‘Deus é o único absoluto em nossa vida’

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03 de abril de 2020

Reconhecer Jesus como filho de Deus e dar testemunho dele para que todos nele creiam e tenham a vida eterna. Assim, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo sintetizou o sentido o Evangelho, na homilia da missa desta sexta-feira, 3, celebrada na capela de sua residência e transmitida pelos meios de comunicação.

FILHO DE DEUS

O Evangelho do dia (Jo 10,31-42) continua a narrativa da discussão de Jesus com as autoridades do Templo acerca de quem ele era e, mais uma vez, desejaram matá-lo. “Fica muito claro como, de fato, o motivo que leva a condenação de Jesus a morte é a afirmação de que ele é o filho de Deus”, ressaltou Dom Odilo, na homilia.

O Cardeal explicou, ainda, que no final do trecho bíblico, está a chave para compreensão do texto: “Jesus passou para o outro lado do Jordão... E muitos, ali, acreditaram nele”.

“O objetivo do Evangelho é mostrar quem é Jesus, dar testemunho dele, para que nele todos creiam e tenham a vida eterna”, enfatizou o Arcebispo, acrescentando que o grande objetivo do caminho quaresmal é a volta sincera para Deus, para que a vida seja orientada para ele.

PENITÊNCIA E CONVERSÃO

Recordando que esta é a última sexta-feira da Quaresma, Dom Odilo reforçou o sentido da penitência e do jejum. “Quando nos abstemos de coisas que poderiam ser boas, caímos na conta que tudo isso é indispensável, só Deus basta, é o único absoluto que não podemos deixar de lado na nossa vida”, afirmou.

O Cardeal recordou que a penitência leva ao arrependimento dos pecados e ao sacramento da Reconciliação. Contudo, reconheceu que a situação atual de isolamento social impede que muitas pessoas possam se confessar sacramentalmente.

Nesse sentido, Dom Odilo explicou quem, nessas circunstâncias, a Igreja orienta o fiel a fazer o seu exame de consciência diante de Deus, reconhecer o próprio pecado e pedir perdão a Deus com sinceridade, fazendo uma penitência como forma de agradecimento pelo perdão recebido.

EM FAMÍLIA

No fim da missa, o Arcebispo renovou o convite aos fiéis para estarem unidos em oração, acompanhando as celebrações transmitidas por suas paróquias e comunidades, especialmente as da Semana Santa. Ele recomendou, ainda, para que as pessoas aproveitem o tempo em casa para rezar mais, sobretudo em família, ler a Palavra de Deus, conviver, conversar, brincar e contar historia para as crianças.

“Enquanto isso, mantenhamos a prevenção, aquelas medidas sanitárias já conhecidas, devemos observar muito seriamente e assim estaremos cuidando na nossa vida e da vida dos outros”.

As missas presididas por Dom Odilo são transmitidas diariamente, às 7h, pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

(Colaboraram: Edilma Oliveira e Fred Oliveira)

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ASSISTA AO VÍDEO DA MISSA DESTA SEXTA-FEIRA: 

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Está tudo bem com você?

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03 de abril de 2020

A proliferação do novo coronavírus pelo Brasil tem despertado em muitas pessoas os sentimentos de medo e insegurança sobre o próprio futuro e o da humanidade. Tão forte como estes sentimentos, quem sabe até maior que eles, está a solidariedade, que tem levado as pessoas e instituições a diferentes ações de atenção com o próximo.

O jornal O SÃO PAULO foi à procura de quem tem feito o bem neste período de incertezas e apresenta cinco destas histórias.

O VIZINHO DO BEM

Um homem em isolamento social percebeu a falta de mantimentos em sua casa. Por pertencer ao grupo de risco para a COVID-19 e não ter familiares próximos para auxiliá-lo, ele se cadastrou no site Vizinho do Bem e solicitou a ajuda de um voluntário. A 150 metros de onde mora, uma moça aceitou colaborar, seguiu para o mercado mais próximo e deixou as compras que tinha feito no condomínio onde o homem que pediu ajuda reside.

Esta experiência foi lembrada por Alexandre Landim, diretor de operações da startup Noknox, plataforma de gerenciamento de condomínios residenciais, que em 18 de março, com o objetivo de contribuir para a minimização dos impactos do novo coronavírus, lançou o site Vizinho do Bem, que consiste no cadastramento de voluntários disponíveis para realizar ações cotidianas, sobretudo, em prol de pessoas que pertencem ao grupo de risco da COVID-19.

“Nós nos inspiramos no movimento de voluntários que colocam cartas em elevadores ou nas portas de seus vizinhos oferecendo as mais diversas formas de ajuda (passear com o cachorro, fazer compras, buscar documentos). A partir daí, imaginamos que muitas pessoas não estariam circulando nos elevadores e que algumas mesmo morando perto dos condomínios, não teriam acesso à oferta de ajuda”, contou Landim.

Neste site, quem quer ser voluntário ou quem precisa de ajuda realiza um cadastro em um sistema que se encarrega de gerar uma rede de aproximação em que, posteriormente, as partes são colocadas em contato para acertar os detalhes do pedido.

Ao longo de quase duas semanas, a página já teve 100 mil acessos e 4.800 voluntários cadastrados, distribuídos nos 26 estados e no Distrito Federal. Mais de 150 solicitações já foram atendidas com a ajuda do sistema.

Para ser voluntário ou para receber ajuda não é feita qualquer exigência. Os pedidos vão desde passear com o cachorro, fazer compras ou a instalação de programas de computador para trabalhos remotos.

A rede de solidariedade tende a se intensificar, pois um grupo de desenvolvedores de Brasília (DF) se ofereceu para criar um aplicativo do Vizinho do Bem.

Landin enalteceu a promoção da caridade de quem contribuiu para a criação da plataforma de forma ágil e dos inúmeros voluntários que se preocupam em amparar pessoas desconhecidas: “Vendo os pedidos de ajuda cadastrados, percebo que muitos buscam nosso site por não terem a quem recorrer, até mesmo em situações simples, como, por exemplo, para comprar frutas em um mercado que interrompeu o trabalho de entregas”, concluiu. (JS)

1 TONELADA DE ALIMENTOS AOS QUE MAIS PRECISAM

Os relatos diários sobre a dificuldade das pessoas em situação de rua para conseguir alimentação não passou indiferente ao Grupo Comolatti, que atua no mercado de reposição independente de autopeças, concessionárias de veículos pesados e tem negócios nos segmentos imobiliário e de gastronomia.

A partir de agora, o Grupo Comolatti passa a doar alimentos para a Casa Restaura-me, mantida pela Aliança de Misericórdia no bairro do Brás. Por mês será enviada 1 tonelada de alimentos ao local onde normalmente são atendidas, por dia, de 400 a 450 pessoas em situação de rua. Lá elas encontram um local para tomar banho, lavar a própria roupa, recebem kits de higiene, tomam café da manhã e almoçam, além de receber suporte para que deixem as ruas e busquem um recomeço para suas vidas.

Com a pandemia do novo coronavírus, o número de atendidos por dia já é superior a 600 pessoas. “Para a Aliança de Misericórdia, receber essa ajuda continuamente é de uma importância enorme. Estamos sendo procurados por um número muito grande de pessoas e aquilo que geralmente adquirimos por mês, por meio de uma parceria que temos com a Prefeitura, não está sendo suficiente. Não é só o alimento a mais que temos que comprar, mas também itens de limpeza e de higiene. Também tivemos que mudar a forma de distribuir a comida, que agora tem que ser em ‘quentinha para evitar a disseminação do novo coronavírus, ou seja, o custo da operação neste momento aumenta muito”, disse Bia Hauptmann, diretora de desenvolvimento institucional da Aliança de Misericórdia.

Sergio Comolatti, presidente do Grupo Comolatti, garante que a doação dos alimentos “terá duração até quando houver a necessidade das pessoas”. A iniciativa reforça a política de responsabilidade social do Grupo, que recorrentemente realiza ações que beneficiam entidades sem fins lucrativos e famílias de baixa renda.

“Esse vírus trouxe uma mudança muito grande na vida de todos, e há essa parada de atividades, que consideramos bastante prudente, mas que trará grandes dificuldades para a economia e irá repercutir na vida das pessoas. As necessidades dos que mais precisam vai aumentar neste período, por isso achamos que seria interessante ajudarmos”, completou Sergio Comolatti.  (DG)

 

SERÁ QUE É ‘CORONA’? A ENFERMEIRA RESPONDE

Há algumas semanas, a enfermeira Cibele Lima teve uma crise de enxaqueca e foi a uma unidade de Assistência Médica Ambulatorial (AMA) buscar medicação para aliviar os sintomas. Ao chegar, ela se assustou com o que viu. “Deparei-me com pessoas em pânico, visivelmente com falta de ar devido à ansiedade, já que não tinham os demais sintomas do novo coronavírus, como tosse ou febre. Pessoas chorando, achando que estavam com a COVID-19. Naquele momento, eu vi o quanto nosso sistema iria sobrecarregar devido ao medo e à falta de orientação devida, com pessoas tirando a vaga daquelas que realmente iriam necessitar”, recordou.

Cibele, então, resolveu seguir o que muitos outros profissionais de saúde têm feito: escreveu um post em suas redes sociais, colocando-se à disposição para orientar, gratuitamente, as pessoas que estão na dúvida sobre os sintomas da COVID-19. A ideia é evitar a ida desnecessária à rede de saúde daqueles que não estão com a doença. 

“Muitos desconhecidos me procuraram! Uma em especial me chamou atenção, pois estava com um recém-nascido, sem sintomas, porém com medo da COVID-19 devido alguns a poucos espirros. Resolvi com simples orientação de Enfermagem sobre a lavagem das narinas”, recordou, lembrando que nesta época de tempo seco, queda de imunidade e ansiedade, muitos pensam estar com o novo coronavírus por causa de uma tosse, mas não apresentam os outros sintomas, como falta de ar e febre. “Ou seja, provavelmente buscariam atendimento apenas por receio”.

Para Cibele, a pandemia do novo coronavírus tem ensinado a todos os valores da solidariedade e da fé. “Eu me emocionei ao ver o Papa como um grande exemplo disso, pedindo às pessoas que mantenham o isolamento social e a prática da oração. E como faz a diferença! Hoje vejo pessoas se oferecendo para ir ao mercado para os idosos. As pessoas estão mais em família, sentindo saudade daqueles que agora não podem ter contato. Na área da saúde mesmo, todos os dias faço meu Terço. E isso tem motivado muito a continuar essa luta!”, conta. (DG)

 

CONTRA A ANGÚSTIA, O DIÁLOGO

Há 19 dias, a professora universitária Katia Rubio, da Escola da Educação Física e Esporte da USP, está em isolamento social em sua casa, seguindo as recomendações das autoridades de saúde a todas as pessoas para evitar a disseminação do novo coronavírus.

Em meio às rotinas de zelo da casa, aos cuidados especiais com a saúde da sogra e aos trabalhos acadêmicos, Katia, que também é jornalista e psicóloga, encontra tempo diariamente para conversar com aqueles que estão angustiados diante da pandemia.

“Tenho acompanhado com preocupação essa necessidade de as pessoas se manifestarem nesse momento de dificuldade. Isso me fez disponibilizar minha escuta para quem está vivendo essa angústia. O que eu faço é proporcionar um tempo dedicado simplesmente a escutar. Trata-sede uma escuta mais emocional, em que ouço coisas como ‘estou me sentindo assim e não sei o que fazer, nem como fazer”, comenta Katia. Ela diz que uma das principais angústias é dos profissionais autônomos que estão com medo de perder sua única fonte de renda.

A professora diz perceber que passadas algumas semanas dos primeiros casos de COVID-19 no Brasil, as pessoas têm tido maior percepção das condições que esse momento impõe, como o isolamento social e a necessidade de ajustar a rotina, por mais difícil que seja: “Algumas pessoas estão em ambiente insalubre, vivem em casas pequenas com muita gente, não têm espaço para trabalhar em home-office com tranquilidade, enfim, é um treino difícil, pois não fomos preparados para viver este momento”.

Katia diz que tem visto o aumento da disponibilidade das pessoas em ajudar as outras e revela uma motivação especial para se colocar nesta postura de escuta solidária: “Já tive notícias de suicídio e isso me abala muito, pois o suicídio é o pedido de socorro que não foi ouvido. Assim, com o que tenho feito, espero colaborar para que isso não se agrave”. (DG)

 

UM CUIDA DO OUTRO

Casa mal arejada, com poucos cômodos e muitas pessoas morando é uma realidade comum nas periferias do Brasil. As condições dessas residências destoam do que é recomendado pelas autoridades sanitárias e preocupam pelo fato de que um surto generalizado em bairros pobres pode representar o risco de muitas vítimas.

Na tentativa de inibir a disseminação da COVID-19 na região do Campo Limpo, que, infelizmente já contabiliza casos confirmados da doença, foi desenvolvido no bairro de Paraisópolis uma rede de voluntariado para o cuidado mútuo entre os moradores.

O líder comunitário Gilson Rodrigues explicou à reportagem que o projeto faz parte do comitê das favelas e que tem como ponto alto o monitoramento das famílias por meio de grupos de WhatsApp, garantindo o bem-estar e promovendo apoio em caso de necessidade de atendimento médico estre os próprios moradores: “Estamos conscientes de que a crise é grande e que nós precisamos nos ajudar e criar uma rede de solidariedade, pois o governo tem deixado a população à própria sorte”, apontou.

Ao todo, 420 voluntários atuam como “presidente da rua” e outros 420 como “vice-presidente da rua”. Divididos em duplas, ambos são responsáveis pelo acompanhamento de 50 residências cada, que, somados, atingem toda a população de Paraisópolis.

Os voluntários têm a função de garantir que aqueles que podem permaneçam em casa, disponibilizando às famílias, dentro das limitações, mantimentos e insumos necessários. Se alguém de um família apresentar sintomas suspeitos, a dupla deve acionar uma ambulância para que a pessoa seja encaminhada a uma unidade de saúde.

Outra preocupação dos voluntários é o de combater as fake news. De acordo com o líder comunitário, a falta de uma comunicação especifica para a população periférica gera um sentimento de incredulidade para os riscos de contágio entre pessoas em situação de pobreza e vulnerabilidade, a ponto de, segundo Gilson Rodrigues, “a população achar que essa é uma doença para rico. Isso dificulta muito a conscientização na nossa comunidade e em todas as comunidades do Brasil”, fato que faz desta ação voluntária ainda mais necessária neste período de pandemia. (JS)

 

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Presídios produzirão mais de 50 mil máscaras por dia para prevenção ao coronavírus

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02 de abril de 2020

O Governador João Doria anunciou, nesta quinta-feira, 2, a ampliação da capacidade de confecção de máscaras de proteção contra o coronavírus (causador da doença COVID-19) nas unidades prisionais de São Paulo. A meta é chegar a uma produção diária superior a 50 mil máscaras, que serão utilizadas por servidores que atuam no combate à pandemia nas áreas da Saúde e Segurança, além de funcionários da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).

“São Paulo foi o primeiro Estado do País a definir, no seu sistema prisional, a confecção de máscaras. Um dos maiores problemas, não só do Brasil como de outras nações do mundo, é a obtenção de Equipamentos de Proteção Individual [EPIs]. Então, acelerar essa produção é uma medida necessária”, disse Doria.

A confecção das máscaras de proteção descartáveis, para uso em procedimentos não-cirúrgicos, já está em andamento nas três unidades prisionais de Tremembé. A partir desta sexta-feira, 3, a produção será iniciada também em presídios das cidades de Araraquara, Itaí, Tupi Paulista e Andradina.

Fábricas

Com a ampliação, a meta é que as oficinas dos sete presídios, de penitenciárias masculinas e femininas, confeccionem até 53 mil unidades por dia, quando atingirem a capacidade máxima. A expectativa inicial era de produção diária de cerca de 30 mil máscaras.

As fábricas da Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap), vinculadas à SAP, já realizavam produção de outros itens, como bolas e uniformes, e foram especialmente adaptadas para a produção das máscaras. A Funap já havia adquirido material para a confecção de 1 milhão de máscaras e fez um novo pedido de matéria-prima para produzir mais 3 milhões de unidades.

As oficinas passaram por higienização e foi criado um protocolo de limpeza pessoal e ambiental com base em padrões hospitalares para garantir a higiene das peças, feitas em TNT duplo. Os reeducandos terão treinamento e iniciarão a produção do material imediatamente. Para cada três dias de trabalho, o presidiário reduz um dia de pena.

Doação

Para contribuir com a produção das máscaras, uma universidade particular anunciou a doação de duas máquinas com capacidade de produzir até 3 mil unidades por hora. Cada equipamento custa R$ 126 mil e o primeiro deverá ser entregue à SAP na segunda quinzena de abril.

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É tempo de solidariedade com os mais vulneráveis

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01 de abril de 2020

O Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras) oferece um importante auxílio para população de rua, na região central de São Paulo (SP). O Sefras Pop Rua, popularmente conhecido como “Chá do Padre”, é um espaço de acolhida, escuta e partilha, que oferece diariamente 300 refeições e 300 lanches da tarde, com chá e pão, daí vem o nome dado pelos próprios frequentadores do local. A assistência é realizada de segunda a domingo das 7h às 19h, na Rua Riachuelo, 268.

Todo esse trabalho social é mantido por doações e parcerias públicas e privadas. Nesse período de pandemia do novo coronavíruis (COVID-19), a organização têm estado sob absoluta vigília para não interromper suas atividades, garantindo que não exista aglomeração ou transmissão de qualquer tipo de infecção por vírus, aderindo aos procedimentos de saúde para que todos estejam seguros.

SENTIR-SE EM CASA

O Sefras nesse período conta com a ajuda de voluntários e necessita de muitas doações, pois a demanda de atendimentos a crianças, famílias, idosos, população em situação de rua e imigrantes aumentou.

“Estão faltando doações e isso acaba sobrecarregando o espaço. Os funcionários e voluntários têm se esforçando muito e isso tem ajudado bastante. Muitos moradores em situação de rua reclamam da falta de doação e do medo de ficarem na rua. Eles nos procuram, pois se sentem em casa”, disse ao O SÃO PAULO Silvia Regina, Assistente Social do Sefras.

IMPORTÂNCIA DAS DOAÇÕES

Segundo Frei Diego Melo, que auxilia neste trabalho do Sefras, está sendo um período desafiador, pois muitas organizações e pastorais que ajudavam na distribuição de alimentos para população de rua suspenderam as atividades por estarem de quarentena.

“Nós tivemos a iniciativa de criarmos uma tenda em frente ao Largo São Francisco, com o objetivo de distribuir os alimentos. Estamos pedindo para que os grupos que faziam entregas de marmitex e não estão fazendo mais em função do coronavírus, que nos tragam essas doações, pois faremos esse repasse. Assim, preservamos a saúde das pessoas e também alimentação a população de rua”, afirmou o Frei.

COMO DOAR?

Os materiais que o Sefras mais precisa neste momento são: álcool liquido, álcool em Gel, copos descartáveis, luvas, máscaras, toucas e aventais descartáveis, óculos de proteção, máscara N95, alimentos não perecíveis, produtos de limpeza e de higiene pessoal.

As doações podem ser entregues na Paróquia Santo Antônio do Pari (Praça Padre Bento, 13, Pari - todos os dias, das 8h às 18h), Paróquia São Francisco de Assis (Largo de São Francisco, 133, Centro - todos os dias, das 8h às 18h), Casa de Alice Tibiriça (Rua Bom Pastor, 1.914, Ipiranga - de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h), e Casa de Clara (Rua Serra de Jairé, 316, Belenzinho - de segunda a sexta-feira, das 8h às 15h). Para ser voluntário ou para mais informações acesse www.sefras.org.br.

RESTAURA-ME

A Casa Restaura-me, da Aliança de Misericórdia, é um núcleo de convivência para adultos em situação de rua, que atende em média 450 pessoas por dia, entre homens e mulheres adultos, que podem escolher entre permanecer na casa durante o atendimento das 8h às 16h, ou participar apenas de alguma atividade pontual.

O serviço oferece acolhida, alimentação, espaço de estar e convívio, encaminhamento para acesso aos benefícios socioassistenciais, banho e higiene pessoal, atividades culturais e recreativas, oficinas de preparação para o mundo do trabalho e geração de renda.

Neste período de pandemia, a Casa Restaura-me também necessita de doações para prevenção de doenças e higienização de todos.

As principais demandas são de: álcool em gel, desinfetante, sabonete líquido, máscaras e luvas, sabão em pó e sabonetes. Além de descartáveis como garfos, facas e isopores para marmitex.

As doações podem ser entregues na Rua Monsenhor Andrade, 746, Brás, todos os dias, das 8h Às 16h. Mais informações pelo site www.misericórdia.com.br, pelos telefones (11) 3926-7134 e (11) 3228-6503 ou pelo Whatsapp (11) 99764-6252.

(Colaborou: Luciney Martins)

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João Dória anuncia implantação de teleconsultoria na rede de saúde do estado de São Paulo

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31 de março de 2020

Durante a coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 31, o Governador João Dória (PSDB) divulgou que um projeto de teleconsultoria que foi desenvolvido pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP, com colaboração da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP/MCTIC) e do núcleo de inovação do Instituto do Coração-InCor e da Fundação Zerbini (InovaIncor), estará disponível na rede de hospitais públicos da secretaria de estado da saúde para o tratamento de pacientes com doenças respiratórias devido ao novo coronavírus.

Com o projeto, membros da equipe médica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP), liderados pela equipe de Pneumologia do Incor, farão a análise de quadros clínicos em tempo real com outros hospitais da rede e promoverão capacitação de profissionais de saúde.

“O sistema já está à disposição, com protocolo de tratamento de pacientes com coronavírus para mais de 100 hospitais públicos da Secretaria de Estado da Saúde. Esse projeto vai permitir a discussão de casos em tempo real e a agilização de procedimentos. A agilidade na defesa da vida pode muitas vezes significar a diferença entre viver e não viver”, mencionou o Governador.

A primeira fase do projeto teve início da quinta-feira, 26, no Conjunto Hospitalar do Mandaqui. Ele será ampliado a partir da demanda apresentada pela rede hospitalar da Secretaria. O Ministério da Saúde terá o recurso à disposição para a expansão dos serviços em todo o território nacional, em conformidade com a rede de hospitais universitários.

Em cada posto de teleconsultioria será possível analisar 80 casos clínicos e até 10 postos poderão ser ativados, caso necessário.

A equipe do HC preparou videoaulas orientando os profissionais de saúde sobre assuntos como o uso de equipamentos de proteção, (máscaras, luvas e aventais), até os métodos mais complexos de segurança e assistência ao paciente, principalmente relacionados à ventilação mecânica para os casos graves.

NOVOS RECURSOS

377 Santas Casas e hospitais filantrópicos ou municipais de pequeno porte receberão pelos próximos quatro meses do governo estadual, um repasse de R$ 100 milhões, para aumentar a capacidade de atendimento na rede de saúde e impedir que o sistema sofra com o aumento de pacientes pelo novo cononavírus, segundo informou o Governado João Dória em entrevista coletiva.

“O valor mensal é de R$ 25 milhões para que hospitais e Santas Casas possam ter reforço no custeio para atendimento a seus pacientes. O objetivo é que esses hospitais aumentem a capacidade e desafoguem os demais, sobretudo no atendimento de média e alta complexidade que possam receber doentes e infectados com coronavírus”, afirmou João Dória.

Os valores estarão disponíveis entre os meses de abril a julho. Caberá a Central de Regulação de Vagas intermediar as transferências, verificando os leitos disponíveis nas unidades e encaminhando os pacientes de acordo com as necessidades diagnósticas e os recursos clínicos disponíveis.

O governo do Estado pretende que por mês 18 mil pacientes extras possam receber o tratamento necessário nos hospitais de alta e média complexidade em todas as regiões do Estado.

KITS DE ALIMENTAÇÃO

Outra notícia repassada ao longo do encontro com os jornalistas foi a de que o governo estadual, por meio da Secretaria de Logística e Transportes e pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo, fará a distribuição de 140 mil kits de alimentação para caminhoneiros.

17 empresas concessionárias também apoiam e promovem a iniciativa que segue até o dia 30 de julho, e faz parte das medidas de enfretamento à crise em decorrência da pandemia de coronavírus.

O kit é compsoto por marmitex com refeição completa, embalagens com lanches ou vales refeição. A distribuição acontece nas mais importantes rodovias do Estado como o Rodoanel, Bandeirantes, Anhanguera, Castello Branco, Raposo Tavares, Anchieta, Imigrantes, Ayrton Senna/Carvalho Pinto, entre outras.

Os locais de retirada podem ser consultados no site que também oferece mais informações de como se prevenir da doença.

(Com informações Governo do Estado de São Paulo)

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Fique BEM em casa

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31 de março de 2020

De uma hora para outra, a sala de jantar virou escritório, as crianças deixaram de ir para a escola e o contato com os parentes e amigos só pode ser feito por telefone ou pelas mídias digitais. Sinais do tempo de isolamento social, recomendado para conter o avanço do novo coronavírus. Diante desse cenário, o jornal O SÃO PAULO apresenta dicas para harmonizar a nova rotina da casa e manter uma boa saúde física e mental.

Controle a ansiedade

Diante de tantas mudanças, o primeiro sentimento que pode surgir é o de ansiedade, algo que precisa ser controlado, conforme afirma, em vídeo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, a psicóloga Paula Peron, assessora da Pró-Reitoria de Cultura e Relações Comunitárias da PUC-SP: “Não tem fórmula. Se a gente já se conhece um pouco, é hora de se pensar em estratégias que já usamos em outros momentos de muita ansiedade para se acalmar”.

Ela aponta, porém, que se o que se fazia sempre para controlar a ansiedade não funcionar agora, deve se buscar ajuda de profissionais de Psicologia – muitos seguem fazendo atendimento on-line – ou o diálogo com pessoas próximas. “Você pode conversar também com sua família, com seus amigos pelos meios digitais, para saber o que ele estão fazendo, quais a estratégias que cada um está encontrando pra se acalmar neste momento. Conversar e se solidarizar ajuda bastante. Os laços afetivos são muito importantes nesta hora”.

Evite o ‘bombardeio’ de informações

Reduzir a leitura ou o contato com notícias que podem causar ansiedade ou estresse é uma das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS): “Busque informação apenas de fontes fidedignas e dê passos práticos para preparar seus planos, proteger-se e a sua família. Procure informações e atualizações uma ou duas vezes ao dia evitando o ‘bombardeio desnecessário’ de informações”.

Também a psicóloga Paula Peron recomenda evitar o excesso de informações: “Uma ideia é você escolher três ou quatro canais de confiança – um canal de notícias, um canal da organização mundial da saúde, um canal da sua referência profissional ou do seu grupo de amigos que você admira e confia – tentar concentrar a recepção de informações ali, de lugares que você sente segurança do que estão lhe informando, pois se for ler tudo, escutar tudo, há muitas informações contraditórias, indicações do que fazer contraditórias, e isso costuma nos deixar mais apreensivos. Então, filtre um pouco o que você vai ler, em quem você vai confiar, isso pode funcionar para se acalmar”, orienta.

Organize a casa

A OMS recomenda que as tarefas regulares de manutenção da casa, como as limpezas diárias não deixem de ser feitas. Paula Peron também comenta sobre a importância dessas atividades: “Dar uma arrumada na casa, arrumar a mesa, jogar a papelada fora, enfim, conseguir um ambiente de um pouco mais de organização. Isso serve para o nosso corpo também, em termos de higiene, saúde, alimentação, dormir bem, são coisas que geralmente fazem as pessoas se sentirem mais tranquilas, mais calmas”.

Alimentação e exercícios

Manter a saúde física também é um desafio nesta época, mas isso é possível com a prática de exercícios regularmente e o controle dos hábitos alimentares.

A nutricionista Amada Costa, colunista do O SÃO PAULO, recomenda que cada pessoa mantenha uma rotina de hábitos saudáveis. “Na alimentação, dê preferência para frutas, verduras e legumes e beba muita água. É importante dormir bem, fazer alguma atividade física, de relaxamento ou de meditação. Limite-se a comer uma porção de doce ao dia, porque doce é a procura maior das pessoas, justamente por aquilo que pode ser chamado de fome emocional, causada por alguma alteração nas emoções e que se busca compensar. Geralmente se manifesta no sentido de: ‘quero comer, mas não sei o que quero’ ou de querer comer um doce especificamente porque ‘estou triste ou aflito’, e o açúcar tem esse poder de conferir prazer”, detalha.

Amanda apresenta uma lista de estratégias a ser adotada:

- Programe o horário das refeições

- Pense nos alimentos de cada refeição

- Tenha sempre próximo para consumo frutas e oleaginosas

- Evite alimentos de alta densidade energética e poucos nutrientes, como biscoitos, balas e salgadinhos

- Tenha uma garrafa de água sempre por perto ou espalhe garrafas pela casa para que não se esqueça de se hidratar

- Use o despertador do celular para lembrar-se das refeições e de se hidratar.

- Programe um horário do dia para fazer uma atividade de relaxamento ou de meditação

Pais e filhos

Nesta época da pandemia, a OMS recomenda que os pais falem para as crianças, em linguagem apropriada, o que é a COVID-19: “Se tiverem preocupações, o fato de falar sobre elas pode ajudar a baixar a ansiedade das crianças. Elas observam os pais, as emoções no ar e tiram daí seus mecanismos para lidar com as próprias emoções”.

A OMS ainda orienta que as rotinas familiares sejam mantidas e se pense em novos hábitos, com atividades lúdicas e pedagógicas com as crianças. “Ajude as crianças a expressarem, de forma positiva, seus medos e ansiedades. Cada criança tem sua própria maneira de fazê-lo.  Algumas vezes, a atividade criativa, jogos e desenhos podem ajudar”.

‘Quarentena brincante’

Estéfi Machado, designer, crafiteira, cenógrafa, fotógrafa e escritora criou o “Kit de sobrevivência para uma quarentena brincante” – que pode ser acessado gratuitamente em instagram.com/blog.estefi.machado – agregando as experiências do blog por ela mantido, no qual compartilha ideias de brincadeiras para inspirar os pais a se conectarem com os filhos.

“Assim como vocês, também estou com um filho em casa em quarentena. O que eu sei é que a vida às vezes nos dá lindas oportunidades de estarmos intimamente conectados com o que mais importa. Agarre essa oportunidade e juntos (mesmo de longe) vamos tirar o melhor disso tudo”, afirma Estéfi.

No kit, há 40 atividades que podem ser feitas com as crianças usando materiais como cola, fita crepe, papel, papelão, pratinhos e copinhos de papel, palitos e pregadores de roupa, giz, tinta e canetinhas, caixas de fósforo e rolos de papel higiênico.

Basta seguir o passo a passo de cada atividade para poder brincar com bonequinhos de colher descartável, teatro de sombras, uma máquina de lavar com caixa de papelão, copos decorados, TV de Caixa, balão de rede de mamão, bike de canudo de papel, porco espinho com cartolinas e rolhas, laptop de papelão, morcego no pregador, tinta gache congelada, monstrinhos no shampoo, roda gigante de papelão, câmera fotográfica de papelão, amplificador com copos plásticos, entre outros.

Repita informações aos idosos

Pessoas com mais de 60 anos estão no grupo de risco para o contágio do novo coronavírus, por isso a orientação das autoridades sanitárias é que permaneçam em suas casas.

Aos que vivem com idosos ou lhes prestam auxílio de maneira mais próxima, a recomendação da OMS é que partilhem com eles fatos simples sobre o que está acontecendo, com informações claras a respeito da redução de riscos e infecções se permanecerem em isolamento social. “Repita a informação sempre que necessário. As instruções precisam ser claras, concisas e respeitar o estilo do paciente. Talvez seja útil colocar a informação em escrito ou em pinturas e figuras. Envolva a família e outras redes de apoio no fornecimento das notícias e de medidas de prevenção como a lavagem de mãos”, diz a Organização Mundial da Saúde. 

Tenha uma rotina e espaço específico para trabalhar

O trabalho home-office é a opção adotada por muitas empresas para manter suas atividades diante da recomendação de isolamento social.

A empresa Luandre Soluções em Recursos Humanos, que atende 4 mil clientes na gestão de 60 mil profissionais em todo o Brasil, listou cinco posturas indispensáveis para que haja boa produtividade no trabalho no sistema home-office:

- Procure um espaço silencioso e confortável, em que seja possível acomodar bem o computador. Caso o profissional tenha pais ou filhos ou outras pessoas que habitem a mesma residência e possam distraí-lo, que esse local não seja central na casa

- Não trabalhe com a mesma roupa que você usou para dormir. Vista-se como se fosse sair ou, pelo menos, troque de roupa para que o cérebro entenda que está executando outra função e não relaxando em casa

  - Nunca trabalhe deitado na cama, pois o cérebro precisa distinguir o local de relaxar e o local de produzir

 - Distancie-se temporariamente das más notícias, o que não significa ficar alienado, mas definir horários para se informar, a fim de não ser dominado nem se desconcentrar pelo nervosismo decorrente do noticiário negativo desta época

- Estabeleça uma rotina, pois é importante que não se sinta que está de férias e nem que se extrapole o horário regular de trabalho.

A santificação do trabalho e a família

Por fim, essa quarentena com a mescla de tarefas domésticas, cuidados com a família e rotina de trabalho em um mesmo local pode ser educativa e catequética. “A família educa ao trabalho com o exemplo dos pais: o pai e a mãe que trabalham pelo bem da família e da sociedade”, afirmou o Papa Francisco, em uma catequese em agosto de 2015. “Oração e trabalho podem e devem estar juntos em harmonia, como ensina São Bento. A falta de trabalho danifica também o espírito, como a falta de oração danifica também a atividade prática”, apontou o Pontífice.

 

                  DICAS DA OMS PARA A QUARENTENA EM CASA

 1) Reduza a leitura ou o contato com notícias que podem causar ansiedade ou estresse. Busque informação apenas de fontes fidedignas. Procure informações e atualizações uma ou duas vezes ao dia evitando o "bombardeio desnecessário" de informações.

 2) Evite formas errôneas de lidar com o estresse como o uso de tabaco, álcool ou outras drogas.

 3)  Ajude as crianças a expressarem, de forma positiva, seus medos e ansiedades. Algumas vezes, a atividade criativa, jogos e desenhos podem ajudar.

 4) Mantenha as rotinas familiares sempre que possível e crie novas rotinas principalmente com as crianças em casa.

 5) Idosos, especialmente em isolamento social e aqueles com problemas cognitivos como demência podem se tornar ansiosos, estressados, com raiva, agitados e distanciados. Ofereça-lhes apoio emocional.

 6) Aprenda exercícios físicos simples para fazer em casa todos os dias, para não reduzir a mobilidade.

 7) Mantenha rotinas e tarefas regulares, entre elas atividades diárias, limpeza, canto, pinturas.

 8) Mantenha o contato com os entes queridos, ainda que por telefone.

Fonte: Organização Mundial da Saúde

 

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Paróquias e comunidades intensificam apostolado nas redes sociais

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31 de março de 2020

O isolamento domiciliar recomendado pelas autoridades sanitárias para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus tem desafiado as paróquias, comunidades e organizações eclesiais a usar a criatividade para proporcionar aos fiéis oportunidades de oração, formação religiosa e vínculo com a vida da Igreja mesmo estando em suas casas.

Com maior conscientização de que a rede é mais do que um meio de comunicação, mas um verdadeiro ambiente onde a Igreja é chamada a desenvolver a sua missão, padres, missionários e catequistas estão navegando por essas águas até então pouco conhecidas para anunciar o Evangelho.

O SÃO PAULO mostra, a seguir, algumas dessas iniciativas:

FESTA DA PADROEIRA

A Paróquia Nossa Senhora da Anunciação, na Vila Guilherme, teve que celebrar a festa de sua padroeira, no dia 25, sem a presença do povo. Desde o ano passado, a solenidade era preparada com entusiasmo pelos fiéis. Contudo, a celebração presidida pelo Pároco, Padre Antonio Laureano, foi acompanhada pelo Instagram da Paróquia.

Para saudar a Paróquia em festa, Dom Jorge Pierozan, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, enviou uma mensagem de vídeo gravada direto da capela de sua residência. “A Igreja está presente na vida de cada um de vocês, paroquianos. Por meio da missa diária que o Pároco celebra por vocês e por nossas orações constantes”, afirmou o Bispo.

Já as crianças da catequese, que todos os anos prestam sua homenagem à padroeira no fim da missa, desta vez comemoraram em suas casas, reunidas com os pais. Cada criança enviou uma foto desse momento mariano em casa e, a partir dessas imagens, foi produzido um vídeo, compartilhado com todos os paroquianos.

CATEQUESE

Na Paróquia São João Batista, na Vila Guarani, o Pároco, Padre Ricardo Antônio Pinto, transmitiu no domingo, 29, pelo Facebook, uma celebração da Palavra voltada especialmente para as crianças da Catequese, além da missa dominical para toda a comunidade.

Para envolver as crianças no momento de oração, o Padre as motivou a colocar junto delas símbolos quaresmais como a água, que é aspergida nos fiéis, um crucifixo e uma vela. O objetivo foi criar um ambiente de oração e, ao mesmo tempo, catequisar as crianças sobre o sentido dos símbolos.

SANTUÁRIO ‘VIRTUAL’

Local tradicional de peregrinação na cidade, o Santuário São Judas Tadeu, no Jabaquara, recebe milhares de fiéis, especialmente nos dias 28 de cada mês, em que se comemora a devoção ao padroeiro. Nessas dadas, normalmente, são celebradas 11 missas, sempre lotadas.

No entanto, no sábado, 28, a programação foi diferente. “Desde a criação da nossa Paróquia, há 80 anos, nunca se passou um dia 28, de qualquer mês, que a casa de São Judas ficasse fechada para seus filhos e filhas. Não há notícias de que tenha havido algo tão ameaçador que exigisse fechar até as igrejas, e impedir que o povo viesse para rezar, agradecer, pedir e receber a bênção de seu Padroeiro”, manifestou o Pároco e Reitor do Santuário, Padre Eli Lobato dos Santos.

O Santuário, portanto, teve que se adaptar. Durante todo o dia, foram transmitidas por suas plataformas digitais quatro missas, intercaladas por momentos de récita do Rosário e uma via-sacra luminosa conduzida pelos padres do Santuário no interior da igreja fechada. “Estamos geograficamente distantes, mas próximos na e pela oração”, ressaltou o Pároco.

PADRES CONECTADOS

Em Cidade Heliópolis, a Paróquia Santa Paulina continua sua missão por meio da transmissão de missas diárias e momentos de formação e oração. Todos os dias, às 15h, o Pároco, Padre Israel Mendes Pereira, conduz a oração do Terço pelo Facebook da Paróquia. Como costumava acontecer presencialmente na igreja matriz, o Padre saúda nominalmente cada paroquiano que ingressa na “igreja virtual” para participar da oração e aguarda a assembleia se formar para iniciar o Terço. 

O Sacerdote oferece cada mistério contemplado pelas intenções de seus paroquianos e reza pelas necessidades concretas dos moradores do bairro. “Rezemos pelas pessoas que perderam seus empregos, pelos pais e mães de família que não têm com o que sustentar seus filhos nesses tempos difíceis. Que o Senhor olhe com misericórdia pelos seus filhos”, rezou o Padre, enquanto, na lateral da tela da transmissão, surgiam os comentários dos fiéis incluindo intenções, pedidos e louvores.

A Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, no Bosque da Saúde, disponibilizou um contato no Whatsapp e e-mail para o envio de pedidos de oração e intenção das missa presididas pelo Pároco, Padre Uilson dos Santos, e pelo Vigário Paroquial, Padre Christopher Velasco, transmitidas por suas redes sociais.

Diariamente, Padre Christopher também transmite a Novena de Santa Teresinha, com a possibilidade do envio de pedidos de oração dos fiéis em tempo real.

DEVOÇÃO MARIANA

A Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Jardim Tremembé, transmite todos os dias, às 12h, pelo Facebook, a oração do Angelus, conduzida pelo Pároco, Frei Guilherme Pereira Anselmo. Além das missas, e do Terço diários, a Paróquia também transmite a Hora Santa da Esperança, momento de oração matutino diante do Santíssimo Sacramento.

A novidade da Paróquia Nossa Senhora das Angústias, na Barra Funda, além das missas, adorações e via-sacra pelas redes sociais, é a oração diária do Terço, conduzida pelo Pároco, Padre Fábio Fernandes, que se conecta a um grupo de paroquianos por meio de um aplicativo de videoconferência. Cada um de sua casa participa ativamente da oração permitindo que todos vejam e ouçam uns aos outros.

Padre Fábio enfatizou ao O SÃO PAULO que se não fosse o trabalho que já havia iniciado nas redes sociais com os paroquianos, seria impossível continuar as atividades nesse período de quarentena. “Nós já usávamos as redes para manter contato com as pessoas e na propagação da devoção à padroeira nos prédios que recebe a visita das capelinha de Nossa Senhora”, relatou.

O Pároco também tem investido em momentos formativos e catequéticos por meio do Youtube. “Já que não podemos distribuir os sacramentos, usamos as redes para intensificar a formação e rezar juntos”, disse.

NA CLAUSURA

Os frades carmelitas da Basílica Nossa Senhora do Carmo, na Bela Vista, transmitem diariamente a missa direto de sua capela conventual, além da homilia diária feita pelo Pároco, Frei Thiago Borges.

Enquanto isso, os monges do Mosteiro de São Bento, no centro, também estão transmitindo suas liturgias por sua página no Facebook. Além da missa diária, os beneditinos transmitem o ofício das vésperas,  com o tradicional canto gregoriano, todos os dias, às 17h25.

ADORAÇÃO PERPÉTUA   

Também as novas comunidades e associações de fiéis presentes na Arquidiocese oferecem a todos a possibilidade de contemplar o mistério eucarístico.

No canal do Youtube da Comunidade Aliança de Misericórdia, o Santíssimo Sacramento está exposto em uma transmissão ininterrupta, direto da Igreja Nossa Senhora da Boa Morte, no centro, a única igreja da cidade que ficava aberta 24 horas por dia para adoração perpétua e que teve suas portas fechadas devido à pandemia.

Já no Facebook da comunidade, há transmissões de missas, pregações, meditações, momentos de oração e até shows de música católica, voltados sobretudo para ao jovens, principal público da Aliança de Misericórdia.

FORMAÇÃO

A Comunidade Shalom em São Paulo também adaptou duas atividades apostólicas cotidianas para as plataformas digitais. Em cada noite de segunda-feira a quinta-feira, às 20h20, os canais oficias da comunidade no Instagram e Facebook transmitem estudos bíblicos, grupos de estudo do Catecismo da Igreja Católica, grupos de Jovens e na sexta-feira, às 18h, o terço com os jovens.

Todos os domingos, ao meio dia, há a tramissão da missa pelo Youtube e, às 15h, o Terço da Misericórdia.

EM FAMÍLIAS

Os missionários da Comunidade Anjos da Vida também se mobilizaram para continuar o trabalho evangelizador usando as redes sociais.

Todos os dias, na sua página no Facebook, há uma extensa programação que começa à meia noite com a homilia diária; às 8h, um membro da comunidade conduz a oração da manhã direto de sua casa; às 15h, é transmitido o Terço da Misericórdia; às 18h o Terço é conduzido ao vivo por uma família ligada à comunidade; às 20h, acontece momentos de oração ou adoração eucarística; e, às 23h, um missionário conduz a oração da noite. 

ESCUTA

Tanto a Comunidade Shalom quanto a Aliança de Misericórdia disponibilizaram canais para que as pessoas entrem em contato para conversar, desabafar, pedir um aconselhamento ou orações individuais. Para isso, missionários preparados estão disponíveis nas plataformas para esse atendimento.

As pessoas podem telefonar ou enviar mensagens via Whatsapp para os seguintes números:

Aliança de Misericórdia: (11) 97449-9926 e 97385-1021

Shalom: (11) 93084-9083 e 95235-9544.

(Colaborou Flavio Rogério Lopes)

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Igreja conectada

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Governo de São Paulo anuncia arrecadação de R$ 97 milhões para combate ao coronavírus

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30 de março de 2020

O Governador João Dória (PSDB) anunciou nesta segunda-feira, 30, a arrecadação de R$ 97 milhões em dinheiro, equipamentos e outros materiais para o enfretamento dos casos de coronavírus no estado de São Paulo.

Os recursos angariados pela segunda semana seguida são resultado da rede de dirigentes e líderes empresariais. A responsabilidade de administrar as doações está a cargo do Comitê Executivo do Governo COVID-19.

Ao longo da manhã, o Governador esteve em reunião por teleconferência com 232 representantes de empresas. As doações foram feitas em dinheiro e também com respiradores para uso em leitos de Unidade de Terapia Intensiva, máscaras, equipamentos de proteção individual, alimentos não perecíveis e produtos de higiene, que serão destinados aos profissionais de saúde, da segurança e para pessoas em situação de vulnerabilidade prioritariamente.

 “Nós estamos solidários, mobilizando o Governo de São Paulo e o setor privado a atender às comunidades, aos desempregados, aos que mais estão sofrendo com a crise econômica e do coronavírus”, afirmou. “Quero agradecer a todas as empresas e dirigentes que, nestas duas reuniões, foram solidários e doaram R$ 195 milhões ao povo de São Paulo”, salientou o Governador.

NOVA CAMPANHA

Foi anunciada na mesma coletiva, a nova campanha de conscientização para a necessidade de evitar a disseminação da doença, que será vinculada pelos veículos de comunicação até o dia 6 de abril: “Isolamento é uma necessidade, não é apenas uma obrigatoriedade. Melhor prevenir hoje do que lamentar amanhã. Nenhum governador tem a satisfação de anunciar o isolamento ou o determina por uma vontade. Todas as decisões tomadas são amparadas em critérios técnicos, de profissionais da saúde”, enfatizou João Dória.

Assista ao vídeo

SERVIÇO DE ALIMENTAÇÃO

A partir de 1º de abril, todas as 59 unidades do Bom Prato no Estado, passarão a oferecer jantar e ficarão abertos aos fins de semana e feriados. Ao todo serão servidos 1,2 milhão de refeições a mais por mês. A mudança prevê intensificar o atendimento principalmente de pessoas em situação de rua e famílias em extrema vulnerabilidade social ao longo pandemia do novo coronavírus.

Para ampliação do serviço o governo estadual prevê um investimento total de R$ 18 milhões, de acordo com o Governador João Dória.

Todas as unidades servirão café da manhã das 7h às 9h, almoço das 10h às 15h e jantares das 17h30 às 19h30, até o dia 1º de junho. A ampliação representa um acréscimo de 60% de refeições, que serão distribuídas em embalagens descartáveis, devido à impossibilidade de se alimentar nas próprias unidades.

“Com o fechamento de outros restaurantes e muitas organizações sociais em quarentena, precisamos duplicar nossos esforços. Pelos próximos 60 dias, vamos garantir três refeições balanceadas e de qualidade todos os dias”, realçou a Secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Célia Parnes.

 

(Com informações Governo do Estado de São Paulo)

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‘Deus não quer a morte do pecador, mas que ele mude de vida’

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30 de março de 2020

A misericórdia de Deus e o convite à conversão foram os destaques da liturgia da missa desta segunda-feira, 30, presisida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, na capela de sua residência e transmitida pela rádio 9 de Julho de pela página da Arquidiocese no Facebook.

Na homilia, Dom Odilo destacou que as leituras do dia apresenta duas mulheres e a atitude de Deus em favor delas. Na primeira leitura, da Profecia de Daniel (13,41c-62) a jovem Susana é acusada injustamente de ter cometido um ato impuro, sendo condenada a morte, e o profeta Daniel ergue sua voz seu favor e  demonstra a injustiça cometida e a salva.

“Levantar a voz significa não compartilhar com a injustiça. Onde existe condenação injusta, nós devemos sempre erguer nossa voz. Daniel gritou e a verdade apareceu e, assim, a inocente foi salva e os culpados condenados”, afirmou o Cardeal.

A MULHER ADÚLTERA

Já o Evangelho (Jo 8,1-11) mostra a mulher adúltera que foi salva por Jesus do apedrejamento. Quando interrogado sobre sua opinião, o Senhor respondeu: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. “E o texto diz que os acusadores começam a se retirar um após o outro, a começar dos mais velhos”, destacou o Arcebispo.

Jesus volta-se à mulher e diz “vá e de agora em diante não peques mais”. “Essa é a palavra da misericórdia. Houve pecado, porém Deus não quer a morte do pecador, mas que ele mude de vida. Deus não quer que morramos no nosso pecado, mas que nos convertamos e vivamos”, ressaltou Dom Odilo.  

RECONCILIAÇÃO

O Cardeal convidou todos a fazerem uma revisão de vida, reconhecerem os pecados e pedirem o perdão a Deus. Reconhecendo a impossibilidade da maioria dos fiéis de celebrarem o sacramento da Reconciliação, devido às recomendações de isolamento social para conter a pandemia, Dom Odilo recordou o que ensina a doutrina da Igreja a esse respeito.

“Quando é impossível se confessar, procure se colocar-se diante de Deus, em oração, arrepender-se, reconhecer os próprios pecados, renovar o propósito de levar uma vida santa, conforme os mandamentos e as bem-aventuranças, fazer penitência pelos nossos pecados e continuar a vida até que possamos novamente nos confessar”, orientou.

ATENÇÃO AO IDOSOS

Como tem feito todos os dias, no fim da missa, o Arcebispo reforçou seu pedido para que sejam seguidas as recomendações das autoridades para procurar ficar em casa, especialmente as pessoas idosas e consideradas dos grupo de risco para desenvolver a forma grave do COVID-19.

Ainda em relação aos idosos, Dom Odilo pediu que todos procurem ajudá-los em suas necessidades, para que não precisem sair de suas casas. “Vamos nos ajudar a assim evitar que as pessoas sejam contagiadas”, recomendou.

DOMINGO DE RAMOS

Por fim, O Cardeal recordou que no próximo domingo a Igreja celebra o Domingo de Ramos, abrindo a Semana Santa. Contudo, este ano, essas celebrações não acontecerão com a presença de fiéis.

Por isso, Dom Odilo pediu às pessoas acompanhem a celebração pelos meios de comunicação, em família, e manifestem sua sua participação colocando um ramo verde na porta de suas casas, mesmo que não sejam abençoados. “É o sinal de que somos católicos e estamos unidos na celebração da Semana Santa, aclamamos Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador”, afirmou.

As missas presididas por Dom Odilo são transmitidas diariamente, às 7h, pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

ASSISTA AO VÍDEO DA MISSA DESTA SEGUNDA-FEIRA: 

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Manifesto ADCE Coronavírus COVID-19

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28 de março de 2020

Neste tempo da história em que somos chamados a uma postura de humildade, ao cuidado consigo mesmo e com o próximo, a Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa - ADCE SP, vem renovar o seu compromisso com a Responsabilidade Social Empresarial centrada na pessoa. 

Nossas empresas, na permanente busca do Bem Comum, contribuem para o desenvolvimento social, econômico e ambiental e, pautadas nos Valores e Princípios Cristãos, têm como primazia a atenção e cuidado com a pessoa humana. 

Temos esperança que rapidamente a pandemia do Corona Vírus (Covid-19) será controlada. Seguimos no nosso propósito de formar empresários, para que utilizando do seu grande potencial de transformação, implementem mudanças nas suas empresas e, como líderes, levem a humanidade a repensar uma nova economia, mais justa, fraterna e sustentável. 

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