‘Nós estamos aqui por vocês, lutem por nós’

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22 de abril de 2020

Irmã Rosane Ghedin, Diretora Presidente da Rede de Saúde e Cultura Santa Marcelina, falou ao O SÃO PAULO sobre a Campanha “ComVida-20 Santa Marcelina – ‘Nós estamos aqui por vocês, lutem por nós’”, que busca arrecadar R$ 20 milhões para ampliar o número de leitos destinados à assistência prestada aos pacientes identificados como suspeitos ou portadores da COVID-19.

São diferentes ações focadas na prospecção de doadores e parcerias para apoiar a instituição na abertura dos novos leitos e estruturação de um hospital campanha para os cuidados recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde diante das vítimas da atual pandemia.

No Hospital faltam subsídios para ofertar atendimento. Assim, os recursos captados servirão para ampliar os leitos de UTI, bem como continuar o atendimento aos pacientes em tratamento. A Irmã Rosane Ghedin fala mais sobre o assunto nesta entrevista

O SÃO PAULO - Como o Hospital tem se preparado para a COVID-19?

Irmã Rosane Ghedin - O Hospital está reorganizando os leitos de UTI e retaguarda das enfermarias. A Instituição busca aumentar 50 leitos de unidades de terapia intensiva e 80 leitos de enfermarias por meio da campanha “Com Vida 20” e parcerias para viabilizar a implantação e custeio.

E em relação ao fluxo de pacientes com a COVID-19?

Diante da fácil transmissão da COVID-19, destinamos um prédio totalmente isolado para a triagem geral e acolhimento dos casos respiratórios, com toda a estrutura exclusiva para o combate do vírus. Foram reorganizadas as filas cirúrgicas priorizando os procedimentos oncológicos, porém com diminuição das cirurgias eletivas para destinar os leitos para o atendimento do novo coronavírus. Bem como a reformulação das escalas médicas e de enfermagem para o atendimento seguro dos pacientes e colaboradores.

O Hospital Santa Marcelina está custeando testes de COVID-19 para os pacientes. Quais são os critérios? Qualquer pessoa pode ter acesso a este serviço?

Os testes são realizados em pacientes internados, seguindo os protocolos institucionais e diretrizes do Ministério da Saúde. Os mesmos são realizados em laboratórios de apoio e custeados pela Instituição e com tempo de resposta de aproximadamente três dias. Com relação ao acesso, o Hospital Santa Marcelina de Itaquera é o maior hospital da região leste de São Paulo e referência em alta complexidade.

Qual o diferencial do Hospital por se tratar de uma instituição com inspiração católica?

O diferencial do Santa Marcelina é a união da técnica com a fé. Buscamos colocar em um plano transcendente todos os colaboradores, prestadores de serviço, pacientes e acompanhantes e pedir para que Deus cuide e guarde cada um que ali está em tratamento ou trabalho. Colocamos tudo em um plano de fé e nas mãos de Deus. Não há diferencial técnico, o Hospital segue com a mesma terapêutica das demais unidades de saúde.

No local, há missas diárias para os médicos e profissionais da saúde. Poderia falar mais sobre esta iniciativa?

O Hospital sempre promoveu e proporcionou todos os dias assistência espiritual aos pacientes, acompanhantes e colaboradores. Neste momento de pandemia, mais do que nunca, vimos a necessidade de continuar proporcionando isso, pois percebemos que as pessoas buscam mais a fé e a aproximação com Deus. No entanto, reformulamos a maneira de realizar as missas durante esse período atípico. As celebrações passaram a ser realizadas com transmissão pelos meios de comunicação interna do hospital para evitar a aglomerações.

‘QUE O MEDO SEJA SUBSTITUÍDO PELA FORÇA DE DEUS’

Irmã Luceni das Mercês, da Congregação de Santa Marcelina, afirma que como religiosa está enfrentando a pandemia “com serenidade, fé e esperança”.

“Peço a Deus sua sabedoria para orientar todos. Estou em constante oração pelos pacientes infectados, para que sintam a presença e a força de Deus, neste momento em que estão privados de estar com o que é precioso, a família”, disse a Irmã. 

 Ela está junto aos profissionais do Hospital, orientando-os para o correto dos equipamentos de proteção individual (EPIs) e os demais cuidados necessários para evitar a contaminação.

“Rezo junto a eles para que o medo seja substituído pela força de Deus, para continuarmos cuidando das pessoas que precisam de nós”, continuou a Religiosa. “Que possamos aprender – diante de tudo isso – a importância da família e das pessoas para nossas vidas”, afirmou Irmã Luceni.

MAIOR HOSPITAL DA ZONA LESTE DE SÃO PAULO

O Santa Marcelina, maior serviço de saúde da zona Leste de São Paulo, é um dos quatro hospitais de grande porte da cidade. Filantrópico, mantém 85% de seu atendimento dedicado ao SUS.

Possui mais de 700 leitos para atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS), particular e convênios, sendo 111 voltados à terapia intensiva. Atualmente, tem um quadro funcional com mais de 4,5 mil profissionais, com aproximadamente 900 médicos. Diariamente passam pelo complexo, entre funcionários, pacientes e prestadores de serviços, cerca de 10 mil pessoas.

Realiza prestação de Assistência médico hospitalar em regime de emergência e internação nas áreas de Clínica Médica, Clínica Pediátrica, Clinica Cirúrgica (Ortopedia, Buco Maxilo-Facial, Plástica, Oftalmologia Transplante de Órgãos e de Medula Óssea dentre outros) Clínica Ginecológica e Obstétrica, Unidade de Terapia Intensiva (Adulto, Infantil, Neonatal e Semi Intensiva).

A instituição, desenvolve ainda Programas de Ensino que contempla diversas modalidades de aprendizagem e aprimoramento técnico em Saúde: Internato Médico, Residência Médica e Especialização e ainda conta com um Serviço de Emergência preparado para receber casos graves e referenciados.

Atualmente, o Hospital Santa Marcelina é classificado como um serviço de Referência Quartenária, apto a realizar atendimentos de alta complexidade em diversas áreas da medicina.

Como ajudar:

Pessoa Física

- Doação em dinheiro (qualquer quantia)

- Trabalho Voluntário

- Doação de Sangue

Pessoa Jurídica

- Doação em dinheiro (qualquer quantia)

- Doação de Materiais (gerais) e insumos hospitalares

- Força de Trabalho

- Alimentos

Dados Bancários:

Banco do Brasil
Agência: 1911-9

Conta Corrente: 8560-x
CNPJ.: 60742.616/001-60

Banco Itaú
Agência: 1732|Conta Corrente: 13350-7
CNPJ: 60.742.616/0001-60

Banco Santander

Agência: 3809

Conta Corrente: 13000370-2

CNPJ: 60742.616/001-60

Central de Atendimento: 11 5555-7050

SERVIÇO

Hospital Santa Marcelina Itaquera

Local: Rua Santa Marcelina, 177, Itaquera

Informações: www.santamarcelina.org ou (11) 2070-6000

 

 

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‘Deus não deixa ninguém para trás’

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21 de abril de 2020

Mesmo depois de os discípulos O terem abandonado em seus últimos dias, Jesus voltou e os encontrou. Na missa do Domingo da Divina Misericórdia, no dia 19, o Papa Francisco refletiu sobre as passagens bíblicas que contam os primeiros dias após a Ressurreição. Mesmo Tomé, o apóstolo inicialmente incrédulo, foi capaz de acreditar em Jesus ressuscitado diante de si e confessar: “Meu Senhor e meu Deus”.

Também nós, disse o Papa, somos acompanhados por Deus e não podemos deixar os mais fracos para trás. “Somos todos frágeis, todos preciosos”, declarou o Santo Padre. “Nesta provação que estamos atravessando, também nós, como Tomé, com nossos temores e dúvidas, nos encontramos frágeis”, afirmou, referindo-se à atual pandemia de COVID-19. “O Senhor, no entanto, o esperou. A misericórdia não abandona quem ficou para trás.”

Contra o ‘vírus do egoísmo’

Nas palavras de Francisco, mesmo na possibilidade de se retomar a vida normal lentamente após a pandemia do novo coronavírus, é necessário garantir que ninguém tenha ficado para trás, abandonado no caminho.

Ele alertou: “O risco é que nos atinja um vírus ainda pior, aquele do egoísmo indiferente. Ele se transmite a partir da ideia de que a vida melhora se está melhor para mim, que tudo vai ficar bem, se ficar bem para mim. Parte-se daqui e chega-se a selecionar as pessoas, a descartar os pobres, a imolar quem está atrás no altar do progresso”.

O Pontífice pediu que toda a comunidade humana trabalhe para dissolver as desigualdades e acabe com “a injustiça que mina pela raiz a saúde da humanidade inteira”. 

Apresentar fraquezas a Deus

Assim como os primeiros cristãos, que vivenciaram a presença de Jesus ressuscitado, também nós temos que apresentar a Ele as nossas “misérias”, as fraquezas de cada um, pois é Ele o caminho.

“O amor desarmado e desarmante de Jesus ressuscita o coração do discípulo”, disse. “Usemos a misericórdia com quem é mais fraco: só assim reconstruiremos um mundo novo.”

Após um mês fechado no Vaticano e sem eventos públicos, o Papa saiu dos limites do pequeno país e caminhou até a Igreja do Espírito Santo, em Sassia, que fica a alguns quarteirões de distância, onde celebrou a missa.

A basílica é dedicada à devoção da Divina Misericórdia, que se baseia nos escritos de Santa Faustina e a qual foi instituída na liturgia pelo Papa João Paulo II, em abril de 2000.

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Dom Odilo conversa com os fiéis após a missa de domingo

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21 de abril de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, realizou no domingo, 19, uma transmissão ao vivo (live) em sua página oficial no Facebook. A iniciativa, que tem acontecido há algumas semanas, passou a ser transmitida ao vivo também pela rádio 9 de Julho (AM 1600 kHz), com a estreia do programa ‘Diálogos de Fé’, que acontecerá todos os domingos, a partir das 12h30.

Dom Odilo iniciou recordando a reflexão do 2º Domingo da Páscoa, o Domingo da Misericórdia, e reforçou a importância de as pessoas respeitarem o isolamento social e ficarem em casa, pois cuidar da saúde é fundamental nesse período. O Cardeal reiterou que os templos das igrejas estão fechadas, mas os sacerdotes estão rezando pelo povo e com povo, por meio das mídias sociais.

Confissão e Unção dos Enfermos

Como de costume, Dom Odilo respondeu a perguntas diversas dos internautas que estavam acompanhando a live. Uma das questões foi sobre como ficará a administração do sacramento da Reconciliação neste período.

“Cada um pode verificar em sua paróquia a possibilidade de se confessar, o que se tem evitado é a Confissão como normalmente se fazia, para evitar aglomerações. Mas não está proibido. Basta ver as possibilidades concretas que existem para confessar-se com o padre da sua paróquia”, respondeu o Cardeal.

A catequista Yara Oliveira Costa Santos perguntou: “quem ainda não foi contaminado, pode pedir a Unção dos Enfermos, estando no grupo de risco?”

Dom Odilo assim respondeu: “A Unção dos Enfermos é para todas as pessoas que se encontram em situação de risco de vida. É claro que as pessoas idosas e doentes podem receber a Unção dos Enfermos, mesmo sem risco de vida. Não é necessário esperar chegar próximo da morte”, salientou o Arcebispo.

Romaria Arquidiocesana

Outro questionamento dos internautas foi referente à Romaria Arquidiocesana ao Santuário Nacional de Aparecida, que acontece anualmente no primeiro domingo de maio e este ano será em 3 de maio.

“Estamos dentro das limitações impostas pela pandemia do novo coronavírus. Não faremos a romaria como de costume, mas já falamos com os padres do Santuário e a romaria irá acontecer apenas com a presença do Arcebispo, dos bispos auxiliares e de poucos padres. O povo deve ficar em casa e acompanhar pelos meios de comunicação”, reforçou o Cardeal.

A internauta Daniela Teixeira questionou: “Com essa pandemia, pode-se mandar celebrar sétimo dia depois? Qual a recomendação?”

Dom Odilo explicou: “Não é necessário esperar o sétimo dia. Pode-se rezar imediatamente após o falecimento. O sétimo dia é apenas um costume, mas não limitamos a nossa oração ao sétimo dia. Neste momento, há limitações para realizar as missas pelos falecidos e até o funeral. Depois que tudo se normalizar, é possível marcar a missa pelo falecido, no momento oportuno”, concluiu.

Diariamente, às 7h, o Arcebispo Metropolitano tem presidido missa diretamente da capela da residência episcopal. Aos domingos, também é realizada missa às 11h.

 

VEJA A LIVE COM O CARDEAL SCHERER DE 19 DE ABRIL

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A Igreja está a serviço dos pobres

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20 de abril de 2020

Uma idosa de 90 anos caminhava ao lado de inúmeras pessoas que seguiam pela extensa fila formada no Largo São Francisco, no centro de São Paulo. A cada novo passo, a mulher de idade se via mais próxima de um recurso distante de sua realidade havia quase sete dias. Quando chegou, ela recebeu das mãos de um frade franciscano o que buscava e, olhando em seus olhos, disse: “Eu quero louvar e agradecer a Deus, pois faz quase uma semana que não me alimento com comida”.

O agradecimento da idosa foi lembrado pelo Frei José Francisco dos Santos, da Ordem dos Frades Menores e diretor presidente do Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras), em entrevista ao O SÃO PAULO.

A organização administrada pela ordem franciscana, que há mais de 20 anos tem seu trabalho voltado à população em situação de rua, por meio do “Chá do Padre”, viu na escassez de recursos em tempos de COVID-19 a necessidade de ampliar seu atendimento aos mais vulneráveis.

EM PRAÇA PÚBLICA

No fim de março, para evitarem aglomeração na sede da entidade, localizada na Rua Riachuelo, no centro, os religiosos propuseram a montagem de uma tenda no Largo São Francisco, para a distribuição de refeições diárias.

Na linha de frente, atuam dez frades e sete religiosas das congregações das Irmãs Franciscanas da Terceira Ordem Seráfica, Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus e Irmãs Catequistas Franciscanas, além de inúmeros voluntários.

Imaginava-se, a princípio, uma média de 700 atendimentos por dia, contudo, somente no Domingo de Páscoa, 12, compareceram mais de 4,2 mil pessoas à tenda de atendimento.

Uma explicação provável para o rápido crescimento, na opinião do Frei José Francisco, é que a vulnerabilidade social já não atinge somente a população de rua: “Nós temos um grande número de pessoas vindas dos prédios ocupados, de trabalhadores informais. São os famintos da cidade, os primeiros atingidos pela crise da pandemia”.

Diante da inevitável aglomeração causada pelo fluxo de pessoas que frequentam a tenda, os frades, as religiosas e os voluntários tiveram que se adaptar ao uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs) e intensificar os cuidados com a higiene.

“Neste momento, fazemos a experiência de uma Igreja em saída, que não está reclusa, embora saibamos do risco. Assim como os governantes estão montando hospitais para atender à saúde do povo, nós, como uma pequena porção da Igreja, estamos também nos colocando em praça pública como instrumentos da solidariedade. Nas mãos de Deus não fazemos a nossa vontade, mas a Dele, nessa relação de cuidado com os que mais precisam”, manifestou o Frade.

SOLIDARIEDADE PLURAL

Outro desafio citado por ele foi o de manter a sustentabilidade institucional diante da nova demanda, o que tem sido possível graças ao apoio de muitas pessoas que enviam mantimentos e refeições prontas para distribuição. Das 3,5 mil refeições oferecidas diariamente, 3 mil chegam por meio de grupos que atuavam na região antes da pandemia.

Além da tenda, o serviço de solidariedade continua a acontecer na sede do “Chá do Padre” e em mais um espaço erguido em parceria com as secretarias municipais de Direitos Humanos e de Assistência Social, na Baixada do Glicério. Para as famílias carentes que não vivem em situação de rua, está sendo feito um cadastro para a distribuição de cestas básicas. Até o momento, já foram entregues 3,5 mil kits com mantimentos.

‘QUE EU LEVE A ESPERANÇA’

A ordem franciscana tem como princípio a atenção para com os mais pobres: “São Francisco vai dizer que estar entre os mais necessitados é fazer com que eles nos evangelizem e nos desafiem a um despojamento pessoal, fazendo-nos perceber que todos estamos sujeitos à fragilidade”, ressaltou o Frade.

Frei José refletiu, ainda, que o fato de o espaço ter se transformado em uma rede de solidariedade é motivo de grande emoção e revela a ação do Espírito Santo, que age em prol dos que precisam, por meio dos que se colocam a serviço da paz, da necessidade emergencial e da vontade de Deus. Ele fez memória, ainda, do que disse o Papa Francisco na Exortação Evangelii gaudium, sobre a necessidade de se edificar uma igreja aberta e a serviço dos pobres, atuando, assim, como “um hospital de campanha para, dessa forma, ajudar, defender e cuidar, mas que não veio para se estabelecer, pois o que deve ser estabelecido é o Reino de Deus, o Evangelho e Jesus”.

O Frade manifestou, também, seu agradecimento às muitas comunidades e pessoas que se solidarizam com o serviço à população de rua, com doações ou orações, sobretudo os padres e bispos que têm demonstrado especial atenção ao atendimento oferecido neste momento.

ESCLARECIMENTO

O Frei José Francisco dos Santos desmentiu as informações de que frades que atuam na linha de frente do serviço à população em situação de rua teriam contraído o novo coronavírus. Ele assegurou que nenhum dos religiosos ou voluntários envolvidos apresentou qualquer sintoma da doença até então, mas explicou que dois frades que residem no Convento São Francisco tiveram diagnóstico confirmado. Outro também desenvolveu os sintomas, mas não foi submetido ao teste e continua em isolamento social.

Leia a nota de esclarecimento do Serviço Franciscano de Solidariedade.

 

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Isolamento social em São Paulo é de 59%, aponta SIMI-SP

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20 de abril de 2020

O Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI-SP) do Governo de São Paulo mostra que o percentual de isolamento social no Estado foi de 59% neste domingo (19).

A central de inteligência analisa os dados de telefonia móvel para indicar tendências de deslocamento e apontar a eficácia das medidas de isolamento social. Com isso, é possível apontar em quais regiões a adesão à quarentena é maior e em quais as campanhas de conscientização precisam ser intensificadas, inclusive com apoio das prefeituras.

No momento, há acesso a dados referentes a 104 cidades maiores de 70 mil habitantes, que podem ser consultados e estão também disponibilizados em gráficos no site https://www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus/isolamento. O sistema é atualizado diariamente para incluir informações de municípios.

O SIMI-SP é viabilizado por meio de acordo com as operadoras de telefonia Vivo, Claro, Oi e TIM para que o Estado possa consultar informações agregadas sobre deslocamento nos 645 municípios paulistas.

As informações são aglutinadas e anonimizadas sem desrespeitar a privacidade de cada usuário. Os dados de georreferenciamento servem para aprimorar as medidas de isolamento social para enfrentamento ao coronavírus.

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Bispos pedem que vacina seja produzida sem o uso de células de bebês abortados

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20 de abril de 2020

Uma vacina efetiva e segura contra o novo coronavírus tem sido buscada por diversos laboratórios ao redor do mundo, mas seu desenvolvimento deve evitar associações com o aborto, pedem líderes pró-vida em uma carta ao governo norte-americano, enviada na sexta-feira, dia 17.  

Entre os signatários estão Dom Joseph. F. Naumann, Arcebispo de Kansas City e Presidente da Comissão Pró-Vida da Conferência Episcopal Norte-Americana, numerosos bispos e lideranças do movimento pró-vida.

A carta, direcionada ao comissário da Administração e Medicamentos dos Estados Unidos (em inglês, Food and Drug Administration), Dr. Stephen M. Hahn, afirma “ser de suma importância que os americanos tenham acesso a uma vacina produzida dentro dos padrões éticos: nenhum americano pode ser forçado a escolher entre ser vacinado contra este vírus potencialmente mortal e violar sua consciência”.

“Estamos conscientes que, entre tantas vacinas que estão sendo atualmente desenvolvidas, algumas estão sendo produzidas com o uso de linhas celulares velhas criadas a partir de células de bebês abortados (...) Felizmente, outras vacinas, como as que estão sendo produzidas pela Sanofi Pasteurs, Inovio e do Instituto de Pesquisa Médica João Paulo II utilizam células não ligadas a procedimentos e métodos antiéticos”, afirma a carta.

Os signatários salientam o caso da empresa Janssen Pharmaceuticals, que possui um contrato com o governo federal norte-americano e que está trabalhando em uma vacina a partir de linhas celulares geradas de bebês abortados.

A carta foi enviada, em cópia, também ao presidente Donald Trump, ao vice-presidente Mike Pence e ao Secretário de Saúde do país, Alex M. Azar II.

Um documento de 2005 da Pontifícia Academia para a Vida considerou os aspectos morais de vacinas preparadas a partir de linhas celulares que descendam de bebês abortados. No documento, o Vaticano concluiu que é permitido aos católicos usarem vacinas produzidas dessa maneira, desde que não haja outras opções. Entretanto, asseverou-se que os católicos têm o dever de usar as vacinas produzidas dentro dos padrões éticos em detrimento das produzidas de maneira antiética.

Em 2008, o documento Dignitatis Personae, da Congregação para a Doutrina da Fé, afirmou que, por “razões graves”, as vacinas produzidas em desacordo com a ética pode ser utilizadas, como, por exemplo, se há “perigo para a saúde das crianças”.

Entretanto, permanece o dever dos católicos “de manifestar o próprio desacordo na matéria e pedir que os sistemas sanitários disponibilizem outros tipos de vacina”.

Fonte: Catholic News Agency

 

 

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Unesp em Bauru produz protetor facial para os profissionais de saúde

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20 de abril de 2020

Em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), os pós-graduandos João Victor Gomes e Bruno Borges, da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (Faac) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), do campus de Bauru, passaram a utilizar a infraestrutura de dois laboratórios da unidade universitária em prol de um trabalho de assistência às ações para a contenção da pandemia da COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Sob orientação do professor Luis Carlos Paschoarelli, do curso de Design, João Victor e Bruno são os responsáveis pela criação e desenvolvimento de dois novos protetores faciais, batizados “Anti-COVID-19” e “Ergonomics 3D”, elaborados para dar mais proteção aos profissionais da saúde de Bauru e da região que estão na linha de frente no combate ao novo coronavírus (SARS-CoV-2).

Os primeiros 60 modelos dos equipamentos de proteção moldados nos laboratórios da Faac foram entregues à Secretaria Municipal de Saúde de Bauru em 7 de abril. A parceria com o Senai surgiu ainda nas primeiras reuniões sobre a iniciativa, pois, para suprir a demanda local das autoridades de saúde, seria preciso experiência em escala de produção industrial, além de feedbacks dos profissionais da área.

Equipes

João Victor Gomes explica que estão envolvidas diretamente no processo dez pessoas, incluindo as equipes dos laboratórios da Unesp e do grupo de apoio do Senai. Além desse núcleo central, outras 50 pessoas estão envolvidas indiretamente nos projetos de fabricação dos equipamentos de proteção.

“É a primeira vez que acontece essa parceria entre Secretaria de Saúde, laboratórios da Faac e Senai. É um vínculo que queremos manter mesmo depois da pandemia, já que a demanda é grande na área da saúde”, salienta João Victor Gomes, doutorando da Unesp em Bauru, ao Portal da Unesp.

Enquanto o modelo “Anti-COVID-19” é manufaturado, o “Ergonomics 3D” é feito em impressora 3D, em um desenho diferente da maioria dos protetores disponíveis no mercado. Ambos se enquadram na resolução temporária da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sendo, assim, considerados seguros para os fins a que se destinam.

Os pós-graduandos que lideram a iniciativa participam de projetos no Laboratório de Ergonomia e Interfaces (LEI) e no Laboratório Didático de Materiais e Protótipos (LMDP) da Faac-Unesp.

“Diferentemente de outros modelos que vêm circulando pela internet, esses protetores atendem plenamente a Resolução RDC Nº 356, da Anvisa, que dispõe sobre os requisitos para a fabricação, importação e aquisição de dispositivos médicos identificados como prioritários para uso em serviços de saúde em virtude da emergência relacionada ao SARS-CoV-2”, destaca ao Portal da Unesp o professor Luis Carlos Paschoarelli.

Técnica

Para os pesquisadores chegarem aos modelos atuais, as estruturas de protetores faciais foram aprimoradas e passaram por várias mudanças, após protótipos iniciais e retorno de médicos, enfermeiros e até odontologistas.

“Como designers, temos uma noção de materiais e desenvolvimento do produto, mas não sabemos realmente como o usuário vai interagir com aquilo. Então, começamos a partir do que a equipe médica nos pedia. Após três ou quatro reuniões, chegamos aos produtos finais”, relata o mestrando Bruno Borges, criador do modelo Ergonomics 3D, ao Portal da Unesp.

“O Ergonomics tem um tempo mais demorado porque depende diretamente das impressoras 3D, que ainda são lentas quando se trata de produção em larga escala”, diz Bruno.

Com uma impressora 3D, é possível produzir quatro protetores faciais por dia. Nos modelos manufaturados, a média diária fica em torno de 70 unidades. Algumas das unidades 3D feitas na Unesp já se encontram em hospitais de Bauru.

Modelos

Os desenvolvedores ainda ressaltam que as principais diferenças dos modelos desenvolvidos nos laboratórios da Unesp são a facilidade de reprodução das duas estruturas (tanto a manual quanto a impressa) e a adição de proteção extra, com fitas no lugar da testa, ou seja, ausência de qualquer lacuna que possibilite entrada e saída de ar ou acúmulo de micropartículas.

“Os profissionais da saúde falam sempre na erradicação de entradas possíveis. Então, quanto mais barreiras para o vírus, melhor. Supondo que em equipamentos anteriores havia 60% de proteção e agora com a testeira se acrescente mais 10%, em alguns momentos esses 10% a mais, esse adicional de segurança, pode salvar vidas”, afirma João Victor.

Os materiais utilizados nos protetores “Anti-COVID-19” são atóxicos e permitem higienização e reutilização. No modelo Ergonomics 3D, eles são biodegradáveis e ergonômicos. Os dois equipamentos consistem em modelos de utilidade pública (produtos sem patente), tem custo de produção que varia entre R$ 7 e R$ 8 por unidade e estão disponíveis na internet para reprodução.

“O arquivo do Ergonomics 3D está disponível para que makers de todo o estado possam replicar a ideia e tentar atender as demandas locais”, enfatiza Luis Carlos Paschoarelli, professor da Unesp em Bauru.

Os pedidos atuais de protetores faciais para o laboratório da Unesp estão na casa das centenas de unidades, segundo os pós-graduandos envolvidos. As primeiras estruturas foram realizadas com o apoio das empresas Avery Dennison, Empório do Adesivo e Piatã.

Parceiro Unesp

A pessoa, física ou jurídica, que deseja contribuir com ações da Unesp de combate à pandemia de COVID-19 pode realizar doações por meio da plataforma Parceiro Unesp, que possibilita inclusive que o doador especifique a unidade universitária que receberá os recursos. Para doações, acesse: https://prograddb.unesp.br/parceiro/.

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Beber água a cada 15 minutos NÃO evita contaminação de coronavírus

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20 de abril de 2020

Uma mensagem compartilhada nas redes sociais, relata a orientação de um suposto médico infectologista de que, beber água a cada 15 minutos, previne o contágio de COVID-19, tanto quando lavar as mãos e fazer uso do álcool em gel fator 70%.

De acordo com o informe, molhar a garganta com este distanciamento de tempo, faz com que em caso de contaminação, o vírus vá direto para o estomago onde, teoricamente, nenhum vírus e bactéria é capaz de sobreviver. Já se a garganta estiver seca, o vírus passará pelo esôfago e chagará aos pulmões, causando complicações no quadro clínico, podendo levar ao óbito.

POR QUE?

A mensagem é finalizada com o pedido de compartilhamento para o maior número possível de pessoas, característica comum em fake news.

Além disso, o Ministério da Saúde reitera que nenhuma substância, medicação ou vacinação capaz de previvir a contaminação de coronavírus foi desenvolvida até o momento.

COMBATE ÀS NOTÍCIAS FALSAS

Para combater as Fake News sobre saúde, o Ministério está disponibilizando um número de WhatsApp para envio de mensagens da população. Vale destacar que o canal não será um SAC ou serviço para esclarecer dúvidas dos usuários, mas um espaço exclusivo para receber informações virais, que serão apuradas pelas áreas técnicas e respondidas oficialmente se são verdade ou mentira.

Qualquer cidadão poderá enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de continuar compartilhando. O número é (61) 99289-4640.

(Com informações de Ministério da Saúde)

 

 

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20 de abril de 2020

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Novo coronavírus impacta na doação de órgãos

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19 de abril de 2020

“Conseguir um órgão é um ato heroico. Sumiram os doadores, pois as pessoas ficaram em pânico por causa da COVID-19. Os critérios para a coleta de órgãos ficaram mais difíceis, e as equipes de captação não vão mais aos hospitais, só fazem a abordagem telefônica”.

O relato é de um médico que atua no transplante de órgãos em um hospital da rede estadual de saúde de São Paulo, estado onde estão 41% das cerca de 38 mil pessoas que esperam pela doação de um órgão no Brasil, conforme dados do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT).

Por ano, são realizados no País aproximadamente 24 mil transplantes. Em 2019, segundo a  Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), foram realizados 6.283 transplantes de rim, 2.245 de fígado, 378 de coração, 173 de pâncreas e 104 de pulmão. A taxa de doadores efetivo cresceu 6,5% em comparação a 2018 e houve o percentual recorde de 60% na taxa de autorizações familiares para os procedimentos.

Em 2020, porém, o novo coronavírus impõe um panorama diferente. “A partir da chegada do vírus no Brasil, em março, houve uma diminuição muito grande na doação de órgãos, eu diria que em cerca de 70%. Certamente, muitos pacientes vão falecer na fila de espera, porque os transplantes diminuirão muito”, afirmou o médico José Huygens Garcia, presidente da ABTO, em entrevista ao O SÃO PAULO.

Menos vagas de UTI

Com a expansão do novo coronavírus pelo Brasil, mais leitos de UTI estão sendo destinados para pacientes com a COVID-19, o que representa um dos complicadores para a obtenção de órgãos para doação.

“Um médico não pode aceitar o órgão de um doador que teve uma morte por acidente vascular cerebral e que esteve na mesma UTI onde havia pacientes com a COVID-19, pois há chance de que o doador tenha tido contato com o vírus”, detalhou Garcia.

O presidente da ABTO conta que no Estado do Ceará, onde atua, alguns transplantes seguem sendo feitos, como os de fígado, mas não se sabe por quanto tempo. “Os hospitais daqui tem colocado o receptor do órgão em UTIs que não tenham paciente com a COVID-19, mas não sabemos se daqui há um mês ou uma semana, essas UTIs já não terão que receber pacientes com o novo coronavírus”, analisa.

Em muitos dos casos, o doador e a pessoa que necessita do órgão não estão no mesmo estado, e com a redução da quantidade de voos comerciais, em decorrência das recomendações de isolamento social, este tem sido outro complicador. “Às vezes, até existe o órgão, mas não se consegue mais transportá-lo em tempo hábil. Para alguns órgãos, este tempo é muito curto. O do coração, por exemplo, é de até quaro horas. O de um fígado, de até dez horas. O rim pode ser até 24 horas, por isso até que este é o órgão que mais viaja de um estado para outro”, explica Garcia.

Responsabilidade compartilhada

Em todo o País, a ABTO já recomenda que os médicos acrescentem no termo de consentimento para a realização do transplante um parágrafo, segundo o qual a pessoa a ser transplantada diz estar ciente da atual pandemia do novo coronavírus, que pode adquirir o vírus durante o procedimento de transplante e que também sabe “da possibilidade de que, em contraindo a doença, as medicações utilizadas para evitar a rejeição do transplante podem torná-la mais grave”.

“É preciso explicar para o familiar e para quem precisa do transplante que se a pessoa fizer o transplante, ela corre o risco maior de ter uma infecção pela COVID-19 no hospital. No caso de um paciente grave na fila, porém, o peso sempre vai prevalecer para a realização do transplante. Não há como não fazer o transplante, por exemplo, de um paciente com falência cardíaca, já que ele tem grandes chances de morrer se não for transplantado”, explica Garcia, detalhando ainda que transplantes que envolvem doadores vivos estão sendo suspensos em praticamente em todo o mundo.

Mas nem tudo por ser adiado

A ABTO já recomenda que se adiem todos os transplantes de tecidos, “exceto no caso de urgência de transplante de córneas”. Já os transplantes não emergenciais de córnea e pâncreas “podem ser postergados, mas não abolidos, pois, em certas circunstâncias, serão necessários ou possíveis”.

A Associação alerta que não devem cessar os transplantes de fígado, pulmão e coração, bem como os de rim, neste caso, com um alerta adicional.  “A suspensão [dos transplantes renais] acarretaria grande acúmulo de pacientes em lista de espera para diálise, que também irão sucumbir, caso essas vagas não sejam disponibilizadas. Pacientes em diálise também correm maior risco de aquisição de doenças virais, por dividirem unidades com aglomerados de pacientes, por quatro horas, três vezes por semana”, consta no comunicado da ABTO.

Um médico que atua na rede pública de saúde de São Paulo disse a reportagem sobre os dilemas que têm enfrentado. “No hospital onde estou, optou-se por não parar de fazer os transplantes e avaliar caso a caso. Há determinados casos, porém, que se o doente não faz o transplante, a mortalidade é alta. Como alguém que faz diálise, por exemplo, e que já está com quase todos os acessos entupidos não fará o transplante? Se isso não acontecer em até seis meses, um paciente com esse perfil morre em 50% das vezes por outras causas. É como fazer um cara ou coroa na vida dessa pessoa”, desabafou.

Outra médica que também atua na rede pública comenta sobre a dificuldade do diálogo com quem está há tempos esperando por um transplante: “Até parece uma situação injusta com aqueles que estão na fila dos transplantes a muitos anos ou esperando cirurgias na fila do SUS. No entanto, para que os procedimentos aconteçam nessa época da COVID-19, precisaria haver uma retaguarda da UTI e de que as pessoas tivessem o mínimo de proteção. Se o sistema de saúde não tem como garantir que elas estejam protegidas, o transplante somente aumentará o risco de essa pessoa não sobreviver”.

Testagem dos cadáveres

José Huygens Garcia assegura que na maioria dos estados, diante da transmissão comunitária da COVID-19, os órgãos para doação somente têm sido aceitos pelas equipes médicas após a confirmação de que quem teve morte cerebral, o potencial doador, não está com o novo coronavírus.

“A central de transplante de cada estado deve acordar com o laboratório central para priorizar este exame, já que é algo que vai salvar vidas. Se for priorizado, o processo mais rápido. Aqui no Ceará está acontecendo em até dez horas. O prazo razoável é de até 12 horas. Somente depois do resultado, é que se marca a extração dos órgãos”, detalhou.

Médicos ouvidos pela reportagem disseram que no Estado de São Paulo o resultado desse teste para a COVID-19 tem demorado até três dias. “Imagine, você vai chegar para uma família, por telefone, e perguntar: ‘Você quer doar o órgão do familiar, pois tem uma pessoa precisando? Só que você vai ter que esperar três dias para sepultar o familiar”, disse um dos entrevistados.

Por quanto tempo esperar?

Garcia ressalta que todos estes trâmites precisam ser ágeis, dada a instabilidade do quadro de quem já teve morte cerebral. “O coração ainda está batendo e alguns órgãos ainda continuam funcionado, porque o corpo está sobre o efeito de medicação e no respirador, mas caso se retarde muito a retirada do órgão, há o risco de uma parada cardíaca e  de se perder todos os órgãos. Além disso, essa pessoa segue ocupando um leito de hospital”, comentou.

E essa é outra angustia do primeiro médico citado nesta reportagem: “Às vezes, pode não dar tempo de fazer esse transplante. Quando dá, o corpo do doador vai permanecer em uma estrutura de UTI, ocupar um respirador, usar droga vasoativa. Diante desse cenário de escassez de UTI, você tem este problema ético: é um cadáver, a pessoa está morta, mas seguirá na UTI esperando até que se retirem os órgãos”.

Posicionamento do Governo de São Paulo

O jornal O SÃO PAULO questionou a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo sobre a adoção de protocolos especiais para os transplantes diante da pandemia do novo coronavírus.

A resposta da Secretaria, por meio de sua assessoria de imprensa, foi que “as equipes de transplantes seguem protocolos de triagem clínica dos potenciais doadores e realizando testes da COVID-19. Conforme protocolo do SUS, pessoas com diagnóstico de COVID-19 com menos de 28 dias da regressão completa dos sintomas não podem ser doadores de órgãos”.

Também houve questionamentos sobre o número de transplantes realizados nos hospitais da rede estadual no mês de março e a quantidade desses procedimentos que foram cancelados ou remarcados em razão da COVID-19. Até a conclusão da reportagem estes dados não foram fornecidos pela Secretaria de Estado da Saúde.

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