Papa envia carta aos jovens brasileiros que participaram Projeto “Rota 300”

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31 de julho de 2017

O Papa Francisco enviou, uma carta aos jovens brasileiros no encerramento do projeto Rota 300, que encerrou dia 29 julho com uma grande festa no Santuário Nacional de Aparecida (SP). A iniciativa celebrou os 300 anos do encontro da imagem de Aparecida, no Rio Paraíba do Sul (SP).

No texto, Francisco diz que Maria é um sinal de esperança e que conhece os desafios vividos pelos jovens. Além disso, o papa estimula a juventude a seguir com o espírito missionário.

“Caros amigos, em meio às incertezas e inseguranças de cada dia, em meio à precariedade que as situações de injustiça criam ao redor de vocês, tenham uma certeza: Maria é um sinal de esperança que lhes animará com um grande impulso missionário. Ela conhece os desafios em que vocês vivem. Com sua atenção e acompanhamento maternos, lhes fará perceber que não estão sozinhos”.

Leia a carta na íntegra:

Queridos jovens,

Saúdo afetuosamente a vocês, jovens do Brasil, reunidos em Aparecida para o encerramento do Projeto “Rota 300”, nesse Ano Mariano que comemora os 300 anos do achado da imagem de Nossa Senhora nas águas do Rio Paraíba do Sul.

Para tal ocasião, gostaria de ressaltar um aspecto da Mensagem que lhes escrevi este ano, para a XXXII Jornada Mundial da Juventude: a Virgem Maria é um precioso exemplo para a juventude e um auxílio na caminhada pela estrada da vida. Para que vocês possam perceber esta verdade, não são necessárias grandes reflexões; basta contemplar a imagem da Mãe Aparecida, durante a peregrinação que farão ao seu Santuário Nacional. Eu mesmo fiz essa experiência, quando aí estive em 2007, por ocasião da V Conferência do Episcopado Latino-americano e, depois em 2013, durante a JMJ no Rio de Janeiro.

Pude ali descobrir no olhar terno e maternal da Virgem morena e nos olhos da gente simples que a contemplava, o segredo da esperança que move o povo brasileiro a enfrentar com fé e coragem os desafios de cada dia. Pude também contemplar a força revolucionária de uma Mãe carinhosa que move o coração de seus filhos a saírem de si mesmos com grande ímpeto missionário, como aliás vocês fizeram durante a semana missionária, que acabam de concluir no Vale do Paraíba. Parabéns por este testemunho!

Caros amigos, em meio às incertezas e inseguranças de cada dia, em meio à precariedade que as situações de injustiça criam ao redor de vocês, tenham uma certeza: Maria é um sinal de esperança que lhes animará com um grande impulso missionário. Ela conhece os desafios em que vocês vivem. Com sua atenção e acompanhamento maternos, lhes fará perceber que não estão sozinhos. Nesse sentido, vale a pena recordar a história daqueles pescadores pobres, que depois de uma pesca sem grandes resultados, no rio Paraíba do Sul, lançaram mais uma vez as suas redes e foram surpreendidos com uma imagem partida de Nossa Senhora, coberta de lama. Primeiro acharam o corpo, logo em seguida a cabeça. Como comentei aos Bispos brasileiros em 2013, o fato traz em si um simbolismo muito significativo: aquilo que estava dividido, volta à unidade, como o coração daqueles pescadores, como o próprio Brasil colonial, dividido pela escravidão, que encontra sua unidade na fé que aquela imagem negra de Nossa Senhora inspirava (cf. Discurso aos Bispos do Brasil, 27/7/2013). Por isso, convido a que vocês também deixem que seus corações sejam transformados pelo encontro com Nossa Mãe Aparecida. Que Ela transforme as “redes” da vida de vocês – redes de amigos, redes socias, redes materiais e virtuais -, realidades que tantas vezes se encontram dividas, em algo mais significativo: que se convertam numa comunidade! Comunidades missionárias “em saída”! Comunidades que são luz e fermento de uma sociedade mais justa e fraterna.

Assim integrados nas suas comunidades, não tenham medo de arriscar-se e comprometer-se na construção de uma nova sociedade, permeando com a força do Evangelho os ambientes sociais, políticos, econômicos e universitários! Não tenham medo de lutar contra a corrupção e não se deixem seduzir por ela! Confiantes no Senhor, cuja presença é fonte de vida em abundância, e sob o manto de Maria, vocês podem redescobrir a criatividade e a força para serem protagonistas de una cultura de aliança e assim gerar novos paradigmas que venham a pautar a vida do Brasil (cf. Mensagem à Assembleia do CELAM, 8/5/2017).

Possa o Senhor, pela intercessão da Virgem Aparecida, renovar em cada um de vocês a esperança e o espírito missionário. Vocês são a esperança do Brasil e do mundo. E a novidade, da qual vocês são portadores, já começa a construir-se hoje. Que Nossa Senhora, que em sua juventude soube abraçar com coragem o chamado de Deus em sua vida e sair ao encontro dos mais necessitados, possa ir na frente de vocês, guiando-lhes em todos os seus caminhos! E para tal, lhes envio a cada um, extensiva aos seus familiares e amigos, a Bênção Apostólica, pedindo que, por favor, não deixem de rezar também por mim.

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Oferta da vida: nova via de santidade

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11 de julho de 2017

Foi publicado nesta terça-feira, 11 de julho, o Motu Proprio do Papa Francisco “Maiorem hac dilectionem” sobre a oferta da vida nas causas dos santos

Com o documento, o Pontífice abre o caminho à beatificação daqueles fiéis que, impulsionados pela caridade, ofereceram heroicamente a própria vida pelo próximo, aceitando livre e voluntariamente uma morte certa e prematura com o intuito de seguir Jesus.

Há séculos, as normas da Igreja Católica preveem que se possa proceder à beatificação de um Servo de Deus percorrendo uma dessas três vias: o martírio (suprema imitação de Cristo com morte violenta), as virtudes heroicas (a vivência acima do comum e constante no tempo das virtudes teologais), e os casos excepcionais (conhecida como equipolente).

Essas três vias, todavia, resultavam insuficientes para interpretar todos os casos possíveis de santidade canonizável. De fato, ultimamente, a Congregação das Causas dos Santos colocou-se a questão “se os Servos de Deus que, inspirados pelo exemplo de Cristo, tenham livre e voluntariamente oferecido e imolado a própria vida pelos irmãos num supremo ato de caridade, que tenha sido diretamente causa de morte, não mereçam a beatificação”. Trata-se, portanto, de introduzir uma quarta via, que foi chamada “oferta da vida”.

Embora tenha elementos que a assemelhem seja à via do martírio, seja à via das virtudes heroicas, esta nova via pretende valorizar um tipo de testemunho cristão heroico até agora sem um procedimento específico, justamente porque não se enquadra completamente nem na categoria do martírio nem na categoria das virtudes heroicas. Não é martírio porque não há um perseguidor e não é virtude heroica porque não é expressão de um exercício prolongado das virtudes. Para delimitar este aspecto, o Motu Proprio fala de “morte num período breve de tempo”, o que não significa imediata, mas nem mesmo tão longa a ponto de transformar o ato heroico em virtude heroica.

A “oferta da vida” até então não constituía uma categoria específica, mas, se comprovada, era incorporada ou como martírio ou como virtudes heroicas – o que não fazia jus à sua verdadeira natureza. Há séculos, a Igreja não exclui das honras dos altares os fiéis que deram a vida num extremo ato de caridade, como, por exemplo, morrer contagiado com a mesma doença do enfermo assistido.

Critérios

O documento pontifício esclarece no artigo 2: “a oferta da vida, para que seja válida e eficaz para a beatificação de um Servo de Deus, deve responder aos seguintes critérios: a. oferta livre e voluntária da vida e heroica aceitação propter caritatem de uma morte certa e decorrida num breve período de tempo; b. nexo entre a oferta da vida e a morte prematura; c. exercício, pelo menos em grau ordinário, das virtudes cristãs antes da oferta da vida e, depois, até a morte; d. existência da fama de santidade pelo menos depois da morte; e. necessidade do milagre para a beatificação, ocorrida depois da morte do Servo de Deus e por sua intercessão”.

Enriquecimento

Com este documento, a doutrina sobre a santidade cristã e o procedimento tradicional da Igreja para a beatificação dos Servos de Deus não somente não são alterados, mas são enriquecidos de novos horizontes e oportunidades para a edificação do povo de Deus, que nos seus santos vê o rosto de Cristo, a presença de Deus na história e a exemplar atuação do Evangelho.

O texto do Motu Proprio do Papa Francisco está disponível no momento em italiano e latim.

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Comissão organizadora da visita do Papa se reúne com Presidente Bachelet

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30 de junho de 2017

“Mesmo que sete meses seja um período breve, a disposição que demonstraram muitas pessoas para ajudar nesta preparação, revela o entusiasmo e a alegria que ela provoca”.

Foi o que afirmou esta quinta-feira, 29, em Santiago do Chile, o Bispo Dom Fernando Ramos, Coordenador da Comissão Nacional para a Visita do Papa Francisco ao país, programada para iniciar em 15 de janeiro de 2018.

No Palácio La Moneda, na capital chilena, a Presidente Michelle Bachelet, acompanhada pelo Ministro do Interior, Mario Fernández, reuniu-se com a Comissão da Igreja Católica, formada pelo Presidente da Conferência Episcopal, Dom Santiago Silva Retamales; o Bispo Ramos e o Diretor Executivo da visita do Pontífice, Javier Peralta.

Também participaram do encontro os Coordenadores de Estado para a visita, Benito Baranda, e de Comunicações, Haydée Rojas.

Na parte da tarde, o Episcopado informou que a sua Comissão para a visita será formada por 11 pessoas, distribuídas em seis áreas de trabalho específicas: conteúdo (a cargo do Bispo Cristián Contreras V; Liturgia (sacerdote Héctor Gallardo); Comunicações (sacerdote Luis Herrera);  Finanças (Guillermo Villaseca); Gestão de atividades (Felipe Vial) e voluntariado (Ronald Bown junto com Francisco Elorrieta).

A sexta visita do Pontífice ao continente americano foi confirmada pela Sala de Imprensa da Santa Sé em 19 de junho. O Papa Francisco irá ao Chile de 15 a 18 de janeiro de 2018 - visitando as  cidades de Santiago, Temuco e Iquique – e após ao Peru, de 18 a 21 de janeiro, onde visitará as cidades de Lima, Puerto Maldonado e Trujillo. (JE)

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"Ser sal e luz do mundo" e confiar no Espírito

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13 de junho de 2017

O Santo Padre celebrou a Santa Missa, na manhã desta terça-feira, 13, na Capela da Casa Santa Marta, onde reside, da qual participaram os membros do Conselho dos Cardeais “C9”.

Na homilia que pronunciou, o Papa refletiu sobre a mensagem evangélica “ser sal e luz” do mundo, exortando os fiéis a não buscarem “seguranças artificiais, mas a confiar na ação do Espírito Santo.

Francisco se deteve, sobretudo, nestas palavras, que indicam a força do Evangelho, que levam à glorificação de Deus. Com efeito, em Jesus se cumpre tudo o que nos foi prometido: eis porque Ele é a plenitude:

“Em Jesus não há um “não, mas sempre “sim” para a glória do Pai. Mas, também nós participamos deste “sim” de Jesus, porque Ele nos conferiu a unção, nos imprimiu o sigilo, que nos foram antecipados pelo Espírito. É o Espírito que nos levará ao “sim” definitivo, até à nossa plenitude. É o Espírito que nos ajuda a tornar-nos “sal e luz”, ou seja, a sermos testemunhas cristãs”.

“Tudo é positivo”, retomou o Papa. “E o testemunho cristão” é “sal e luz”. “Luz - explicou - para iluminar e quem esconde a luz dá um contratestemunho” refugiando-se um pouco no “sim” e um pouco no “não”. Estes, portanto “possuem a luz, mas não a doam, e não a faz ver e se não a faz ver não glorifica o Pai que está nos céus”. Ainda, advertiu, “há o sal, mas o conserva para si mesmo e não o doa para que se evite a corrupção”.

 

Os cristãos são chamados a ser sal e luz

“Sim – sim”, “não – não”: palavras decisivas, como o Senhor nos ensinou, pois, recordou Francisco, “o supérfluo provém do maligno”. “É precisamente esta atitude de segurança e de testemunho - acrescentou - que o Senhor confiou à Igreja e a todos nós batizados”:

“Segurança na plenitude das promessas em Cristo: em Cristo tudo se cumpriu. Testemunho aos outros; dom recebido de Deus em Cristo, que nos deu a unção do Espírito para o testemunho. E isso é ser cristão: iluminar, ajudar para que a mensagem e as pessoas não se corrompam, como faz o sal; mas, se se esconde a luz o sal torna-se insípido, sem força, enfraquece - o testemunho será fraco. Mas isso ocorre quando eu não aceito a unção, não aceito o sigilo, não aceito a 'antecipação' do Espírito que está em mim. E isso ocorre quando eu não aceito o 'sim' em Jesus Cristo”.

A proposta cristã, disse Francisco, é tão simples, mas “tão decisiva e tão bonita, e nos dá tanta esperança”. “Eu sou a luz - podemos nos perguntar - para os outros? Eu – disse ainda o Papa – sou sal para os outros? Que dá sabor à vida e a defende da corrupção? Estou agarrado em Jesus Cristo, que é o 'sim'? Sinto-me ungido, selado? Eu sei que eu tenho essa segurança que será plena no céu, mas pelo menos é “antecipação”, agora, o Espírito?".

 

O cristão é “solar” quando glorifica a Deus com a sua vida

Na linguagem corrente, observou em seguida, “quando uma pessoa está cheia de luz, dizemos ‘esta é uma pessoa solar’”:

“Usa-se dizer isso: ‘É uma pessoa solar’. Isso pode nos ajudar a entender. Isso é mais do que solar, ainda. Este é reflexo do Pai em Jesus em quem as promessas se cumpriram. Este é o reflexo da unção do Espírito que todos nós temos. E isso, por quê? Por que recebemos isso? Dizem-nos ambas as leituras. Paulo diz: ‘E por isso, através de Cristo, sobe a Deus o nosso' Amém' para a sua glória’, para glorificar a Deus. E Jesus diz aos discípulos: ‘Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao Pai’. Tudo isso, para glorificar a Deus. A vida do cristão é assim”.

Peçamos esta graça, concluiu o Papa, “de sermos agarrados, enraizados na plenitude das promessas em Cristo Jesus que é ‘sim’, totalmente ‘sim’, e levar essa plenitude com o sal e a luz do nosso testemunho aos outros para dar glória ao Pai que está nos céus”. (MT-SP)

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Papa nomeia brasileiro como Secretário do Dicastério para os Leigos, Família e Vida

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31 de mai de 2017

O Santo Padre nomeou Secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida o Padre Alexandre Awi Mello, ISch. Diretor Nacional do Movimento de Schönstatt no Brasil

O sacerdote passa a auxiliar o Cardeal Kevin Joseph Farrell, nomeado Prefeito do Dicastério pelo Papa Francisco em 15 de agosto de 2016.

O Padre Alexandre Awi Mello, nascido no Rio de Janeiro em 17 de janeiro de 1971, é membro do Instituto Secular Padres de Schönstatt desde 1992.

Foi ordenado presbítero no Santuário da Mãe Três Vezes Admirável de Schönstatt no dia 7 de julho de 2001, pelas mãos de Dom Karl Josef Romer.

Depois de um ano como vigário numa paróquia da cidade de Santa Maria/RS, Brasil, sua comunidade lhe confiou o cuidado pastoral dos jovens nomeando-o assessor da juventude de Schönstatt no Sul e no Sudeste do Brasil. Nessa tarefa ele se manteve, mesmo depois de 2010 quando foi nomeado para a Direção do Movimento Apostólico de Schönstatt no Brasil, tarefa que passará a seu sucessor com sua transferência para Roma.

Estudos e atividades

Padre Alexandre Awi Mello concluiu seus estudos de Teologia na Pontifícia Universidade Católica de Santiago do Chile com o grau de Bacharel em teologia.

Entre 1998 e 2000, fez um mestrado em Teologia na Escola Superior de Filosofia e Teologia de Vallendar (PTHV), Alemanha. Sua monografia teve por tema “A Arte de Ajudar - atitudes fundamentais no acompanhamento espiritual”, obtendo a licença para a docência.

Ainda no ano de 2000 fez um curso de aprofundamento na Sociedade Alemã de Psicologia Pastoral (DGfP), com o tema: “O diálogo centrado na pessoa na pastoral”.

De 2004 a 2006, paralelo ao trabalho pastoral, fez um curso de especialização em “Counselling na pastoral” no Instituto para Counselling e Logoterapia (IATES), em Curitiba/PR, Brasil.

Desde 2010 trabalha em sua tese de doutorado na Universidade de Dayton, USA, com o Dr. Thomas Thompson, SM, na área de mariologia. Seu tema: Maria-igreja, Mãe do povo missionário: o Papa Francisco e a piedade popular mariana no contexto teológico-pastoral da América Latina.

Foi professor de Teologia Pastoral e de Teologia Sistemática no Instituto Paulo VI em Londrina/PR, de 2002 a 2004. Nos anos seguintes, lecionou na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, campus Londrina.

Mudando-se para São Paulo em 2010, passou a lecionar na UNISAL, dos Salesianos, e na Faculdade de Filosofia e Teologia São Bento, onde era professor até sua nomeação.

Por meio de sua atividade como Diretor do Movimento Apostólico de Schönstatt no Brasil, adquiriu valiosas experiências na pastoral da juventude, no trabalho pastoral com famílias e no acompanhamento de pessoas em variadas condições de vida, bem como na pastoral popular em torno aos Santuários marianos de.

Participou na organização do Simpósio Teológico-pastoral sobre a Evangelização da Família na Pós-modernidade, 2006, e integrou o grupo brasileiro no XXIII Congresso Internacional de Mariologia em Roma, em 2012.

Conferência de Aparecida e JMJ

O sacerdote colaborou com o Cardeal Bergoglio durante a V Conferência Geral do Conselho Episcopal Latino-americano e do Caribe realizada em Aparecida em maio de 2007 e acompanhou o Pontífice por ocasião da XXVIII Jornada Mundial da Juventude, em 2013, no Rio de Janeiro. 

(Com informações da Assessora Nacional de Comunicação do Mov. Apostólico de Schoenstatt)

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A origem dos 5 novos cardeais

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27 de mai de 2017

Em um anúncio surpresa, feito em meio à multidão de fiéis na Praça de São Pedro, no domingo, 21, o Papa Francisco manifestou seu desejo de criar cinco novos cardeais para a Igreja.

O consistório público para a criação dos novos cardeais está marcado para o dia 28 de junho, véspera da Solenidade de São Pedro e São Paulo.

A maior parte dos prelados nomeados são provenientes, segundo o costume instituído por Francisco, de dioceses periféricas: Jean Zerbo é arcebispo de Bamako, em Mali; Anders Arborelius provém de Estolcomo, na Suécia; Louis-Marie Ling é vigário-apostólico de Paksé, no Laos; e José Gregorio Rosa Chavez é bispo-auxiliar de San Salvador, em El Salvador. Somente um deles é proveniente da Europa Central: Juan Omella, arcebispo de Barcelona, na Espanha.

Todos eles têm idade inferior a 80 anos e, portanto, são eleitores num futuro conclave para a eleição de um novo pontífice. Assim, o colégio cardinalício contará, em junho deste ano, com 121 cardeais eleitores, dos quais 49 foram criados por Francisco, em quatro consistórios públicos.

Dentre esses cinco cardeais nomeados, o mais antigo, José Rosa Chavez, com 74 anos, possui uma história curiosa: ele é bispo-auxiliar há 35 anos, e trabalhou intimamente com o Beato Óscar Romero, arcebispo salvadorenho martirizado em 1980, enquanto celebrava a Santa Missa. José Rosa Chavez, desde então, procura manter viva a memória do Beato, inclusive fora de El Salvador.

 

(Com informações de Vatican Insider e Rádio Vaticano)

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Em busca de soluções para os problemas do mundo

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26 de mai de 2017

No sábado, 20, cerca de 300 pessoas, provenientes de 18 países, foram recebidas pelo Papa na Conferência Internacional da Fundação Centesimus Annus Pro-Pontefice, que tratou de temas que são “verdadeiras emergências planetárias”.

Aos numerosos participantes, Francisco expressou seu apreço pelos esforços realizados para buscar modos alternativos de compreensão da economia, do desenvolvimento e do comércio.

“A sua Fundação oferece uma preciosa contribuição ao levar em conta as atividades comerciais e financeiras, à luz da rica tradição da Doutrina Social da Igreja e de uma busca inteligente de alternativas construtivas. Vocês desenvolvem modelos de crescimento econômico centrados na dignidade, liberdade e criatividade, características peculiares da pessoa humana”, afirmou.

O Pontífice acrescentou, ainda, que “promover o desenvolvimento humano integral requer diálogo e envolvimento nas necessidades e aspirações das pessoas; requer escuta dos pobres e respostas a situações concretas. Isso requer animar as comunidades e suas relações com o mundo dos negócios; criar meios para unir recursos e pessoas, pelos quais os pobres sejam protagonistas e beneficiários. Somente assim, se poderá favorecer uma maior inclusão social e o crescimento de uma cultura de solidariedade eficaz”.

 

Fonte: Rádio Vaticano

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Encontro mundial sobre o Mal de Huntington

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17 de mai de 2017

O Vaticano vai hospedar o maior encontro mundial dedicado ao Mal de Huntington e debater o tema do estigma e da vergonha que circundam a doença. E o Papa vai prestigiar o evento, em solidariedade com os doentes, familiares e médicos que se ocupam da doença.

O evento nasce da condição vivida por famílias provenientes da América do Sul, onde a enfermidade tem uma incidência de 500 a 1000 vezes maior em relação a outras regiões do mundo.

Participarão do encontro com Francisco, na Sala Paulo VI, no dia 18 de maio, cerca de 7 mil pessoas de vários lugares do mundo: doentes, familiares, médicos, organizações humanitárias e interessados na questão.  

Huntington é uma doença hereditária causada por uma mutação genética que afeta de maneira progressiva as células nervosas do cérebro.  Há cerca de um milhão de pessoas afetadas em todo o mundo. Os sintomas incluem movimentos involuntários e alterações cognitivas e psiquiátricas. Muitos enfermos têm vergonha da opinião pública e escondem a doença com medo da discriminação.

O objetivo do encontro é dar maior visibilidade sobre a doença e incentivar pesquisas para tratamento e cura. No Brasil, aproximadamente 20 mil famílias são cadastradas com o Mal de Huntington.

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Empenhem-se contra a violência nos estádios

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18 de mai de 2017

“Às vezes nos estádios ocorrem, infelizmente, episódios de violência, que turbam o sereno desenrolar das partidas e o divertimento sadio das pessoas. Desejo que, dentro do que é possível, vocês possam ajudar que a atividade esportiva permaneça como tal e, graças ao empenho pessoal de todos, seja motivo de coesão entre os desportistas e em toda sociedade”.

Assim o Papa Francisco convidou os jogadores e comissão técnica da Juventus e da Lazio a “serem testemunhas dos autênticos valores do esporte”. As equipes foram recebidas pelo Pontífice na terça-feira (16/05) no contexto da final da Copa Itália (Clique na imagem e assista).

Coerência

“Aqueles que são considerados ‘campeões’ passam facilmente a ser pontos de referência. Por isso, cada partida é um teste de equilíbrio, de controle de si e respeito às regras. Quem, com o próprio comportamento, sabe dar prova de tudo isso, passa a ser um exemplo a seus admiradores”.

“É o que desejo a cada um de vocês – finalizou o Papa: serem testemunhas de lealdade, de honestidade, de concórdia e de humanidade”.

 

 

 

 

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