‘Que Deus nos dê sempre deste pão da vida’

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29 de abril de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa na capela de sua residência nesta quarta-feira, 19, memória litúrgica de Santa Catarina de Sena.

Como tem acontecido desde o início das medidas de isolamento social para conter o avanço da pandemia de COVID-19, a celebração foi transmitida pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese o Facebook.

PÃO DESCIDO DO CÉU

Na homilia, Dom Odilo refletiu sobre o trecho que Evangelho do dia (Jo 6,35-40), em que Jesus se apresenta como o pão da vida, aquele que veio do céu para alimentar a vida da humanidade.

Jesus afirmou, ainda que desceu do céu não para fazer a sua vontade, mas a vontade daquele que o enviou. “E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia”, disse o Senhor.

O Cardeal destacou que, assim como há pessoas que sentem a fome e a sede do alimento do corpo, há aqueles que vivem a vida sem sentido, “sem aquele pão que mata toda a fome, aquela água viva que mata toda sede”. “Que Deus nos dê sempre deste pão da vida, da sua Palavra, da Eucaristia”, acrescentou.

PERSEGUIÇÃO

Referindo-se à primeira leitura (At 8,1b-8), que narra a perseguição à comunidade cristã nascente, o Arcebispo destacou que os seguidores de Cristo se dispersaram e, ao mesmo tempo, tornaram-se missionários, pregando o Evangelho por onde passavam e formando novas comunidades cristãs. 

Entre os perseguidores daquela época estava Saulo, que, como ressalta o texto,  “devastava a Igreja: entrava nas casas e arrastava para fora homens e mulheres, para atirá-los na prisão”.

Esse mesmo perseguidor, depois, tornou-se Paulo, o apóstolo dos gentios, após ser surpreendido pelo próprio Cristo no caminho para Damasco. “É possível imaginar a força do encontro que ele teve com Cristo, a ponto de se converter... Como os cainhos de Deus são imperscrutáveis, não são como os nossos caminhos. Só pela graça de Deus é possível essa conversão. Paulo foi alcançado por Deus”, afirmou o Cardeal, acrescentando que de devastador, Paulo se tornou edificador da Igreja.

“Peçamos a Deus a graça de uma Igreja missionária. E a graça da conversão de todos nós e de todos aqueles que perseguem a Igreja e possam também se colocar ao lado de Cristo, pão da vida”, concluiu Dom Odilo.

ROMARIA A APARECIDA

Antes da bênção final, Dom Odilo reforçou o convite a povo para que se una espiritualmente à realização da 119ª Romaria da Arquidiocese de São Paulo a Aparecida, no próximo domingo, 3 de maio.

Este ano, devido à pandemia de COVID-19, não haverá a participação de fiéis na missa que o Cardeal Scherer presidirá no Santuário Nacional, às 12h. Contudo, a celebração será transmitida, ao vivo, pela TV Aparecida, pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

As famílias também são convidadas a participarem da preparação da romaria, a partir desta quarta-feira até sábado, 2 de maio, por meio da oração do Rosário e da Ladainha de Nossa Senhora. 

“Nós faremos nossa romaria de uma forma diferente, mas sem deixar de colocar nas mãos e no coração de Nossa Senhora Aparecida as nossas intenções e súplicas e também as intenções de toda a nossa Arquidiocese”, afirmou Dom Odilo.

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‘A fé é provada no sofrimento e na perseguição’

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28 de abril de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa na manhã desta terça-feira, 28, na capela de sua residência, transmitida pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

MARTÍRIO DE ESTÊVÃO

Na homilia, Dom Odilo refletiu sobre a Primeira Leitura (At 7,51-8,1a), que relata o apedrejamento de Estêvão, o primeiro mártir cristão. O Arcebispo ressaltou que o diácono foi morto por testemunhar sua fé na Ressureição de Jesus e, mesmo enquanto é apedrejado, novamente dá um testemunho de esperança ao olhar para o céu e dizer: “Estou vendo o céu aberto, e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus”.

“Essa esperança não é só de Estevão, mas de todos os cristãos, de estarem um dia com Jesus Ressuscitado, sentado à direita de Deus”, afirmou o Cardeal, recordando, ainda, que antes de morrer, Estêvão, seguindo o exemplo de Cristo, clamou a Deus que acolhesse seu espírito e gritou: “Senhor, não os condenes por este pecado”.

“Estevão imita Jesus na sua morte, entrega a sua vida a Deus e morre mártir por Jesus Cristo. Assim como ele, tantos ao longo da historia e ainda hoje dão a vida por Cristo por meio do martírio”, sublinhou o Arcebispo, acrescentando que “a fé é provada no sofrimento, na perseguição e na contradição”.  

Outro detalhe destacado pela leitura é a presença do jovem Saulo, que não só testemunhou o assassinato de Estevão como o texto enfatiza que ele aprovou seu apedrejamento. E é mesmo livro dos Atos dos Apóstolos que vai narrar, em seguida, o encontro de Saulo com Jesus e sua conversão, tornando-se Paulo, o apóstolo dos gentios.

PÃO DA VIDA

Já o Evangelho do dia (Jo 6,30-35) continua o discurso de Jesus sobre o Pão da Vida. Quando questionado pela multidão sobre que sinal ele realizaria para que pudessem crer nele, a exemplo do maná no deserto, o Senhor respondeu: “Em verdade, em verdade, vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”.

Em seguida, a multidão pede desse pão do qual fala Jesus. Então, ele afirma: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”.

Recordando que neste período de pandemia, os cristãos estão impossibilitados de receber a comunhão eucarística devido às medidas de isolamento social, Dom Odilo destacou o sentido da expressão “quem vem a mim” e reiterou: “É possível ir a Ele pela fé, acolhê-lo e aceitá-lo pela fé”, lembrando, ainda, que por meio da Palavra de Deus também alimenta-se do Senhor.

ROMARIA ARQUIDIOCESANA

No fim da missa, o Cardeal reforçou o convite ao para o povo que acompanhe, de suas casas,  a 119º Romaria da Arquidiocese de São Paulo, no próximo domingo, 3 de maio. A missa presidida por ele e concelebrada pelos bispos auxiliares no Santuário Nacional, às 12h, não terá a presença de fiéis, mas será transmitida, ao vivo, pela TV Aparecida, pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

Como preparação para a romaria, o Cardeal pediu para que as famílias se reúnam em suas casas para rezar o Rosário e a Ladainha de Nossa Senhora a partir da quarta-feira, 29.   

 

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‘Crer em Jesus e em sua Palavra, esta é a obra de Deus’

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27 de abril de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa desta segunda-feira, 27, na capela de sua residência, transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

Na homilia, Dom Odilo comentou o episódio narrado pela primeira leitura (At 6, 8-15), que destaca o testemunho do Diácono Estevão.  “Cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo”, diz o texto, acrescentando que sua pregação chamou a atenção das autoridades judaicas que subornaram algumas pessoas para que espalhassem calúnias sobre ele, o que acabou o levando ao martírio.

O Cardeal ressaltou o quanto a calúnia, a corrupção o suborno e as chamadas fake news (notícias falsas) não são coisas apenas dos dias atuais. “Quem inventa calúnia contra o próximo causa dano também a si mesmo, pois te torna uma pessoa de pouco valor e credibilidade”, afirmou.

VERDADEIRO ALIMENTO

Refletindo sobre o Evangelho (Jo 6,22-29) que continua a narrar os fatos que se sucederam à multiplicação dos pães, o Arcebispo enfatizou que a multidão ia atrás de Jesus pois teve a fome saciada e o Senhor, por sua vez, exortou: “Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do homem vos dará”.  

Quando indagado pela multidão sobre o que é preciso fazer para realizar as obras de Deus, Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”. “Jesus se refere a si mesmo, enviado por Deus para dar ao mundo à verdade... Crer em Jesus e em sua Palavra, esta é a obra de Deus”, reforçou o Dom Odilo.

“Peçamos que Deus nos ajude a escolher sempre aquilo que é bom, o que é reto, aquilo que vem de Deus. Nunca prejudicar alguém com mentiras, calúnias.. fazer sempre prevalecer a verdade”, enfatizou o Cardeal.

DIGNIDADE DE CRISTÃOS

E, seguida, o Arcebispo mencionou oração da liturgia do dia, que diz: “Ó Deus, vós que mostrais a luz da verdade aos que erram para que possam voltar ao bom caminho, concedei a todos os que se gloriam da vocação cristã rejeitem o que opõe a este nome e abracem quanto possa honrá-lo”.

“Recebemos a alta dignidade de filhos e filhas de Deus e nosso dever é viver de acordo com essa dignidade e não manchá-la”, afirmou o Cardeal, explicando que o cristão desonra essa dignidade quando não se comporta como filho de Deus, ao pecar, faltar com a verdade e com a caridade.  

“O pecado e as nossas ações tem uma repercussão sobre os outros. Quando alguém mancha a dignidade de cristão é responsável por manchar a dignidade de todos os cristãos”, salientou o Arcebispo.

RECOMENDAÇÕES

No fim da missa, como tem feito todos os dias, Dom Odilo reforçou seu apelo para que as pessoas continuem a seguir as orientações e determinações da autoridades sanitárias para evitar a disseminação do novo coronavírus.

“Muitos estão com vontade de sair de casa, de voltar a trabalhar, até por necessidade. Mas precisamos ficar em casa e continuar a nos cuidar”, recomendou.

O Arcebispo recordou, ainda, a que no próximo domingo, 3 de maio, acontecerá 119º Romaria da Arquidiocese de São Paulo a Aparecida (SP).

Este ano, devido às medidas de isolamento social para conter o avanço da pandemia de COVID-19, a romaria não contará com a presença dos fiéis. Apenas irão o Arcebispo e os bispos auxiliares, acompanhados de alguns padres, que celebrarão uma missa no Santuário Nacional às 12h, transmitida pela TV Aparecida, rádio 9 de Julho e mídias sociais da Arquidiocese.

O Cardeal motivou todo o povo estar em comunhão com esse momento de fé e devoção, acompanhando a celebração de suas casas, reunidos em família, e a se preparem para o evento, a partir da quarta-feira, 19, com a recitação do Rosário e da Ladainha de Nossa Senhora.

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Cardeal Scherer: ‘Nós somos a Igreja Católica Apostólica’

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25 de abril de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo presidiu a missa na manhã deste sábado, 25, festa litúrgica de São Marcos Evangelista. A Eucaristia celebrada na capela de sua residência foi transmitida pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

EVANGELISTA

Na homilia, Dom Odilo explicou que embora São Marcos não tenha sido um dos 12 apóstolos, fui muito próximo deles, tanto que São Paulo e São Pedro manifestam sua estima por ele em suas cartas.

Primo de Barnabé, São Marcos acompanhou o Apóstolo São Paulo em sua primeira viagem e depois o seguiu até Roma. Foi discípulo de São Pedro e foi a partir de sua pregação que escreveu o Evangelho. Também é atribuída a ele a fundação da Igreja de Alexandria.

“Celebrando a festa do evangelista, lembramos de algo fundamental: Nós somos a Igreja Católica Apostólica. Ela se edifica sobre o fundamento dos apóstolos, por isso, não se inventa ou se reinventa a cada instante. A Igreja se renova, porém a sua fé é a mesma em qualquer parte do mundo”, ressaltou o Arcebispo.

ÚNICO FUNDADOR

Recordando uma das primeiras descrições da Igreja relatada no livro dos Atos dos Apóstolos, Dom Odilo reforçou que a comunidade dos cristãos “perseverava na doutrina dos apóstolos, nas orações e na fração do pão”.

Mantenhamos unidos na nossa fé. Não vamos atrás de qualquer pregador ou fundador de igrejas. Temos um único fundador que é Jesus Cristo, todos os outros somos suas testemunhas e servidores.

ROMARIA ARQUIDIOCESANA

No fim da missa, Dom Odilo reforçou seu convite para a realização da 119º Romaria da Arquidiocese de São Paulo a Aparecida no dia 3 de maio.

Este ano, devido às medidas de isolamento social para conter o avanço da pandemia de COVID-19, a romaria não contará com a presença dos fiéis. Apenas irão o Arcebispo e os bispos auxiliares, acompanhados de alguns padres, que celebrarão uma missa no Santuário Nacional às 12h, transmitida pela TV Aparecida, rádio 9 de Julho e mídias sociais da Arquidiocese.

O Cardeal motivou todo o povo estar em comunhão com esse momento de fé e devoção, acompanhando a celebração de suas casas, reunidos em família.

ROSÁRIO EM FAMÍLIA

Em carta enviada a toda a Arquidiocese no dia 21, Dom Odilo pediu que haja uma preparação para a romaria, por meio da oração do Rosário e da Ladainha de Nossa Senhora, em família, nos dias que antecedem o evento: 29 e 30 de abril e 1º de maio.

“Colocaremos nas mãos e no coração de Nossa Senhora Aparecida as nossas paróquias e comunidades, as famílias e cada pessoa. Rezaremos especialmente pelos pobres e os doentes e por aqueles que cuidam deles. Pediremos a Nossa Senhora, ‘Auxílio dos Cristãos’ e ‘Saúde dos Enfermos’, que olhe por todos com carinho maternal”, afirmou o Cardeal, na carta.

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‘Não cabe a nós escolher quem pode viver ou quem deve morrer’

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24 de abril de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo presidiu a missa desta sexta-feira, 24, na capela de sua residência, na intenção do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5581, que visa descriminalizar o aborto para mulheres grávidas infectadas como zika vírus.

“Pedimos a Deus que ilumine os ministros que devem fazer esse julgamento para que tomem a decisão certa. Nosso posicionamento é sempre em defesa da vida e da dignidade humana e não cabe a nós escolher quem pode viver ou quem deve morrer”, afirmou o Arcebispo, enfatizando, ainda, que “a vida é sempre um dom, mesmo quando ela não é perfeita ou completa”. 

Protocolada em 2016 pela Associação Nacional dos Defensores Públicos (ANADEP), a ação teve a votação adiada em maio do ano passado e começou a ser votada nesta sexta-feira, por meio de voto escrito, em plenário virtual do STF.

O MILAGRE

Na homilia, Dom Odilo refletiu sobre o Evangelho do dia (Jo 6,1-15), que inicia uma longa narrativa sobre a vida pública de Jesus, que começa com o milagre da multiplicação dos pães. O Cardeal chamou a atenção para alguns aspectos dessa cena. Um deles é que o povo em grande quantidade seguia Jesus, em primeiro lugar, por causa dos doentes que ele curava. “É por isso que a Igreja, ao longo dos tempos, sempre teve especial atenção pelos doentes”, destacou.

Outro detalhe destacado pelo Cardeal é a multidão reunida em torno do Mestre em um lugar onde não havia como se alimentar e Jesus se preocupa em dar o alimento “não só da Palavra, mas também do corpo”. Jesus, então, perguntou a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?”.

Em seguida, o Senhor multiplicou e partilhou com a multidão os cinco pães e dois peixes que havia com um menino. O Cardeal observou que todos se alimentaram bem e ainda sobraram 12 cestos, que Jesus mandou que fossem recolhidos e não desperdiçados.

PÃO DA VIDA

Dom Odilo recordou, ainda, que, nesse momento de crise, muitas pessoas já não têm o que comer e, por isso, a sociedade precisa de organizar para quer todos possam se alimentar e que não haja desperdício de alimentos. “O desperdício ofende a Deus e ao próximo”, disse. 

O Arcebispo também explicou que esses sinais realizados por Jesus, em seguida, ao longo do Evangelho, ajudam a compreender que Jesus é o verdadeiro pão da vida. “O pão de cada dia nos nutre e precisamos dele para a vida deste mundo, mas precisamos do pão que nutre para a vida eterna”.

IGREJA DE CRISTO

A primeira leitura da missa (At 5,34-42) narra como terminou o julgamento dos Apóstolos no Sinédrio. Enquanto eram acusados, correndo o risco de serem mortos por anunciarem a ressurreição de Jesus, levantou-se um fariseu chamado Gamaliel que, com sabedoria, aconselhou os mestres a lei a deixarem os réus irem embora.

“Cuidado para não vos pordes em luta contra Deus!”, alertou o fariseu, que disse, ainda: “Se este projeto ou esta atividade é de origem humana será destruído. Mas, se vem de Deus, vós não conseguireis eliminá-los”.

A partir dessas palavras, Dom Odilo ressaltou que, ao longo dos séculos, foram muitas as pessoas que desejaram o fim do cristianismo e da Igreja. “As portas do inferno não vão prevalecer contra ela. Nós que estamos à frente da Igreja podemos errar, ser pecadores, mas a Igreja não vai acabar, por vem de Deus”, afirmou, destacando que essas palavras de Gamaliel no início do caminho dos cristianismo continuam a sustentar a Igreja ao longo de sua história.

DIGNIDADE HUMANA

Por fim, lembrando novamente o julgamento no STF, o Cardeal pediu que os responsáveis pelo julgamento “coloquem a cabeça no lugar e não se ponham a julgar contra o próprio Deus; que tenham a ajuda do Espírito Santo e não se oponham àquilo que é bom, justo, verdadeiro e respeitoso: a dignidade da pessoa humana”.

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‘A verdadeira fé consiste em crer em Jesus Cristo, Filho do Deus vivo’

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23 de abril de 2020

Na missa desta quinta-feira, 23, na capela de sua residência, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, destacou novamente que o centro da fé cristã é reconhecer Jesus Cristo como verdadeiro Filho de Deus, enviado pelo Pai para salvar a humanidade.   

A liturgia da segunda semana da Páscoa continua relatando o testemunhos dos apóstolos sobre o Ressuscitado (At 5,27-33). Eles haviam sido proibidos de ensinar em nome de Jesus e, quando interrogados pelo sumo sacerdote no Sinédrio, Pedro respondeu: “É preciso obedecer a Deus, antes que aos homens”.

“Eles falam da ressurreição de Jesus com muita firmeza, tanto assim que as autoridades não sabem o que dizer e querem matá-los”, explicou o Cardeal, ressaltando que essa perseguição dispersou os apóstolos para várias regiões, o que também fez deles missionários, espalhando a fé cristã por toda parte.

“Vemos como, por meio do Espírito Santo, a Palavra de Jesus na boca dos apóstolos continua viva, produzindo o efeito”, acrescentou o Cardeal. 

AQUELE QUE VEM DO CÉU

Já o trecho do Evangelho do Dia (Jo 3,31-36) ainda relata o diálogo de Jesus com Nicodemos. “É uma longa catequese não apenas para Nicodemos. É também para nós”, salientou o Arcebispo, ao destacar que Jesus novamente reforça a verdade de que ele vem de Deus.

“Aquele que vem do céu está acima de todos. Dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu testemunho”, disse Jesus.

“Jesus está unido a Deus Pai, que o enviou ao mundo para falar a palavra da verdade. Quem o aceita, aceita Deus, aceita a vida, aceita a salvação. Quem não aceita Jesus, a Palavra de Deus, coloca-se contra a vida”, enfatizou Dom Odilo.

Nesse sentido, o Cardeal reforçou a importância de todos os cristãos se darem conta de que a verdadeira fé consiste em crer em Jesus Cristo, Filho do Deus vivo.  “Este é o centro da nossa fé católica... O reconhecimento de Deus por meio de Jesus Cristo, na graça e na ação do Espírito Santo”, sublinhou.

COMUNHÃO COM A PARÓQUIA

Antes da bênção final, Dom Odilo se dirigiu aos fiéis impedidos de participarem dos sacramentos devido à quarentena para evitar a disseminação do novo coronavírus. 

“Continuemos a viver este tempo em que estamos limitados a ter que ficar em casa, a renunciar a muitas de nossas atividades, também na Igreja. Por enquanto, ainda estão suspensas as celebrações com a participação do povo”, afirmou o Arcebispo, reiterando que os padres continuam a celebrar a Eucaristia em favor do povo e orientou os fiéis a procurarem acompanhar essas celebrações, por meio das plataformas digitais, mantendo-se unidos às suas comunidades paroquiais. 

O Cardeal recomendou, ainda, que as pessoas “olhem com carinho” para as necessidades de suas paróquias. “A Paróquia também tem contas a pagar e precisa contar com os paroquianos para a sua sustentação... Sabemos das dificuldades gerais que existem, mas, compartilhando, não vai faltar para ninguém”, completou.

Desde o início das medidas de isolamento social para conter o avanço da pandemia de COVID-19 e a suspensão das celebrações religiosas com a presença de fiéis nas igrejas, as missas presididas pelo Cardeal Scherer em sua residência são transmitidas todos os dias, às 7h, pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

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‘Nossa pobreza é enriquecida com a grandeza de Deus’

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22 de abril de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa na capela de sua residência, na manhã desta quarta-feira, 22, transmitida pelo rádio e pelas mídias digitais.

Na homilia, refletindo sobre o Evangelho do dia (Jo 3,16-21), que continua o relato do diálogo entre Jesus e Nicodemos, Dom Odilo ressaltou a afirmação de Jesus considerada o cerne de todo o Evangelho: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”.

“Deus, no seu imenso amor, na sua imensa misericórdia, enviou seu Filho ao mundo. Jesus veio ao mundo, assumiu a nossa condição, fez a sua habitação no meio de nós por amor”, enfatizou o Cardeal.

O Arcebispo afirmou, ainda, que, em uma cultura como atual, na qual todos desejam obter uma vantagem sobre as coisas, a única vantagem de Deus é ver o seu amor estendido e torna-lo conhecido ao maior número de pessoas em benefício dessas mesmas pessoas. “Nós temos tudo a ganhar com o amor que Deus nos manifestou em Cristo Jesus”, acrescentou.

Enfatizando o mistério da encarnação de Jesus, celebrado no Natal, o Arcebispo reitera: “Nossa pobreza é enriquecida com a sua grandeza, com a sua divindade”, sublinhou.

LUZ DE DEUS

Nesse trecho do Evangelho, Jesus também revela a Nicodemos que é a luz que veio ao mundo. “Jesus veio trazer ao mundo a luz para que todos possam ver, sair das trevas e caminhar na luz de Deus”, afirmou Dom Odilo, recordando que a luz é um dos símbolos do Batismo, quando a pessoa batizada recebe a vela acessa na chama da círio pascal.

“Todos os que são batizados participa da luz de Cristo ressuscitado, para também serem iluminados na sua vida, serem filhos da luz, saírem das trevas, viverem segundo a verdade de Deus”.

SAUDADE DA EUCARISTIA

No fim da missa, Dom Odilo se dirigiu a todas as pessoas que neste momento estão impossibilitadas de participar dos sacramentos, sobretudo da Eucaristia. “Há muitas pessoas com saudades da igreja, com vontade de voltar a receber a comunhão. Isso é muito bom, é verdadeiro”, afirmou.  

O Arcebispo ressaltou que Eucaristia é o dom preciso de Jesus deixou à Igreja. “Por meio deste sacramento, Jesus entrega sua vida continuamente por nós. Enquanto não podemos fazer, unamo-nos a ele, renovando a nossa fé e a nossa adesão a ele”, concluiu.   

Desde o início das medidas de isolamento social para conter o avanço da pandemia de COVID-19 e a suspensão das celebrações religiosas com a presença de fiéis nas igrejas, as missas presididas pelo Cardeal Scherer em sua residência são transmitidas todos os dias, às 7h, pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

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‘Peçamos a Deus a graça de valorizar o Batismo que recebemos’

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20 de abril de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa na manhã desta segunda-feira, 20, na capela de sua residência, transmitida pelo rádio e pelas mídias digitais.

Na homilia, Dom Odilo recordou que a liturgia do Tempo Pascal ajuda os cristãos recordarem os fundamentos da sua adesão a Jesus Cristo, como é o caso do trecho do Evangelho do dia (Jo 3,1-8), que inicia o relato do diálogo de Nicodemos com Jesus.

NASCER DO ALTO

O membro do grupo dos fariseus foi ao encontro do Senhor durante a noite e manifestou apreço por Jesus, a quem reconheceu como um mestre enviado por Deus. “Nicodemos tem um bom discernimento, foi a Jesus com o coração aberto, reconhecendo que ele trazia uma mensagem de Deus”, destacou o Arcebispo.

O chefe judaico, no entanto, foi surpreendido com a afirmação de Jesus que o intrigou: “Em verdade, em verdade, te digo, se alguém não nasce do alto, não pode ver o Reino de Deus”.

“O que é esse nascer do alto?”, indagou o Cardeal, explicando que nessa cena, o evangelista faz uma referência muito clara ao Batismo. “Jesus indica a Nicodemos o caminho da purificação. Nascer de novo significa mudar de vida, tornar-se uma nova pessoa... A água do Batismo, da regeneração”, ressaltou o Arcebispo, acrescentando que a vida segundo o Espírito significa não viver segundo as paixões, instintos, vícios e pecados humanos. 

FILIAÇÃO DIVINA

O Cardeal destacou a oração da liturgia do dia, que faz referência a três grandes realidades significadas no Batismo: “Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos para alcançarmos a herança prometida”.

“Quem nos dá esse coração de filhos é o Espirito Santo que também nos dá a graça de reconhecer a Deus como Pai. O Batismo nos faz familiares de Deus. Fomos adotados como filhos de Deus por meio do seu Filho”, enfatizou Dom Odilo, reforçando que não basta para o cristão apenas chamar Deus de Pai, mas é preciso ter a atitude de filhos de Deus e, consequentemente, de irmãos em relação ao próximo.

HERANÇA PROMETIDA

Quanto à herança prometida da qual pede a oração, o Arcebispo explicou que essa é vida eterna, “os bens de Deus que já nesta vida recebemos pela fé e um dia serão plenos, quando formos chamados para contemplar a face de Deus, sermos salvos”.

“Peçamos a Deus a graça de valorizar o Batismo que recebemos, a nossa condição de cristãos. Que Deu nos ajude a vivermos a graça dessa filiação divina, a graça santificadora que nos fez nascer do alto”, concluiu o Cardeal.

FIQUE EM CASA

No fim da missa, como tem feito todos os dias, Dom Odilo reiterou sua recomendação para que as pessoas sigam as medidas de isolamento social orientadas pelas autoridades de saúde. “A maneira mais eficaz de prevenir a doença neste momento é ficando em casa”, disse.

Para as pessoas que precisam sair de casa para uma necessidade essencial, o Arcebispo aconselhou que sejam tomados todos os cuidados de prevenção para evitar o próprio contagio e das outras pessoas.

Desde o início das medidas de isolamento social para conter o avanço da pandemia de COVID-19 e a suspensão das celebrações religiosas com a presença de fiéis nas igrejas, as missas presididas pelo Cardeal Scherer em sua residência são transmitidas todos os dias, às 7h, pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

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‘A mensagem da Páscoa deve renovar a nossa pertença à igreja, testemunha da ressurreição’

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18 de abril de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa na manhã desde sábado da Oitava da Páscoa na capela de sua residência, transmitida pelo rádio e pela internet.

A liturgia do dia apresenta um trecho do Evangelho de São Marcos (Mc 16,9-15) que traz um resumo dos acontecimentos após a ressurreição de Jesus e o quanto foi difícil inicialmente para os apóstolos acreditarem que o Senhor realmente havia ressuscitado.

FÉ NA RESSUREIÇÃO

Na homilia, Dom Odilo observou que, mesmo diante da incredulidade dos apóstolos, Jesus os confirmou e os enviou em missão.

O Cardeal também ressaltou que, ainda hoje, há católicos que têm duvidas sobre a ressurreição do Senhor, como mostrou o levantamento de campo da realidade religiosa da cidade, realizado pelo sínodo arquidiocesano.

Este Evangelho, acrescentou o Arcebispo, “mostra a fragilidade de quem era encarregado do anuncio do Evangelho” e, também o quanto “a lógica de Deus realmente é desconcertante”, pois Ele escolheu homens simples que por si sós não teriam a força para anunciar o Evangelho, “mas o Senhor estava com eles”.

TESTEMUNHO DOS APÓSTOLOS

“O fato da ressurreição era tão forte que os apóstolos não podiam negar, mesmo sendo homens frágeis e simples”, afirmou Dom Odilo, recordando que, mesmo quando ameaçados pela autoridades judaicas por anunciarem o Evangelho, eles afirmavam: “Não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos”.

O Arcebispo enfatizou que, para quem continua a achar que a ressurreição de Jesus é uma invenção, “temos o testemunho dos apóstolo, dos santos e da Igreja ao longo desses dois mil anos”. “A mensagem da Páscoa deve renovar a nossa pertença à igreja, testemunha da ressurreição”, afirmou.

VESTE BATISMAL

Na conclusão da missa, Dom Odilo recordou que, segundo uma tradição da Igreja primitiva, os novos cristãos permaneciam com a veste branca recebida no Batismo na Vigília Pascal durante toda a semana da Páscoa. No segundo domingo da Páscoa, os neófitos depunham essas vestes e começavam a viver no dia a dia.  

“A veste branca fala da dignidade dos filhos de Deus”, sublinhou o Cardeal, mencionando a oração da liturgia do dia, que pede: “Dai aos que renasceram pelo Batismo a veste da imortalidade”.

“Que ao longo de toda a vida não percamos esta dignidade e que por ela possamos ser acolhidos na eternidade”, completou o Arcebispo.

DIA DO SENHOR

O Arcebispo convidou o povo para celebrar o Dia do Senhor em suas casas, em família, acompanhando as celebrações transmitidas por suas paróquias e comunidades, seguindo as recomendações das autoridades para conter a pandemia de COVID-19.

Neste Domingo da Misericórdia, dia 19, o Cardeal presidirá a missa às 11h, transmitida pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

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‘Jesus é o centro da nossa pregação’

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17 de abril de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa desta sexta-feira da Oitava da Páscoa, 17, na capela de sua residência, transmitida pelas mídias digitais.

Na homilia, Dom Odilo refletiu sobre as leituras do dia, que continuam relatando o testemunho dos apóstolos sobre a ressureição e seu encontro com o Ressuscitado.

A PREGAÇÃO DE PEDRO

A primeira leitura (At 4,1-12), mostra a pregação de Pedro ao povo, afirmando que aquele Jesus que que foi rejeitado é o Cristo, o ungido de Deus. “Ao ouvi-lo, muitos se arrependeram e pediram o Batismo e, assim, a comunidade cristã ia crescendo pouco a pouco”, destacou o Cardeal.

O Arcebispo ressaltou, ainda, que a Igreja continua a fazer hoje o que Pedro fez: anunciar o Ressuscitado. “A Igreja não prega uma doutrina, prega Jesus e, naturalmente, o que ele ensinou e deixou como exemplo, como caminho a seguir, como exemplo e vida a imitar”, afirmou, reforçando:  “Jesus é o centro da nossa pregação. Não são histórias que inventamos. Os apóstolos foram presos e julgados por essa pregação e, no tribunal, reforçaram esse testemunho”.

OUVIR A PALAVRA

Já o Evangelho do dia (Jo 21,1-14) narra um novo encontro do Ressuscitado com os apóstolos, dessa vez, à beira do mar de Tiberíades, enquanto pescavam. Ao responderem que não haviam conseguido pescar nada durante a noite, Jesus lhes diz: “Lançai a rede à direita da barca, e achareis”. Depois disso, conseguiram pescar uma grande quantidade de peixes.

Então, São João o reconhece e diz: ‘É o Senhor!”. “Os apóstolos os reconheceram ao ouvir sua palavra. Também hoje, lendo o Evangelho com fé, reconhecemos a voz de Jesus e a termos um encontro com sua Palavra”, destacou Dom Odilo.

DOMINGO DA MISERICÓRDIA

Na conclusão da missa, o Cardeal recordou que no próximo dia 19, a Igreja celebra Domingo da Misericórdia, quando Jesus entrega aos apóstolos o poder do perdão dos pecados, para levarem a misericórdia de Deus a todas as pessoas.

Nesse sentido, o Arcebispo exortou que este tempo de pandemia  e isolamento social é propício para a prática das obras de misericórdia, por meio do cuidado dos doentes e das pessoas que sofrem, como também pela oração constantes pelos vivos e falecidos.

Dom Odilo também recomendou que as pessoas continuam a seguir as medidas preventivas para evitar o contagio da COVID-19, permanecendo em suas casas e acompanhando as celebrações pelas mídias.

EM COMUNHÃO COM O POVO

O Cardeal reconheceu que para muitos fiéis é um grande sacrifício não poder participar presencialmente da missa, sem poder receber a Eucaristia. “Mas, assim que passar essa pandemia e que houver menos risco, poderemos, sim, voltar às nossas igrejas e celebrar com a participação do povo”, afirmou.

Dom Odilo afirmou que, para ele e para os demais sacerdotes também é estranho celebrar missa sem poder ver o povo, olhando apenas para uma câmera. Contudo, ele recordou que toda Eucaristia é sempre celebrada em favor do povo e em seu nome, sendo que quem preside, em primeiro lugar, é o próprio Cristo, sumo e eterno sacerdote. “Pela fé, estamos todos unidos a Ele”, concluiu.

As missas presididas pelo Cardeal Scherer em sua residência são transmitidas todos os dias, às 7h, pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

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