Prece on-line pelos atingidos pelo novo coronavírus

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05 de mai de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, esteve reunido virtualmente com líderes religiosos no domingo, 3, para uma prece pelos atingidos pelo novo coronavírus e os profissionais de saúde.

Organizado pela Confederação Israelita do Brasil (Conib), o encontro transmitido pelas redes sociais teve também a presença do rabino Michel Schlesinger, da Congregação Israelita Paulista; de Flavio Rassekh, membro do colegiado nacional dos Bahá’ís no Brasil; do Sheikh Mohamad Al Bukai; da Mãe Carmen de Oxum; e do Pastor Marcos Ebeling, do Sínodo Sudeste da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.

Em sua participação, o Cardeal Scherer ressaltou a importância da reunião com representantes de diferentes religiões, em um momento conturbado como o atual: “É muito bonito que nos reunamos para expressar desta forma a nossa proximidade e solidariedade com todos os que estão doentes, os que cuidam e os que não estão doentes”, afirmou.

“Gostaria de dizer, em nome da comunidade católica, que somos muito próximos e solidários a todas as famílias e com os que sofrem de várias maneiras, seja pela pandemia ou de outras formas. Há muito sofrimento no meio do nosso povo. Compartilhamos o medo, a angústia e, muitas vezes, quase o desespero de pessoas que veem como o chão subir debaixo de seus pés, e as cenas mais duras: quando alguém leva o seu pai ou uma pessoa querida ao hospital e tem que se despedir não sabendo se vai revê-la ainda viva, e não pode lhe dar assistência ou até mesmo um velório como gostaria”, expressou o Cardeal.

Dom Odilo disse que, em suas orações pessoais, inclui pedidos de “conforto, consolo e, ao mesmo tempo, fortaleza para aqueles que trabalham, para que continuem cuidando dos doentes, de modo particular, os médicos, enfermeiros e todos os que estão a serviço nas casas. Contem sempre com a nossa oração e nossa solidariedade”.

O Cardeal encerrou sua participação proferindo a seguinte oração:

“Senhor Jesus Cristo, Salvador do mundo, esperança que não desilude, tem piedade de nós e livra-nos do mal. A ti imploramos a vitória sobre o flagelo deste vírus, a cura dos doentes, a proteção dos que têm saúde e a proteção, também, para todos aqueles que cuidam dos doentes e enfermos. Mostra-nos o teu rosto misericordioso e salva-nos com teu grande amor. Tudo isso te pedimos pela intercessão de Maria, tua e nossa Mãe, que fielmente nos acompanha. Tu que vives e reinas pelos séculos dos séculos. Amém!”.

 

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“Estamos enfrentando a fase mais dura e mais difícil dessa pandemia”

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04 de mai de 2020

O Governador do Estado de São Paulo, João Doria, afirmou nesta segunda-feira, 4, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes que essa é a fase mais difícil da pandemia do novo coronavírus até o momento.

“Estamos enfrentando a fase mais dura e mais difícil dessa pandemia”, afirmou, diante dos mais de 100 mil casos já oficializados no País. O Estado de São Paulo tem 31.772 casos confirmados de coronavírus, com 2.627 óbitos.

O número de internados cresceu nos últimos dias em todo o estado, chegando a 3.272 pessoas em unidades de terapia intensiva (UTI) e 5.150 em enfermarias. A taxa de ocupação de leitos de UTI está em 67,9% no estado e a 88,8% na Grande São Paulo.

MÁSCARAS OBRIGATÓRIAS

O governador também anunciou que o uso de máscaras nas ruas em todo o estado será obrigatório a partir da quinta-feira, 7. Com isso, além da obrigatoriedade do uso em transporte público, que teve início na segunda-feira, os paulistas serão obrigados a usar a máscara, mesmo a de tecido, em qualquer espaço público, ou seja, quando precisarem sair de casa. O decreto será publicado no Diário Oficial de na terça-feira, 5.

“A partir de hoje já passa a valer a obrigatoriedade do uso de máscaras em todos os meios de transporte público e privado e agora estendemos isso a toda população, com o objetivo de proteger os brasileiros de São Paulo, para que tenham menos possibilidade de serem infectados ou irem a óbito”, afirmou Doria.

A regulamentação sobre esse decreto caberá a cada prefeitura. São elas que vão definir a fiscalização e a aplicação das penalidades a quem desobedecer a medida. Segundo o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, na capital, a regulamentação das medidas deverá ser estabelecida até a quarta-feira, 6.

RELAXAMENTO DAS MEDIDAS

O isolamento social no estado de São Paulo voltou a alcançar neste domingo, 3, 59%, taxa considerada satisfatória pelo governo paulista. Na capital, o isolamento chegou a 58%. O ideal é a taxa acima de 70%, mas o governo considera satisfatórios índices entre 50% e 60%.

Segundo o governador, as cidades que não atingirem taxas satisfatórias e se mantiverem abaixo de 50% não vão participar do plano de relaxamento das medidas de isolamento, previstas para ter início no próximo dia 11.

“Não havendo índice superior a 50%, cidades estarão automaticamente excluídas de relaxamento”, disse Doria. Durante o período de quarentena, somente os serviços considerados essenciais - como logística, segurança pública, saúde e abastecimento - têm funcionamento permitido no estado.

De acordo com Doria, a quarentena adotada em São Paulo ajudou a diminuir a propagação do vírus evitando que o atual número de mortes fosse dez vezes maior. Ele assegurou que a quarentena só será encerrada após a aprovação da ciência e da Medicina.

COMBATE AO NOVO CORONAVÍRUS

O estado e a prefeitura de São Paulo vão investir R$ 300 milhões do Fundo Municipal de Saneamento para o combate ao coronavírus. Os recursos provenientes do Fundo Municipal de Saneamento Ambiental (FMSAI), antes destinados somente a ações de saneamento e infraestrutura, serão incorporados ao Tesouro Municipal para fortalecer as ações de enfrentamento da pandemia e evitar o colapso do sistema de saúde pública da cidade.

“Originalmente, esses recursos são destinados para as ações de saneamento e infraestrutura, mas neste momento, dada a prioridade, serão integralmente redirecionados para a saúde pública na capital de São Paulo, para proteger vidas”, disse Doria.

O montante de R$ 300 milhões corresponde aos valores arrecadados em 2020 ou em anos anteriores, que não estão comprometidos em outros projetos e obras. Os recursos do Fundo são provenientes dos repasses efetuados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e seus respectivos rendimentos financeiros, referentes aos 7,5% da receita bruta obtida a partir da exploração dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário no município de São Paulo.

(Com informações de Governo do Estado de São Paulo e Agência Brasil)

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Prender a respiração por alguns segundos não detecta fibrose pulmonar provocada pelo novo coronavírus

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04 de mai de 2020

De acordo com uma mensagem compartilhada nas redes sociais, manter a respiração presa por alguns segundos, permite o diagnóstico de fibrose pulmonar, que é causada pelo novo coronavírus. A informação atribui a técnica a médicos chineses.

O texto indica, ainda, o consumo de água a cada 15 minutos como método preventivo ao COVID1-19.

POR QUE?

A confirmação de contágio pelo novo coronavírus se dá por meio da coleta de materiais respiratórios, analisados em laboratório. As autoridades de saúde insistem que não há recursos caseiros com esta finalidade.

Sobre a segunda indicação mencionada na mensagem, os médicos reiteram que não foram desenvolvidas, até o momento, medicações preventivas à doença.

A orientação é seguir com o isolamento social e os cuidados com a higiene. O uso de máscara de tecido é aconselhado quando nos casos em que não é possível realizar a quarentena.

COMBATE ÀS NOTÍCIAS FALSAS

Para combater as Fake News sobre saúde, o Ministério está disponibilizando um número de WhatsApp para envio de mensagens da população. Vale destacar que o canal não será um SAC ou serviço para esclarecer dúvidas dos usuários, mas um espaço exclusivo para receber informações virais, que serão apuradas pelas áreas técnicas e respondidas oficialmente se são verdade ou mentira.

Qualquer cidadão poderá enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de continuar compartilhando. O número é (61) 99289-4640.

Além disso, o Governo do Estado de São Paulo disponibiliza um canal exclusivo no Telegram de combate notícias falsas sobre coronavírus.

(Com informações de Governo de São Paulo)

 

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Bispos da Amazônia brasileira alertam para a grave situação da pandemia na região

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04 de mai de 2020

Os bispos que atuam no território brasileiro da Amazônia emitiram uma nota sobre a situação dos povos da região neste período de pandemia da COVID-19.

A nota foi assinada pelo Cardeal Cláudio Hummes, Arcebispo Emérito de São Paulo e presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, da conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e pelos 66 bispos e arcebispos e administradores diocesanos das circunscrições eclesiásticas que compõem o território amazônico no País. 

PREOCUPAÇÃO

Os prelados manifestaram sua “imensa preocupação” com o avanço descontrolado do novo coronavírus no Brasil, especialmente na Amazônia, e exigem maior atenção dos governos federal e estaduais “à essa enfermidade que cada vez mais se alastra nesta região”.

“Os povos da Amazônia reclamam das autoridades uma atenção especial para que sua vida não seja ainda mais violentada. O índice de letalidade é um dos maiores do país e a sociedade já assiste ao colapso dos sistemas de saúde nas principais cidades, como Manaus e Belém”, ressaltam os bispos.

A nota salienta, ainda, que as estatísticas veiculadas pelos meios de comunicação não correspondem à realidade e alertam que a testagem para a doença é insuficiente para saber a real expansão do vírus. “Muita gente com evidentes sintomas da doença morre em casa sem assistência médica e acesso a um hospital”, destaca o texto.

ATENÇÃO DOS PODERES PÚBLICOS

“Diante deste cenário de pandemia incumbe aos poderes públicos a implementação de estratégias responsáveis de cuidado para com os setores populacionais mais vulneráveis. Os povos indígenas, quilombolas, e outras comunidades tradicionais correm grandes riscos que se estendem também à floresta, dado o papel importante dessas comunidades em sua conservação”, enfatizam os bispos.

O episcopado chamou a atenção para o fato de a região amazônica possuir a menor proporção de hospitais do País, além de extensas áreas do território não dispor de unidades de terapia intensiva (UTI) e apenas poucos municípios atendem os requisitos mínimos recomendados pelas Organização Mundial da Saúde (OMS) em relação a número de leitos de UTIs por habitante.

A nota também ressalta as condições de vida precárias das populações urbanas, sobretudo das periferias, onde faltam “saneamento básico, moradia digna, alimentação e emprego”.

MOBILIZAÇÃO DA SOCIEDADE

Os bispos da Amazônia brasileira convocam a Igreja e a toda a sociedade para exigir medidas urgentes dos poderes executivo e legislativo nas esferas federal, estaduais e municipais em prol da população da região.

Por fim, o episcopado amazônico pede a intercessão de Nossa Senhora de Nazaré, “Rainha da Amazônia”, para que o acompanhe e socorra.

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA

 

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Saúde de SP trabalha perto do limite, mas não faltam leitos de UTI

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04 de mai de 2020

Com 268 leitos para pacientes com quadros menos graves da COVID-19, doença decorrente do novo coronavírus, começou a funcionar na sexta-feira, dia 1o, o hospital de campanha do Complexo do Ibirapuera, na zona Sul da capital paulista. O local só recebe infectados que sejam encaminhados por serviços de pronto-atendimento.

A abertura desses leitos é parte da estratégia do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo para que não haja o colapso nos atendimentos de saúde por causa do aumento no número de pessoas com a COVID-19. Atualmente, 70% dos leitos de UTI para a COVID-19 na capital estão ocupados e no total da Grande São Paulo a taxa de ocupação é de 85%.

A situação, porém, varia conforme a localidade e o hospital, conforme disse ao O SÃO PAULO o médico José Erivalder Guimarães de Oliveira, diretor do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp): “Hoje, o número de leitos vazios para UTI é muito pequeno. Em alguns hospitais, como no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, não há mais nenhum leito. Em algumas regiões da periferia da cidade, os hospitais já estão próximos do esgotamento”.

Oliveira, no entanto, assegurou que ninguém que esteja com o novo coronavírus e precise de um leito de UTI na cidade de São Paulo estará sem atendimento: “Ainda as pessoas com a COVID-19 não estão morrendo por falta de leitos, pois há um sistema de regulação, de modo que um paciente pode ser transferido para outros hospitais, mesmo que seja longe da sua região, da sua residência. A capacidade, porém, está muito pequena. Não temos ainda na cidade notícias de pessoas com o novo coronavírus morrendo por falta de UTI”.

Números oficiais

Em entrevista à rádio Band News FM na manhã da quinta-feira, 30, o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, disse que há na cidade 507 leitos de UTI destinados para outros atendimentos, como oncologia, maternidade, transplantes e acidentes, e os demais estão voltados para a COVID-19.

“Nós já introduzimos no município 651 novos leitos de UTI para a COVID-19 e destes, 72% na noite de ontem [29 de abril] já estavam ocupados. Vamos até o final de março chegar a 1.400 leitos. Além disso, temos mais de 2.200 leitos de enfermaria nos chamados hospitais de campanha, mais a ala nova do hospital do M’Boi Mirim. Tudo isso se soma a 3.217 leitos que temos na cidade, mas todos eles com uma pressão muito grande”, informou o secretário.

Na capital paulista, há outros dois hospitais de campanha, além do montado no Ibirapuera: o do Pacaembu, com 200 leitos, dos quais 160 estão ocupados, e o Anhembi, com espaço para abrigar 1.800 leitos, dos quais 931 já estão preparados e 500 estão ocupados, conforme disse o secretário na entrevista de rádio.

Estratégia

Nesta quinta-feira, em reunião on-line com o ministro da Saúde, Nelson Teich, o Governo do Estado de São Paulo disse já ter solicitado ao Governo Federal a habilitação de 2.783 novos leitos de UTI. Destes, 734 foram liberados, restando ainda a espera por 2.049 leitos. Também houve o pedido de cem respiradores para o Hospital das Clinicas, que já tem os leitos em uma unidade completa dedicada ao tratamento da doença.

“Essa habilitação, obviamente, é imprescindível e significa um repasse financeiro do Ministério à Secretaria de Estado de um valor um pouco superior a R$ 292 milhões. Isso cobre a demanda do credenciamento e a habilitação desses leitos”, disse o infectologista David Uip, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo.

Na coletiva de imprensa da quarta-feira, 29, o secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann, explicou o planejamento do governo estadual para que não falte leitos aos pacientes com a COVID-19, caso o sistema de saúde se aproxime do colapso na Grande São Paulo. 

“Temos a possibilidade de transferir doentes para o interior, onde a taxa de ocupação de leitos de UTI está menor. Nós trabalhamos com leitos próprios da secretaria, que são os de cem hospitais; trabalhamos, depois, com os de hospitais privados filantrópicos e, depois, com os de hospitais privados lucrativos. Temos a obrigação de seguir esta sequência”, afirmou. Na prática, o Governo não descarta comprar vagas em leitos de UTI em hospitais particulares para atender os pacientes com a COVID-19 que forem atendidos pelo SUS.

Isolamento social

As autoridades de saúde do Estado e do município alertam que somente com a manutenção de altas taxas de isolamento social a rede pública não entrará em colapso.

“Não temos grandes preocupações [com a disponibilidade de leitos] se a taxa de isolamento se mantiver entre 50% e 60% como estava acontecendo semanas atrás. Hoje precisamos elevar a taxa de isolamento”, enfatizou Germann.

Edson Aparecido, por sua vez, apontou que com a redução das pessoas que se mantêm em isolamento social – hoje inferior a 50% - não deverá ser afrouxada a quarentena na cidade de São Paulo, possibilidade anteriormente ventilada para o próximo dia 11 de maio. Ele indicou que de uma média de 812 notificações por COVID-19 entre os dias 26 de fevereiro e 23 de abril, esse número saltou para cerca de 3.400 notificações diárias entre os dias 24 e 26 de abril.

“Temos hoje uma taxa de ocupação nos hospitais da cidade que ultrapassa 70%. Se não tivermos mais tempo para preparar o serviço público de saúde para poder tratar as pessoas que vão precisar de um leito de UTI, nós vamos ter nos próximos 15 dias uma situação bastante agravada”, afirmou Aparecido na entrevista de rádio.

O alerta para uma possível piora da situação também é feito pelo diretor do Simesp. “No Estado de São Paulo, ainda não há uma previsão de falta de leitos para COVID-19, mas isso depende da evolução da doença e do comportamento da população. Se não houver adesão ao isolamento social como está sendo proposto, a probabilidade de colapso no sistema de saúde é muito grande”, analisou à reportagem José Erivalder Guimarães de Oliveira.

 

(Com informações do Governo de São Paulo, Prefeitura de São Paulo e Band News FM)

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Em Nova York, pelo menos 15 mortes de religiosos causadas pelo COVID-19

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01 de mai de 2020

Algumas instituições religiosas do estado de Nova York, nos Estados Unidos, foram atingidas fortemente pela pandemia do novo coronavírus. Uma dessas instituições, a Congregação das Irmãs de Maryknoll, está em busca de doações para cobrir os custos para o tratamento médicos das irmãs infectadas pela COVID-19.

Três irmãs dessa instituição faleceram e outras 30 foram testadas como positivas para o vírus. Outros dez funcionários da instituição também testaram positivo para a doença, e diversas outras irmãs apresentaram sintomas e estão sendo monitoradas.

Ao todo, 300 irmãs de Maryknoll vivem no convento na cidade de Ossining, a poucos quilômetros da cidade de Nova York, considerada o epicentro da epidemia no país.

“Lembramos a belas vidas de nossas irmãs que foram chamada à casa por Deus e rezamos para que nossas irmãs e funcionários se recuperem completamente e retornem para casa rapidamente”, diz mensagem publicada no site das irmãs.

Também em Ossining, os Padre de Maryknoll, ramo masculino da instituição, foram atingidos pela pandemia. Desde o começo de abril, dez padres faleceram e outros 15 testaram positivo para a COVID-19.

Missionárias da Caridade

As Missionárias da Caridade, fundadas por Santa Teresa de Calcutá, que tem um casa na cidade de Nova York, perderam, ao menos, duas irmãs com o novo coronavírus.

O Cardeal Timothy Dolan, Arcebispo de Nova York, postou um vídeo em sua página no Twitter, na  terça-feira, 27 de abril, descrevendo sua experiência em participar do enterro das duas missionárias da caridade no sábado, 25 de abril.

“Duas coisas se destacaram – disse o Arcebispo – afora a tristeza pela perda de duas irmãs”. Dolan impressionou-se com o fato de as irmãs continuarem com o seu serviço de cuidar dos mais pobres entre os pobres, mesmo em meio à pandemia, além de impressionar-se que uma das irmãs falecida, que foi uma das fundadoras da ordem. Irmã Francesca, morta pela COVID-19, foi uma das que trabalhou com Santa Teresa de Calcutá na fundação das Missionárias da Caridade.

No enterro, as irmãs disseram ao Arcebispo que ainda fornecem sopa aos necessitados e que os pobres e desabrigados aparecem todos os dias procurar ajuda.

“A Igreja está ativa em seu amor e serviço para os outros, como se vê nessas corajosas irmãs que colocam suas vidas em risco”, afirmou o Cardeal Dolan.

(Com informações de CNA)

 

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Coleta do Óbulo de São Pedro é adiada para 4 de outubro

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30 de abril de 2020

Devido à pandemia de COVID-19 e suas consequências, a coleta do Óbolo de São Pedro, que tradicionalmente é realizada próxima da solenidade de São Pedro e São Paulo, em 29 de junho, foi adiada para o dia 4 de outubro, por decisão do Papa Francisco.

A informação foi divulgada pelo Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, nesta quarta-feira, 29. Ele informou, ainda, que na data escolhida pelo Santo Padre, que será o 28º domingo do tempo comum, é a o dia do memória litúrgica de São Francisco de Assis.

GENEROSIDADE

O Óbolo de São Pedro é a ajuda econômica que os fiéis oferecem diretamente ao Pontífice romano, para as múltiplas necessidades da Igreja universal e para as obras de caridade em favor dos mais frágeis. Nasce com o próprio Cristianismo a prática de apoiar materialmente aqueles que têm a missão de anunciar o Evangelho e de cuidar dos mais necessitados.

No final do século VIII, os anglo-saxões decidiram enviar de maneira estável uma contribuição anual ao Santo Padre, o “Denarius Sancti Petri”. Posteriormente, o Papa Pio IX abençoou o Óbolo de São Pedro com a encíclica Saepe venerabilis, de 5 de agosto de 1871.

As ofertas vêm de muitas maneiras diferentes que se reúnem para formar a oferta que é então redistribuída, de acordo com as indicações do Papa, para aqueles que precisam. O critério geral que inspira essa prática ainda se refere à Igreja primitiva, são as ofertas espontaneamente dadas pelos católicos em todo o mundo, e também por outras pessoas de boa vontade, como um serviço para os outros.

COMO FUNCIONA

As coletas realizadas nas missas em todas as igrejas católicas do mundo na data estabelecida são reunidas pelas dioceses que enviam a quantia para a Santa Sé, para compor um fundo destinado apenas para esta finalidade.

Além do envio por parte das dioceses, é possível fazer a oferta por meio do site oficial do Óbolo de São Pedro. Nesse site também é possível conhecer as diferentes obras de caridade realizadas em todo mundo por meio desse gesto de generosidade.

“Essa coleta não vai para bolso e nem para a conta do Papa e sim para um fundo que faz referência ao Papa, para que este faça a caridade às situações de necessidades, de urgências, de catástrofes e sofrimentos do mundo inteiro. Não há terremoto, vulcão, desastre em que o Papa não esteja ajudando em nome da Igreja Católica, para que a caridade, como testemunho veraz do Evangelho, chegue a todos”, explicou o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo.

OBRA DE CARIDADE

Em muitos pronunciamentos, o Papa Francisco repetidamente recordou que “o cristão existe para servir, não para ser servido”, que não deve se cansar de ser misericordioso. E convidou a viver a caridade com pequenos gestos concretos, “nas pequenas obras de misericórdia” que nos fazem vislumbrar o amor de Deus.

“Realizar com alegria obras de caridade por aqueles que sofrem no corpo e no espírito, é a maneira mais autêntica de viver o Evangelho, é o fundamento necessário para que as nossas comunidades cresçam na fraternidade e na aceitação mútua. Eu quero ver Jesus, mas vê-lo por dentro. Entre em suas chagas e contemple esse amor de seu coração por você, por mim, por todos”, disse o Pontíce no Angelus de 18 de março de 2018.

(Com informações de Vatican News)

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Igreja se faz próxima daqueles que sofrem com o luto na pandemia

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30 de abril de 2020

O distanciamento social e as medidas restritivas para conter o avanço da pandemia de COVID-19 impactam a vida da sociedade em diversos aspectos.

Nesse contexto, a assistência espiritual às pessoas, sobretudo àquelas que sofrem por ter alguém doente na família ou até pela perda de um ente querido em decorrência dessa doença, tem sido imprescindível.

Contudo, com as igrejas fechadas, missas com o povo suspensas, velórios abreviados ou até proibidos, como manifestar a fé na vida eterna, despedir-se dignamente de um familiar e, sobretudo, receber o apoio e o conforto da Igreja nesse momento de dor?

Nesse sentido, os padres têm buscado alternativas para continuar a realizar essa missão. Nunca os meios de comunicação e as plataformas digitais foram tão úteis para os sacerdotes e as comunidades realizarem esse serviço pastoral.

AMIZADE

A família Gios experimentou isso há pouco mais de um mês, quando seu patriarca, Mateus Gios, 75, começou a passar mal e foi levado ao hospital, onde foi diagnosticado com uma forte pneumonia. Com problemas renais, seu estado de saúde se agravou e ele não resistiu, falecendo em 21 de março. Somente nove dias depois do seu sepultamento, veio a confirmação de que Mateus estava infectado pelo novo coronavírus. Devido à suspeita de COVID-19, o velório teve apenas uma hora de duração e foi restrito a familiares próximos.

O Sacerdote amigo de longos anos da família, Padre José Ferreira Filho, conseguiu chegar ao cemitério quando já estava acontecendo o sepultamento e pôde fazer as últimas orações. Diante da situação, a família acabou não celebrando a missa de sétimo dia, pois também havia a preocupação com o cuidado da saúde da esposa de Mateus, Zilda D’Angelo Gios, 73, que também foi infectada pela COVID-19, porém não teve complicações de saúde.

ORAÇÃO

Padre José se ofereceu para celebrar a missa do 30º dia de falecimento. No entanto, como a matriarca da família estava em isolamento e seguindo as recomendações médicas, a celebração não pôde acontecer com a presença dos familiares. “Então, eu celebrei a missa na Paróquia, transmiti via Facebook e os familiares acompanharam a celebração em casa”, destacou o Padre José, que é Administrador Paroquial da Paróquia São José Operário, no Jardim Damasceno.

No mesmo dia em que a missa foi celebrada, Padre José recebeu a notícia de que uma jovem de sua Paróquia, Maiara Cabral, com 28 anos, também havia morrido em decorrência da COVID-19 e, por isso, a Eucaristia foi celebrada também em sua intenção.

CONSOLO

O Padre Roberto Fernando Lacerd viveu experiência semelhante na Paróquia Santa Rosa de Lima, no Jardim Tremembé. No sábado, 25, uma paroquiana chamada Carmelita Goulart de Souza faleceu após ser internada com suspeita do novo coronavírus. “Foi um momento muito difícil para a família, sem a oportunidade da celebração das exéquias”, relatou o Pároco, pois, desde essa data, os velórios de vítimas e suspeitos de COVID-19 estão suspensos na capital.

O Sacerdote, então, entrou em contato com a família por telefone para manifestar sua proximidade e celebrar a missa na intenção da paroquiana. “Não pudemos realizar o velório e rezar por minha irmã, mas, ouvir suas palavras de fé, confortam minha família neste difícil e triste momento”, testemunhou a irmã de Carmelita, Sebastiana Pierini, em mensagem enviada ao Padre.

Para se fazerem próximas das pessoas que necessitam de um amparo maior em situações dolorosas como essas, as paróquias estão se organizando com o apoio e a participação efetiva dos leigos da comunidade.

COMUNIDADE

Por estar em recuperação de uma recente cirurgia, Padre Roberto também tem que seguir rigorosamente a quarentena. Na Semana Santa, o médico o autorizou a celebrar o Tríduo Pascal na matriz paroquial com a ajuda de poucos auxiliares e seguindo as recomendações preventivas. Nos outros dias, ele tem celebrado diariamente na casa paroquial e mantém constante contato com os paroquianos para atender às suas necessidades.

“Nós organizamos o território de nossa paróquia em 12 grupos para dar suporte e estar em contato com o máximo possível de paroquianos. Como mais da metade dos nossos fiéis não têm acesso às mídias sociais, os coordenadores desses grupos telefonam com frequência para animá-los e procurar saber do que precisam”, disse.

Padre Osvaldo Bisewski, Administrador Paroquial da Paróquia Santa Luzia, na Água Fria, também ressaltou que a pandemia tem sido uma ocasião para aprofundar o sentido de corresponsabilidade da comunidade no cuidado de uns para com os outros.

“Como a maioria dos meus contatos acaba sendo por telefone ou WhatsApp, eu percebo que as pessoas da comunidade de fé têm assumido esse papel de se fazerem próximas daquelas mais necessitadas de uma atenção”, afirmou o Padre, destacando que várias famílias manifestam preocupação e atenção para com os doentes que moram próximos ou pessoas que necessitam de um amparo afetivo, espiritual e, inclusive, material.

CUIDADO MÚTUO

“Percebo que mudou o sentido de cuidado pelo outro nesse período. A comunidade não é só o Padre. As pessoas estão sentindo a presença da Igreja junto delas também por meio daqueles que estão mais próximos”, acrescentou o Sacerdote.

Ainda no caso das famílias que sofrem com o luto em meio a essa situação excepcional da pandemia, os padres e agentes de pastoral as ajudam a compreender a importância da oração pelos falecidos e que, mesmo que não possam participar presencialmente da missa, a Igreja Católica crê e ensina sobre a eficácia da Eucaristia oferecida em sufrágio das almas.

OBRA DE MISERICÓRDIA

Sepultar os mortos e rezar por eles é uma obra de misericórdia. Quando não é possível realizar o ritual de exéquias por um sacerdote ou ministro no cemitério, a Igreja sempre aconselhou que a família faça um momento de oração antes do sepultamento, manifestando a fé na vida eterna e na misericórdia de Deus.

Orações da piedade cristã, como o Terço, também são propícias nessas circunstâncias. Nos rituais e manuais de oração cristã, existem várias pequenas orações que podem ser feitas não somente no funeral como também depois dele, sempre que as pessoas se lembrarem de seu ente falecido. Uma delas é esta:

Pai Santo, Deus Eterno e Todo-Poderoso,
nós vos pedimos por (nome do falecido),
que chamastes deste mundo.
Dai-lhe a felicidade, a luz e a paz.

Que ele, tendo passado pela morte,
participe do convívio de vossos santos na luz eterna,
como prometestes a Abraão e à sua descendência.

Que a sua alma nada sofra,
e vos digneis ressuscitá-lo com os vossos santos
no dia da ressurreição e da recompensa.

Perdoai-lhe os pecados,
para que alcance junto a Vós
a vida imortal no Reino eterno.
Por Jesus Cristo, Vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo. Amém.

(Rezar Pai-Nosso e Ave-Maria)

Dai-lhes, Senhor, o repouso eterno e brilhe para eles a vossa luz! (3 vezes).

(Fotod: Luciney Martins/O SÃO PAULO)

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CNBB conclama sociedade e poderes públicos a se unirem no combate à COVID-19

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30 de abril de 2020

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) por meio do seu Conselho Episcopal Pastoral (Consep), reafirmou, em nota, seu compromisso com o “Pacto pela Vida e pelo Brasil”, divulgado no dia 7 de abril, assinado inicialmente por seis respeitadas instituições da sociedade civil e, posteriormente, por mais de 150 entidades. O Pacto considera que “a hora é grave e clama por liderança ética, arrojada, humanística, que ecoe um pacto firmado por toda a sociedade, como compromisso e bússola para a superação da crise atual”.

Na nota intitulada “Posicionamento da CNBB – Em defesa da Democracia, pela Justiça e pela Paz” -, a CNBB considera que esta é a mais grave crise sanitária dos últimos tempos e afirma ser este momento dificílimo, que clama pelo efetivo exercício da solidariedade e da caridade. “É tempo das palavras e atitudes serenas de paz, de fé e de esperança, de respeito às leis e à democracia”, diz um trecho.

“É com perplexidade e indignação que assistimos manifestações violentas contra as medidas de prevenção ao coronavírus; que ouvimos declarações enviesadas de desprezo pela vida, por parte de agentes públicos sobre a morte de milhares de brasileiros e brasileiras contaminados pelo covid-19; que vimos acontecer eventos atentatórios à ordem constitucional, com a participação de autoridades públicas, onde se defendeu o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, a volta do AI-5 e o retorno aos sombrios tempos da ditadura; que todo o Brasil soube de denúncias acerca da politização da justiça, ferindo sua necessária autonomia de investigação”, ressalta a nota.

No texto a CNBB deixa claro que a Doutrina Social da Igreja ensina, com clareza, a intocável harmonia e cooperação entre os Poderes, base constitutiva da República, garantia do Estado Democrático de Direito, o princípio de que “é preferível que cada poder seja equilibrado por outros poderes e outras esferas de competência que o mantenham no seu justo limite. Este é o princípio do ‘Estado de direito’, no qual é soberana a lei, e não a vontade arbitrária dos homens.” (CDSI, 408).

Também considera que buscar soluções para os problemas do Brasil fora da institucionalidade democrática e em confronto com os poderes da República, coloca em risco a democracia e a integridade do povo brasileiro. “Nessa perspectiva, não são toleráveis as manifestações sociais que atentam contra a Constituição, assim como não é tolerável que qualquer autoridade viole os preceitos constitucionais e despreze a vida. Espera-se das instituições republicanas, garantidoras do Estado de direito, a devida responsabilização dos que atentam contra a ordem democrática”, diz outro trecho.

Reiterando o posicionamento contido no “Pacto pela Vida e pelo Brasil”, a CNBB conclama a sociedade e os responsáveis pelos poderes públicos a se libertarem dos “vírus mortais da discórdia”, da violência, do ódio e a se unirem no único confronto que a todos interessa nesse momento: a prevenção e o combate à Covid-19, em defesa da vida, especialmente a dos mais pobres e vulneráveis.

O texto salienta, ainda, que o cuidado da saúde das pessoas e da economia são fundamentais para a garantia da vida em sua plenitude e não se opõem. “Sob a proteção de Nossa Senhora Aparecida, Maria, mãe discípula de Jesus, irmanamo-nos na luta empenhada por justiça e paz e pela democracia plena, onde deve prevalecer o bem comum e a dignidade de cada pessoa, como partícipe da construção de uma nova sociedade marcada pela solidariedade, como nos ensina o Papa Francisco”, finaliza.

A nota pode ser acessada, na íntegra, (aqui).

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Cáritas Equador já ajudou cerca de 300 mil pessoas durante a pandemia

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29 de abril de 2020

Um informe atualizado acerca do trabalho da Cáritas Equador detalha que a instituição ajudou cerca de 300 mil pessoas em situação vulnerável no primeiro mês de emergência sanitária devido ao novo coronavírus.

“Ainda queremos chegar a mais pessoas, necessitamos de tua ajuda”, pede a Cáritas no informe publicado em 28 de abril. Entre as principais formas de ajuda das 22 cáritas diocesanas do país estão a doação de kits de alimento e higiene, acompanhamento espiritual, cuidados médicos e atenção a menores órfãos.

No total, 74.078 famílias receberam acompanhamento da Cáritas Equador, sendo 69.135 do país e 4.943 de famílias migrantes.

“De acordo com a média, no Equador, as famílias compõe-se de quatro integrantes; o que nos indica que 296.312 pessoas foram beneficiadas pela Cáritas Equador durante o primeiro mês de emergência sanitárias pelo COVID-19. Nesse acompanhamento, 65% foram mulheres, 35% homens, 25% menores de idade, 24% adultos maiores de idade e 8% pessoas com deficiência”, afirma o informe.

“Reafirmamos nosso compromisso de continuar a ser essa mão que acolhe, esse rosto que acompanha e escuta. Neste emergência sanitária, as cáritas de todo o país estão e seguirão a acompanhar as famílias e pessoas que mais necessitam”, assegurou a instituição.

Por fim, no informe, a instituição agradeceu as empresas, a sociedade civil, a cooperação internacional de organizações fraternas que confiam no seu trabalho.

 

(Com informações de ACI Prensa)

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