Governo Estadual não liberou cadastro para auxílio emergencial

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05 de mai de 2020

Uma mensagem compartilhada em grupos de conversa, informa que o Governo de São Paulo liberou o cadastro de um suposto auxílio emergencial.

O comunicado cita que, para ter direito ao benefício, o cidadão deve realizar a solicitação em um aplicativo oficial e, em seguida, disponibiliza o link de acesso à plataforma, em que são solicitados dados pessoais.

POR QUE?

O Governo Estadual alerta que não utiliza esse método como forma de cadastramento, nem para disponibilizar recursos. Existe, ainda, a preocupação de que os dados coletados possam ser fraudados.

A renda para trabalhadores informais implantado pelo Governo Federal deve ser solicitado, unicamente, pelo aplicativo ou site Caixa Auxilio Emergencial.

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Qualquer cidadão poderá enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de continuar compartilhando. O número é (61) 99289-4640.

Além disso, o Governo do Estado de São Paulo disponibiliza um canal exclusivo no Telegram de combate notícias falsas sobre coronavírus.

(Com informações de Governo de São Paulo)

 

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Países europeus preveem volta das missas públicas

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05 de mai de 2020

As conferências episcopais de muitos países europeus começaram já a divulgar o planejamento para a volta do culto público na igrejas católicas.

Na Itália, o país europeu que teve as medidas de isolamento mais duras devido à pandemia do novo coronavírus, um protocolo geral para o retorno das missas com presença de fiéis foi elaborado, revelou o presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Cardeal Gualtiero Bassetti, no sábado, dia 2. O Cardeal agradeceu a discussão “contínua e frutuosa” das últimas semanas com o governo italiano e informou que as missas não voltarão em menos de duas semanas.

A afirmação do Cardeal ocorre dias depois da declaração da CEI em que criticou o governo italiano por não respeitar o direito ao exercício da liberdade de culto, por colocar em segundo plano, em seu plano de reabertura do país, a volta das missas públicas.

“Deveria ser claro a todos que o empenho ao serviço em benefício aos pobres, tão significativo nesta emergência, nasce de uma fé que deve poder se nutrir na fonte, particularmente na vida sacramental”, enfatizaram os bispos na ocasião.

Áustria: missas a partir de 15 de maio

A Áustria, um dos países europeus menos atingidos pela COVID-19, está na frente de outras nações em seu plano de desconfinamento. Os ofícios religiosos públicos poderão voltar a ser celebrados a partir do dia 15 de maio. As comunhões poderão ocorrer desde que os fiéis se apresentem com máscaras, podendo tirá-las rapidamente para receber a Eucaristia.

A Conferência Episcopal da Áustria publicou, no dia 2, sábado, as regras detalhadas para as celebrações em lugares fechados, informou a agência católica de notícias Kathpress. Segundo as determinações, um espaço de 10 metros quadrados por pessoa deve estar disponível. Além disso, os fiéis devem manter uma distância mínima de dois metros entre si. O uso de máscara é obrigatório, salvo para crianças com menos de 6 anos.

Outras regras sanitárias também foram estabelecidas, e a Conferência Episcopal afirmou que estas serão atualizadas em função da evolução da epidemia.

Alemanha: missas públicas já podem ser celebradas

A Alemanha é o país mais à frente na volta do culto público nas igrejas em relação aos seus vizinhos europeus. Os ofícios públicos puderam voltar a ser celebrados na segunda-feira, 4, segunda-feira, com medidas de higiene semelhantes a de outros países.

Das missas na Catedral de Colônia, poderão participar apenas os que colocaram seu nome numa lista disponibilizada na internet. Essa medida não foi adotada em todos os lugares, pois as providências tomadas diferem de acordo com a região do país.

Suíça: missas apenas no dia 8 de junho

A Suíça é um dos países em que os cultos públicos mais demorarão a voltar. Isso porque o governo suíço não levou em consideração as missas em seu plano de desconfinamento, fato criticado por Dom Felix Gmür, presidente da Conferência Episcopal Suíça. Dessa forma, as igrejas só poderão ser reabertas a partir de 8 de junho, dia em que começa no país a terceira fase de desconfinamento.

Na Bélgica, por sua vez, ainda não foi divulgada uma data para a volta das missas públicas. Os bispos belgas pedem que o retorno das celebrações esteja em consonância com as linhas definidas pelo Conselho Nacional de Segurança da Bélgico, em 24 de abril.

França: bispos pedem que missas voltem antes do previsto

Na França, os bispos estão descontentes em face da demora do governo francês em autorizar a volta das missas públicas. O primeiro ministro do país, Édouard Philippe, anunciou, em 28 de abril, que a volta dos cultos deverá ocorrer apenas em 2 de junho, apesar das escolas e de alguns ramos do comércio poderem voltar no dia 11 de maio.

Os bispos franceses demonstraram o desejo de celebrar a missa de Pentecostes, em 31 de maio. O governo francês não cedeu a esse pedido. Os prelados se reuniram na segunda-feira, 4, em sessão extraordinária para discutir a situação.

“A vida espiritual, a vida sacramental e a vida litúrgica não são lazeres que podemos viver sem facilmente, nem são atividades sem importância social”, afirmou Dom Eric de Moulins-Beaufort, presidente da Conferência Episcopal Francesa, em 30 de abril.  Segundo o Prelado, “a participação da missa contribui para a paz dos corações, para a força nas tribulações, para a capacidade de guardar o coração e o espírito abertos e calmos em tempos difíceis e inquietos”.

 

Fonte: Cath.ch e Vatican News

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Prece on-line pelos atingidos pelo novo coronavírus

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05 de mai de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, esteve reunido virtualmente com líderes religiosos no domingo, 3, para uma prece pelos atingidos pelo novo coronavírus e os profissionais de saúde.

Organizado pela Confederação Israelita do Brasil (Conib), o encontro transmitido pelas redes sociais teve também a presença do rabino Michel Schlesinger, da Congregação Israelita Paulista; de Flavio Rassekh, membro do colegiado nacional dos Bahá’ís no Brasil; do Sheikh Mohamad Al Bukai; da Mãe Carmen de Oxum; e do Pastor Marcos Ebeling, do Sínodo Sudeste da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.

Em sua participação, o Cardeal Scherer ressaltou a importância da reunião com representantes de diferentes religiões, em um momento conturbado como o atual: “É muito bonito que nos reunamos para expressar desta forma a nossa proximidade e solidariedade com todos os que estão doentes, os que cuidam e os que não estão doentes”, afirmou.

“Gostaria de dizer, em nome da comunidade católica, que somos muito próximos e solidários a todas as famílias e com os que sofrem de várias maneiras, seja pela pandemia ou de outras formas. Há muito sofrimento no meio do nosso povo. Compartilhamos o medo, a angústia e, muitas vezes, quase o desespero de pessoas que veem como o chão subir debaixo de seus pés, e as cenas mais duras: quando alguém leva o seu pai ou uma pessoa querida ao hospital e tem que se despedir não sabendo se vai revê-la ainda viva, e não pode lhe dar assistência ou até mesmo um velório como gostaria”, expressou o Cardeal.

Dom Odilo disse que, em suas orações pessoais, inclui pedidos de “conforto, consolo e, ao mesmo tempo, fortaleza para aqueles que trabalham, para que continuem cuidando dos doentes, de modo particular, os médicos, enfermeiros e todos os que estão a serviço nas casas. Contem sempre com a nossa oração e nossa solidariedade”.

O Cardeal encerrou sua participação proferindo a seguinte oração:

“Senhor Jesus Cristo, Salvador do mundo, esperança que não desilude, tem piedade de nós e livra-nos do mal. A ti imploramos a vitória sobre o flagelo deste vírus, a cura dos doentes, a proteção dos que têm saúde e a proteção, também, para todos aqueles que cuidam dos doentes e enfermos. Mostra-nos o teu rosto misericordioso e salva-nos com teu grande amor. Tudo isso te pedimos pela intercessão de Maria, tua e nossa Mãe, que fielmente nos acompanha. Tu que vives e reinas pelos séculos dos séculos. Amém!”.

 

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Prender a respiração por alguns segundos não detecta fibrose pulmonar provocada pelo novo coronavírus

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04 de mai de 2020

De acordo com uma mensagem compartilhada nas redes sociais, manter a respiração presa por alguns segundos, permite o diagnóstico de fibrose pulmonar, que é causada pelo novo coronavírus. A informação atribui a técnica a médicos chineses.

O texto indica, ainda, o consumo de água a cada 15 minutos como método preventivo ao COVID1-19.

POR QUE?

A confirmação de contágio pelo novo coronavírus se dá por meio da coleta de materiais respiratórios, analisados em laboratório. As autoridades de saúde insistem que não há recursos caseiros com esta finalidade.

Sobre a segunda indicação mencionada na mensagem, os médicos reiteram que não foram desenvolvidas, até o momento, medicações preventivas à doença.

A orientação é seguir com o isolamento social e os cuidados com a higiene. O uso de máscara de tecido é aconselhado quando nos casos em que não é possível realizar a quarentena.

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Para combater as Fake News sobre saúde, o Ministério está disponibilizando um número de WhatsApp para envio de mensagens da população. Vale destacar que o canal não será um SAC ou serviço para esclarecer dúvidas dos usuários, mas um espaço exclusivo para receber informações virais, que serão apuradas pelas áreas técnicas e respondidas oficialmente se são verdade ou mentira.

Qualquer cidadão poderá enviar gratuitamente mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de continuar compartilhando. O número é (61) 99289-4640.

Além disso, o Governo do Estado de São Paulo disponibiliza um canal exclusivo no Telegram de combate notícias falsas sobre coronavírus.

(Com informações de Governo de São Paulo)

 

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Em Nova York, pelo menos 15 mortes de religiosos causadas pelo COVID-19

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01 de mai de 2020

Algumas instituições religiosas do estado de Nova York, nos Estados Unidos, foram atingidas fortemente pela pandemia do novo coronavírus. Uma dessas instituições, a Congregação das Irmãs de Maryknoll, está em busca de doações para cobrir os custos para o tratamento médicos das irmãs infectadas pela COVID-19.

Três irmãs dessa instituição faleceram e outras 30 foram testadas como positivas para o vírus. Outros dez funcionários da instituição também testaram positivo para a doença, e diversas outras irmãs apresentaram sintomas e estão sendo monitoradas.

Ao todo, 300 irmãs de Maryknoll vivem no convento na cidade de Ossining, a poucos quilômetros da cidade de Nova York, considerada o epicentro da epidemia no país.

“Lembramos a belas vidas de nossas irmãs que foram chamada à casa por Deus e rezamos para que nossas irmãs e funcionários se recuperem completamente e retornem para casa rapidamente”, diz mensagem publicada no site das irmãs.

Também em Ossining, os Padre de Maryknoll, ramo masculino da instituição, foram atingidos pela pandemia. Desde o começo de abril, dez padres faleceram e outros 15 testaram positivo para a COVID-19.

Missionárias da Caridade

As Missionárias da Caridade, fundadas por Santa Teresa de Calcutá, que tem um casa na cidade de Nova York, perderam, ao menos, duas irmãs com o novo coronavírus.

O Cardeal Timothy Dolan, Arcebispo de Nova York, postou um vídeo em sua página no Twitter, na  terça-feira, 27 de abril, descrevendo sua experiência em participar do enterro das duas missionárias da caridade no sábado, 25 de abril.

“Duas coisas se destacaram – disse o Arcebispo – afora a tristeza pela perda de duas irmãs”. Dolan impressionou-se com o fato de as irmãs continuarem com o seu serviço de cuidar dos mais pobres entre os pobres, mesmo em meio à pandemia, além de impressionar-se que uma das irmãs falecida, que foi uma das fundadoras da ordem. Irmã Francesca, morta pela COVID-19, foi uma das que trabalhou com Santa Teresa de Calcutá na fundação das Missionárias da Caridade.

No enterro, as irmãs disseram ao Arcebispo que ainda fornecem sopa aos necessitados e que os pobres e desabrigados aparecem todos os dias procurar ajuda.

“A Igreja está ativa em seu amor e serviço para os outros, como se vê nessas corajosas irmãs que colocam suas vidas em risco”, afirmou o Cardeal Dolan.

(Com informações de CNA)

 

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Pobres e imigrantes estão sem sustento devido a bloqueio pelo novo coronavírus

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30 de abril de 2020

Na África do Sul, a situação das pessoas mais vulneráveis está cada dia mais difícil, afirmaram religiosos Scalabrinianos à Agência Fides. As medidas do governo que requerem o bloqueio devido          à COVID-19 impedem que aqueles que dependem de uma renda diária para sobreviver tenham meios de obter alimentos.

“A situação é dramática tanto para os imigrantes quanto para os sul-africanos que vivem nas township”, explicou, de Johannesburgo, capital do país, o missionário scalabriniano Pablo Velásquez. As towship são áreas urbanas subdesenvolvidas que, sob o regime do Apartheid, eram reservadas à população negra.

“Há várias semanas, o governo impôs a quarentena e as pessoas acostumadas a sair para buscar comida encontraram-se sem nenhum sustento para elas e suas famílias. Aqui, toca-se com a mão o desespero. Recebo, em meu número pessoal, mensagens quase todos os dias de trabalhadores imigrantes desesperados, sem nada para comer. Alguns deles obtêm os únicos recursos para suas famílias que vivem em outros países africanos. Entre eles, há muito moçambicanos vítimas de exploração aqui na África do Sul”, continuou o religioso.

Centenas de pessoas chegaram às portas da Paróquia de São Patrício, ao sul de Johanesburgo, para receber um “pacote de alimentos”, composta por uma bolsa com produtos alimentícios básicos para suas famílias.

“O governo sul-africano exclui os estrangeiros de qualquer ajuda”, afirmou o Padre Pablo. “Em nossa Paróquia, estamos fazendo todo o possível para satisfazer as necessidades deste irmãos nossos que têm de romper as medidas restritivas impostas pelas autoridades para ir buscar comida”.

Os religiosos também encontram dificuldades para encontrar alimento. “É triste dizê-lo, mas se as coisas continuarem assim, nunca conseguiremos apenas com os nossos recursos. Até o momento, a comida distribuída em nossa igreja foi suficiente graças às doações de nossos fiéis durante a quaresma”, salientou o Sacerdote.

(Com informações da Agência Fides)

 

 

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Os olhares da periferia para o novo coronavírus

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29 de abril de 2020

Para muitos moradores dos bairros da periferia da cidade de São Paulo, manter-se em isolamento social, principal recomendação das autoridades de saúde para evitar a proliferação do novo coronavírus, é algo desafiador, quando não impossível. Há os que precisam sair de casa diariamente para trabalhar, muitas vezes em bairros distantes, e há os que, embora a rotina de atividades permita que permaneçam em seus lares, enfrentam resistência da própria família ou as limitações para o efetivo isolamento nas comunidades formadas pela aglomeração de casas e pequenos comércios.

O SÃO PAULO conversou com moradores de diferentes bairros periféricos para saber como têm convivido com as limitações sociais e os receios impostos pela pandemia do novo coronavírus.

ACESSE A VERSÃO DA REPORTAGEM NO JORNAL IMPRESSO

MUITA GENTE AINDA NÃO DÁ IMPORTÂNCIA

Com a suspensão das aulas na rede estadual de ensino, a auxiliar de limpeza Natália de Oliveira Souza Sá, 34, tem ido à escola onde presta serviços, na região Noroeste da cidade, uma vez por semana, e tenta se proteger do novo coronavírus como pode.

“Tomo a lotação usando máscara e luvas e passo álcool em gel. Muitas vezes, está cheia. A maioria das pessoas não toma esses cuidados. Eu tenho medo, mas a gente que é pai e mãe de família precisa sair de casa para trabalhar”, disse à reportagem.

Natália mora no Jardim Carumbé, no distrito da Brasilândia, que lidera a quantidade de pessoas mortas com COVID-19 na cidade: são 81 óbitos, conforme dados da Prefeitura de São Paulo de 27 de abril. Com a auxiliar de limpeza convivem os três filhos, de 18, 16 e 9 anos, além da nora, que está grávida.

“Meu filho mais velho fala pra eu usar uma coleira no pé e ficar presa dentro de casa, porque eu coloquei isso na cabeça. Quando ele sai, o meu filho pequeno se sente no direito de ir pra rua também. Nossa casa fica em uma viela, então, eles se sentem aprisionados. As casas aqui são coladas umas às outras. Eu me protejo, não quero pagar pra ver, pois sei que essa doença está aí”, comentou.

Aglomerações

Também no distrito da Brasilândia está localizada a Vila Penteado, onde Israel Neto, 32, mora com a esposa. Mano Réu, como é mais conhecido, é educador e também atua na área cultural com shows, palestras e oficinas. Desde o começo do isolamento social em São Paulo, ele apenas sai de casa quando necessário, por exemplo para comprar alimentos.

“Eu procuro estabelecimentos comerciais com poucas pessoas, tenho até ‘corrido’ de alguns mercados com filas muito grandes. Por aqui, as aglomerações são frequentes. Existem pequenos armazéns, cubículos com no máximo 3 metros quadrados, onde se encontram, às vezes, coisas um pouco mais baratas. Em uma das quitandinhas, aqui na rua de casa, você entra e encontra três, quatro pessoas lá dentro, todas sem qualquer proteção. O pessoal está nesta onda: ‘Estou no meu bairro, vou ao mercado, e não preciso me proteger, vou só atravessar a rua’”, avaliou Israel Neto.

Entre a festa e a angústia

Mano Réu acredita que as pessoas que saem de casa para trabalhar estão mais conscientes acerca dos riscos da doença, diferentemente de muitos que estão apenas em isolamento doméstico. “Vejo as pessoas na porta das suas casas com som alto, reunindo quatro, seis amigos, fazendo a festa, churrasco. Muitas vezes, são pessoas com vivência de vida, que têm informação”, comentou.

Natália, embora respeite o isolamento social, faz ressalvas à medida. “É muito complicado, pois você acaba se isolando da sua família, dos seus parentes, mas para trabalhar precisa sair. Esse isolamento não é justo. Na verdade, nem sei mais o que pensar. Só sei que estou ‘ficando louca’, pois sobram coisas pra resolver, você não pode sair, e quando vai trabalhar não sabe se quem está ao seu lado tem ou não essa doença”, desabafou.

Sensibilização

Israel Neto avalia que o poder público ainda não fez todas as mobilizações possíveis para conscientizar a população sobre os riscos da pandemia. Outro complicador, em seu entender, é que muitas pessoas constroem sua opinião sobre a COVID-19 em programas televisivos que nem sempre mostram a gravidade da situação.

Natália comentou que, mesmo com o aumento do número de casos na Brasilândia, nem todos acreditam nos riscos do novo coronavírus: “Conheço um senhor aqui do lado de casa que está com suspeita de COVID-19. Ele era um dos idosos que ficavam ‘zanzando’ pela rua e falando que essa doença era coisa da nossa cabeça”.

“Talvez o aumento do número de mortes sensibilize a população, mas sou um pouco pessimista: em um país onde morrem 60 mil pessoas por ano pela violência, talvez não haja tanta sensibilização por causa de 4 mil, 5 mil mortos”, concluiu Mano Réu. (DG)

 

E SE NEM TODOS RESPEITAM O ISOLAMENTO?

Aposentada há 15 anos, Valkiria Lozano Gomes, 54, tem passado a maior parte do isolamento social em sua casa no Parque Santa Amélia, no distrito de Pedreira, na zona Sul, às margens da Represa Billings, na divisa com os distritos de Cidade Ademar, Campo Grande, Cidade Dutra, Grajaú e com o município de Diadema.

Ela sai apenas para ir ao mercado e não tem participado de confraternizações familiares, nem visitado outras pessoas, pois acredita que a quarentena é uma questão de organização, sendo perfeitamente possível  observá-la.

Valkiria mora com os dois filhos, Leandro e Carolina, e o marido, Wilson. O filho e o esposo estão trabalhando em regime de home-office. Sua rotina não foi alterada, como contou ao O SÃO PAULO, e a aposentada procura manter a casa limpa e arejada: “Estou seguindo as orientações dos profissionais da saúde, usando um calçado para dentro de casa e outro quando tenho necessidade de sair. Quando chego, antes de entrar, tiro o calçado, as roupas e lavo as mãos na lavanderia, que fica ao lado da cozinha”.

A aposentada confia que o isolamento social é capaz de inibir a disseminação do novo coronavírus, mas lamenta que seus vizinhos estejam desobedecendo à recomendação da quarentena, mesmo que muitos estejam sem trabalhar. Um dos exemplos, segundo ela, pode ser visto nos supermercados do bairro, quase sempre lotados. (JS)

 

EM SERVIÇOS ESSENCIAIS

De segunda a sexta-feira, ela sai de casa, no bairro de Guaianases, na zona Leste, às 5h20, rumo ao hospital em que trabalha há 11 meses como recepcionista. O percurso de uma hora e 30 minutos é feito de ônibus, trem, metrô e caminhada de aproximadamente 10 minutos. Desde que a pandemia de coronavírus começou, Jayne Alves dos Santos, 26, utiliza máscara de proteção e leva consigo um frasco de álcool em gel para higienizar as mãos a cada integração no transporte público.

A zona Leste também é o ponto de partida para a jornada de trabalho de Antônio Augusto Lopes Júnior, 38, técnico em telecomunicações. Ele mora no distrito da Ponte Rasa e se desloca até o Bresser, bairro onde se localiza a sede da empresa prestadora de serviços na área de rede de TV a cabo. “Na rua, sempre higienizo as mãos e o carro, uma vez que muita gente tem acesso ao veículo para limpeza e manutenção na empresa. Temos recebido um produto para limpar o carro e o álcool em gel para as nossas mãos, além de máscaras e luvas. Com todas essas coisas, o trabalho fica mais lento, mas a gente usa, é importante se prevenir”, avaliou.

Também no hospital onde Jayne trabalha, os cuidados com a limpeza foram intensificados, de forma a manter os ambientes sempre organizados e arejados. As máscaras são trocadas a cada duas horas, e as mãos lavadas com frequência com água e sabão. Devido ao distanciamento social, as consultas e exames laboratoriais foram cancelados.

Ao chegar a casa

Assim que retorna do trabalho, Jayne deixa os sapatos no quintal e evita tocar em qualquer objeto antes de fazer sua higienização.

Lopes Júnior também tem redobrado os cuidados. “Antigamente, eu fazia menos trocas das roupas do uniforme. Agora, faço o revezamento das botas: saio com uma, a outra fica pra limpar. Troco a calça todo dia. Quando volto do trabalho, já busco trocar de roupa antes de entrar em casa e vou direto para o chuveiro me lavar”, detalhou.

O técnico em telecomunicações que vive com a esposa e o filho de 6 anos de idade acredita que não basta haver a quarentena sanitária. “O que resolverá é as pessoas se cuidarem, melhorarem o asseio. Eu melhorei demais em relação à lavagem das mãos, à própria roupa e limpeza da minha casa”, conta. Regularmente ele também visita os pais. “Vou à casa deles e volto pra casa, sem passar por outro lugar”, assegurou.

Jayne, além de ser recepcionista, complementa sua renda com serviços esporádicos de manicure e cabeleireira aos fins de semana. Nos poucos momentos de folga, ela, que mora com a filha, Kamila, de 9 anos, procura manter o distanciamento social, saindo de casa apenas em casos de extrema necessidade. “Sempre a oriento a ter o máximo de cuidado possível, explicando como está a situação atual. Peço que ela fique em casa e participe das aulas e atividades on-line. Também a deixo à vontade para brincar dentro de casa”, contou.

Olhando pra fora

Segundo Jayne, em Guaianases a maioria das pessoas tem respeitado o isolamento social: “Algumas pessoas estão respeitando o isolamento. Em dias anteriores à pandemia, havia pouca movimentação na rua, pois é um bairro muito tranquilo, o que ajudou no entendimento de que ficar em casa é a melhor escolha”, continuou.

Já na Ponte Rasa e no Bresser, por onde transita diariamente, Antônio observa uma realidade diferente. “Aqui na Ponte Rasa, perto da Avenida Governador Carvalho Pinto, na região mais conhecida como Tiquatira, principalmente aos sábados, é muito cheio. Os carros não param, é muita gente nas ruas sem máscara, sem proteção. Também perto da sede da empresa, no Metrô Bresser-Mooca, você vê gente aglomerada, sem proteção alguma, criança correndo e gente idosa”, relatou. (DG e JS)

 

DO OUTRO LADO DO CAIXA

Em uma rede de supermercados, há quatro anos e sete meses, Bruna Onória Batista, 23, trabalha como operadora de caixa. Diante do avanço da COVID-19, a jovem percebeu a adoção de algumas medidas de higiene em seu ambiente profissional.

Além do uso de máscaras ter se tornado obrigatório entre os colaboradores, o álcool em gel está ao alcance de todos: suportes com o produto foram colocados nas entradas principais do supermercado, à disposição dos clientes, bem como todos os operadores de caixa dispõem dele para higienização das mãos a cada novo consumidor atendido. Somado a isso, um suporte de acrílico foi colocado para evitar o contato entre os profissionais e as pessoas que pagam as compras, as máquinas de cartão e carrinhos são frequentemente limpos com álcool e os funcionários têm recebido formação sobre como se prevenir da doença.

No refeitório, a administração preparou o ambiente para que todos os funcionários lavem as mãos antes de ter contato com objetos e alimentos; os talheres, agora, são disponibilizados esterilizados e separados em um saco plástico, e os acentos foram dispostos com distanciamento mínimo de 1 metro.

Moradora da Vila Amália, na zona Norte, Bruna vai a pé ao trabalho em uma caminhada de cerca de 10 minutos. Ela afirmou que as medidas preventivas adotadas pela empresa lhe dão mais segurança para trabalhar, uma vez que sua função não permite cumprir o isolamento social: “Eu fico tranquila por ter todo o respaldo da empresa, como médico, enfermeira e equipamentos de proteção. Tomando esses devidos cuidados, é possível continuar a trabalhar”.

Em casa, ela não deixa de seguir as orientações das autoridades sanitárias: separa roupas e sapatos vindos da rua em um único ambiente, limpa as mãos e as superfícies com álcool em gel e lava todos os alimentos após a compra.

De hábitos caseiros, Bruna conta que tem conseguido lidar bem com a quarentena e evita receber visitas, bem como ir à casa de familiares e amigos.

A operadora de caixa acredita que o isolamento social irá diminuir o número de infectados pelo novo coronavírus, desde que haja uma maior conscientização da população em manter a quarentena e utilizar os recursos preventivos corretamente.

Bruna contou que a maioria dos moradores da Vila Amália não têm respeitado o isolamento social e permanecem nas ruas, sem máscaras ou qualquer proteção. (JS)

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Bruno Covas fala sobre o enfrentamento ao novo coronavírus na capital

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29 de abril de 2020

Em tempos de pandemia pelo novo coronavírus, os meios de comunicação da Arquidiocese de São Paulo têm feito um extensivo trabalho para levar aos fiéis da grande metrópole e de outras localidades informações seguras sobre a doença. Neste sentido, o departamento de jornalismo da rádio 9 de julho entrevistou, no dia 23, o Prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB).

O gestor municipal conversou,  por telefone, com o Padre Edimilson da Silva, da equipe de jornalismo, e explicou as principais medidas implantadas na cidade para o enfretamento da COVID-19.

INVESTIMENTO

Bruno Covas agradeceu aos moradores que estão seguindo a orientação de isolamento como forma diminuir o número de afetados por coronavírus evitando, desta forma, um possível colapso na rede de saúde pública e privada.

O prefeito lembrou que a administração municipal vem aumentando as aç ões para os cuidados hospitalares: “Estamos fazendo a nossa parte com o número de leitos, sejam de UTI [unidade de terapia intensiva] e de enfermagem, para poder atender toda a população. Praticamente triplicamos a quantidade de leitos na cidade de São Paulo”, disse, completando que este investimento só trará resultados com apoio da população em aderir a quarentena.

REABERTURA DAS IGREJAS

Ao ser perguntado sobre a reunião on-line que realizou com a bancada dos vereadores cristãos da cidade, Bruno Covas afirmou que está em discussão formas para que os templos religiosos possam reabrir suas portas, respeitando as medidas de distanciamento social e higiene.

“A população da cidade de São Paulo tem muita fé. Nós temos aqui uma convivência pacífica entre todas as religiões. Reconhecendo o trabalho assistencial que precisa permanecer e o serviço religioso que as igrejas fazem, que é tão importante, é de forma adaptar para permanecerem abertas neste momento de pandemia”, frisou.

FLEXIBILIZAÇÃO DA QUARENTENA

O Prefeito de São Paulo reiterou que as medidas estabelecidas desde o início da pandemia foram pautadas em pesquisas e informações orientadas pela equipe da área da saúde – vigilância sanitária, médicos especialistas que “apontam as necessidades, por isso, começamos fechando alguns equipamentos públicos – teatros, museus, clubes, parque, escolas municipais. Depois, fomos ampliando para o setor privado, começando pelo comércio de bens e mercadorias e depois de serviços, tudo sempre apontado pela equipe médica”.

Segundo Bruno Covas, vem sendo estudada a necessidade de manter as restrições ou a flexibilização do isolamento social na cidade, e que um possível retorno gradativo irá depender das indicações médicas, tendo como prioridade a preservação da vida: “O vírus é uma realidade, um perigo que temos enfrentado e que precisa da atenção das pessoas. É nessa linha que nós vamos tomar nossas decisões”,

OUÇA A ENTREVISTA COMPLETA

 

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Missas com o povo voltam a ser celebradas no Vietnã

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28 de abril de 2020

Devido à grande eficácia da gestão da pandemia de COVID-19 e a limitada difusão da doença no Vietnã, a comunidade católica do país já pôde voltar a celebrar missas públicas.

De acordo com a Agência Fides, no último fim de semana, as três dioceses católicas do país asiático (Vinh, Ha Tinh e My Tho) retornaram a uma espécie de “semi-normalidade” depois que o governo flexibilizou as medidas anti-coronavírus.

Até então, como tem acontecido em diversos países, inclusive no Brasil, as liturgias eram celebradas sem o povo e transmitidas pelos meios de comunicação.

CUIDADOS

Na sexta-feira, 24, o Bispo de Vinh, Dom Alphonse Nguyên Huu Long, diocese com cerca de 290 mil fiéis, autorizou que os sacerdotes voltassem a celebrar a Eucaristia com a presença de fiéis. Contudo, o Prelado pediu que as celebrações fossem breves, com uma pequena presença de fiéis e com respeito ao distanciamento social, limitando também à celebração de duas missas durante a semana e quatro aos domingos.

Os bispos reiteraram a recomendação para que os idosos e pessoas consideradas do grupo de risco para desenvolver a forma grave da doença permaneçam em casa.

Também foram autorizados os atendimentos de confissões, respeitando o distanciamento social e medidas de proteção, como o uso de máscaras.

As demais atividades coletivas como encontros, retiros, cursos, catequeses, festas de padroeiros e adorações eucarísticas que gerem aglomerações permanecem suspensos.

ZERO MORTES

A disposição dada pelos líderes da Igreja foi possível porque nos últimos dez dias não houve aumento de casos de coronavírus no Vietnã, exceto por dois jovens estudantes que retornaram do Japão onde estavam por razões de estudo, e testaram positivo para doença, sendo imediatamente isolados.

Um dos países do sudeste asiático que faz fronteira com a China – e, portanto, muito mais próximo do que outros do epicentro inicial da pandemia mundial –  o Vietnã apresentou um resultado muito satisfatório no enfrentamento da pandemia.

O país agora tem um número total de 270 pacientes infectados com um número quase equivalente de pessoas que receberam alta e, sobretudo, com saldo zero de mortes.

CONTROLE DA PANDEMIA

O Vietnã é um dos poucos países do mundo que pode exibir esse resultado, apesar de ter sido um dos primeiros a registrar o vírus que atravessou as fronteiras chinesas em 23 de janeiro.

Atualmente, quase 70 mil pessoas estão em quarentena e mais de 350 estão alojadas em unidades de saúde especiais.

O Vietnã, como outros países, registrou casos em pacientes que não vieram da China, mas que contraíram o vírus de outra pessoa que havia visitado Wuhan, como provavelmente aconteceu com os dois estudantes que retornam do Japão.

MEDIDAS PRECOCES

No entanto, o pequeno, mas densamente povoado país asiático, adotou medidas de bloqueio muito precoces que impediram a propagação da COVID-19: bloqueios seletivos – em parte ainda ativos – que levaram ao fechamento total de áreas ou aldeias inteiras.

Esse modelo de “gestão controlada”, também confiado à responsabilidade dos indivíduos e ao forte senso de responsabilidade de cada cidadão em relação a toda a comunidade, foi seguido por outros países da região.

No Vietnã, existem mais de 6,3 milhões de católicos, o que representa cerca de 7% da população de 95 milhões de habitantes.

(Com informações da Agência Fides)

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A PM também está na luta contra o inimigo invisível

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28 de abril de 2020

A Pastoral da Comunicação (Pascom) da Região Episcopal Lapa conversou com o Tenente Coronel Evanilson Corrêa de Souza, paroquiano da Paróquia Santo Antônio de Pádua, no Jardim Bonfiglioli, Setor Pastoral Rio Pequeno.

O tenente é o atual comandante do 11ºBPM/M da Polícia Militar de São Paulo, sendo responsável pela segurança pública da região que compreende desde os Jardins e Bela Vista até a Mooca. Coronel Souza, como é conhecido, falou sobre as muitas missões e ações da instituição.

Vida na comunidade de fé

Ao lado da esposa, Ana Beatriz, Coronel Souza já coordenou o Encontro de Casais com Cristo (ECC) da Região Lapa e atualmente participa do ministério de música da Paróquia Santo Antônio de Pádua. O casal também colaborara na Paróquia Santo Alberto Magno, no Setor Pastoral Butantã.

Ele é filho de Dona Vilma de Souza, 83, e do professor e capitão PM reformado Souza, 89, ambos há mais de 60 anos participando da Pastoral da Catequese e como Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão.

Ampla atuação

Coronel Souza explicou que normalmente os policiais militares que atuam no policiamento ostensivo das comunidades são chamados para coibir ocorrências de perturbação do sossego, denúncias de tráficos de drogas, violência doméstica e repressão ao crime para a manutenção da ordem pública. Porém, nestes mesmos locais, a PM atende diversos chamados de cunho social, sejam para socorros a idosos, acidentes domésticos e até partos, como o ocorrido em 14 de abril, no quintal de uma habitação coletiva no Jardim Santo André, extremo Leste da capital paulista. A mãe Rosenique Moneus Antilus, uma haitiana que mal falava português, deu à luz a uma menina pelas mãos da policial Pâmela, acompanha na ação pelo soldado Novaes.

O Coronel Souza também lembrou que em 12 de abril, no Domingo de Páscoa, na Comunidade Sapé, na zona Oeste de São Paulo, após mobilizarem empresários e instituições parceiras da região, policiais militares da 3ª Companhia do 23º Batalhão, comandada pelo Capitão Vicente, no Butantã, promoveram uma distribuição de ovos de páscoa para crianças e cestas básicas para as famílias vulneráveis. Equipados com luvas e máscaras de proteção contra a COVID-19, sob a liderança do Sargento Fantini, os policiais, numa ação solidária e de proteção à vida, orientavam quanto às formas e à importância de as pessoas se protegerem do novo coronavírus.

Mudanças na rotina dos quartéis

Perguntado sobre quais mudanças ocorreram na rotina no quartel diante da pandemia do novo coronavírus, o Coronel lembrou que os policiais militares atuam em contato direto com a população.

Quanto às mudanças no interior dos quartéis, informou que os policiais de atividades administrativas, que trabalham na maior parte do tempo em horário de expediente, em atividades burocráticas, foram divididos em equipes, cujos turnos acompanham os colegas que trabalham diretamente nas ruas, no serviço operacional do policiamento ostensivo.

Esta postura foi adotada com o objetivo de prover efetivo de reserva na hipótese de substituições de policiais, que por ventura venham a sofrer baixas pela suspeita ou contaminação por COVID-19.

A estratégia adotada pelo comando da instituição não indica que os policiais do serviço administrativo tenham menor chance de contaminação, mas sim uma tomada de atitude preventiva, porque o policiamento ostensivo funciona ininterruptamente.

Mudança na rotina das ruas

Coronel Souza comentou que há a preocupação de assegurar que os mais de 90 mil mulheres e homens que trabalham na Polícia Militar estejam física e mentalmente sãos para bem atender a população. Como os mais velhos e as pessoas com doenças de base são mais suscetíveis à COVID-19, houve o afastamento compulsório dos policiais, “mas já testemunhamos pessoas aparentemente saudáveis sucumbirem diante da contaminação do coronavírus. Isto, infelizmente aconteceu, inclusive com policiais militares”, comentou.

A estratégia de comando tem sido oferecer muita informação aos policiais e buscar da maneira mais rápida, eficiente e legal a aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). “No início, como em todo o país, houve escassez de produtos utilizados na proteção individual e desinfecção. Os preços abusivos e a falta de insumos no mercado mostrou uma fase difícil de ser encarada. Mesmo assim, aqui no nosso batalhão, como em outras unidades da PM, a solidariedade e integração social, frutos do policiamento comunitário, imperaram e conseguimos doações vindas de parceiros diversos, que colaboraram com o fornecimento de álcool em gel, máscaras de proteção e luvas, além de produtos e equipamentos para desinfecção das viaturas. Tudo foi sendo usado até que as aquisições em grande escala fossem feitas pelas Diretorias de Logística e de Finanças da Policia Militar, permitindo que todo policial tivesse o EPI-COVID19, contendo Luvas, máscaras e álcool gel”, afirmou.

O Comando da PM elaborou uma edição emergencial dos Procedimentos Operacionais Padrão (POP) específico para a pandemia. O POP “Atuação Policial-Militar em face do novo coronavírus” contempla, entre outras orientações, atendimento ao público, higiene e proteção pessoal no serviço e nas trocas de turnos de serviço. Assim, as abordagens são feitas com máscaras e luvas, havendo tanto nas viaturas quanto com os próprios policias um kit pessoal do EPI-COVID19, que é utilizado tanto nas abordagens quanto em conduções de presos e socorro às pessoas, além de borrifadores para aplicação de solução desinfetante à base de água e cloro no interior das radiopatrulhas.

“Nossos policiais precisam estar protegidos, proteger os cidadãos que atendem, assim como aos seus entes, ao chegarem às suas casas”, comentou.

Fiscalização de estabelecimentos

O Coronel Souza lembrou que compete à PM fazer com que se cumpra o decreto 64.881, que estabeleceu no estado de São Paulo quais seriam os serviços essenciais de funcionamento. “Apesar de haver algumas divergências, a grande maioria dos proprietários dos estabelecimentos acatou as normas da quarentena e não houve dificuldade em realizar fiscalização naquilo que está na esfera de competência da Polícia Militar. No geral, os comerciantes foram muito atenciosos e compreensivos, apesar de demonstrarem evidente preocupação com a economia, porém entendendo as necessidades sociais e o papel primordial da Polícia neste contexto, uma vez que mais uma vez o policiamento comunitário reinante na região estabelece uma ponte de cooperação social e humanitária. Este fenômeno se repetiu também com quase todas as igrejas e templos da região”, comentou.

Vizinhança Solidária

Quanto aos núcleos dos Programas de Vizinhança Solidária (PVS), o Coronel Souza assegura que os resultados foram além do esperado. “A partir do momento em que os núcleos de vizinhança solidária são criados, forma-se na comunidade uma rede de atenção e solidariedade. Na área de nosso comando, os PVS fomentam a preocupação com o próximo e mostram que os problemas nos lares são comuns, as soluções são semelhantes e muitas vezes coletivas. Dessa forma, basta que o policial que atende àquele núcleo envie uma mensagem (Whatsapp) de alerta e orientação quanto aos procedimentos durante a pandemia, seja de prevenção à saúde ou segurança e toda a rede multiplica a informação de forma solidária. Mas como dissemos, os resultados foram além, pois as redes de solidariedade formaram grupos de apoio aos vulneráveis da COVID-19 e os integrantes dos grupos de risco passaram a ser assistidos pelos vizinhos solidários na compra de alimentos, limpeza, itens de segurança recepção em portarias de condomínios e até cuidar de filhos e netos. Simplesmente fantástico”.

Ainda de acordo com o Coronel Souza, neste tempo também foram elaboradas muitas redes de coleta e distribuição de alimentos, organizados pelas igrejas, quartéis e ONGs. “Vide as paróquias de Santo Antônio de Pádua, Santo Alberto Magno e aqui, na área do 11º Batalhão, a Nossa Senhora Achiropita e outras comunidades. Os donativos e colaborações comunitária vêm de todos os lados.

A missão continua

Coronel Souza lembra que a missão de servir e proteger, da Polícia Militar, sempre foi pela defesa da vida e agora, no meio de toda a tensão gerada no meio do campo de batalha contra o novo coronavírus a missão, mais do que nunca se mostra humanitária.

Por fim, o Tenente Coronel Evanilson Corrêa de Souza deixou a seguinte mensagem: “conte com a Polícia Militar. Às vezes, pode chegar um policial com cara de bravo e carrancudo, mas se você precisar ele não vai lhe abandonar, afinal ele não pode ficar em casa, ele sai para trabalhar com chuva, frio, greve, rebeliões e até mesmo contra esse inimigo invisível, para proteger a todos. A PM é do povo”.

 

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