O que pode abrir na quarentena da cidade de São Paulo?

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24 de março de 2020

Foto: Roberto Parizotti/Fotos PúblicasA Prefeitura de São Paulo publicou nesta terça-feira, 24, um novo decreto que ajusta as medidas adotadas para o combate ao COVID-19 à quarentena determinada pelo governo estadual.

Na cidade de São Paulo, nos próximos 15 dias, está suspenso o atendimento presencial ao público em estabelecimentos comerciais de bens e mercadorias, atacadistas, varejistas e ambulantes, além de prestadores de serviço. A medida não se aplica aos estabelecimentos fabris e o novo decreto consolidou todas as excepcionalidades listadas pelos governos estadual e federal.

Os estabelecimentos cujas atividades foram listadas como excepcionalidades pelo decreto devem adotar medidas adicionas para combate ao coronavírus. Dentre elas: intensificar as ações de limpeza, disponibilizar álcool em gel aos seus clientes e divulgar informações acerca da COVID-19 e das medidas de prevenção.

As subprefeituras vão adotar medidas para fiscalizar o cumprimento do decreto e garantir a determinação de quarentena e a suspensão determinada pela Prefeitura. Com o apoio da Guarda Civil Metropolitana, as Subprefeituras vão poder suspender os Termos de Permissão de Uso (TPU) concedidos a profissionais autônomos e intensificar a retirada de todo comércio ambulante ilegal.

EXCEÇÕES 

Os estabelecimentos comerciais que descumprirem o decreto poderão sofrer a interdição de suas atividades, multa, apreensão das mercadorias e insumos que estiverem de acordo com a devida licença e , caso houver persistência no descumprimento, os estabelecimentos poderão perder sua licença de funcionamento.

Leia, a seguir, quais são as atividades essenciais listadas no decreto municipal:

1) Lavanderias;

2) Serviços de limpeza;

3) Hotéis;

4) Serviços de construção civil;

5) Serviços veterinários e de venda de produtos farmacêuticos e alimentos para animais;

6) Serviços de entrega (“delivery”) e “drive thru” de bares, restaurantes, lanchonetes, padarias e similares;

7) Oficinas de veículos automotores, borracharias, bancas de jornal e serviços para manutenção de bicicletas;

8) Assistência à saúde, incluídos os serviços médicos, odontológicos, fisioterápicos, laboratoriais, farmacêuticos, e hospitalares;

9) Assistência social e atendimento à população em estado de vulnerabilidade;

10) Atividades de segurança pública e privada, incluídas a vigilância, a guarda e a custódia de presos;

11) Atividades de defesa nacional e de defesa civil;

12) Transporte intermunicipal, interestadual e internacional de passageiros e o transporte de passageiros por táxi ou aplicativo;

13) Telecomunicações e internet;

14) Serviço de call center;

15) Captação, tratamento e distribuição de água;

16) Captação e tratamento de esgoto e lixo;

17) Geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e de gás;

18) Iluminação pública;

19) Produção, distribuição, comercialização e entrega, realizadas presencialmente ou por meio do comércio eletrônico, de produtos de saúde, farmacêuticos, óticos, higiene, alimentos e bebidas;

20) Serviços funerários;

21) Guarda, uso e controle de substâncias radioativas, de equipamentos e de materiais nucleares;

22) Vigilância e certificações sanitárias e fitossanitárias;

23) Serviços de zeladoria e limpeza pública;

24) Prevenção, controle e erradicação de pragas dos vegetais e de doença dos animais;

25) Inspeção de alimentos, produtos e derivados de origem animal e vegetal;

26) Vigilância agropecuária;

27) Controle de tráfego aéreo, aquático ou terrestre;

28) Compensação bancária, redes de cartões de crédito e débito, caixas bancários eletrônicos e outros serviços não presenciais de instituições financeiras;

29) Serviços prestados por agências lotéricas, observadas as normas de higiene e segurança previstas neste decreto;

30) Serviços postais;

31) Transporte e entrega de cargas em geral;

32) Serviço relacionados à tecnologia da informação e de processamento de dados (data center) para suporte de outras atividades previstas neste anexo;

33) Administração tributária e aduaneira;

34) Transporte de numerário;

35) Fiscalização ambiental;

36) Produção, distribuição e comercialização de combustíveis e derivados;

37) Monitoramento de construções e barragens que possam acarretar risco à segurança;

38) Levantamento e análise de dados geológicos com vistas à garantia da segurança coletiva, notadamente por meio de alerta de riscos naturais e de cheias e inundações;

39) Mercado de capitais e seguros;

40) Cuidados com animais em cativeiro;

41) Atividade de assessoramento em resposta às demandas que continuem em andamento e às urgentes;

42) Atividades médico-periciais relacionadas com o regime geral de previdência social e assistência social;

43) Atividades médico-periciais relacionadas com a caracterização do impedimento físico, mental, intelectual ou sensorial da pessoa com deficiência, por meio da integração de equipes multiprofissionais e interdisciplinares, para fins de reconhecimento de direitos previstos em lei, em especial na Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 - Estatuto da Pessoa com Deficiência; e

44) Outras prestações médico-periciais da carreira de Perito Médico Federal indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade;

45) Atividades acessórias de suporte e a disponibilização dos insumos necessários a cadeia produtiva, relativas ao exercício e ao funcionamento dos serviços públicos e das atividades essenciais;

46) Outras atividades que vierem a ser definidas em ato conjunto expedido pelas Secretarias Municipais de Governo, da Saúde e de Desenvolvimento Econômico e Trabalho.

(Com informações da Prefeitura de São Paulo - Foto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas)

 

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Francisco reza pelos médicos e sacerdotes mortos na assistência aos doentes de coronavírus

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25 de março de 2020

Na Missa na Casa Santa Marta esta terça-feira, 24, o Papa rezou pelos profissionais da saúde e pelos sacerdotes que estão dando assistência aos doentes do coronavírus, colocando em risco a própria vida. Até hoje na Itália são 24 médicos mortos em sua atividade de assistência aos que foram atingidos pelo COVID-19. Quase cinco mil agentes de saúde foram contagiados. Cerca de 50 sacerdotes morreram por causa desta pandemia.  A seguir, as palavras do Santo Padre no início da celebração:

Recebi a notícia que nestes dias faleceram alguns médicos, sacerdotes, não sei se algum enfermeiro, mas se contagiaram, foram contaminados porque estavam a serviço dos doentes. Rezemos por eles, por suas famílias, e agradeço a Deus pelo exemplo de heroísmo que nos dão na assistência aos doentes.

Na homilia, Francisco, comentando o Evangelho (Jo 5,1-16) em que Jesus cura um doente à beira da piscina de Betesda, ressaltou a periculosidade de um pecado particular: a preguiça. A seguir, o texto da homilia traduzida pelo Vatican News:

A liturgia de hoje nos faz refletir sobre a água, a água como símbolo de salvação, porque é um meio de salvação, mas a água é também um meio de destruição: pensemos no Dilúvio... Mas nestas leituras, a água é para a salvação. Na primeira leitura, aquela água que traz a vida, que saneia as águas do mar, uma água nova que saneia. E no Evangelho, a piscina, aquela piscina à qual iam os doentes, repleta de água, para curar-se, porque se dizia que de vez em quando as águas se moviam, como se fosse um rio, porque um anjo descia do céu e as movia, e o primeiro, ou os primeiros, que se atiravam na água eram curados. E muitos – como diz Jesus – muitos doentes, “ficavam em grande número enfermos, cegos, coxos, paralíticos”, ali, esperando a cura, que a água se movesse. Ali se encontrava um homem que estava doente há 38 anos. 38 anos ali, esperando a cura. Este, leva a pensar, não? É um pouco demasiado... porque quem quer ser curado dá um jeito para ter alguém que o ajude, faz alguma coisa, é um pouco ágil, inclusive um pouco astuto... mas este, 38 anos ali, a ponto que não se sabe se é doente ou morto... Jesus, vendo-o deitado, e sabendo a realidade, que estava muito tempo ali, lhe diz: “Queres ficar curado?” E a resposta é interessante: não diz que sim, se lamenta. Da doença? Não. O doente responde: “Senhor, não tenho ninguém que me leve à piscina, quando a água é agitada. Quando estou chegando, outro entra na minha frente”. Um homem que sempre chega atrasado. Jesus lhe diz: “Levanta-te, toma o teu leito e anda”. No mesmo instante, aquele homem ficou curado.

A atitude deste homem leva-nos a pensar. Estava doente? Sim, talvez, tinha alguma paralisia, mas parece que pudesse caminhar um pouco. Mas estava doente no coração, estava doente na alma, estava doente de pessimismo, estava doente de tristeza, era doente de preguiça. Esta é a doença deste homem: “Sim, quero viver, mas...”, estava ali. Mas a resposta é: “Sim, quero ser curado!”? Não, é lamentar-se: “São os outros que chegam primeiro, sempre os outros”. A resposta à oferta de Jesus para curar é uma lamentação contra os outros. E assim, 38 anos lamentando-se dos outros. E não fazendo nada para curar-se.

Era um sábado: ouvimos o que os doutores da Lei fizeram. Mas a chave é o encontro com Jesus, depois. Encontrou-o no Templo e lhe disse: “Eis que estás curado. Não voltes a pecar, para que não te aconteça coisa pior”. Aquele homem estava em pecado, mas não estava ali porque tinha feito algo grave, não. O pecado de sobreviver e lamentar-se da vida dos outros: o pecado da tristeza que é a semente do diabo, daquela incapacidade de tomar uma decisão sobre a própria vida, mas sim, olhar a vida dos outros para lamentar-se. Não para criticá-los: para lamentar-se. “Eles chegam primeiro, eu sou vítima desta vida”: as lamentações, estas pessoas respiram lamentações.

Se fizermos uma comparação com o cego de nascença que ouvimos domingo passado: com quanta alegria, com quanta decisão reagiu à sua cura, e também com quanta decisão foi discutir com os doutores da Lei”. Este somente foi e informou: “sim, é este”, Ponto. Sem compromisso com a vida... Faz-me pensar em muitos de nós, em muitos cristãos que vivem este estado de preguiça, incapacidade de fazer alguma coisa, mas lamentando-se de tudo. E a preguiça é um veneno, é uma neblina que circunda a alma e não a deixa viver. E também, é uma droga porque se você experimenta mais vezes, acaba gostando. E você acaba se tornando um “triste-dependente”, um “preguiça-dependente”... É como o ar. E esse é um pecado bastante comum entre nós: a tristeza, a preguiça, não digo a melancolia, mas se aproxima.

E nós fará bem reler este capítulo 5º de João para ver como é esta doença na qual podemos cair. A água é para salvar-nos. “Mas eu não posso salvar-me” – “Por qual motivo?” – “Por que a culpa é dos outros”. E permaneço 38 anos ali... Jesus me curou: não se vê a reação dos outros que são curados, que tomam o leito e dançam, cantam, agradecem, contam ao mundo inteiro? Não: segue adiante. Os outros lhe dizem que não se deve fazer, diz: “Mas aquele que me curou me disse que sim”, e vai segue adiante. E depois, ao invés de ir até Jesus, agradecer-lhe e tudo, informa: “Foi aquele”. Uma vida cinzenta, mas cinzenta deste espírito mau que é a preguiça, a tristeza, a melancolia.

Pensemos na água, a água que é símbolo da nossa força, da nossa vida, a água que Jesus usou para regenerar-nos, o Batismo. E pensemos também em nós, se alguém de nós corre o perigo de deslizar nesta preguiça, neste pecado neutral: o pecado do neutro é este, nem branco nem preto, não se sabe o que é. E este é um pecado que o diabo pode usar para aniquilar a nossa vida espiritual e também a nossa vida de pessoas. Que o Senhor nos ajude a entender como este pecado é feio e maligno.

Por fim, o Santo Padre terminou a celebração com a adoração e a bênção eucarística, convidando a fazer a Comunhão espiritual. A seguir, a oração recitada pelo Papa:

Meu Jesus, eu creio que estais presente no Santíssimo Sacramento. Amo-vos sobre todas as coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós!

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‘A Igreja não entrou em quarentena, ela continha sua missão’, diz Dom Odilo

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24 de março de 2020

‘Jesus é a fonte da água viva a quem devemos acorrer’, destacou o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo na missa da manhã desta terça-feira, 24, transmitida pela internet direto da capela de sua residência.

Na homilia, Dom Odilo refletiu sobre o trecho do Evangelho de São João que narra a cura do paralítico que vivia a beira da piscina de Betesda, em Jeresalém.

JESUS É O TEMPLO

O texto bíblico conta que aquele que conseguisse entrar nessa piscina quando suas águas eram agitadas por um anjo, seria curado de qualquer enfermidade. Quando questionado por Jesus se queria ficar curado, o homem paralítico disse que não tinha quem o ajudasse a se aproximar da piscina. “Jesus disse: ‘Levanta-te, pega tua cama e anda’. No mesmo instante, o homem ficou curado, pegou sua cama e começou a andar”.

“Jesus é o templo, dele sai a água viva que jorra abundantemente para todos que querem matar a sua sede e ter a vida em abundância. Não fiquemos morrendo de sede perto da fonte”, afirmou o Arcebispo.

O Cardeal convidou todos a, nesse caminho quaresmal, oltarem-se para Jesus Cristo, salvador da humanidade. “Procuremos rever nossa vida de fé. De repente, o coronavírus esta dando uma ocasião para que nós repensemos a vida”, refletiu. 

NÃO ESQUECER OS DOENTES

No fim da missa, Dom Odilo reforçou a recomendação para que as pessoas busquem estar unidas às suas comunidades, acompanhando e divulgando as celebrações que são transmitidas pelos meios de comunicação. Ele também orientou para que não se esqueçam das pessoas doentes, impossibilitadas de receber visitas devido ao risco de contágio.

“A Igreja não entrou em quarentena, ela continha sua missão, que é mais importante, agora, para os doentes e para todo povo que está vivendo uma situação de angústia”, afirmou o Cardeal, pedindo para que procurem se informar onde há doentes e comuniquem os padres para que, mesmo que nem sempre possam visitá-los, devido ao grande risco de contagio, façam-se próximos, entrando em contato por telefone ou mensagens. 

O Arcebispo enfatizou novamente a importância de seguir as recomendações das autoridades, para ficar em casa e manter o isolamento social. “Aproveite esse tempo para aprofundar os laços com os que vivem em sua casa, com os seus familiares”.

As missas presididas por Dom Odilo são transmitidas diariamente, às 7h, pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

ASSISTA AO VÍDEO DA MISSA DESTA TERÇA-FEIRA:

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Governo de SP determina quarentena em todo o Estado

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21 de março de 2020

O Governo do Estado de São Paulo anunciou neste sábado, 21, que todos os 645 municípios paulistas estarão em quarentena a partir de terça-feira, dia 24. Durante 15 dias, a medida impõe o fechamento do comércio, exceto serviços essenciais de alimentação, abastecimento, saúde, bancos, limpeza e segurança. A quarentena também não afeta as indústrias.

“Isso implica na determinação, ou seja, na obrigação do fechamento de todo o comércio e serviços não essenciais à população. Essa medida poderá ser renovada, estendida ou suprimida se houver necessidade”, disse o governador João Doria Junior.

A medida visa proteger a saúde pública e reduzir a disseminação do coronavírus. O fechamento do comércio atinge todas as lojas com atendimento presencial, inclusive bares, restaurantes, cafés e lanchonetes. Estabelecimentos que servem alimentos e bebidas em mesas ou balcões só poderão atender pedidos por telefone ou serviços de entrega.

Só ficarão abertos estabelecimentos com atendimento presencial que prestam serviços considerados essenciais. O decreto assinado por Doria listas as exceções em seis categorias distintas.

Nos serviços de saúde, está liberado o funcionamento de hospitais, clínicas – inclusive as odontológicas – e farmácias. No setor de alimentação, podem funcionar supermercados, hipermercados, açougues e padarias – que não poderão permitir o consumo no estabelecimento durante a quarentena.

No setor de abastecimento, poderão atuar normalmente transportadoras, armazéns, postos de gasolina, oficinas, transporte público, táxis, aplicativos de transporte, serviços de call center, pet shops e bancas de jornais.

Os demais setores que poderão oferecer serviços durante a quarentena são: empresas de segurança privada; empresas de limpeza, manutenção e zeladoria; bancos, lotéricas e correspondentes bancários.

O aumento nas restrições de circulação foi decidido tem respaldo do Centro de Contingência contra o coronavírus. “São medidas importantíssimas, no tempo adequado e respaldadas por todos os critérios científicos”, disse o médico infectologista David Uip, que coordena o grupo de especialistas.

O cumprimento da quarentena será fiscalizado pelo Estado e também pelas prefeituras. O governador também disse que aglomerações e festas ao ar livre, como os chamados “pancadões”, são considerados ilegais e deverão ser coibidos pela Polícia Militar não apenas na Grande São Paulo, mas também no interior e no litoral do estado.

Mais que uma gripe

As medidas foram anunciadas em coletiva de imprensa neste sábado no Palácio dos Bandeirantes. Participaram, além do governador, o prefeito da capital paulista, Bruno Covas, e secretários estaduais e do município de São Paulo.

O Secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann Ferreira, ressaltou que o novo coronavírus não deve ser enfrentado como uma simples gripe. “A patologia, que se chama COVID-19, tem uma sintomatologia parecida com gripe, mas não é uma gripe. Ela é muito mais uma pneumonia em severas vezes do que uma questão de gripe. Tem um sintomatologia parecida, mas não se trata de uma gripe”.

O Secretário também informou que até o começo da tarde de sábado, o estado já contabiliza 396 casos confirmados de COVID-19 e 15 mortes – todas na capital paulista – em decorrência da doença, passados oito dias da circulação comunitária do vírus.

Fiquem em casa e cuide dos idosos

Ao iniciar a coletiva de imprensa, o governador voltou a pedir que as famílias protejam as pessoas com mais de 60 anos. “Você que é filho, que é irmão, parente de pessoas com mais de 60 anos, ajude que elas compreendam a importância de permanecerem em casa e não saírem de suas casas de forma alguma”, afirmou.

“Fiquem em casa, convivam em família. A crise vai trazer lições importantes: dores, tristeza, mas trará, também, solidariedade, e a capacidade da volta das pessoas ao convívio em família”, afirmou Doria.

Vivência da fé em casa

Além das precauções de saúde e higiene, Doria fez um apelo aos que professam alguma fé. “Façam suas orações. Todo nós temos nossa religião. É importante que você faça isso da sua casa. Não frequente templos. Essa é uma recomendação não para desmerecer a oração presencial, mas ela pode ser feita da sua casa, com seus familiares, assistindo a televisão, ouvindo a missa no rádio, ouvindo seus pastores, seus líderes, seus padres. Estão todos adaptando o formato das missas, cultos e das suas manifestações de fé”, declarou.

Neste sábado, 21, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, emitiu um Comunicado sobre a Suspensão Temporária de Celebrações Religiosas na Arquidiocese de São Paulo, tendo em vista a grave crise sanitária provocada pela disseminação do novo coronavírus.

“Exorto os fiéis a acompanharem, em suas residências, as celebrações e atos religiosos transmitidos pelos vários Meios de Comunicação Social. Peçamos juntos, com fé e perseverança, que Deus tenha misericórdia de seu povo, livrando-nos de toda doença e angústia. Estejam certos de que o Arcebispo os acompanha com sua preocupação e carinho e reza por todos cada dia. Deus os abençoe e guarde no seu amor”, consta em um dos trechos do comunicado.

(Com informações do Governo do Estado de São Paulo)

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Missas com presença de fiéis são suspensas na Arquidiocese de São Paulo

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21 de março de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, determinou a suspensão temporária de todas as celebrações e eventos religiosos com a participação do povo na Arquidiocese de São Paulo, a partir deste sábado, 21, tendo em vista a grave crise sanitária provocada pela disseminação do novo coronavírus.

No comunicado dirigido a toda a Arquidiocese, Dom Odilo explicou que a determinação foi feita em função do previsto no Código de Direito Canônico, que diz: “O Bispo diocesano, sempre que julgar que isso possa concorrer para o bem espiritual dos fiéis, pode dispensá-los das leis disciplinares, universais ou particulares, dadas pela suprema autoridade da Igreja para o seu território ou para os seus súditos; não porém, das leis processuais ou penais, nem daquelas cuja dispensa é reservada especialmente à Sé Apostólica ou a outra autoridade” (cânon 87 §1).

O Arcebispo determinou, ainda, que o comunicado seja impresso e afixado nas portas das igrejas. “Exorto a todos que sigam conscienciosamente as orientações das autoridades sanitárias para evitar a difusão da COVID-19 e colaborem com grande caridade cristã e solidariedade humana na preservação da saúde e no cuidado dos enfermos. A vida é dom precioso de Deus e requer o compromisso fraterno de todos”, acrescentou Dom Odilo.

MEIOS DE COMUNICAÇÃO

O Cardeal também recomendou os fiéis a acompanharem, em suas residências, as celebrações transmitidas pelos meios de comunicação e os incentivou a pedir a Deus que tenha misericórdia de seu povo, livrando-o de toda doença e angustia.

“Os padres celebrem em privado pelo povo nos horários costumeiros e procurem manter o contato com suas comunidades através das mídias, transmitindo também as celebrações ao povo pelas mesmas mídias”, exortou o Arcebispo.

O próprio Cardeal já havia informado que suas missas diárias passarão a ser transmitidas pelos meios de comunicação.

RECOMENDAÇÕES

Anteriormente, Dom Odilo já havia publicado recomendações para a Igreja em São Paulo sobre a prevenção e combate à disseminação do Covid-19. Em todas suas manifestações, ele tem reforçado a todos os fiéis que sigam as orientações das autoridades sanitárias.

Em um comunicado publicado no dia 13, o Cardeal Scherer recomendou que os idosos e pessoas consideradas do grupo de risco permanecessem em suas casas e acompanhassem as liturgias através dos meios de comunicação.

Em carta dirigida ao clero arquidiocesano, no dia 17, Dom Odilo deu novas recomendações pastorais sobre as atividades realizadas nas paróquias e comunidades.

ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL

No comunicado deste sábado, o Cardeal reiterou sua exortação aos ministros, religiosos e colaboradores das comunidades eclesiais a que não deixem de prestar assistência e conforto religioso e espiritual ao povo, especialmente aos enfermos, “nos modos possíveis nesta hora de angústia e incerteza”.

“Estejam certos de que o Arcebispo os acompanha com sua preocupação e carinho e reza por todos cada dia. Deus os abençoe e guarde no seu amor”, concluiu Dom Odilo.

LEIA A ÍNTEGRA DO COMUNICADO DO CARDEAL ODILO PEDRO SCHERER

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Pascom Brasil conscientiza agentes sobre sua missão em meio à pandemia de Covid-19

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21 de março de 2020

As recomendações das autoridades civis para que a população evite sair de suas casas como medida preventiva para conter a disseminação do novo coronavírus também afetam diretamente a vida de fé dos católicos.

Muitos fiéis, sobretudo os idosos e aqueles considerados do grupo de risco oara desenvolver a forma grave do Covid-19, são orientados a não participar presencialmente das celebrações da Eucaristia e demais atividades públicas realizadas nas igrejas.

Em muitas dioceses do Brasil e do mundo, as missas estão sendo celebradas sem a presença de fiéis, que são convidados a acompanhar as liturgias pelos meios de comunicação e plataformas digitais.

IGREJA DOMÉSTICA

Mais do que nunca, a Pastoral da Comunicação (Pascom) é de fundamentais importância para manter viva a fé e o sentido de pertença eclesial dos fiéis. Por essa razão, a Pascom Brasil iniciou uma campanha motivando seus agentes a assumirem sua missão em meio à crise vivida no País.

“A hora é de voltar para casa. É hora de ver, de sentir compaixão e de cuidar. Na nossa casa nós também somos Igreja. A Pascom Brasil volta para casa, porque acredita que logo tudo vai ficar bem!”, diz o texto da campanha compartilhado pelas redes sociais.

Para reforçar a proposta, a Pascom adaptou o seu logotipo, apresentando como destaque a imagem de uma casa com várias conexões no seu interior, para chamar a atenção de seus agentes para o sentido de “Igreja doméstica” que se pretende incentivar.

Também estão sendo usadas as hashtags:  #EuFicoEmCasa, #DeusConosco, #rezemosjuntos, #juntoscontraocoronavirus

No site oficial da Pascom Brasil, também há informações sobre as emissoras e horários em que há transmissões de missas.

A SERVIÇO DA COMUNHÃO

“Neste momento de crise, de dificuldades, os agentes da Pascom são os ‘discípulos da primeira hora’, porque as pessoas privadas de sair de suas casas e de poderem participar presencialmente das celebrações, os meios de comunicação são extremamente eficazes para que as pessoas possam estar unidade e vivendo a sua fé”, ressaltou ao O SÃO PAULO o coordenador Nacional da Pascom, Marcus Tullius. 

O coordenador afirmou, ainda, que as redes sociais das dioceses, paróquias e comunidades terão um papel fundamental para “manter acesa a chama da esperança” nos fiéis. “Os agentes da Pascom são, neste momento, mantenedores da esperança, podendo transmitir momentos celebrativos e de oração, abrindo-nos à criatividade do Espírito”.

São muitas a iniciativas de transmissões ao vivo de celebrações, terços, meditações, encontros realizados por meio de vídeo conferência e o compartilhamento de mensagens de conforto espiritual por meio de aplicativos de mensagens e redes sociais.

PREVENÇÃO

Marcus Tullius enfatizou, no entanto, que os agentes e profissionais de comunicação católicos devem redobrar os seus cuidados com a saúde, seguindo atentamente as recomendações das autoridades competentes, no que diz respeito aos cuidados pessoais e coletivos, evitando aglomerações de pessoas.

“Que os agentes possam fazer uma escala em que haja no máximo duas pessoas trabalhando, fazendo uma higienização adequada dos equipamentos de trabalho e buscando cuidar da saúde mental neste período de tribulação”, recomentou o coordenador.

COMUNIDADES ‘VIRTUAIS’

Na Arquidiocese de São Paulo, por exemplo, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano incentivou os padres a transmitirem as celebrações nas plataformas digitais, mantendo vivas as comunidades mesmo que pelos meios “virtuais”.

A partir da próxima segunda-feira, 23, às 7h, as missas diárias presididas pelo Dom Odilo, na capela de sua residência, serão transmitidas, ao vivo, pela rádio 9 de Julho (AM 1600kHz  ou pelo site) e pelo Facebook (leia mais).

 

 

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Cardeal Scherer presidirá missa diária pela internet a partir do dia 23

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20 de março de 2020

Em entrevista concedida ao Padre Abério Christe, no programa “Em sintonia com a Fé”, da rádio 9 de Julho, na manhã desta sexta-feira, 20, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, reforçou o pedido a todo o povo que siga as recomendações preventivas das autoridades sanitárias no combate à disseminação do novo coronavírus na cidade.

Dom Odilo informou, ainda, que, a partir da próxima segunda-feira, 23, às 7h, as missas diárias por ele presidida na capela de sua residência, serão transmitidas, ao vivo, pela rádio 9 de Julho (AM 1600kHz  ou pelo site) e pelo Facebook. Além dessas missas, já são transmitidas as celebrações eucarísticas do Cardeal Scherer na Catedral da Sé, aos domingos, às 11h.

“Todos precisam fazer a sua parte, porque está em jogo a saúde e a vida, sobretudo, das pessoas mais frágeis, idosas, doentes. Portanto, façamos a nossa parte e sairemos bem dessa situação”.

NAS IGREJAS

Sobres as recomendações próprias para as paróquias, comunidades e organizações eclesiais, Dom Odilo pediu a todos que tenham calma e aguardem novas determinações por parte da Prefeitura de São Paulo, que em breve serão publicadas. “Nós também nos adequaremos a essas determinações. Mas aguardemos que seja publicado esse decreto da Prefeitura”, afirmou.

Para as pessoas que participam das celebrações nas igrejas, o Arcebispo reforçou as recomendações dadas anteriormente: evitar contato físico, guardar distância segura, higienizar as mãos, entre outras.

GRUPO DE RISCO

O Cardeal ressaltou que algumas orientações da autoridades já são conhecidas e têm sido incentivadas pela Arquidiocese, como a recomendação para que os idosos e pessoas consideradas do grupo de risco para desenvolver a forma grave do Covid-19 fiquem em casa.

“Vamos nos acostumando a participar mais das celebrações transmitidas pelo rádio, televisão, internet”, aconselhou o Arcebispo. “É um momento de crise, de exceção e nós temos que nos adequar”, completou.

O Cardeal também tranquilizou os fiéis impedidos de participar das missas, recordando que a Igreja já ensina que as pessoas em situação de doença ou risco não são obrigadas a participar da missa. “Em tempos normais, quando não há nenhum problema de risco, as pessoas vão normalmente à Igreja. Porém, em tempos de risco de contágio e de prejudicar a saúde das pessoas que já estão frágeis, não há problema em ficar em casa e acompanhar as celebrações a partir de casa”, recomendou o Cardeal.

ATENÇÃO AOS POBRES

“Não descuidemos de modo nenhum da nossa saúde para podermos cuidar da saúde dos outros também. E, nesse tempo, pensemos, sobretudo, naquelas pessoas que precisam de grandes cuidados”, enfatizou o Cardeal, pedindo a todos que não se esqueçam dos mais pobres.

“A população pobre não tem muito como se cuidar e vivem um risco ainda maior. Demos continuar a nossa solidariedade mesmo não indo à Igreja, acompanhemos os apelos de solidariedade para ajudar àquelas entidades que estão trabalhando pelos pobres”, concluiu. 

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Papa reza pelos médicos e agentes de saúde que se dedicam aos pacientes com Covid-19

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20 de março de 2020

Na Missa da manhã desta sexta-feira, 20, na capela da Casa Santa Marta, o Papa Francisco dirigiu sua oração aos profissionais e agentes de saúde que estão dando o máximo de si para ajudar pacientes com coronavírus, especialmente nas áreas mais atingidas pelo Covid-19. Também rezou pelas autoridades.

“Ontem recebi uma mensagem de um sacerdote bergamasco, pedindo para rezar pelos médicos de Bérgamo, Treviglio, Bréscia, Cremona, que estão trabalhando no limite de suas forças; eles estão dando suas próprias vidas para ajudar os doentes, para salvar a vida dos outros. E também peçamos pelas autoridades; não é fácil para eles gerir esse momento, e muitas vezes sofrem com incompreensões. Médicos, funcionários de hospitais, voluntários da saúde ou as autoridades, neste momento são colunas que nos ajudam a seguir em frente e nos defendem nesta crise. Rezemos por eles”, afirmou o Pontífice.

RECONCILIAÇÃO

Na homilia da missa celebrada sem a presença de fiéis e transmitida ao vivo pela internet, o Santo Padre destacou a dificuldade dos cristãos para recorrerem ao sacramento da Reconciliação nesse período de restrição da circulação.

“Muitos me diriam hoje: ‘Mas padre, onde posso encontrar um sacerdote, um confessor, por que não podemos sair de casa? E eu quero fazer as pazes com o Senhor, eu quero que ele me abrace, que meu pai me abrace ... Como posso fazer se não encontro sacerdotes?’", destacou o Papa.

Francisco orientou os fiéis a buscarem o arrependimento sincero diante de Deus, em oração, reconhecendo seus pecados por meio de um ato de contrição perfeito, comprometendo-se a se confessarem sacramentalmente assim que possível. “Um Ato de Contrição bem feito, e assim nossa alma se tornará branca como a neve”, completou.

COMUNHÃO ESPIRITUAL

Ao fim da missa, houve um momento de adoração eucarística conduzido pelo Papa, seguido da benção com o Santíssimo Sacramento. Nessa ocasião, o Pontífice convidou os fiéis que acompanhavam a celebração de suas casas, a fazerem sua comunhão espiritual:

“Aos vossos pés, ó meu Jesus, me prostro e vos ofereço o arrependimento do meu coração contrito que mergulha no vosso e na Vossa santa presença. Eu vos adoro no Sacramento do vosso amor, desejo receber-vos na pobre morada que meu coração vos oferece. À espera da felicidade da comunhão sacramental, quero possuir-vos em Espírito. Vinde a mim, ó meu Jesus, que eu venha a vós. Que o vosso amor possa inflamar todo o meu ser, para a vida e para a morte. Creio em vós, espero em vós. Eu vos amo. Assim seja”, concluiu o Papa.

(Com informações de Vatican News e foto de Vatican Media)

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CNBB adia 58ª Assembleia Geral

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20 de março de 2020

A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) informou que irá adiar sua 58ª Assembleia Geral, que estava prevista para acontecer entre os dias 22 e 30 de abril, em Aparecida (SP).

A decisão faz parte de uma da série de medidas adotadas pela entidade para conter a transmissão do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil. A proposta, segundo o Secretário-geral da CNBB, Dom Joel Portella Amado, é que o encontro ordinário do episcopado brasileiro seja realizado entre os dias 12 a 20 de agosto, caso haja a reversão  do atual quadro pandêmico.

Além da Assembleia Geral, foram canceladas reuniões pastorais anteriormente agendadas, como a reunião do Conselho Permanente, órgão eletivo e deliberativo, de orientação e acompanhamento da atuação da Conferência e dos organismos a ela vinculados, que estava agendada para a próxima semana, nos dias 24 a 26 de março.

CUIDADO DA VIDA

Ainda de acordo com Dom Joel, tais medidas foram tomadas com base em um processo “gradativo de cuidado”. Ainda com relação às atitudes tomadas, como prevenção, a presidência da CNBB decidiu por manter a sede da Conferência, localizada em Brasília (DF), fechada. Os serviços prestados nos outros setores da entidade continuarão sendo feitos via teletrabalho.

Destacando que o tema da Campanha da Fraternidade de 2020 enfatiza o cuidado com a vida, o Secratário-geral reforçou que este é um momento de prevenção.  “Precisaremos nos manter afastados, por enquanto, como forma de cuidado a nós mesmos e às outras pessoas”, finalizou.

Ainda com relação ao trabalho desenvolvido pelas Comissões da Conferência, embora os assessores não estejam trabalhando presencialmente na sede, eles continuarão mantendo suas atividades também à distância, via internet.

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Comunicado da Arquidiocese de São Paulo acerca do Coronavírus

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14 de março de 2020

Em vista da difusão do Coronavírus na Capital Paulista, a Arquidiocese de São Paulo, na pessoa de seu Arcebispo, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, recomenda a seus fiéis que sigam as orientações das autoridades sanitárias em relação à prevenção e aos cuidados da saúde dos doentes.

Recomenda-se manter as igrejas abertas, limpas, e bem ventiladas, para as celebrações e atividades religiosas.

Nas igrejas com grande afluência de fiéis, durante o período de maior risco de contágio, aumente-se, enquanto possível, o número de celebrações para evitar grandes aglomerações. Durante as celebrações, evite-se o contato físico, sobretudo, na saudação da paz e na oração do Pai-Nosso; a comunhão seja recebida, preferencialmente, na mão.

Os idosos e outras pessoas que fazem parte do grupo de risco para desenvolver formas graves da doença, podem acompanhar as celebrações da liturgia em suas casas, através dos meios de comunicação, até que seja superada a pandemia.

Recomenda-se que os ministros da Igreja estejam atentos à saúde de seus paroquianos e que os doentes não sejam abandonados, mas recebam a devida assistência e conforto religioso.

A todos, recomenda-se a oração a Deus, pedindo bênção e proteção para a saúde.

 

Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de São Paulo

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