Bangladesh. Visita do Papa: esperança de maior segurança para minorias

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11 de novembro de 2017

Cidade do Vaticano (RV) - “Nossa esperança de cristãos em Bangladesh é que a visita do Santo Padre possa traduzir-se numa maior segurança para as minorias religiosas.” Foi o que declarou à fundação de direito pontifício “Ajuda à Igreja que Sofre” o missionário do Pontifício Instituto Missões Exteriores (Pime), Pe. Gabriel Costa, originário da Arquidiocese de Daca.

População bengalesa alegra-se com visita do Papa

O religioso contou que toda a população bengalesa, incluindo muçulmanos, tem a alegria de receber a visita do Papa Francisco, programada para os dias 1º e 2 de dezembro. A comunidade cristã, que representa somente 0,3% dos 160 milhões de bengaleses, aguarda o Pontífice com ansiedade e espera que Francisco possa convidar as autoridades locais a tutelar mais as minorias religiosas.

Fanatismo islâmico não faz parte da cultura bengalesa

“Após o atentado de Daca em julho de 2016, vivemos um período de medo e incerteza e fazemos votos de que o Papa possa ajudar-nos nesse sentido”, disse o sacerdote. Pe. Costa destacou que Bangladesh mudou muito nos últimos anos, em particular devido a difusão de um fanatismo islâmico que, absolutamente, não faz parte da cultura bengalesa.

Também muçulmanos não radicais são vítimas do fanatismo

“As minorias religiosas são as principais vítimas deste fanatismo, mas também os muçulmanos não radicais são atingidos”, ressaltou o missionário observando que, todavia, o partido no poder está buscando frear o extremismo e está se esforçando para tornar o país do centro-sul da Ásia mais democrático.

Ao mesmo tempo, registraram-se também mudanças positivas, como, por exemplo, o crescimento da população católica. Em relação à Igreja visitada por João Paulo II em 1986, que na época contava 4 dioceses, o Papa Francisco encontrará uma Igreja que hoje conta 8 dioceses e um número maior de batizados e de sacerdotes.

“Registram-se também conversões de muçulmanos ao cristianismo, embora se trate de um processo deveras longo. De fato, a Igreja deve ser muito prudente nestes casos porque embora as conversões ao Islã não sejam proibidas pela lei, a nível social são comumente hostilizadas”, ressaltou.

Fé da Igreja asiática pode ser exemplo para cristãos ocidentais

Apesar das dificuldades, a Igreja em Bangladesh conserva uma fé bem sólida que Pe. Costa considera possa servir de exemplo para os cristãos ocidentais, “os quais por vezes têm medo ou vergonha de mostrar sua identidade religiosa. Os cristãos bengaleses, ao invés, vivem abertamente sua fé e mostram-na com orgulho”. (RL)

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Papa Francisco: edificar, custodiar e purificar a Igreja

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09 de novembro de 2017

idade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco celebrou na manhã desta quinta-feira a missa na capela da Casa Santa Marta. O Pontífice dedicou sua homilia ao aniversário de Consagração da Basílica de São João de Latrão, que a liturgia celebra neste dia 9 de novembro.

Inspirando-se nas leituras, o Papa falou de três palavras: edificar, custodiar e purificar a Igreja. Antes de tudo, “edificar a Igreja”. O seu fundamento, recordou Francisco, é Jesus Cristo:

Ele é a pedra angular neste edifício. Sem Jesus Cristo, a Igreja não existe. Por quê? Porque não há fundamento. E se construímos uma igreja – pensemos numa igreja material – sem fundamento, o que acontece? Cai. Cai inteira. Se não há Jesus Cristo vivo na Igreja, ela cai.

E nós, o que somos?, perguntou ainda o papa. “Somos pedras vivas”, não iguais, cada uma diferente, porque “esta é a riqueza da Igreja. Cada um de nós constrói segundo o dom que Deus deu. Não podemos pensar numa Igreja uniforme: isso não é Igreja”. Portanto, “custodiar a Igreja”, consciente do Espírito de Deus que habita em nós:

Quantos cristãos hoje sabem quem é Jesus Cristo, sabem quem é o Pai – porque rezam o Pai Nosso? Mas quando você fala do Espírito Santo... “Sim, sim... ah, é a pomba, a pomba” e para ali. Mas o Espírito Santo é a vida da Igreja, é a sua vida, é a minha vida.... Nós somos templo do Espírito Santo e devemos custodiar o Espírito Santo, a tal ponto que Paulo aconselha os cristãos “a não entristecê-lo”, isto é, não ter uma conduta contrária à harmonia que o Espírito Santo faz dentro de nós e na Igreja. Ele é a harmonia, ele faz a harmonia deste edifício.

Por fim, “purificar a Igreja”, a partir de nós mesmos:

E nós somos todos pecadores: todos. Todos. Se alguém de vocês não for, levante a mão, porque seria uma bela curiosidade. Todos somos pecadores. E por isso devemos purificar-nos continuamente. E purificar também a comunidade: a comunidade diocesana, a comunidade cristã, a comunidade universal da Igreja. Para fazê-la crescer. 

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Papa: civilizar o mercado na perspectiva de uma ética amiga do ser humano

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21 de outubro de 2017

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta sexta-feira (20/10), na Sala Clementina, no Vaticano, os membros da Pontifícia Academia das Ciências Sociais que participam de um encontro promovido pelo organismo.

Instituída por São João Paulo II, com o objetivo de promover o estudo e o progresso das ciências sociais, econômicas, políticas e jurídicas, e oferecer à Igreja elementos a serem usados no estudo e no desenvolvimento da doutrina social, a Academia tem também a tarefa de refletir sobre a aplicação dessa doutrina na sociedade atual.

“O aumento endêmico e sistémico das desigualdades e da exploração do Planeta, e o trabalho que não dignifica a pessoa humana são as duas causas específicas que alimentam a exclusão e as periferias existenciais”, frisou o Papa em seu discurso.

“A desigualdade e a exploração não são uma fatalidade e nem uma constante histórica. Não são uma fatalidade porque dependem, além dos vários comportamentos individuais, das regras econômicas que uma sociedade se dá. O lucro prevalece como finalidade e a democracia se torna uma plutocracia na qual aumentam as desigualdades e também a exploração do Planeta.” 

Em relação à segunda causa de exclusão social, o Papa chamou a atenção para que no mundo do trabalho existam “pessoas abertas, empreendedoras, capazes de relações fraternas”, evidenciando uma necessidade fundamental: 

“É preciso desvincular-se das pressões de lobistas públicos e privados que defendem interesses setoriais. Também é necessário superar as formas de preguiça espiritual. A ação política deve ser colocada a serviço da pessoa humana, do bem comum e do respeito pela natureza.”

“Valores fundamentais como a democracia, a justiça, a liberdade, a família e a criação” não podem ser sacrificadas no “altar da eficiência”. “Devemos mirar a "civilização do mercado", na perspectiva de uma ética amiga do ser humano e do seu ambiente.”

Segundo o Papa,  é preciso repensar a figura e o papel do Estado-nação no novo contexto da globalização:

“O Estado não pode conceber-se como único e exclusivo detentor do bem comum, não permitindo a corpos intermediários da sociedade civil de expressarem plenamente seu pleno potencial. Esta seria uma violação do princípio de subsidiariedade que, junto ao da solidariedade, forma uma coluna da doutrina social da Igreja. O desafio aqui é o de como vincular os direitos individuais ao bem comum”.

Enfim, o Papa citou as palavras do escritor francês Charles Péguy a propósito do papel específico da sociedade civil e da virtude da esperança: “Como uma irmã pequena está no meio das outras duas virtudes, fé e caridade, segurando-as pela mão e puxando-as para frente. Parece-me ser esta a posição da sociedade civil: puxar o Estado e o mercado para frente a fim de que repensem sua razão de ser e seu modo de agir.”

(MJ)

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Papa: esporte, linguagem universal que ajuda a superar as diferenças

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14 de outubro de 2017

Cidade do Vaticano (RV) – “Vocês são símbolo de um esporte que abre os olhos e o coração ao valor e à dignidade de indivíduos e de pessoas que de outra forma seriam objeto de preconceito e de exclusão”.

Foi o que disse o Papa  aos cerca de 350 participantes do Torneio “Unified Footbal” e do fórum promovido pela “Special Olympics”, recebidos no final da manhã desta sexta-feira (13/10) na Sala Clementina, no Vaticano.

“Vocês terão nestes dias – disse Francisco – a oportunidade de reafirmar a importância do esporte “unificado”, pelo qual os atletas com e sem incapacidade intelectual, jogam juntos”.

Isto “alimenta a esperança de um futuro positivo e fecundo do esporte”, pois faz com que este se torne “uma verdadeira ocasião de inclusão e envolvimento”.

Neste sentido, “não se cansem de mostrar ao mundo do esporte o vosso esforço compartilhado para construir sociedades mais fraternas, em que as pessoas possam crescer e desenvolver-se e realizar em plenitude as próprias capacidades”.

O esporte – reiterou o Pontífice – “é uma das linguagens universais que supera as diferenças culturais, sociais, religiosas e físicas, e consegue unir as pessoas, tornando-as partícipes do mesmo jogo e protagonistas, juntas, de vitórias e derrotas”.

A Igreja sempre encoraja e apoia estas iniciativas - assegura o Papa - recordando que “o esporte sempre tem grandes histórias para contar sobre pessoas que, graças a ele, saíram da condição de marginalidade e pobreza, das feridas e dos infortúnios. Estas histórias nos mostram como a determinação e o caráter de alguns pode ser motivo de inspiração e de encorajamento para tantas pessoas, em todos os aspectos de suas vidas”.

Ao concluir, o Santo Padre fez votos de que junto ao divertimento destes dias, os participantes do torneio cultivem “a amizade e a solidariedade” e não se esqueçam de rezar por ele. Por fim, concedeu a todos a Bênção do Senhor. (JE)

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Papa: N. Senhora Aparecida, sinal que impulsiona a unidade na solidariedade e justiça

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12 de outubro de 2017

Cidade do Vaticano (RV) – Ao saudar os peregrinos de língua portuguesa presentes na Praça São Pedro, o Papa Francisco recordou os 300 anos de Nossa Senhora Aparecida. O Papa interrompeu sua saudação para ouvir o cântico e a saudação dos brasileiros presentes em grande número na Audiência Geral desta quarta-feira:

“Saúdo todos os peregrinos do Brasil e de outros países de língua portuguesa, particularmente os diversos grupos de sacerdotes, religiosos e fiéis brasileiros residentes em Roma, que vieram a esta Audiência para dividir a alegria pelo jubileu dos 300 anos de Nossa Senhora Aparecida, cuja festa se celebra amanhã. A história dos pescadores que encontraram no Rio Paraíba do Sul o corpo e depois a cabeça da imagem de Nossa Senhora, e que foram em seguida unidos, nos lembra que neste momento difícil do Brasil, a Virgem Maria é um sinal que impulsiona para a unidade construída na solidariedade e na justiça. Que Deus lhes abençoe”.

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Papa a novos bispos: crescer no discernimento encarnado e inclusivo

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16 de setembro de 2017

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu na Sala Clementina, no Vaticano, nesta quinta-feira (14/09), os novos bispos ordenados nos últimos doze meses. 

Os prelados participaram do curso de formação para os novos bispos, promovido pela Congregação para os Bispos. Do Brasil, participaram vinte prelados.

O Papa manifestou a alegria de conhecer pessoalmente e aprofundar com os novos bispos da Igreja, a graça e a responsabilidade do ministério que receberam. 

Discernimento espiritual e pastoral

O discurso do Pontífice se deteve no discernimento espiritual e pastoral, necessário para que o povo chegue ao conhecimento e realização da vontade de Deus. O Espírito Santo é o protagonista de todo discernimento autêntico. 

“Não muito tempo atrás, a Igreja invocou sobre vocês o “Spiritus Principalis” o “Pneuma hegemonikon”, a força que o Pai doou ao Filho e que Ele transmitiu aos santos apóstolos, ou seja, o Espírito que sustenta e guia. 

“Somente quem é guiado por Deus tem título e credibilidade para ser proposto como guia dos outros. Pode ensinar e fazer crescer no discernimento somente quem tem familiaridade com esse mestre interior que, como uma bússola, oferece os critérios para distinguir, para si e para os outros, os tempos de Deus e sua graça; para reconhecer a sua passagem e o caminho de sua salvação; para indicar os meios concretos, agradáveis a Deus, a fim de realizar o bem que Ele predispõe em seu plano misterioso de amor para cada um e para todos. Essa sabedoria é a sabedoria prática da Cruz, que mesmo incluindo a razão e a sua prudência, as ultrapassa, porque conduz à fonte de vida que não morre, ou seja, conhecer o Pai, o único Deus verdadeiro, e aquele que Ele enviou, Jesus Cristo.”

Discernimento e oração

Segundo o Papa, “um bispo não pode dar como certo a posse de um dom tão elevado e transcendente, como se fosse um direito adquirido, sem cair num ministério infecundo. É preciso implorá-lo continuamente como primeira condição para iluminar toda sabedoria humana, existencial, psicológica, sociológica e moral que pode nos servir na tarefa de discernir os caminhos de Deus para a salvação daqueles que nos foram confiados”. 
 
“O discernimento nasce do coração e na mente do bispo através de sua oração, quando coloca em contato as pessoas e as situações confiadas a ele com a Palavra divina proferida pelo Espírito. É nessa intimidade que o Pastor amadurece a liberdade interior que o torna firme em suas escolhas e em seus comportamentos, pessoais e eclesiais. Somente no silêncio da oração é possível aprender a voz de Deus, encontrar os traços de sua linguagem e ter acesso à sua verdade”. 

Discernimento e escuta

“O discernimento é um dom do Espírito à Igreja ao qual se responde com a escuta”, disse ainda o Papa. “O Bispo é chamado a viver o próprio discernimento de Pastor como membro do Povo de Deus, numa dinâmica sempre eclesial, a serviço da koinonìa (comunhão). O bispo não é um pai patrão autossuficiente e nem um pastor solitário amedrontado e isolado.”

“O discernimento do Bispo é sempre uma ação comunitária que não prescinde da riqueza do parecer de seus presbíteros e diáconos, do parecer do Povo de Deus e de todos aqueles que podem oferecer-lhe uma contribuição útil.”

“No diálogo sereno, ele não tem medo de partilhar, e às vezes modificar, o próprio discernimento com os outros: com os confrades no episcopado, com os próprios sacerdotes, e com os fiéis”, disse o Papa.

Francisco convidou os bispos “a cultivarem o comportamento de escuta, crescendo na liberdade de renunciar ao próprio ponto de vista para assumir o ponto de vista de Deus”. 

Discernimento, humildade e obediência

“A missão que os espera não é a de trazer ideias e projetos próprios, nem soluções abstratamente criadas por quem considera a Igreja um quintal de sua casa, mas humildemente, sem protagonismos ou narcisismos, oferecer o seu testemunho concreto de união com Deus, servindo o Evangelho que deve ser cultivado e ajudado a crescer naquela situação específica.” 

“Discernir significa, portanto, humildade e obediência. Humildade em relação aos próprios projetos. Obediência em relação ao Evangelho, ao Magistério, às normas da Igreja universal e à situação concreta das pessoas.”

Para Francisco, “o discernimento é um remédio contra a imobilidade do ‘sempre foi feito assim’ ou do ‘levar tempo’. É um processo criativo que não se limita a aplicar esquemas. É um antídoto contra a rigidez, pois as mesmas soluções não são válidas em todos os lugares”.

O Papa convidou os bispos a terem uma delicadeza especial com a cultura e a religiosidade do povo, cuidar e dialogar com o povo. 

Crescer no discernimento

“Devemos nos esforçar para crescer num discernimento encarnado e inclusivo, que dialogue com a consciência dos fiéis que deve ser formada e não substituída, num processo de acompanhamento paciente e corajoso, para que possa amadurecer a capacidade de cada um, fiéis, famílias, presbíteros, comunidades e sociedade, chamados a progredir na liberdade de escolher e realizar o bem que Deus quer. A atividade de discernir não é reservada aos sábios, aos perspicazes e aos perfeitos. Ao contrário, Deus muitas vezes resiste aos soberbos e se mostra aos humildes."

“O Pastor sabe que Deus é o caminho e confia em sua companhia. Por isso, o discernimento autêntico é um processo sempre aberto e necessário que pode ser completado e enriquecido.” 

“Uma condição essencial para progredir no discernimento é educar-se à paciência de Deus e aos seus tempos que não são os nossos. Cabe a nós acolher todos os dias de Deus a esperança que nos preserva de toda abstração, pois nos permite descobrir a graça escondida no presente sem perder de vista a longanimidade de seu desígnio de amor que vai além de nós”, concluiu o Papa. 

(MJ)

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Virgem de Czestochova: A Polônia tem um coração materno

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02 de setembro de 2017

O Santo Padre enviou uma mensagem no sábado, 26, na memória de Nossa Senhora de Czestochova, pelos 300 anos da coroação da imagem milagrosa de Jasna Gora, em 8 de setembro de 1717.

Em sua mensagem aos peregrinos, o Papa os cumprimenta e os abençoa na longa peregrinação ao Santuário de Jasna Gora, para venerar o quadro de Nossa Senhora da Virgem Negra, Padroeira da Polônia. E afirmou: “Se Czestochova está no coração da Polônia, significa que a Polônia tem um coração materno; significa que toda palpitação da vida acontece com a Mãe de Deus. A ela, os peregrinos costumam confiar tudo: o passado, o presente, o futuro, as alegrias 
e as aflições da vida pessoal e nacional”.

O Santo Padre recorda que ele também teve a graça de ir em peregrinação ao Santuário mariano de Czestochova ano passado, por ocasião dos 1.050 anos do Batismo da Polônia. Referindo-se ao jubileu da coroação da imagem mariana, disse: “Há 300 anos, o Papa concedeu que a imagem da Virgem de Jasna Gora fosse coroada como Rainha da Polônia. Ela é uma Mãe verdadeira, que traz o rosto marcado pelos sofrimentos”.

Francisco conclui sua Mensagem recordando que Nossa Senhora, Mãe e Rainha, acompanha a todos com a sua materna proteção. (com informações da rádio Vaticano)

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‘Também conosco Jesus quer continuar a construir sua Igreja’

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01 de setembro de 2017

Na alocução que precedeu a oração do Ângelus, no domingo, 27, inspirando-se no Evangelho do dia, que “traz uma passagem-chave no caminho de Jesus com os seus discípulos”, o Papa falou da averiguação que Jesus faz com seus discípulos sobre quem Ele é para eles -  seus seguidores mais próximos - esperando uma resposta diferente da manifestada pela opinião pública.

E a resposta vem de Pedro, que o professa como ‘o Messias, o Filho do Deus vivo’: “Simão Pedro encontra em seus lábios palavras que são maiores do que ele, palavras que não vêm de suas capacidades naturais, mas são inspiradas pelo Pai celeste, que revela ao primeiro dos Doze a verdadeira identidade de Jesus”.

Assim, o Mestre descobre que “graças à fé dada pelo Pai, existe um fundamento sólido sobre o qual se pode construir a sua Igreja. Por isso, diz a Simão: ‘Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja’. Também conosco, hoje, Jesus quer continuar a construir a sua Igreja, esta casa com alicerces sólidos, mas onde não faltam rachaduras, e que tem contínua necessidade de ser reparada. Sempre! A Igreja sempre tem necessidade de ser reformada”.

Por fim, o pedido a Maria, nossa Mãe, para que “nos sustente e nos acompanhe com a sua intercessão, para que realizemos plenamente a unidade e a comunhão pela qual Cristo e os Apóstolos rezaram e deram a vida”.
 

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Papa a parlamentares: ‘Ninguém deve ser descartado, em nenhuma fase da vida’

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01 de setembro de 2017

O Papa Francisco recebeu, no domingo, 27, os participantes do encontro da Rede Mundial de Legisladores Católicos (foto), após a oração do Ângelus na Praça de São Pedro.

Francisco alegrou-se em saber do aumento do número de participantes no encontro, de forma especial do continente africano, o que faz crescer, assim, a “representação de uma ampla gama de experiências políticas e legislativas, evidenciando ainda mais claramente uma realidade humana coletiva que reflete a universalidade da Igreja”.

Tratando sobre o tema escolhido para o encontro, o Pontífice disse: “Este ano, vocês colocaram a atenção na visão cristã da pessoa humana. Encorajo-vos, uma vez retornados às vossas respectivas nações, a fazerem referência aos frutos de vossa reflexão sobre como a fé católica leva a uma justa compreensão da pessoa”. E acrescentou: “Mesmo que a contribuição da Igreja às grandes questões da sociedade de nosso tempo possa ser muitas vezes colocada em discussão, é vital que o vosso empenho seja permeado continuamente pelos seus ensinamentos morais e sociais, para construir uma sociedade mais humana e justa”.

Francisco exortou aos parlamenta
res dizendo que “as leis que vocês promulgam e aplicam deveriam construir pontes de diálogo entre as diversas perspectivas políticas, para promover um maior cuidado pelos indefesos e marginalizados, especialmente os muitos que são obrigados a deixar a sua pátria. Em meio aos sofrimentos dos povos, vos exorto a olhar para Cristo, cujo amor vos inspirará a fazer com que o Espírito, por meio de uma troca 
de dons, possa nos conduzir sempre mais à verdade e ao bem”.

Antes de conceder a sua bênção, o Papa recomendou aos parlamentares que levem em seus trabalhos profissionais “a Boa Nova de Jesus de que ninguém é insignificante, ninguém deve ser descartado, em nenhuma fase da vida”, confiando, por fim, as populações por eles servidas à proteção de Nossa Senhora, Mãe da Igreja.

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Iniciativa "O Papa pela Ucrânia" já financiou 80 projetos

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12 de agosto de 2017

Cerca de 80 projetos, grandes e pequenos, foram realizados no último ano  grças à iniciativa “O Papa pela Ucrânia”, a coleta de fundos feita nas igrejas de toda a Europa após a coleta extraordinária para o país do leste europeu lançada pelo Pontífice em 3 de abril de 2016 e realizada no domingo, 26 do mesmo mês.

No site popeforukraine.com encontra-se uma informação detalhada continuamente atualizada sobre os programas aprovados e colocados em execução: do campo de verão para um grupo de 86 crianças provenientes de áreas sensíveis de Donbass, que puderam passar férias em Savudrija, na Croácia, assistidas pela Caritas ucraniana; à cobertura dada à associação Emmanuel para projetos de ajuda às populações vítimas do conflito nos territórios da parte leste.

Também nesse caso, em primeiro lugar, “o dinheiro é destinado a organizar os campos de férias chamados “territórios de paz” nas próprias áreas atingidas disponibilizados para duas mil crianças” e, em segundo lugar, à distribuição de caldeiras para 1410 famílias nos vilarejos de Krasnogorivka e Maryinka, explica a coordenadora Galina Kucher – reporta o jornal vaticano L’Osservatore Romano.

Em Maryinka serão instaladas também duas caldeiras móveis e duas creches, que podem acolher 600 crianças cada uma, a fim de permitir-lhes poder voltar para casa. Por fim, será modernizado um hospital de Kramatorsk e uma pequena cota servirá para construir um poço no vilarejo Bakmukta.

Desde sua criação, o comitê presidido pelo bispo auxiliar de Kharkiv-Zaporizhia, Dom Jan Sobilo, monitorou as situações presentes na Ucrânia e destinou os fundos arrecadados às pessoas mais vulneráveis.

Foram delineados os critérios de seleção e aprovados os procedimentos de realização e de revisão, tendo como parceria organizações ucranianas e internacionais, fundações caritativas e comunidades paroquiais que implementaram programas de assistência, sobretudo em favor dos deslocados nas zonas de Donetsk, Luhansk, Zaporizhzia, Dnipro e Kharkiv.

Por fim, a Secretaria de Estado encarregou o núncio apostólico em Kiev, Arcebispo Claudio Gugerotti, de manifestar grande apreço e profundo reconhecimento ao comitê “O Papa pela Ucrânia” e, em particular, a seu presidente, pela dedicação, generosidade e eficácia da atividade realizada.

Por disposição da Santa Sé, a partir de 31 de agosto todo esse trabalho será substituído por uma secretaria técnica, à qual se deseja bom trabalho desde já agradecendo pela disponibilidade manifestada. (RL/L’Osservatore Romano)

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