorreram na região metropolitana.

De 2017 até agora, foram registrados 29 casos autóctones de febre amarela silvestre no Estado. Os casos que evoluíram para óbito ocorreram nos municípios de Américo Brasiliense, Amparo, Batatais, Monte Alegre do Sul, Santa Lucia, São João da Boa Vista, Itatiba, Mairiporã e Nazaré Paulista. Houve, ainda, casos de transmissão sem morte nas cidades de Águas da Prata, Campinas, Santa Cruz do Rio Pardo, Tuiti, Mococa/Cassia dos Coqueiros, Jundiaí e Mairiporã.

Fonte: Agência Brasi

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Anorexia

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12 de janeiro de 2018

O barulho das xícaras e o alterar das vozes de pessoas de todas as idades compuseram o contexto da entrevista concedida por Amanda Sarah Ferreira de Lima Costa, 24, sobre a doença que teve aos 16 anos: anorexia nervosa. Durante mais de uma hora, numa cafeteria de uma grande livraria paulistana, a jovem contou sua experiência de superação da doença e como o trabalho como nutricionista foi essencial neste processo.

Amanda nasceu em Cotia (SP) e tem quatro irmãs. Aos 6 anos, perdeu o pai de maneira repentina e, desde então, passou a crescer nela o sentimento de reponsabilidade na família. “Quando meu pai faleceu, minha mãe tinha 24 anos e passamos por uma etapa muito difícil”, disse. 

Devido a rotinas diferentes, a família de Amanda não tinha o hábito de sentar-se à mesa para comer. “Eu acredito que o sentar-se à mesa é importante. Com a correria do dia a dia, comer vai deixando de ser um momento prazeroso”, afirmou a Nutricionista, que além dos atendimentos regulares, acompanha atletas num estúdio na região do Morumbi, na zona Sul da cidade. 

 

Uma palavra

Ao falar sobre os motivos que desencadearam a doença, Amanda lembrou-se de um episódio que aconteceu quando tinha 10 anos de idade, na sala de espera para uma consulta com o pediatra. “Eu estava usando uma saia e um top e dava para ver a barriga. Tinha uma amiga da minha mãe esperando no mesmo consultório e comentou: ‘Nossa, como ela está gordinha. Olha essa barriguinha’. Aquilo me incomodou profundamente, mas passou, pois eu não tinha nenhum problema com alimentação.”
 

Na adolescência, Amanda jogava handebol e percebia-se maior que as suas amigas. “Eu tinha as pernas grossas e uma estrutura corporal mais volumosa, mas não era gorda. Minhas amigas falavam sobre meu corpo e aquilo, mesmo não sendo, parecia um insulto”, comentou a jovem. 

Mas o não querer mais alimentar-se veio depois que Amanda começou a fazer jejum, uma das orientações da igreja evangélica que passou a participar aos 14 anos. “Eu gostava de fazer jejum e pensava no benefício de, além de ajudar as pessoas com a oração, emagrecer rapidamente. Por isso, procurava realizar atividades para estender meu horário de jejum. Aos 15 anos, eu cheguei a pesar 42 quilos”, contou. 

“Foi quando comecei a emagrecer cada vez mais e me sentir muito bem com isso. Achava bonito meus ossos aparecendo, e passava todos os dias na farmácia para me pesar. Ingeria cada vez menos comida e até cheguei a tentar vômito, mas não consegui. Além disso, fazia todas as atividades físicas que conseguia.” 

 

29 quilos

“No fim de 2008, eu fui passar as férias em Natal (RN) com a família do meu pai e muitas pessoas não me conheciam. Então, eu decidi aproveitar a distância da minha mãe e das minhas irmãs para perder ainda mais peso. Na ocasião, no calor do Nordeste, eu sentia frio e cheguei até a começar a desenvolver uma espécie de penugem, quando o corpo não tem mais gordura suficiente para manter a temperatura e desenvolve mecanismos de proteção”, recordou Amanda, que já chegou a acompanhar outras pessoas com anorexia, no seu trabalho como nutricionista. 

Ao chegar a Natal, os familiares perceberam algumas atitudes diferentes no comportamento de Amanda e levaram-na ao médico e à nutricionista, mas ela ignorou todas as orientações que recebeu. “A nutricionista verificou que eu estava com 8% de gordura corporal e me passou uma dieta para engordar, mas eu não segui nada do que ela havia prescrito. Eu pesquisava muito e sabia exatamente qual eram as calorias de cada alimento. Tudo estava saindo do controle, e em alguns dias, por exemplo, eu comia somente uma maçã. Estava com 36kg”, disse. 

“Eu já sabia que estava com a anorexia, mas tinha vergonha de falar. Quando cheguei a São Paulo e minha mãe me viu no aeroporto, ficou desesperada. Foi aí que começamos a procurar os hospitais. A cada consulta, o diagnóstico era: ‘Mãe, sua filha está com anorexia nervosa e vai chegar a óbito. Eu não me sentia acolhida’. Comecei a pesar-me semanalmente para verificar aumento de peso e isso era uma tortura. Chegava a colocar pedras na roupa para esconder que estava perdendo peso. Jogava comida pela janela, para fingir que eu estava comendo. Mas, um dia, minha mãe viu que os cachorrinhos estavam comendo aquela comida. Então, ela começou a me obrigar a comer na frente dela. Era horrível a sensação de comer um pão inteiro, por exemplo. Foi quando senti uma forte dor nas costas, e no hospital descobriram que meu rim estava funcionando com apenas 20% da capacidade”, recordou, emocionada, Amanda. 

À reportagem, ela disse que tirava muitas fotos e achava-se uma modelo. “Fotos que olho hoje e sinto medo. Além disso, eu estava tornando-me uma pessoa antissocial. Não tinha vergonha do meu corpo, mas não queria ter convívio com as pessoas para que eu não tivesse contato com a comida.” 

Com 29 quilos, aos 16 anos, Amanda foi internada em diferentes alas do Hospital das Clínicas, em São Paulo, como a psiquiatria, a hematologia e a nefrologia. “Todo o meu organismo estava comprometido e, por isso, meu corpo começou a usar a energia dos órgãos internos. Peguei também uma esofagite e, por isso, não podia comer. Isso foi às vésperas do vestibular e eu queria sair do hospital para estudar. Depois de tratar a esofagite, um dos médicos me deu muito soro e eu saí do hospital com 3kg a mais”, recordou a Nutricionista. 

 

Resgate

Amanda conta que com o tempo passou a anotar tudo que vivia em um diário e que, ao sair do hospital, naquele dia, escreveu que queria mudar de vida: “Desde então, eu passei a me alimentar. Eu sentava na mesa para comer e ficava mais de 40 minutos para dar a primeira garfada. E chorava desesperadamente, porque queria comer e, ao mesmo tempo, porque não queria de jeito nenhum. Comecei com uma xícara de café com leite e meio pão. Depois, frutas, e depois alimentos que para mim eram proibidos como salgadinhos, hambúrguer.” 

Ao falar do seu processo de recuperação, Amanda usou a palavra resgate. “Eu não sei como isso aconteceu, mas foi uma força de dentro de mim mesma. Com a anorexia, eu me sentia presa dentro de mim e percebi que começava a libertar-me. Até que um dia eu sentei à mesa e comi com prazer.” 

 

Nutrição

“Chegou o dia do vestibular e eu queria cursar Medicina, mas percebi que não conseguiria. Então, optei por Nutrição. O curso foi essencial para mim e eu pensei também no que poderia fazer para que as pessoas tivessem uma boa relação com a comida. Hoje, percebo que vivemos num mundo em que a maioria das pessoas tem algum tipo de transtorno alimentar”, avaliou Amanda. 

A jovem Nutricionista, que mora com duas irmãs e gosta de cozinhar, salientou que o fato de as pessoas taxarem os alimentos como bons ou ruins causa muitos transtornos, pois acabam por não conseguirem se alimentar sem culpa. “As pessoas comem e dizem: ‘Como porque mereço...’. como se pudessem comer só em momentos específicos. Além disso, confundem sensação e sentimento. A fome é uma sensação diária e o fato de as pessoas terem alegria ou tristeza, que são sentimentos, não deve influenciar diretamente a escolha por comer ou não. Devemos enfatizar também que a padronização de beleza e a hipervalorizarão do corpo impactam diretamente na alimentação. As pessoas querem ter sempre o corpo de alguém, de um artista famoso ou de um modelo midiático. Mas cada pessoa tem uma composição e o importante é você ter um corpo saudável dentro da sua estrutura corporal”, disse Amanda, enquanto olhava o cardápio da cafeteria. 

 

A influência da mídia

No artigo “O impacto da mídia no desenvolvimento da obesidade infantil”, publicado pela Faculdade Atenas por um grupo de professores e estudantes dos cursos de Nutrição, há uma análise sobre o papel da mídia no desencadeamento da doença. De acordo com o texto, “o padrão de beleza imposto pela sociedade atual corresponde a um corpo com formas físicas bem definidas. Os padrões corporais e hábitos alimentares são ditados pela mídia, que influencia os valores e escolhas de crianças, adolescentes e adultos jovens”. 

A reflexão salienta o fato de que “todo adolescente tem em sua mente um corpo ideal, quanto mais este corpo se distanciar do real, maior será a possibilidade de negação, comprometendo sua autoestima. As adolescentes, quando estão abaixo do peso ideal ou até mesmo no peso adequado, costumam se sentir desproporcionais ou gordas, o que se denomina de distorção da imagem corporal. Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento da anorexia nervosa, destacam-se a mídia e os ambientes social e familiar, sendo associados, principalmente, ao culto à magreza imposta pela mídia e seguida por grande parte da sociedade”. 

 

Anorexia nervosa, o que é?

Anorexia nervosa é um distúrbio alimentar e psicológico, com perda de peso excessiva, na qual a pessoa procura alcançar a extrema magreza, chegando a utilizar estratégias para perder peso. A doença afeta, principalmente, os adolescentes e, sobretudo, as mulheres do Hemisfério Ocidental. 

Existem muitas causas possíveis para uma diminuição do apetite, algumas das quais podem ser inofensivas, enquanto outras apontam para uma condição clínica grave ou constituem um risco significativo. 

A anorexia é caracterizada pela recusa em manter um peso corporal e um medo obsessivo de ganhar peso devido a uma distorcida imagem de si próprio, que pode ser mantido por conclusões erradas, que alteram a forma como o indivíduo afetado avalia o seu corpo. 

Sendo uma doença complexa, a anorexia nervosa envolve problemas sociais, fisiológicos e psicológicos. Uma pessoa que tenha anorexia nervosa pode ser chamada de anoréxica. Uma pessoa que seja anoréxica pode ser também chamada de bulímica. 

Para os jovens adolescentes de ambos os sexos, a doença pode estar ligada à autoimagem e à dificuldade em ser aceito pelo grupo, com mais incidência se houver um quadro neurótico (do tipo obsessivo-compulsivo) ou uma história de abuso ou de bullying. É uma doença mental grave, com taxas de morbidade e de mortalidade elevadas.
 

 

Características das pessoas com Anorexia

  • Recusa em manter o peso corporal normal para a sua idade e altura;  Medo de engordar;   Nas mulheres, há a interrupção da menstruação e, nos homens, baixa  significativa dos níveis hormonais;  Negação sobre os perigos do baixo peso;  Irritabilidade e depressão.
  •   Cerca de 95% das pessoas com anorexia são adolescentes e mulheres;   Entre 0,5% a 1% das mulheres americanas sofrem de anorexia nervosa;  20% dos indivíduos que lutam contra a anorexia nervosa chegam a óbito.

Fonte: www.disturbiosalimentares.com

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Casal iraquiano assumirá a direção do primeiro hospital católico

Por
11 de janeiro de 2018

Após a derrota do grupo Estado Islâmico no Iraque, Dom Bashar Warda, Arcebispo Caldeu de Erbil, pediu a um casal iraquiano – Saveen Oghana e Ban Isaqi – que assumisse a administração do primeiro hospital católico pós-guerra, que atenderá, entre outros, as vítimas do conflito com o grupo terrorista. Os dois trabalham na área de saúde, como médico e dentista, e fazem mestrado em Administração de Saúde na Austrália.

“Pelo que sabemos, será o primeiro hospital católico na região do Curdistão e, provavelmente, será o único hospital católico em todo o Iraque, não o primeiro, mas sim o único”, disse Saveen à Chaldean View .

O novo hospital está sendo construído no bairro cristão de Ankawa, em Erbil, no Norte do Iraque e será chamado Shlama, que quer dizer “paz”.

Fontes: ACI/ Chaldean View

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