Novas normas para toda a Igreja contra quem abusa ou encobre

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09 de mai de 2019

 

«Vos estis lux mundi, Vós sois a luz do mundo Nosso Senhor Jesus Cristo chama cada fiel a ser exemplo luminoso de virtude, integridade e santidade».

Do Evangelho de Mateus foram extraídos o título e as primeiras palavras do novo Motu proprio do Papa Francisco dedicado à luta aos abusos sexuais cometidos por clérigos e religiosos, e às ações ou omissões dos bispos e dos superiores religiosos «tendentes a interferir ou contornar» as investigações sobre os abusos. O Papa recorda que os «crimes de abuso sexual ofendem Nosso Senhor, causam danos físicos, psicológicos e espirituais às vítimas e lesam a comunidade dos fiéis», e menciona a responsabilidade particular que têm os sucessores dos apóstolos em prevenir tais crimes. O documento representa um fruto ulterior do encontro sobre a proteção dos menores realizado no Vaticano em fevereiro de 2019. Estabelece novas normas para combater os abusos sexuais e garantir que bispos e superiores religiosos prestem contas de suas ações. É uma normativa universal, que se aplica a toda a Igreja Católica.

Um “guichê” para as denúncias em cada diocese

Entre as novidades previstas está a obrigatoriedade, para todas as dioceses do mundo de dotarem-se até junho de 2020 de «um ou mais sistemas estáveis e facilmente acessíveis ao público para apresentar as assinalações» a respeito dos abusos sexuais cometidos por clérigos e religiosos, o uso de material pornográfico infantil e o acobertamento dos próprios abusos. A normativa não especifica no que consistem esses «sistemas», para deixar às dioceses a escolha operativa, que poderá ser diferente de acordo com as várias culturas e condições locais. O que se quer é que as pessoas que sofreram abusos possam recorrer à Igreja local certas de que serão bem acolhidas, que serão protegidas de represálias e que suas denúncias serão tratadas com a máxima seriedade.

A obrigatoriedade de denunciar

Outra novidade diz respeito à obrigatoriedade para todos os clérigos, os religiosos e as religiosas de «assinalar prontamente» à autoridade eclesiástica todas as notícias de abusos das quais tiverem conhecimento, assim como as eventuais omissões e acobertamentos na gestão dos casos de abusos. Se até hoje esta obrigação chamava em causa, num certo sentido, somente a consciência individual, de agora em diante se torna um preceito legal estabelecido universalmente. A obrigatoriedade em si é sancionada somente para os clérigos e religiosos, mas todos os leigos também podem e são encorajados a utilizar o sistema para assinalar abusos e moléstias às autoridades eclesiásticas competentes.

Não somente abusos contra menores

O documento compreende não somente as moléstias e as violências contra os menores e os adultos vulneráveis, mas diz respeito também à violência sexual e às moléstias que derivam do abuso de autoridade. Esta obrigatoriedade inclui também qualquer caso de violência contra religiosas por parte de clérigos, assim como também o caso de moléstias a seminaristas ou noviços de maior idade.

Os “acobertamentos”

Entre os elementos de maior relevo está a identificação, como categoria específica, da chamada conduta de acobertamento, que consiste «em ações ou omissões tendentes a interferir ou contornar as investigações civis ou as investigações canónicas, administrativas ou criminais, contra um clérigo ou um religioso relativas aos delitos» de abuso sexual. Trata-se daqueles que, exercendo cargos de particular responsabilidade na Igreja, ao invés de investigar os abusos cometidos por outros, os esconderam, protegendo o suposto réu ao invés de tutelar as vítimas.

A proteção das pessoas vulneráveis

Vos estis lux mundi acentua a importância de tutelar os menores (pessoas com menos de 18 anos) e as pessoas vulneráveis. De fato, é ampliada a noção de “pessoa vulnerável” , não mais restrita somente às pessoas que não têm “o uso habitual” da razão, mas compreende também os casos ocasionais e transitórios de incapacidade de entender e querer, além das desabilidades de ordem física. Nisto, o novo Motu proprio se inspira na recente Lei vaticana (n. CCXCVII de 26 de março de 2019).

O respeito das leis dos Estados

A obrigatoriedade de assinalar ao ordinário do local ou ao superior religioso não interfere nem modifica qualquer outra obrigação de denúncia eventualmente existente nas leis dos respectivos países: as normas, de fato, «aplicam-se sem prejuízo dos direitos e obrigações estabelecidos em cada local pelas leis estatais, particularmente aquelas relativas a eventuais obrigações de assinalação às autoridades civis competentes».

Proteção a quem denuncia e às vítimas

Também são significativos os parágrafos dedicados a tutelar quem se oferece para fazer as denúncias. Quem refere notícias de abusos, segundo prevê o Motu proprio, não pode, de fato, ser submetido a «danos, retaliações ou discriminações» em decorrência daquilo que assinalou. Uma atenção também ao problema das vítimas que, no passado, foram reduzidas ao silêncio: essas normas universais preveem que «não pode ser» imposto a elas «qualquer ônus de silêncio a respeito do conteúdo » da assinalação. Obviamente, o segredo de confissão permanece absoluto e inviolável e, portanto, não é de modo algum tocado por esta normativa. Vos estis lux mundi estabelece ainda que as vítimas e suas famílias devem ser tratadas com dignidade e respeito e devem receber uma apropriada assistência espiritual, médica e psicológica.

As investigações a cargo dos bispos

O Motu proprio disciplina as investigações a cargo dos bispos, dos cardeais, dos superiores religiosos e daqueles que têm a responsabilidade, mesmo que temporariamente, de guiar uma diocese ou outra Igreja particular. Esta disciplina deverá ser observada não somente se essas pessoas forem investigadas por abusos sexuais realizados diretamente, mas também se forem denunciadas por terem «acobertado» ou não terem investigado abusos dos quais tiveram conhecimento e que cabia a elas combater.

O papel do metropolita

É significativa a novidade a respeito do envolvimento na investigação prévia do arcebispo metropolita, que recebe da Santa Sé o mandato de investigar caso a pessoa denunciada seja um bispo. O seu papel, tradicional da Igreja, fica assim reforçado e comprova a vontade de valorizar os recursos locais inclusive para questões acerca da investigação dos bispos. Aquele que for encarregado de investigar, depois de trinta dias deve transmitir à Santa Sé « um relatório informativo sobre o estado das investigações », que «devem ser concluídas no prazo de noventa dias» (são possíveis adiamentos por «fundados motivos »). Isso estabelece tempos precisos e, pela primeira vez, pede-se que os Dicastérios interessados ajam com tempestividade.

Envolvimento dos leigos

Citando o artigo do Código canônico, que destaca a preciosa contribuição dos leigos, as normas do Motu proprio prevêem que o metropolita, ao conduzir as investigações, possa contar com a ajuda de «pessoas qualificadas», segundo « as necessidades do caso e, em particular, tendo em conta a cooperação que pode ser oferecida pelos leigos ».

O Papa afirmou mais de uma vez que as especializações e as capacidades profissionais dos leigos representam um recurso importante para a Igreja. As normas preveem agora que as conferências episcopais e as dioceses possam preparar listas de pessoas qualificadas disponíveis a colaborar, mas a responsabilidade última sobre as investigações permanece confiada ao metropolita.

Presunção de inocência

Reitera-se o princípio da presunção de inocência da pessoa investigada, que será avisada da existência da própria investigação quando for solicitado pelo Dicastério competente. A acusação, de fato, deve ser notificada obrigatoriamente somente quando houver a abertura de um processo formal e, se considerada oportuna para garantir a integridade da investigação ou das provas, pode ser omitida na fase preliminar.

Conclusão da investigação

O Motu proprio não traz modificações às penas previstas para os delitos, mas estabelece o procedimento para fazer a assinalação e realizar a investigação prévia. No encerramento da investigação, o metropolita (ou em determinados casos o bispo da diocese sufragânea com maior ancianidade de nomeação) encaminha os resultados ao Dicastério vaticano competente e cessa, assim, a sua tarefa. O Dicastério competente procede então « nos termos do direito, de acordo com o previsto para o caso específico», agindo, portanto, com base nas normas canônicas já existentes. Com base nos resultados da investigação prévia, a Santa Sé pode imediatamente impor medidas preventivas e restritivas à pessoa investigada.

Empenho concreto

Com este novo instrumento jurídico desejado por Francisco, a Igreja Católica realiza um novo e incisivo passo na prevenção e combate dos abusos, que enfatiza ações concretas. Como escreve o Papa no início do documento: «Para que tais fenómenos, em todas as suas formas, não aconteçam mais, é necessária uma conversão contínua e profunda dos corações, atestada por ações concretas e eficazes que envolvam a todos na Igreja».

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Papa Francisco convida bispos no Panamá a “Sentir com a Igreja”

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25 de janeiro de 2019

“Sentir com a Igreja.” O lema criado por Santo Inácio de Loyola e difundido na igreja latino-americana por Santo Óscar Romero foi elemento central no encontro do Papa Francisco com bispos da América Central nesta quinta-feira, 24.

Chegando ao país na tarde de ontem, o Papa foi recebido pelo presidente do país, Juan Carlos Varela, e sua esposa, Lorena Castillo. Descansou pelo resto do dia. Ele fica no país até o dia 27, participando dos encontros da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

No fim da manhã de hoje, na Igreja de São Francisco de Assis, o Papa Francisco recordou a forte tradição colegial da Igreja latino-americana. O Secretariado Episcopal da América Central e do Panamá (Sedac) é a instituição que reúne os bispos de toda a região. “Os pastores desta região foram os primeiros a criarem na América um organismo de comunhão e participação que deu abundantes frutos, e continua dando”, recordou o Pontífice.

ROMERO COMO EXEMPLO

Foi nesse contexto que Francisco recorreu à figura de Dom Óscar Romero, Arcebispo e mártir de São Salvador por ele canonizado em outubro de 2018, durante o Sínodo dos Bispos sobre os jovens. “Sua vida e ensinamento são fonte constante de inspiração para nossas Igrejas, e, de modo especial, para nós bispos”, disse.

“Sentir com a Igreja” era o lema episcopal de Santo Óscar Romero. Nas palavras do Papa Francisco, remete à sua sintonia e aprendizado dentro da Igreja, que Dom Romero amava “com suas entranhas”.

“Nós não inventamos a Igreja. Ela não nasce conosco e seguirá sem nós”, lembrou aos bispos, dizendo que esse pensamento despertava uma “insondável e inimaginável gratitude” no Santo salvadorenho. “Romero sentiu com a Igreja porque, em primeiro lugar, amou a Igreja como mãe que o gerou na fé e se sentiu membro e parte dela.”

Da mesma forma, o Papa convidou os bispos a levarem “nas entranhas” o amor de Cristo: “É importante, irmãos, que não tenhamos medo de tocar e nos aproximarmos das feridas de nossa gente, que também são nossas feridas”, disse.

“E fazer isso com o estilo do Senhor. O pastor não pode estar longe do sofrimento de seu povo. E mais, poderíamos dizer que o coração do pastor se mede por sua capacidade de deixar-se comover diante de tantas vidas feridas e ameaçadas.”

JOVENS COMO "LUGAR TEOLÓGICO"

Santo Inácio de Loyola criou o lema “Sentir com a Igreja” no contexto de seus exercícios espirituais. Era uma forma de ajudar o exercitante a “superar qualquer tipo de falsas dicotomias ou antagonismos que reduzam a vida do Espírito à habitual tentação de acomodar a Palavra de Deus ao próprio interesse”, explicou o Papa Francisco.

Saber que fazemos parte de um “corpo apostólico” maior que nós mesmos nos faz “sentir parte de um todo que será sempre mais que a soma das partes”.

Durante a JMJ, essa perspectiva torna-se oportunidade única para “sair ao encontro e se aproximar ainda mais da realidade dos jovens, cheia de esperanças e desejos, mas também profundamente marcada por tantas feridas”.

Referindo-se ao último Sínodo dos Bispos sobre os jovens, Francisco observou que a juventude é um “lugar teológico”, ou seja, com ela “podemos visualizar como fazer mais visível e crível o Evangelho no mundo”. Os jovens “são como um termômetro para saber onde estamos como comunidade e sociedade”, alertou.

UNIDADE NA DIVERSIDADE

Em editorial publicado no jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano, o diretor Andrea Monda comentou a viagem do Papa ao Panamá dizendo que vai em meio a “sonhos e esperanças”. No texto, ele nota que uma das características do Panamá que agradam Francisco é o fato de ser um canal que une duas partes importantes do mundo, os oceanos Pacífico e Atlântico.

O artigo recorda que São João Paulo II esteve no Panamá em 1983. “Mas hoje o Panamá se torna por cinco dias o centro do mundo, como deixou evidente a multidão festiva que acompanhou ininterruptamente todo o percurso do papamóvel do aeroporto até a sede da nunciatura”, onde o Papa está hospedado, diz o texto. “Unidade, esperança, sonho, são as três notas de abertura desta JMJ que agora pode começar a fazer sentir o seu canto.”

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Panamá vira a ‘capital da juventude’

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23 de janeiro de 2019

O Papa Francisco chega ao Panamá nesta quarta-feira, 23, para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). No Twitter, ele escreveu: “Estou partindo para a Jornada Mundial da Juventude no Panamá. Peço a vocês que rezem por este evento tão lindo e importante no caminho da Igreja.”

Mesmo antes da chegada do Santo Padre, JMJ já começou. A missa de abertura, tipicamente celebrada pelo bispo local, foi presidida ontem por Dom José Domingo Ulloa Mendieta, no Campo Santa Maria la Antigua.

Em sua pregação, Dom Ulloa saudou os peregrinos e disse que eles souberam superar todos os obstáculos para se reunir no Panamá, uma “pequena igreja que hoje se converte em capital da juventude”. Nas suas palavras, “falar de jovens é falar de esperança, porque a mudança no mundo, a mudança na Igreja só virá das mãos de vocês, queridos jovens”.

MARIA COMO MODELO

Esta é a primeira Jornada na qual o exemplo de Maria, mãe de Jesus, foi colocado no centro de todas as reflexões. O tema é seu “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra”, conforme o Evangelho de São Lucas. Dom Ulloa apontou para essa novidade, chamando Maria de “estrela da evangelização”.

“Foi proposta do Papa Francisco para vocês, como modelo de valentia e coragem. Ela, a jovem, esteve disponível para cumprir o projeto de Deus”, disse. O Arcebispo acrescentou que esta é uma JMJ das periferias existenciais e geográficas.

“Queridos jovens, este encontro de vocês com Jesus Cristo deve levá-los a um confronto consigo mesmos e com o adoutrinamento desse sistema antivalores que impera, sustentado na busca de uma falsa felicidade. Ela é tão fugaz que os leva a experimentar, desesperadamente, coisas que lhes fazem mal à mente e ao espírito. No final só alcançam um vazio espiritual”, alertou, dizendo que o único chamado perene e verdadeiro é aquele de Jesus Cristo.

ACOLHIDA CALOROSA

O bispo de Imperatriz, Dom Vilsom Basso, presidente da Comissão para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), falou ao O SÃO PAULO sobre sua expectativa para este grande encontro internacional.

“A minha primeira impressão, chegando ao Panamá, é muito bonita. A acolhida, as pessoas cantando, rezando com a gente.”, disse. “Para mim, é muito especial também porque é a primeira vez que fico hospedado em uma casa de família.”

É tradição na JMJ que famílias e jovens locais acolham participantes estrangeiros. “Vemos muita gente trabalhando, o povo do Panamá acolhendo muito bem, a cidade inteira enfeitada para acolher o Papa e os milhares de jovens que virão participar”, conta.

“Queremos viver estes dias no espírito mariano de acolhida do chamado de Deus: uma resposta alegre, corajosa, criativa e generosa, para servir a Deus, a Igreja e especialmente a juventude”, comentou Dom Vilsom, que defende uma priorização pastoral para os jovens. “[A Jornada] é a Igreja na sua pluralidade, unida ao redor de Jesus Cristo e do Papa Francisco, para levar uma mensagem de vida e de esperança a toda a juventude.”

JMJ EM NÚMEROS

Oficialmente, são mais de 100 mil inscritos até o momento, provenientes de 156 países. A expectativa é de que número total de participantes fique entre 500 e 700 mil. Além disso, participam 480 bispos, dos quais 380 farão catequeses diárias em 25 línguas, em 137 centros de encontro.

O número de voluntários chega a 20 mil panamenhos e outros 2,4 mil estrangeiros. O Brasil está em segundo lugar no número de voluntários, após a Colômbia. Também Costa Rica, México e Polônia têm muitos voluntários. Os jornalistas credenciados são 2,5 mil.

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Vivamos o Natal colocando Jesus no centro das ações

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24 de dezembro de 2018

No Ângelus do IV domingo do Advento, no dia 23, o Papa Francisco pediu a Maria que dê a todos a graça de viver um Natal “extrovertido e não dispersivo: que no centro não esteja o nosso ‘eu’, mas o Tu de Jesus e o tu dos irmãos, especialmente daqueles que necessitam de ajuda”.

O Evangelho da visita de Maria a Isabel prepara para a todos para bem viver o Natal, e comunica o dinamismo da fé e da caridade.

Fé e caridade

O trecho evangélico narra a visita de Maria à sua idosa parente Isabel. O anjo Gabriel lhe havia revelado que Isabel esperava um filho e já estava no sexto mês de gravidez. A Virgem, que tinha acabado de conceber Jesus por obra de Deus, partiu apressadamente de Nazaré, na Galileia, para as montanhas da Judeia.

“Este episódio nos ajuda a ler com uma luz especial o mistério do encontro do homem com Deus”, afirmou Francisco.

Um encontro que não é marcado por clamorosos prodígios, mas é marcado pela fé e pela caridade. Maria, de fato, é bem-aventurada porque acreditou: o encontro com Deus é fruto da fé.

A força vem da fé

O marido de Isabel, Zacarias, ao invés, não acreditou e ficou surdo e mudo. Sem fé, acrescentou o Papa, fica-se inevitavelmente surdo à voz consoladora de Deus; e se é incapaz de pronunciar palavras de consolo e de esperança para os nossos irmãos.

“E nós o vemos todos os dias: as pessoas que não têm fé ou uma fé muito pequena, quando deve se aproximar de uma pessoa que sofre, diz palavras de circunstância, mas não consegue chegar ao coração porque não tem força. Não tem força porque não tem fé, e se não tem fé não saem palavras que chegam ao coração.”

A fé, por sua vez, alimenta-se na caridade. O evento do nascimento de Jesus começou assim, com um simples gesto de caridade, com Maria que se levanta para ir até Isabel, demonstrando nos fatos já ser discípula daquele Senhor que carrega no ventre.

Dinamismo da fé

“O Evangelho da visita de Maria a Isabel nos prepara para viver bem o Natal, comunicando-nos o dinamismo da fé e da caridade. Este dinamismo é obra do Espírito Santo: o Espírito de Amor que fecundou o ventre virginal de Maria e a levou ao serviço da parente idosa.”

Festa em família

Ao saudar os fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro para a oração do Ângelus, Francisco destacou a importância de se viver o Natal em família.

“O meu pensamento vai em especial às famílias, que nesses dias se reúnem: quem vive longe dos pais parte e volta para casa; os irmãos tentam se reencontrar... No Natal é belo e importante estar juntos em família”, disse o Pontífice, mencionando, porém, quem está impossibilitado de viajar e está longe de sua terra natal.

“Queridos irmãos e irmãs, o nosso Pai celeste não os esquece e não os abandona. Se vocês são cristãos, faço votos que encontrem na Igreja uma verdadeira família, onde experimentar o calor do amor fraterno.”

E a todos os que estão longe de casa, cristãos ou não cristãos, o Papa recordou: “As portas da comunidade cristã estão abertas, Jesus nasce para todos e doa a todos o amor de Deus”.

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Papa no Angelus: a paz é um direito de todos

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02 de janeiro de 2018

Maria que coloca-se entre seu Filho Jesus e os homens, na realidade das suas privações, indigências e sofrimentos, especialmente os mais fracos e em dificuldades, foi a tônica da reflexão do Papa Francisco no Angelus do primeiro dia do ano, Solenidade da Mãe de Deus e 51º Dia Mundial da Paz.

Ao dirigir-se aos milhares e fiéis e turistas presentes na Praça São Pedro, o Papa recordou que a Igreja coloca na “primeira página do ano novo que o Senhor nos concede”, “uma estupenda miniatura, a solenidade litúrgica de Maria Santíssima Mãe de Deus”.

Desta forma, convida a fixarmos nela o olhar, “para retomar sob sua materna proteção, a longa jornada ao longo dos caminhos do tempo”.

Francisco observa que o Evangelho do dia nos remete à Belém, com a chegada dos pastores à estrabaria, que falam a Maria e José sobre o anúncio que receberam dos anjos, de que o recém nascido é o Salvador. Todos ficaram maravilhados, mas “Maria conservava todas estas coisas em seu coração”.

Assim, “a Virgem nos faz entender como deve ser acolhido o evento do Natal: não superficialmente, mas no coração. Nos indica o verdadeiro modo de receber o dom de Deus: conservá-lo no coração e meditá-lo. É um convite dirigido a cada um de nós para rezar contemplando e saboreando este dom que é o próprio Jesus”.

Além de ser Mãe de Jesus, ela é também a sua “primeira discípula”, desta forma, “dilata” a sua maternidade.

Por meio dela, realiza-se o primeiro “sinal milagroso” em Caná, o que “contribui para suscitar a fé dos discípulos”.

“Com a mesma fé” – disse o papa -  ela está presente “aos pés da cruz e recebe como filho o apóstolo João” e “após a ressurreição, torna-se mãe orante da Igreja sobre a qual desce com poder o Espírito Santo no dia de Pentecostes”:

Como mãe, Maria desempenha uma função muito especial: coloca-se entre seu Filho Jesus e os homens na realidade das suas privações, na realidade de suas indigências e sofrimentos. Maria intercede, consciente de que enquanto mãe pode, aliás, deve apresentar ao Filho as necessidades dos homens, especialmente os mais fracos e em dificuldades

E é a estas pessoas – recorda o Pontífice - que é dedicado o tema do Dia Mundial da Paz hoje celebrado: “Migrantes e refugiados: homens e mulheres em busca de paz”.

Francisco reitera então seu desejo de fazer-se “voz destes nossos irmãos e irmãs que invocam para o seu futuro um horizonte de paz”, uma paz que é direito de todos, e “muitos deles – observa - estão dispostos a arriscar a vida em uma viagem que em grande parte dos casos é longa e perigosa, a enfrentar dificuldades e sofrimentos”:

Não apaguemos a esperança de seus corações; não sufoquemos as suas expectativas de paz! É importante que da parte de todos, instituições civis, realidades educacionais, assistenciais e eclesiais, exista o esforço de assegurar aos refugiados, aos migrantes, a todos, um futuro de paz”.

Que neste ano, pediu o Papa, possamos agir “com generosidade para realizar um mundo mais solidário e acolhedor”, convidando a todos a rezarem nesta intenção, ao mesmo tempo em que confia “a Maria, Mãe de Deus e Mãe nossa, o ano de 2018 recém iniciado”.

Francisco recordou que os antigos monges russos, místicos, diziam que em tempos de tribulação espiritual, era necessário colocar-se sob o manto da Santa Mãe de Deus. Pensando nas tantas tribulações de hoje, mas sobretudo aos migrantes e refugiados, rezemos como eles nos ensinaram a rezar”:

Sob sua proteção buscamos refúgio, Santa Mãe de Deus: não desprezai as nossas súplicas que passamos por provações, mas livrai-nos de todo perigo, ó Virgem gloriosa e bem-aventurada”.

Após rezar o Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro, o Papa Francisco, no “limiar de 2018”, dirigiu a todos seus  “cordiais votos de todo bem pelo novo ano”.

A seguir agradeceu e retribuiu as felicitações recebidas na noite do dia 31 do presidente da República italiana, Sergio Matarella, desejando ao povo italiano “um ano de serenidade e de paz, iluminado pela constante bênção de Deus”.

O Santo Padre então manifestou o seu apreço “pelas múltiplas iniciativas de oração e de ação pela paz, organizadas em todas as partes do mundo por ocasião do Dia Mundial da Paz”, recordando as diversas organizações e entidades envolvidas, com particular referência à Comunidade de Santo Egídio, responsável pela manifestação “Paz em toda a terra” realizada em Roma e em muitos países.

Ao renovar os votos de “um ano de paz na graça do Senhor e com a proteção materna de Maria, a Santa Mãe de Deus”, o Papa Francisco despediu-se pedindo aos presentes para não esquecerem de rezar por ele.

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Papa Francisco visita Ratzinger

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28 de dezembro de 2017

No ultimo dia 21 de dezembro, o Papa Francisco foi ao Mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano, para estar por 30 minutos com Bento XVI e desejar-lhe as felicitações natalícias. Esta visita se tornou uma tradição desde o ano de 2013, quando Bento XVI se transferiu para o mosteiro.

Alguns dias antes, em 18 de novembro, o Papa Francisco fez uma homenagem a Bento XVI por ocasião do prêmio Ratzinger, recordando que “a sua oração e a sua presença discreta e encorajadora nos acompanha no caminho comum”. “E a sua obra e o seu magistério – acentuou -  continuam a ser uma herança viva e preciosa para a Igreja e o nosso serviço.”

A visita a Bento XVI tem sido um “gesto de simplicidade da relação entre o Santo Padre – Francisco – e o Papa emérito”, como informado já em encontros precedentes pela comunicação interna do Vatican News,  principalmente nestas ocasiões importantes para o Cristianismo, como o Natal.

“Quando assistimos a estes encontros, vemos que existe entre os dois um grande afeto. A gentileza, o espirito de oração e a fraternidade é o que sempre conduzem estes momentos especiais”, prossegue a nota. Francisco ressaltou que “Joseph Ratzinger continua a ser um mestre e um interlocutor amigo para todos aqueles que exercitam o dom da razão para responder a vocação humana da busca da verdade”. 

 

Os últimos encontros entre Francisco e Bento XVI

O primeiro – histórico – foi o encontro em Castel Gandolfo, no dia 23 de março de 2013, quando Bento XVI e Francisco rezaram juntos por alguns momentos.

No dia 5 de julho de 2013, Bento XVI apareceu novamente ao lado de Francisco durante a inauguração de um monumento a São Miguel, nos Jardins Vaticanos.

Em 22 de fevereiro de 2014, durante o consistório para a criação de novos cardeais, a Basílica Vaticana teve pela primeira vez na história a presença de dois papas.

Ratzinger voltaria a encontrar o público – e Bergoglio – em 27 de abril de 2014, quando da canonização de São João Paulo II e São João XXIII, na Praça São Pedro.

Dois meses mais tarde, em 28 de setembro, a convite de Francisco, Bento XVI voltou à Praça São Pedro, onde participou do encontro com a terceira idade. O Papa emérito aparecera bem disposto, apesar de caminhar muito devagar e com a ajuda de uma bengala.

Sempre a convite do Papa Francisco, Bento XVI esteve novamente na Praça São Pedro em 19 de outubro de 2014, quando concelebrou o rito de beatificação do Papa Paulo VI.

Em 2015, Bento XVI voltou à Basílica de São Pedro, onde participou do consistório no qual Francisco criou 20 novos cardeais em 14 de fevereiro.

No final de 2015, Bento XVI passou a Porta Santa da Misericórdia da Basílica de São Pedro, aberta pelo P Francisco para o Jubileu, em 8 de dezembro.

Em 20 de novembro de 2016, Francisco foi até o Mosteiro Mater Ecclesia, onde foi recebido pelo Papa emérito junto com os novos cardeais criados no Consistório do mesmo dia.

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Vídeo-mensagem do Papa: "Participação dos leigos na política"

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02 de dezembro de 2017

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco enviou uma Vídeo-mensagem aos participantes do Encontro, que se realiza em Bogotá, a partir desta sexta-feira até o próximo domingo (01-03/11), que tem como tema: “Participação dos Leigos católicos na vida política”. Este encontro é promovido pela Comissão para a América Latina (CAL) e pelo Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM).

O Papa inicia sua Mensagem com uma citação dos seus Predecessores, que se referiam à política como uma “alta forma de caridade”, ou seja, um serviço inestimável de dedicação ao bem comum da sociedade.

De fato, frisa o Papa, “a política é, antes de tudo, serviço”, não de ambições e interesses pessoais ou de prepotência de facções nem de autocracia e totalitarismos. Sabemos - recordou – que “Jesus veio para servir e não para ser servido”. Seu exemplo deve ser seguido também pelos políticos.

Trata-se de um serviço, - explicou Francisco – que, às vezes, requer sacrifício e dedicação dos políticos, a ponto até de serem considerados “mártires” do bem comum.

O ponto de partida deste serviço, que requer constância, esforço e inteligência, - destacou o Papa – é o bem comum, visto como instrumento de crescimento, de direito e de aspirações das pessoas, das famílias e da sociedade em geral.

É claro que o serviço não deve se contrapor ao poder, mas o poder deve tender ao serviço, para não haver degeneração. Por isso, é preciso cultivar o verdadeiro senso interior da justiça, do amor e do serviço.

Por outro lado, disse o Pontífice, “sentimos a necessidade de reabilitar a dignidade da política”. Aqui, referindo-se à América Latina, o Papa recordou o grande descrédito popular em relação à política e aos partidos políticos, por causa da corrupção, como também a falta de formação e inclusão de novas gerações políticas, para prestar, com paixão, serviço aos povos.

Há necessidade – insistiu o Papa - de novas forças políticas, que brilhem pela sua ética e cultura; que façam uso do diálogo democrático; que conjuguem a justiça com a misericórdia e a reconciliação; que sejam solidárias com os sofrimentos e esperanças dos povos latino-americanos.

Neste sentido, Francisco exclamou: “Quanto precisamos, hoje, na América Latina, de uma política boa e nobre! Quanto precisamos de protagonistas!” E continuou: “O Continente latino-americano precisa de defesa do dom da vida, em todas as suas fases e manifestações; precisa de crescimento industrial e tecnologia sustentável; precisa de políticas corajosas para enfrentar o desafio da pobreza, da desigualdade, da exclusão e do subdesenvolvimento”.

Entre outras coisas, o Papa citou ainda a falta de uma educação integral e o restabelecimento do tecido familiar e social; de uma nova cultura do encontro e de uma democracia madura, que possa combater a corrupção, as colonizações ideológicas; de maior cuidado com a nossa Casa comum; de uma maior integração econômica, cultural e política; e de respeito dos direitos humanos, da paz e da justiça.

Em sintonia com o tema central destes três dias de encontro em Bogotá, Francisco citou o trecho conclusivo do Documento de Aparecida, sobre uma das grandes preocupações do Episcopado Latino-americano: “A grande ausência, no âmbito político, de vozes e iniciativas de líderes católicos, de personalidade forte e de dedicação generosa, que sejam coerentes com suas convicções éticas e religiosas”.

Na verdade, os Bispos do Continente latino-americano quiseram inserir esta observação referindo-se a uma maior necessidade de “discípulos e missionários na vida política”. Não há dúvida, - acrescentou o Santo Padre - que são muitos os testemunhos de católicos exemplares na cena política, mas deve-se, ainda mais, abrir alas para o Evangelho na vida política das nações.

Isto, porém, não quer dizer proselitismo, - esclareceu o Papa -. Ao contrário, a contribuição cristã para a ação política é dada com a missão peculiar dos leigos católicos, no âmbito social, segundo os critérios evangélicos e o patrimônio da Doutrina Social da Igreja.

A este respeito, o Papa Francisco havia escolhido, para a precedente Assembleia Plenária da CAL, precisamente o tema: “O indispensável compromisso dos leigos católicos na vida pública dos países latino-americanos”.

O Santo Padre concluiu sua vídeo-mensagem exortando aos leigos católicos a não permanecerem indiferentes na vida pública. Neste sentido, a Igreja caminha ao seu lado, com suas diretrizes em prol da dignidade humana, animando e promovendo a caridade e a fraternidade, o desejo do bem, da verdade e da justiça.

Por fim, referindo-se, de modo particular, aos participantes neste encontro de Bogotá, Francisco os adverte a um diálogo sincero e a falar com liberdade. Deste diálogo comum poderão nascer elementos iluminantes e orientadores para a missão da Igreja em nossos dias. (MT)

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Dia Mundial da Paz: “Migrantes e refugiados em busca da Paz”

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25 de novembro de 2017

Cidade do Vaticano (RV) – Foi publicada, na manhã desta sexta-feira (24/11), no Vaticano, a Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz, que será celebrado no dia 1° de janeiro, que tem como tema: “Migrantes e refugiados: homens e mulheres em busca de Paz”.

O Santo Padre inicia sua Mensagem desejando a todos “Paz”, aquela que os anjos anunciaram aos pastores na noite de Natal. A paz é uma aspiração profunda de todas as pessoas e de todos os povos, sobretudo daqueles que mais precisam, como os migrantes e os refugiados.

De fato, recorda, na sua mente e no seu coração os mais de 250 milhões de migrantes no mundo, dos quais 22 milhões e meio são refugiados. Estes últimos ”são homens e mulheres, crianças, jovens e idosos, que procuram um lugar onde viver em paz!. E, para encontrá-lo, estão dispostos a arriscar a própria vida em viagens longas e perigosas e a passar por sofrimentos incríveis.

“Com espírito de misericórdia, diz Francisco, abraçamos todos os que fogem da guerra e da fome ou se veem constrangidos a deixar a própria terra por causa das discriminações, perseguições, pobreza e degradação ambiental. Mas, não basta abrir os nossos corações ao sofrimento dos outros. Acolher o outro requer um compromisso concreto, uma corrente de apoio e de beneficência, uma atenção vigilante e abrangente.

Praticando a virtude da prudência, salientou o Papa, os governantes saberão acolher, promover, proteger e integrar os migrantes, mediante medidas práticas, favorecendo uma maior integração. Os governantes devem assegurar-lhes justos direitos e desenvolvimento harmônico.

E o Santo Padre pergunta: Por que há tantos refugiados e migrantes? Como resposta, cita São João Paulo II, que, em sua Mensagem para o Dia da Paz no ano 2000, colocando como principal aumento de refugiados no mundo “os efeitos de uma sequência infinita de guerras, conflitos, genocídios, “limpezas étnicas”, que caracterizaram o século XX. Mas, até agora, infelizmente, nada mudou.

No entanto, Francisco citou outras razões que causam um contínuo aumento do número de migrantes: o desejo de uma vida melhor; a reunião da própria família; encontrar oportunidades de trabalho ou de instrução. Mas, citando também a sua Encíclica Laudato si’, explica que o trágico aumento de migrantes é causado pela fuga da miséria, agravada pela degradação ambiental.

A maioria migra seguindo um percurso legal, mas há quem toma outros caminhos, por causa do desespero, da falta de acolhida nos países, para os quais representam riscos, peso, desprezo da sua dignidade. Quem age assim, às vezes por causas políticas, ao invés de construir a paz, semeia violência, discriminação racial e xenofobia.

Por isso, exortou Francisco, convido todos a encarar as migrações com confiança, como oportunidade para construir um futuro de paz, com base na fraternidade, na solidariedade e na partilha.

Oferecer aos refugiados, migrantes e vítimas de tráfico humano a possibilidade de viver em paz, afirma o Papa, exige uma estratégia que contemple quatro ações: acolher, proteger, promover e integrar.

O Santo Padre conclui sua Mensagem para o Dia Mundial da Paz desejando que seja este espírito a animar o processo que, no decurso de 2018, levará à definição e aprovação, por parte das Nações Unidas, de dois pactos globais: um, para migrações seguras, ordenadas e regulares; outro, concernente aos refugiados.

Estes pactos representarão um ponto de partida para propostas políticas e medidas práticas. Por isso, é importante que sejam inspirados por sentimentos de compaixão, coragem e diálogo, para que se possa construir uma paz duradoura. (MT)

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Vídeo do Papa ao povo birmanês: reconciliação, perdão e paz

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18 de novembro de 2017

Cidade do Vaticano (RV) - Foi divulgada, nesta sexta-feira (17/11), a mensagem de vídeo do Papa Francisco para a Viagem Apostólica a Mianmar, programada de 27 a 30 deste mês. O Pontífice partirá do aeroporto internacional de Roma-Fiumicino, no domingo, 26, e chegará ao aeroporto internacional de Yangun, na segunda-feira, 27.

Na vídeo-mensagem, o Santo Padre envia uma palavra de saudação e amizade ao povo birmanês e diz que não vê a hora de conhecê-lo.

“Venho proclamar o Evangelho de Jesus Cristo, uma mensagem de reconciliação, perdão e paz. A minha visita quer confirmar a comunidade católica de Mianmar em sua fé em Deus e no seu testemunho do Evangelho, que ensina a dignidade de todo homem e mulher, e exige abrir os nossos corações aos outros, especialmente aos pobres e necessitados.”

“Ao mesmo tempo, desejo visitar a nação com espírito de respeito e encorajamento por todo esforço a fim de construir harmonia e colaboração no serviço ao bem comum. Nós vivemos num tempo em que os fiéis e os homens de boa vontade sentem cada vez mais a necessidade de crescer na compreensão recíproca e no respeito, e de apoiar-se mutuamente como membros da única família humana. Porque todos somos filhos de Deus.

“Sei que muitos em Mianmar trabalham bastante na preparação da minha visita, e lhes agradeço. Peço a cada um para rezar a fim de que os dias em que estarei com vocês, possam ser fonte de esperança e incentivo para todos.”

No final da mensagem de vídeo, o Papa invoca sobre os birmaneses as bênçãos divinas de alegria e paz.

(MJ)

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Dia Mundial dos Pobres contará com programação especial na Arquidiocese

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17 de novembro de 2017

Em sintonia com os apelos do Papa Francisco, o Vicariato Episcopal para a Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo celebra no sábado, 18, e no domingo, 19, o Dia Mundial dos Pobres, que terá como tema “Não amemos com palavras, mas com obras”.

“Nesta primeira jornada do Dia Mundial dos Pobres, instituída pelo Papa Francisco, nós esperamos vivamente que a Igreja dê uma resposta e faça o que o Papa disse: Que hajam gestos concretos.” Afirmou o Padre Julio Lancelotti, Vigário Episcopal para a Pastoral do Povo da Rua, em entrevista à rádio 9 de Julho.

Dom Luiz Carlos Dias: O Dia Mundial dos Pobres e a república brasileira

O Dia Mundial dos Pobres foi instituído pelo Papa Francisco, na conclusão do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, em 2016.

A Pastoral do povo Rua da Arquidiocese, com vários grupos e movimentos da Igreja, realizará uma programação especial para celebrar a data, com 18 horas de adoração ininterrupta. Confira a programação completa:

Dia 18/11 - Sábado

14h - Início pastoral com os irmãos (corte de cabelo e barba, louvor e adoração)

Início da adoração Eucarística

17h - Terço (procissão com imagem Nossa Senhora Aparecida)

22h - Santa Missa (Padre Julio Lancelotti)

Dia 19/11 – Domingo

06h - Laudes

8h - Café da manhã com os irmãos

9h – Encerramento da adoração Eucarística

11h – Santa Missa na Catedral da Sé

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