‘Como os apóstolos, nós somos testemunhas da ressurreição’

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16 de abril de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, deu continuidade à reflexão sobre os testemunhos da ressurreição de Jesus na missa desta quinta-feira da Oitava da Páscoa, 16, na capela de sua residência, transmitida pelas mídias digitais.

O Evangelho do dia (Lc 24,35-48) apresenta o testemunho dos discípulos de Emaús aos apóstolos sobre o encontro que tiveram com o Ressuscitado pelo caminho. De repente, o próprio Jesus se manifestou a todos eles.

VIRAM E CRERAM

Na homilia, Dom Odilo destacou que o medo e o susto tomaram os discípulos ao verem Jesus e explicou que esse sentimento é comum com todos aqueles que se encontram com o divino. Jesus, no entanto, os tranquiliza, dizendo” “Sou eu mesmo”, lhes dá a paz, tira-lhes as dúvidas, mostrando suas mãos e os pés traspassados. “Os apóstolos veem e creem”, afirmou o Cardeal. 

“Dessa forma, Jesus procura acalmar o ânimo de seus apóstolos ainda assustados e diz uma palavra fundamental: “Vós sereis testemunhas de tudo isso”.

O Livro dos Atos dos Apóstolos mostra que os seguidores de Cristo, de fato, deram testemunho do Ressuscitado até a morte. Tanto que a primeira leitura da missa (At 3,11-26), mostra o discurso de Pedro à multidão, reafirmando que em Jesus se cumpriram as escrituras e que nele Deus realizou o que havia prometido aos profetas e patriarcas.

RENOVAR A FÉ

“Nós celebramos a Páscoa para fortalecer e renovar a fé e a alegria de cristãos. Como os apóstolos, nós somos testemunhas da ressurreição”, enfatizou o Cardeal, acrescentanto:

“Que o Senhor ressuscitado fortaleça a todos nós, dando-nos firmeza na fé, tão necessária para esses momento. Dar testemunho da fé segundo o Evangelho é o chamado de todos nós”.

RECOMENDAÇÕES

No fim da missa Dom Odilo novamente orientou os fiéis a seguirem as recomendações das autoridades sanitárias para evitar a disseminação do novo coronavírua e cuidarem das saúde uns dos outros.

Também recomendou que os católicos procurem se manter ligados às suas comunidades paroquiais e grupos eclesiais, por meio das plataformas digitais.

“Isso nos mantém unidos na pequena Igreja domestica, à paroquia e na universalidade da Igreja”, afirmou.

EM COMUNIDADE

“Somos cristãos católicos na comunidade de fé, não sozinhos e isolados” reiterou o Arcebispo, enfatizando que a vida cristã deve ser cultivada na comunidade de fé.

Nesse sentido, o Cardeal pediu que as pessoas continuem a apoiar o trabalho de caridade das comunidades com os mais pobres, doentes e pessoas aflitas elas consequências da pandemia e recomendou, ainda, que continuem a ajudar com a sustento das paróquias, por meio do dízimo e das ofertas, para que elas possam arcar com suas despesas fixas de manutenção e com funcionários, para continuarem realizando sua missão evangelizadora.

Desde o início das medidas de isolamento social para conter o avanço da pandemia de COVID-19 e a suspensão das celebrações religiosas com a presença de fiéis nas igrejas, as missas presididas pelo Cardeal Scherer em sua residência são transmitidas todos os dias, às 7h, pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

ASSISTA AO VÍDEO DA MISSA DESTA QUINTA-FEIRA:

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‘Que a fé pascal nos renove no ardor missionário e na caridade’

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15 de abril de 2020

Na missa desta quarta-feira da Oitava da Páscoa, 15, na capela de sua residência, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, ressaltou que a Palavra e os Sacramentos são os meios pelos quais Jesus Ressuscitado se faz presente e atua no meio da humanidade.

O MILAGRE DE PEDRO

Na homilia, Dom Odilo refletiu sobre a primeira leitura (At 3,1-10), que narra o milagre de Pedro que curou o paralítico na porta do templo. Ao se aproximar daquele homem que pedia esmolas, o Apóstolo lhe disse: “Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho te dou” e, então, o curou.

O Cardeal explicou que Pedro fez aquilo que Jesus mandou que os apóstolos fizessem. “São sinais, portanto, de que Jesus continuava atuar por meio dos apóstolos, na Igreja que, assim, nascia e, em nome dele, anunciava o Evangelho, chamava à conversão e realizava os sinais dos sacramentos”, enfatizou.

“Essa mesma atuação de Jesus continua na Igreja hoje. Mesmo que não aconteçam todos esses sinais e milagres. Hoje os sinais são dos sacramentos por meio do qual o Ressuscitado continua presente a agindo”, continuou o Arcebispo.

DISCÍPULOS DE EMAÚS

Comentando o Evangelho (Lc 24,13-35) que trata do encontro dos discípulos de Emaús com o Ressuscitado, Dom Odilo explicou que, ao se aproximar dos dois que caminhavam desolados, Jesus começou a lhes explicar a escrituras e seus corações se reaqueceram na fé. “É Jesus presente na Igreja por meio de sua Palavra”, afirmou.

O evangelista conta que, em seguida, sentado à mesa, Jesus tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e o distribuiu. Os olhos dos discípulos se abriram eles o recomecem ao partir o pão. “Esse é gesto essencial da Eucaristia instituída pelo Senhor na última ceia. A Palavra e os sacramentos são sinais de Jesus vivo e presente no meio de nós”, destacou o Cardeal.

Por fim, Dom Odilo sublinhou que após o reconhecerem, os discípulos voltaram para Jerusalém para contar os demais discípulo que viram o Ressuscitado. Saíram em missão. “Que a fé pascal nos renove no ardor missionário e na caridade”.

Desde o início das medidas de isolamento social para conter o avanço da pandemia de COVID-19 e a suspensão das celebrações religiosas com a presença de fiéis nas igrejas, as missas presididas pelo Cardeal Scherer em sua residência são transmitidas todos os dias, às 7h, pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

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‘A ressurreição de Jesus é uma verdade do céu’

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14 de abril de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa desta terça-feira da Oitava da Páscoa,  14, na capela de sua residência, transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

Dom Odilo ofereceu a Eucaristia por todos os doentes e recordou, de modo particular, os padres que estão com COVID-19. Segundo ele, pelo menos cinco sacerdotes da Arquidiocese estão com a doença. 

GRAÇA DO BATISMO

Na homilia, Dom Odilo explicou que a liturgia desta semana da Páscoa é marcada pelo testemunhos do encontro com o Ressuscitado e pelo Batismo.

“No Batismo, morremos ao homem velho e ressurgimos para a nova criatura em Cristo. E por isso mesmo, já vivemos a graça da participação dos frutos da ressureição, da remissão dos pecados e da filiação divina”,  afirmou o Cardeal, que acrescentou:

“Ao longo desta semana, pedimos a Deus que valorizemos a graça do nosso Batismo. Pedimos que Deus aumente em nós a fé, a esperança e a caridade”.  

O Arcebispo mencionou o pedido feito na oração do dia: “acompanhais o vosso povo com vossos dons celestes, para que, tendo conseguido a verdadeira liberdade, possa um dia alegrar-se no céu, como exulta agora na terra”.

ENCONTRO COM O RESSUSCITADO

Ao comentar o Evangelho do dia (Jo 20,11-18), que narra o encontro de Maria Madalena com o Ressuscitado e seu testemunho aos apóstolos: “Eu vi o Senhor”, o Cardeal destacou que, ao se aproximar do túmulo vazio, Maria encontrou dois anjos que, como explicou Dom Odilo, comprovam que “a ressurreição de Jesus é uma verdade do céu, é um dom de Deus, algo que Ele realizou”.

Ao se dirigir a discípula, Jesus fez uma afirmação, que Dom Odilo considera reveladora:  “Ainda não subi para meu Deus e vosso Deus, meu Pai e vosso Pai”.

“Jesus está diante de Deus Pais de uma maneira única. Com Jesus, somos feitos filhos de Deus e também estamos diante o Pai. Ele nos introduz na casa do Pai. Esta graça nos é comunicada pelo Batismo”, ressaltou.

CUIDAR UNS DOS OUTROS

Antes da bênção final da missa, o Arcebispo renovou sua recomendação para que todos permaneçam em suas casas, como têm orientado as autoridades sanitária para evitar a disseminação do novo coronavírus. Dom Odilo mais uma vez dirigiu suas preses aos doentes e a todos aqueles que estão sofrendo direta ou indiretamente com a pandemia.

“Procurem espalhar a alegria e a esperança. Vamos superar esta pandemia com o mínimo possível de sofrimento e de vítimas. Cuidemos bem uns dos outros. A saúde é o dom mais precioso que temos”, exortou o Cardeal.  

EM COMUNHÃO COM A PARÓQUIA

Como tem feito desde o início do isolamento social, Dom Odilo pediu aos fiéis que busquem estar unidos espiritualmente às suas comunidades eclesiais. “Continuem ligados a sua paróquia, essa é a sua Igreja, a sua comunidade concreta, onde você está inserido na grande Igreja”, destacou.

Por fim, o Cardeal pediu a todo povo que não se esqueça de ajudar os pobres e as muitas organizações da Igreja que realizam esse serviço para com os mais necessitados.  “Ajudem, apoiem de todas as formas que puderem, para que essas obras continuem a realizar seu trabalho também em nosso nome”, afirmou.

As missas presididas por Dom Odilo são transmitidas diariamente, às 7h, pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

ASSISTA AO VÍDEO DA MISSA DESTA TERÇA-FEIRA: 

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Dom Odilo: ‘Jesus não está mais no túmulo. Está vivo no nosso meio’

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13 de abril de 2020

“Hoje quero rezar pelos médicos, enfermeiros e todos que estão no hospital cuidando da saúde das pessoas e, também aos que expõem a sua vida no dia a dia nas ruas, pessoas que estão expostas ao risco de contágio e cuidam para que nossa cidade funcione”, disse o Cardeal Odilo Pedro Scherer no início da Missa da Oitava da Páscoa em sua residência, nesta segunda-feira, 13, transmitida pelas redes sociais da Arquidiocese e pela rádio 9 de Julho.

BATIZADOS E INSERIDOS NA FÉ

O Arcebispo de São Paulo afirmou, na homilia, que toda a Liturgia da Oitava da Páscoa - semana em que a Igreja celebra a Páscoa como se fosse um único dia - está voltada para o Batismo. Ele recordou que os batizados nos períodos antigos tinham atividades após receberem o sacramento, para confirmar a fé e assim serem inseridos na Igreja. Hoje, porém, muitas vezes, esse caminho é esquecido.

“Não basta ser batizado. É preciso perseverar e continuar a viver a graça do Batismo e também se inserir no caminho de fé na comunidade cristã. Ninguém é batizado pra viver sozinho, de maneira isolada, como se não tivesse fazendo parte da Igreja. Quem é batizado faz parte da Igreja, comunidade de fé e, por isso mesmo, deve caminhar em comunhão.”

AS CRIANÇAS NA COMUNIDADE

Dom Odilo falou sobre o papel dos pais na inserção na comunidade das crianças que  são batizadas, pois eles vão aprendendo aos poucos em sua família, com os gestos de fé e da vida cristã.

O Arcebispo disse que alguns pais têm medo de levar os filhos pequenos nas missas, porque eles brincam e choram, mas reforçou que esse choro dos pequeninos é “sinal de esperança e alegria” da inserção na comunidade, pois aos poucos eles vão aprendendo com os pais.

“Se a criança ficar sempre em casa e nunca for à Igreja antes da primeira Comunhão, vai ser difícil criá-la na Igreja após receber a Eucaristia. Desde pequenina, ela precisa ser levada à Igreja, para começar a se sentir parte e se reconhecer dentro da comunidade”, completou.

NÃO TENHAIS MEDO

“São Mateus diz que as mulheres voltaram rapidamente do túmulo depois que viram o anjo dizer que Jesus Ressuscitou. Voltaram com muito medo, mas, ao mesmo tempo, com muita alegria. Dois sentimentos que não são necessariamente opostos” disse o Cardeal sobre o Evangelho do dia.

Dom Odilo ressaltou que esse medo é devido o susto de estar diante de Deus. O Arcebispo recordou que Moisés ficou com medo, assim como os apóstolos diante de Jesus Ressuscitado, e igualmente Maria quando no anúncio do Anjo. Todos, porém, assumiram sua missão, pois esse medo é o fato de estar diante de Deus.

“Estar diante de Deus nos coloca em uma situação de temor é o que acontece também com as mulheres, quando percebem que ali Deus está agindo, que ali é um fato de Deus e quando Jesus se aproxima delas, logo elas também se aproximam de Jesus, mas ainda com aquele medo. Jesus, porém, diz ‘não tenhais medo’”.

O TÚMULO VAZIO

O Cardeal reforçou que naquela época muitas especulações surgiram após morte de Jesus, e sobre o roubo do seu corpo, pois muitas noticias falsas eram espalhadas.

O Arcebispo concluiu, recordando que Jesus Ressuscitado apareceu em diversos momentos para diversas pessoas, muitas vezes em situações frágeis. As mulheres, primeiras testemunhas e mensageiras da Ressurreição, por exemplo, naquele período eram muito desacreditadas, mas Deus quis manifestar a sua gloria por meio delas.

“Existia tudo isso, mas Jesus Ressuscitado é testemunhado, apesar de todas essas situações. Jesus não esta mais no túmulo. Ele está vivo no nosso meio. O Cristo esta glorificado e as formas como as aparições são narradas mostram que é o mesmo Jesus, não de uma forma terrena, mas gloriosa”, concluiu.

 

 

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Páscoa em família: ‘O Ressuscitado está no meio de nós’

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12 de abril de 2020

“A vida venceu a morte, o amor venceu o ódio e a maldade. Deus é o Senhor da vida. Nós renovamos essa proclamação de fé  neste domingo da Páscoa com toda a nossa convicção”. Com essas palavras, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, iniciou uma das duas missas da Páscoa da Ressurreição do Senhor que ele presidiu neste domingo, 12, em sua residência.

Devido às medidas de isolamento social para conter a pandemia de COVID-19, as celebrações foram transmitidas pela página da Arquidiocese no Facebook, sendo que a missa das 11h também foi transmitida pela rádio 9 de Julho.

Dom Odilo ofereceu a missa pela intenção dos doentes, especialmente os que sofrem com o novo corona vírus, seus familiares e todos aqueles cuidam da saúde da população. Ele recordou, ainda, de todos aqueles que, devido ao isolamento social, passarão este dia em sozinhos.

TÚMULO VAZIO

Na homilia, Dom Odilo ressaltou que mensagem da liturgia deste domingo está centrada na Ressurreição de Jesus, ao narrar o encontro dos apóstolos com o túmulo vazio. “Jesus não está mais no sepulcro, mas na glória de Deus. Seu corpo  massacrado na Paixão está vivo não mais para este mundo, mas foi glorificado”, destacou, acrescentando que os apóstolos viram o túmulo vazio e creram naquilo que o Senhor lhes avia dito anteriormente.

O Arcebispo recordou, ainda, que Cristo se manifestou aos seus discípulos e lhes renovou o chamado para que eles deem testemunho da sua ressureição. “De fato, aquilo que nós ouvimos e lemos a respeito de Jesus são testemunho daquilo que os apóstolos deram de que Jesus é realmente o Filho de Deus”, frisou.

PÁSCOA EM FAMÍLIA

Dom Odilo afirmou, ainda, que cada cristão é convidado a ter o encontro profundo e verdadeiro com o Ressuscitado, sobretudo, neste ano, em que as pessoas estão impossibilitadas de se aproximarem dos sacramentos nas igrejas, devido à pandemia.

“Somos chamados a um ato de fé mais profundo, na Palavra que nos é dirigida e dá testemunho da ressureição de Jesus. Na comunhão da comunidade de fé daqueles que creem na ressurreição”, exortou o Arcebispo, reforçando que a casa de cada cristão é um lugar onde o Ressuscitado está.

FÉ RENOVADA

“A renovação da fé no Senhor ressuscitado é fundamental para a nossa vida. A Igreja vive da fé em Jesus ressuscitado, é a base para a nossa vida cristã”, completou Dom Odilo, salientando que a ressureição é um fato sobrenatural na história humana. Deus entra na história e muda o seu curso.

O Cardeal explicou, ainda, que sem a fé na ressureição, é possível crer no Evangelho enquanto “palavras bonitas e até poéticas”. Também é se acredita em alguém que usou palavras fortes, como um profeta, com alguém que ensinou a viver a religião de um modo correto. “Isso também fazem tantos pregadores, que se apresentam como profetas, fundadores de religião... Mas a fé na ressureição confirma que Jesus é o Filho de Deus”, enfatizou.

GRAÇA BATISMAL

A Páscoa também é ocasião de renovar graça recebida no Batismo, tanto que na noite do Sábado Santo, durante a Vigília Pascal, os fiéis renovaram as promessas batismais.  “Pelo Batismo, aderimos a Jesus Ressuscitado, sepultamos o homem velho e ressuscitamos com Cristo para vivermos uma vida nova”, afirmou Dom Odilo.

O Arcebispo acrescentou que, pela fé, os cristãos, embora ainda com o corpo mortal, são chamados a viver como ressuscitados, mencionando a Carta de São Paulo aos Colossenses, que diz: “Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus”.

“Essas palavras nos recordam a graça do nosso Batismo e nosso chamado a renovar a nossa vida cristã dia a dia, para vivermos como Cristo ressuscitado, como pessoas pascais”, reforçou Dom Odilo.

‘ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS’

No fim da celebração, o Cardeal renovou sua saudação pascal desejando que o dia da Páscoa seja vivido na alegria, na intensidade da fé no Senhor ressuscitado “que está no meio de nós”.

Dom Odilo também lembrou que neste domingo, às 14h, acontecerá o ato de consagração da América Latina e do Caribe à Nossa Senhora de Guadalupe, transmitido pelos meios de comunicação de inspiração católica diretamente do México. “Peçamos a Nossa Senhora de Guadalupe proteção para a saúde de todos os nossos povos”, concluiu.

 

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‘Somos chamados a viver uma vida nova em Cristo Ressuscitado’

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11 de abril de 2020

Na noite desse Sábado Santo, 11, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a solene Vigília Pascal na capela do Seminário de Teologia Bom Pastor, no Ipiranga.

Considerada a “mãe de todas da vigílias”, essa celebração anuncia a Ressureição de Jesus Cristo. Devido às medidas de isolamento social recomendadas pelas autoridades para conter a pandemia do novo coronavírus, a missa não teve a participação do povo e foi transmitida pelos meios de comunicação.

Também por esse motivo, liturgia da missa foi simplificada. Desta vez não houve a benção do fogo novo, como de costume. Mas o Círio Pascal, sinal do Ressuscitado, foi aceso e apresentado solenemente com o refrão: “Eis a Luz de Cristo”.

Em seguida, houve a proclamação solene da Páscoa, com o tradicional hino do Precônio Pascal que, em um dos versos diz: “No esplendor desta noite que viu ressurgir Jesus do sepulcro, exultemos: Pela vitória da Cruz!”

LEITURAS

Na celebração deste ano, não foram proclamadas as sete leituras do Antigo Testamento, que narram a história da salvação do povo de Israel, mas três.

A primeira leitura (Gn 1,1-26.31a) narrou a criação do mundo e do homem e da mulher à imagem e semelhança de Deus.

“Essa leitura é como um poema que fala das maravilhas de Deus: criação. Deus abençoou a criação, viu que tudo era bom”, explicou Dom Odilo, recordando, ainda, que, no salmo entoado logo em seguida (Sl 103) “pedimos que Deus envie o Espirito criador, que agora e sempre de novo renove a face da terra”.

A segunda leitura (Gn 22,1-2.9a, 10-13.15-18), recorda a cena de Deus que pede a Abraão que sacrifique o seu filho Isaac. Contudo, o patriarca do povo hebreu foi poupado por Deus que enviou um cordeiro para ser sacrificado no lugar do menino. Dom Odilo ressaltou que esse sacrifício é imagem do sacrifício de Cristo, o cordeiro de Deus oferecido pelo Pai para salvação da humanidade.

A passagem do povo hebreu pelo Mar Vermelho, narrada pelo livro do Êxodo – (Ex 14,15-30–15,1), foi a terceira leitura proclamada na Vigília. “Essa é a passagem da escravidão no Egito para a liberdade, é a imagem do nosso Batismo. Passamos pela água do Batismo para chegar à liberdade dos filhos de Deus”, comentou o Arcebispo.

MANIFESTAÇÃO DA GLÓRIA DE DEUS

Em seguida, foi recitado o hino de louvor “Glória a Deus nas alturas” e as velas do altar foram acesas pela mesma luz do Círio Pascal. Depois, foi proclamada a leitura do Novo Testamento (Rm 6,3-11), na qual o Apóstolo São Paulo afirma: “Pelo Batismo na sua morte, fomos sepultados com ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também nós levemos uma vida nova”.

Após a leitura, Dom Odilo entoou solenemente o “Aleluia”, aclamação omitida durante toda a Quaresma e agora anuncia a proclamação do Evangelho da Ressurreição do Senhor (Mt 28,1-10), que narra o encontro do Ressuscitado com as mulheres que o seguiam.

Na homilia, o Cardeal Scherer enfatizou que a ressurreição não é um fato de voltar a essa mesma vida, mas manifestação da glória de Deus na pessoa de Jesus. A Ressurreição faz parte do mistério de Deus que envolve a nossa existência, que se manifesta de modo todo especial em Jesus Cristo glorificado. Ele está conosco, estende-nos a mão, é o Filho de Deus, Nosso Senhor e salvador”, disse.

BATISMO

Este ano, não houve batismos na Vigília Pascal, apenas a renovação das promessas batismais. “Terminados os exercícios da Quaresma, renovados interiormente nas nossas disposições de viver como bons cristãos, na fé e na conversão, na disposição para seguir Jesus Cristo, perseverar no bem, na virtude, na vivência das bem-aventuranças, somos convidados a renovar as promessas do nossos Batismo”, afirmou Dom Odilo.

“Pelo Batismo, temos parte na vida nova de Jesus ressuscitado, na graça que ele nos alcança, o dom da filiação divina”, acrescentou o Cardeal.

“Estamos unidos a Jesus, chamados a viver uma vida nova, não mais segundo o pecado, segundo o homem velho, mas na luz de Cristo ressuscitado, testemunhando-o com nossa vida”, exortou o Arcebispo.  

COMUNHÃO DOS SANTOS

No fim da missa, o Cardeal manifestou seus votos de feliz Páscoa e motivou todos a celebrarem com muita alegria e fé essa que é a maior festa cristã, acompanhando as missas que serão transmitidas neste domingo, 12, pelas paróquias e comunidades.

Recordando a afirmação “Creio na comunhão dos Santos”, feita na profissão de fé católica, Dom Odilo destacou que essa consiste na comunhão de toda a Igreja no céu e na terra. “Mesmo que nossas igrejas estejam vazias, estamos unidos a toda a Igreja unida em torno de Cristo pela caridade”, afirmou.

Neste Domingo de Páscoa, o Cardeal Scherer presidirá missa às 7h transmitida e às 11h, transmitidas pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.  

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‘O fruto da Eucaristia é a vida eterna’

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08 de abril de 2020

A preparação da última ceia, na qual Jesus instituiu a Eucaristia, foi o destaque da liturgia da missa desta quarta-feira, 8, presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, e transmitida pelas mídias digitais.

Além de revelar novamente a traição de Judas Iscariotes, o texto do Evangelho (Mt 26,14-25), chama a atenção para o fato de Jesus pedir aos discípulos que prepararem um lugar para a celebração da ceia.

NOVA ALIANÇA

Na homilia, Dom Odilo ressaltou que esse detalhe do Evangelho mostra que Jesus e os apóstolos não tinham um lugar fixo para morar e também seu desejo de celebrar a Páscoa entre os seus, como era costume entre os judeus.

O Arcebispo ressaltou, ainda, que ao celebrar a Páscoa, Jesus dá um sentido novo àquela celebração, mudando o significado do pão e do cordeiro pascal da ceia: o cordeio é o próprio Cristo e o pão é o seu corpo. “Esta é a ceia da nova aliança selada no seu sangue que haveria de derramar na cruz”.

“Acolhamos também nós, sempre com muita fé esse dom e esse mistério que celebramos na Eucaristia, lembrando daquilo que Deus fez e continua a fazer por nós”, exortou o Cardeal, lembrando que cada vez que se celebra novamente a Eucaristia se atualiza o único sacrifício de Cristo na Cruz.

COMUNGAR COM A IGREJA

“O fruto da Eucaristia é a vida eterna. Portanto, agradeçamos sempre a Deus por nos dar esta graça tão grande de podermos receber o corpo de Cristo”, destacou o Dom Odilo, que, ao mesmo tempo, reconheceu que, neste ano, a maioria dos católicos não poderão comungar sacramentalmente devido às medidas de isolamento social que impedem a celebração de missas com a presença do povo.

“Procure comungar espiritualmente com a Igreja que comunga”, afirmou o Cardeal, motivando os fiéis a estarem unidos espiritualmente às suas comunidades paroquiais, acompanhando as transmissões das celebrações. “Depois que passar esta pandemia, nós poderemos voltar às nossas igrejas e celebrar a Eucaristia e comungar normalmente”, completou.

SEMANA SANTA 

O Arcebispo reforçou o convite para que todos acompanhem de suas casas, em família, as celebrações do Tríduo Pascal que serão transmitidas pelas mídias sociais e meios de comunicação.

As celebrações presididas por Dom Odilo serão transmitidas pela rádio 9 de Julho e pelo Facebook. Veja os horários na imagem ao lado. 

No Domingo de Páscoa, 12, haverá um ato de Consagração da América Latina e do Caribe a Nossa Senhora de Guadalupe, transmitido diretamente do México, por iniciativa do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam).

(Colaboraram: Edilma Oliveira e Fred Oliveira)

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‘É tempo de fraternidade, solidariedade e cuidado recíproco’

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08 de abril de 2020

Na missa desta Terça-feira Santa, 7, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, na capela de sua residência, ressaltou as duas atitudes de infidelidade que Jesus sofreu em sua Paixão: a negação de Pedro e a traição de Judas Iscariotes.

Na homilia Dom Odilo destacou que o próprio Jesus faz referência a esses fatos durante a última ceia, como narra o Evangelho do dia (Jo 13,21-33.36-38). Após Cristo anunciar que é chegada a hora de sua Paixão, Pedro, por excesso de amor ao mestre, diz que o seguirá aonde for e dará a vida por ele. Jesus, por sua vez, responde “Em verdade, em verdade te digo: o galo não cantará antes que me tenhas negado três vezes”.

“Foi por fraqueza, excesso de amor e autoconfiança que Pedro negou Jesus. Ele não foi humilde e pretendeu contar mais com suas forças do que com a forca de Deus”, afirmou o Cardeal.  

É CHEGADA A HORA

Quanto à traição de Judas, anunciada pelo próprio Jesus durante a ceia, Dom Odilo enfatizou que o apóstolo foi ganancioso e pensou somente em si mesmo. “Jesus,  conhecendo em seu coração o que Judas tramava, não se intimida e diz que é chegado o momento da glorificação de Deus, da demonstração do maior amor de Deus pela humanidade, por meio da entrega da sua vida, da sua morte na cruz”, disse.

No momento da cruz, enfatizou o Cardeal, a glória de Deus se revela plenamente e seu amor vai até o extremo “para encontrar o homem e estender a sua misericórdia a todos”. 

“É chocante a atitude de Judas e que isso nunca passe por nossa mente, nem trair as pessoas ao nosso redor, muito menos trair o amor imenso de Deus para conosco. E se acontecer, por fraqueza, façamos como Pedro, arrependemo-nos, peçamos perdão e continuemos com ainda mais fidelidade e amor a seguir Jesus Cristo”, exortou o Arcebispo.

DOAR A PRÓPRIA VIDA

Ainda referindo-se sobre a última ceia, Dom Odilo destacou que esse momento manifesta a entrega de Jesus, que reparte o pão entre seus amigos e, nesse gesto, entrega a si mesmo. “Nesse tempo em que nós vivemos, precisamos muito desse gesto de entrega da nossa vida”, afirmou, recordando aqueles que estão se dedicando aos outros mesmo com o risco da própria vida, como os profissionais da saúde e aqueles que estão cuidando dos doentes.

O Cardeal lembrou-se, ainda, daqueles que ofertam o pão da caridade aos mais necessitados, sejam os que vivem nas ruas, como aqueles que passam por necessidades, estão sem trabalho e como sustentar suas famílias. “Portanto, é preciso que todos procuremos nos mobilizar para aliviar as necessidades dos nossos irmãos que passam por dificuldades”, enfatizou.

CUIDAR UNS DOS OUTROS

No fim da celebração, Dom Odilo reforçou o convite a intensificar a preparação para a Páscoa por meio da oração e da caridade e mesmo sem a possibilidade de ir à Igreja, que a Semana Santa seja vivida com profunda fé em família.

Recomendando novamente o povo a seguir as orientações das autoridades para evitar sair de casa para conter a disseminação do COVID-19, o Cardeal deu um recado àquelas pessoas que, por não serem consideradas do grupo de risco para desenvolverem a forma grave da doença, pensem que não seja necessário ficarem isoladas:

“Talvez alguém diga: ‘Eu sou forte, para mim não vai haver problema’, ‘Eu sou jovem e saudável’. Agradeça a Deus, mas pense nas outras pessoas. Você pode estar infectado, pode não sentir nada, mas pode contagiar outras pessoas. Portanto, todos têm que se cuidar para cuidar da vida e da saúde do outro. É tempo de fraternidade, solidariedade e cuidado recíproco”, afirmou.

SEMANA SANTA 

As celebrações do Tríduo Pascal presididas por Dom Odilo serão transmitidas pela rádio 9 de Julho e pelo Facebook. Veja os horários na imagem ao lado. 

No Domingo de Páscoa, 12, haverá um ato de Consagração da América Latina e do Caribe a Nossa Senhora de Guadalupe, transmitido diretamente do México, por iniciativa do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam).

(Colaboraram: Edilma Oliveira e Fred Oliveira)

ASSISTA AO VÍDEO DA MISSA DESTA TERÇA-FEIRA: 

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'Somos chamados a socorrer os irmãos e, como Jesus, a ser servidores'

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06 de abril de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer presidiu a missa desta Segunda-feira Santa, 6, na capela de sua residência. Como tem acontecido desde o início das medidas de isolamento social recomendadas pelas autoridades para conter a pandemia do novo coronavírus, as celebrações eucarísticas do Arcebispo de São Paulo tem sido transmitidas diariamente pela rádio 9 de Julho e pelo Facebook.

Na homilia, Dom Odilo explicou que a liturgia do dia destaca os momentos que antecederam Jesus no seu caminho do Calvário, convidando todos a acompanharem o mistério central da fé cristã. “Nós celebramos a Paixão no rito e no sacramento, Jesus a viveu”, ressaltou.

Na Primeira Leitura (Is 42,1-7), o Profeta Isaías fala da figura do servo sofredor, eleito de Deus, em quem se compraz sua alma e “promoverá o julgamento das nações”, como uma profecia de Jesus e sua Paixão.

PERFUME DE CRISTO

Já o Evangelho (Jo 12,1-11) narra a cena de Maria, irmã de Lázaro, que unge os pés de Jesus, fazendo com que a casa inteira ficasse repleta do perfume de bálsamo. “Quem enche as nossas vidas com o perfume da sua presença, com a luz e a sabedoria que vem dele, senão Jesus, nosso Senhor e Salvador?”, destacou o Cardeal.   

O evangelista também destaca a atitude de Judas Iscariotes, que observa que o perfume usado pela mulher era muito caro e o dinheiro usado para compra-lo poderia ter sido dado aos pobres. Contudo, o texto ressalta que “Judas falou assim, não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão”.

Ao destacar a ganância de Judas, Dom Odilo lembrou que por uma quantia muito menor, o discípulo traidor entregou Jesus para aqueles que queriam prendê-lo e mata-lo. “Jesus vale muito mais e não tem preço. Traição de judas foi um ato muito vil e baixo, que não tem nenhuma qualificação”, enfatizou o Arcebispo.

CONSOLO DOS AMIGOS

Ainda comentando o Evangelho do dia, Dom Odilo chamou a atenção para o fato de Jesus, ao se aproximar a sua Paixão, não se escondeu, mas foi à casa de seus amigos em busca de consolo e conforto entre aqueles que ama. “Procurar consolo e conforto é um gesto humano e ter a sensibilidade e acolher e consolar é humano e divino”, afirmou.

O Cardeal ressaltando que, nesses tempos difíceis de pandemia de COVID-19, todos são chamados a consolar aqueles que necessitam, especialmente os doentes que estão nos hospitais ou em isolamento. “Somos chamados a socorrer os irmãos e, como Jesus, a ser servidores”, enfatizou.

CELEBRAÇÕES

No fim da missa, Dom Odilo motivou todos a viverem intensamente a Semana Santa, especialmente a celebração do Tríduo Pascal, acompanhando, de suas casas, pelos meios de comunicação, as celebrações de suas paróquias e comunidades.

Veja na imagem ao lado os horários das celebrações da Semana Santa presididas pelo Arcebispo de São Paulo e transmitidas pela rádio 9 de Julho e pelo Facebook

Ainda nesta segunda-feira, Dom Odilo presidirá outra missa em sua residência, às 19h30, que será transmitida pela TV Canção Nova.  

JEJUM E ABSTINÊNCIA

O Arcebispo também recordou que a Sexta-feira Santa é dia de jejum e a abstinência de carne como gesto de penitência prescrito pela Igreja, estando dispensados as pessoas doentes, idosas, gestantes, lactantes e crianças.

Dom Odilo também esclareceu que, embora seja possível substituir a carne vermelha por algum tipo de peixe, isso não significa que as pessoas devam comprar um peixe caro. “A Igreja não manda comer peixe na Sexta-feira Santa, mas a fazer jejum e abstinência de carne”, frisou.

CONSAGRAÇÃO À VIRGEM DE GUADALUPE

O Cardeal lembrou, ainda, que, neste Domingo de Páscoa, 12, haverá um ato de Consagração da América Latina e do Caribe a Nossa Senhora de Guadalupe, transmitido diretamente do México, por iniciativa do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam).

(Colaboraram: Edilma Oliveira e Fred Oliveira)

ASSISTA AO VÍDEO DA MISSA DESTA SEGUNDA-FEIRA: 

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‘Unamo-nos a Jesus Cristo no caminho de sua Paixão’

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05 de abril de 2020

O Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, neste dia 5, foi celebrado de forma diferente na Arquidiocese de São Paulo em boa parte do mundo. Devido à pandemia de COVID-19, os ritos que marcam o início da Semana Santa aconteceram sem a presença dos fiéis, a benção e a procissão dos ramos pelas ruas e praças.

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a celebração na capela de sua residência, sendo transmitida pela rádio 9 de Julho e pelo Facebook.

“Formamos uma grande comunidade, mesmo à distância, sem nos vermos, mas Deus está nos vendo”, afirmou Dom Odilo, no início da missa.

Nessa celebração, além de ser recordada a entrada solene de Jesus em Jerusalém, também se recorda a narrativa da Paixão e Morte do Senhor, este ano, segundo o evangelista São Mateus (Mt 21,1-11). 

MISTÉRIO DA FÉ

Na homilia, o Cardeal ressaltou que a celebração do Domingo de Ramos convida os cristãos a se unirem aos passos a Paixão de Cristo a fim de que cada um também possa se posicionar em relação a esse mistério da fé.

“Hoje, sabemos quem é Jesus, depois de muito testemunho de fé, temos mais clareza sobre quem ele é. Naquele tempo, Jesus deu sinais de quem ele é. Mas, mesmo assim, as pessoas estavam próximas dele não conseguiam enxergar. Por isso, quem o aclamou na entrada em Jerusalém fez coro àqueles que clamaram por sua morte”, destacou.

O Arcebispo continuou a meditação ressaltando que o relato do evangelista impressiona ao detalhar as torturas e humilhações sofridas por Jesus. “Aquele que foi aclamado, admirado e procurado durante a vida, sente-se abandonado por todos”, afirmou, recordando as palavras ditas por Cristo agonizante na Cruz: “Meu Deus, por que me abandonaste?”, tiradas do Salmo 21, também entoado na celebração.

CONFIANÇA EM DEUS

Dom Odilo enfatizou que esse não é um salmo de desespero, mas de abandono e confiança extrema em Deus, o único que finalmente pode salvar. Tanto que no final, diz: “Anunciarei o vosso nome a meus irmãos e no meio da assembleia hei de louvar-vos!”

O Cardeal Scherer reconhece que, diante desses fatos, muitos se perguntem por qual razão Jesus teve que sofrer tudo isso. “Este é um mistério que ninguém consegue explicar, a não ser se olharmos por outro olhar: Jesus tudo acolheu por amor”,  afirmou Dom Odilo, mencionando o trecho da Carta de São Paulo aos Filipenses (Fl 2,6-11), proclamado neste dia, em que diz que Jesus voluntariamente se esvaziou de sua glória, fez-se servo de todos, humilhou-se até a morte e morte de cruz.  

“Jesus, portanto, aceita voluntariamente a morte porque quer estar ao lado de todos aqueles que sofrem todo tipo de humilhação, zombaria e desprezo, para a todos resgatar, mostrar a sua salvação. ‘Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por aqueles que amam’”, completou o Arcebispo, recordando as palavras do próprio Cristo no Evangelho de São João (Jo15,13).

UNIR-SE À PAIXÃO

“Celebrando o Domingo de Ramos de uma maneira tão diferente, somos convidados também a nos unirmos a Jesus Cristo no caminho da sua Paixão, a aceitarmos, muitas vezes, as dores da nossa vida”, continuou Dom Odilo, convidando todos a fazerem um exame de consciência diante do mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor.  

“Todos nós temos que reconhecer a nossa condição humana. Somos inconstantes, contraditórios, experimentamos momentos de infidelidade e desrespeito a Deus e podemos tornar ainda mais pesada cruz de Cristo”, afirmou o Arcebispo, acrescentando: “Temos, portanto a possibilidade de mudar, de sermos mais fiéis, humildes, ter mais amor pelo próximo e procurar fazer com que a cruz de Cristo, que pesa na vida de tantas pessoas, seja mais leve”.

RETIRO ESPIRITUAL

Na conclusão da missa, Dom Odilo renovou seu convite para que todos possam vivenciar a Semana Santa em família, respeitando as recomendações das autoridades para ficar em casa, mas unidos às suas comunidades paroquiais que irão transmitir as celebrações pelas plataformas digitais. “Que esta semana seja um verdadeiro retiro espiritual para todos nós”, afirmou.

Dom Odilo recordou, ainda, que a Sexta-feira Santa, 10, é dia de jejum e abstinência de carne como prescreve a Igreja, estando dispensadas as pessoas doentes, idosas, gestantes, lactantes e crianças.

SEMANA SANTA 

Ainda neste domingo, o Cardeal Scherer presidirá mais uma missa que será transmitida pelos meios de comunicação às 11h, horário em que ele costuma celebrar a Eucaristia na Catedral da Sé.

Veja na imagem ao lado os horários das celebrações da Semana Santa presididas pelo Arcebispo de São Paulo e transmitidas pela rádio 9 de Julho e pelo Facebook

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