Vida consagrada é sinal de esperança em meio às contradições do mundo

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26 de agosto de 2018

No sábado, 18, a Catedral da Sé acolheu os religiosos e religiosas consagrados que vivem e atuam na Arquidiocese de São Paulo para uma missa presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, recordando a vocação à vida religiosa. 

Na homilia, Dom Odilo recordou que o mês vocacional, vivenciado pela Igreja no Brasil, não é apenas ocasião para homenagear os diferentes estados de vida, mas também um mês de reflexão sobre as vocações na Igreja e de oração por elas. “Sem as vocações de especial consagração, a Igreja perde a vitalidade, não consegue dar conta da missão. Nós cremos que Deus continua a chamar, que vê a necessidade da Igreja, do desafio da messe que é grande”, afirmou.

“Certamente, por muitas circunstâncias, hoje está mais difícil ouvir, acolher o chamado de Deus. Talvez até mesmo de falar da vocação. Também faz parte da missão falar sobre as vocações assim como rezar pelas vocações, atendendo ao pedido de Jesus: ‘Pedi ao Senhor da messe que envie operários para a sua messe’”, continuou o Cardeal Scherer. 

O Arcebispo agradeceu a presença dos consagrados não apenas na região central da cidade, como também nas periferias, sobretudo nas várias situações que requerem o testemunho da Igreja. Ele também recordou os religiosos idosos e enfermos que não puderam participar da missa. 

Ao falar sobre a liturgia do dia, da Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, Dom Odilo recordou que a Virgem Maria viveu plenamente sua consagração a Deus e a confiança plena na sua palavra e que, por isso, ela é modelo e inspiração para todos aqueles que entregam sua vida à vontade de Deus.

“A vida consagrada é marcada fortemente pelo sinal da esperança no cumprimento pleno da salvação. Sem isso, não teria sentido consagrar-se nesta vida”, acrescentou o Cardeal, convidando os religiosos a renovarem a alegria da consagração a Deus, de viver no meio das contradições do mundo com um olhar que vai “além dos condicionamentos ligados a esta vida”.

 

TESTEMUNHO DE SANTIDADE

Ainda sobre o testemunho dos consagrados na Igreja em São Paulo, Dom Odilo ressaltou que os santos e beatos que viveram na Arquidiocese foram religiosos –São José de Anchieta, Santa Paulina, Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, Beato Mariano de La Mata e Beata Assunta Marchetti – que muito contribuíram para a evangelização. “O chamado à santidade é o primeiro e mais essencial. A vida santa é a nossa vocação e meta comum a partir do Batismo. Chegar à eternidade e viver na glória de Deus, como Maria, requer vida santa”, completou o Arcebispo, reforçando que “o estilo de vida dos cristãos é a santidade”. 

Em nome dos consagrados, o Padre Rubens Pedro Cabral, Diretor do Regional São Paulo da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB-SP), renovou o compromisso dos religiosos na missão evangelizadora em São Paulo, especialmente no caminho sinodal vivido pela Arquidiocese. “Que a vida religiosa continue a ser este sinal benéfico no meio desta cidade confusa e fragmentada”, afirmou.  

 

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Dom Odilo visita o Seminário de Filosofia da Arquidiocese

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08 de agosto de 2018

Na última sexta-feira, 03 de agosto, o cardeal Dom Odilo Scherer se encontrou com os seminaristas da Arquidiocese que acabavam de retornar do período de férias e que estavam comemorando a festa solene do Santo Cura D’Ars, padroeiro dos padres e do seminário de filosofia de nossa Arquidiocese.

Durante a celebração da missa o Cardeal destacou as principais virtudes presentes na vida do Cura D’Ars, em especial a sua solicitude pastoral, que deve ser almejada pelos seminaristas. “Desejo que vocês se preparem para o ministério sacerdotal não se contentem com coisas pequenas, como cargos, benefícios ou bens materiais, pois estas coisas levam a frustações e desvios. Desejo que vocês busquem as coisas do alto e sejam os sacerdotes segundo o coração de Cristo”, disse.

O cardeal animou os seminaristas a perseverarem na vocação e mencionou exemplos de padres de nossa arquidiocese que se dedicaram durante muitos anos ao serviço do povo de Deus, dentre eles o falecido Mons. Paine que atuou como Pároco por mais de seis décadas da Paróquia Santa Generosa, e o Pe. Nadir, que por mais de 30 anos conduziu como pároco a Paróquia Nossa Senhora do Brasil.

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12º ‘Abraça São Paulo’ celebra 40 anos da Canção Nova

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18 de abril de 2018

No domingo, 15, o “Canção Nova Abraça São Paulo” aconteceu no Espaço das Américas. Sob o tema “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,20), o evento celebrou 40 anos da Comunidade Canção Nova, os 50 anos dos encontros do Padre Jonas Abib com jovens do Liceu Sagrado Coração de Jesus e os 25 anos da presença da Canção Nova na Capital Paulista.

Na ocasião, a Câmara Municipal de São Paulo concedeu aos fundadores da Canção Nova - Monsenhor Jonas Abib, Wellington Silva Jardim e Luzia Santiago - o título de cidadãos paulistanos, uma homenagem, em forma de agradecimento, pelo bem que a Comunidade tem feito ao município.

O evento contou com diversos momentos de oração e formação: Padre Marcelo Rossi e Padre Adriano Zandoná conduziram o momento de adoração ao Santíssimo Sacramento. Padre Fábio Camargos rezou levando o público a uma experiência com o Abraço do Pai das Misericórdias. A animação do Ministério de Música da Canção Nova ficou por conta dos cantores Thiago Tomé, Ana Lúcia, Juliana de Paula, Márcio Todeschini e Pitter Di Laura.

O dia de festa e de confirmação dessa união entre São Paulo e a Canção Nova foi encerrado com a celebração da Santa Missa, presidida pelo Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer. “Crer em Jesus não é simplesmente crer intelectualmente, mas voltar-se de todo coração, arrepender-se dos pecados e acolher o dom da Salvação, para assim vivermos a Misericórdia Divina que é para todos”, disse na homilia.

 

Hosana São Paulo e próximos eventos da Canção Nova

No final da celebração, a Canção Nova anunciou o evento ‘Hosana São Paulo’ previsto para o dia 26 de agosto. Para o dia 2 de junho, os missionários preparam uma noite de vigília na Basílica Nossa Senhora da Penha, na zona Leste. No bairro da Liberdade, a Canção Nova realiza todas as segundas e quartas-feiras, às 19h30, a Santa Missa na Catedral Nossa Senhora do Líbano, próximo ao Metrô São Joaquim.

 

Canal 59.1 da TV Canção Nova

No evento, também foi anunciado o lançamento da TV Canção Nova na cidade de São Paulo, que, até agora, só era disponibilizada por assinatura. “É uma feliz oportunidade para a Canção Nova ter um canal [59.1] na maior cidade da América Latina. A Canção Nova não é um aglomerado de paredes nem de aparelhos. Para aonde formos vamos levar esse carisma”, afirmou Padre Fábio de Melo, um dos pregadores do evento.

(Colaboraram: Malu Sousa e Rodrigo Luiz do Santos)

LEIA TAMBÉM: Sinal da TV Canção Nova chega à Grande São Paulo

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Amparo Maternal acolhe uma nova vida: o Menino Jesus

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09 de janeiro de 2018

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a celebração natalina no Amparo Maternal, no dia 21, com a participação de colaboradores, pacientes, acompanhantes e conviventes.

Dom Odilo, na homilia, exaltou as mães e a maternidade de Maria. O arcebispo fez uma analogia às mães do Amparo, resgatando a história do nascimento de Cristo e a visitação da Virgem à prima Isabel. “A maternidade é uma alegria, transmitir a vida é uma dádiva”, disse o Arcebispo.

Durante a liturgia, realizada no salão do Amparo Maternal, as conviventes do Centro de Acolhida fizeram uma homenagem, cantando um agradecimento a Deus em português e no dialeto Lingala, uma das línguas maternas da República Democrática do Congo.

Quem também participou da celebração foi a Irmã Anita Gomes, da Congregação Vicentina, que presidiu o Amparo Maternal por quase 40 anos. A Irmã falou sobre a felicidade de presenciar esse momento e de poder ver o trabalho que Associação Congregação e Santa Catarina vem desenvolvendo na maternidade. “Fico muito feliz de ver que o Amparo está em boas mãos”, ressaltou.

A diretora executiva do Amparo Maternal, Fernanda Allucci, ressaltou que esse é um momento de agradecer: “Acredito que a palavra que ilustra bem o sentimento é ‘gratidão’. Agradeço à equipe de colaboradores pelo empenho e dedicação e ao público que confia no trabalho que executamos”.

Atendimentos e manutenção

Fundado em 1939, o Amparo Maternal atende atualmente um amplo público para partos e mantém um centro de acolhida, para gestantes em situação de vulnerabilidade social, como mulheres em situação de rua, com dependência química e migrantes.

Em entrevista à rádio 9 de Julho, Marlene Beatriz, Assistente Social e Supervisora do Atendimento do Amparo, recordou que o atualmente o Amparo é administrado pelas irmãs de Santa Catarina, que têm uma vasta experiência na área hospitalar, e que são feitos constantes investimentos para aprimoramento do prédio existente desde a fundação. Por isso, todo o tipo de ajuda, financeira ou não, é bem-vinda.

“A colaboração pode ser também feita em produtos, como alimentos e roupas que possam ser usados pelas gestantes que moram no nosso centro de acolhida, e produtos que possam ser vendidos no nosso bazar. Esse dinheiro do bazar é todo revertido para o Amparo”, detalhou.

Atualmente, o Amparo Maternal conta com 120 voluntários, aproximadamente 400 funcionários. Em média, são realizados 480 partos mensais, sendo 72% de partos normais, humanizados, que são prioridade na maternidade dessa instituição ligada à Igreja Católica.

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A novas comunidades, Dom Odilo fala sobre o sínodo

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27 de setembro de 2017

No sábado, 23, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, se reunião com os representantes das novas comunidades na Cúria da Região Ipiranga, para tratar do Ano do Laicato e do sínodo arquidiocesano.  

Dom Odilo recordou que as novas comunidades “compõe o corpo da Igreja e que não devem se fechar em si mesmas, mas sim ser missionárias e ir ao encontro dos irmãos”. Mais adiante, frisou a importância das novas comunidades para estimular os leigos à participação no Ano do Laicato, que se iniciará na Festa de Cristo Rei, em 26 de novembro, e seguirá durante o ano de 2018.

O Ano do Laicato terá como objetivo enfatizar a Igreja em saída e celebrar a presença continua e ajuda dos leigos em nossas comunidades. 

Ao comentar sobre o início do sínodo arquidiocesano, Dom Odilo destacou que a vivência do Ano do Laicato é também uma maneira de participar do sínodo arquidiocesano. Ele destacou que o sínodo é, em primeiro lugar, “um grande momento de escuta, para ouvir o que o Espírito Santo tem a nos dizer na Arquidiocese de São Paulo. E esse ato de ouvir se dará pelas Sagradas Escrituras, pelos documentos da Igreja e pelo olhar clínico sob as nossas realidades pastorais e sociais”.
 
Dom Odilo frisou a importância da participação conjunta e que o sínodo significa “caminhar juntos” nas paróquias, regiões episcopais e em toda a Arquidiocese. O Arcebispo chamou também a atenção para o segundo propósito do sínodo: ser “um momento de questionamento, para ver se estamos sendo, de fato, aquilo que Deus quer que sejamos. A Igreja existe para dois grandes motivos: darmos testemunho e nos colocarmos em missão”.
 
Por fim, Dom Odilo explicou brevemente as etapas que o sínodo irá percorrer. “Já foram criados dois movimentos para o sínodo: a coordenação geral e a secretaria geral. Este ano é de preparação estrutural do sínodo. Em janeiro de 2018, terá início a etapa de base, na qual será feito um levantamento da realidade das paróquias. Em 2019, o sínodo focará nas regiões episcopais, que farão a coleta dos relatórios enviados pelas paróquias. E, por fim, em 2020, o sínodo será em âmbito arquidiocesano, quando acontecerá a assembleia com representantes das paróquias e regiões episcopais. Esse será o momento de olhar no espelho e enxergar aquilo que precisa ser mudado”. 

(Apuração e foto: Caroline Dupim/Colaboradora de comunicação da Região Ipiranga)

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Missa na Catedral da Sé destaca a Vida Religiosa Consagrada

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20 de agosto de 2017

No sábado, 19, às 15h, os membros dos diferentes institutos de vida religiosa consagrada da Arquidiocese de São Paulo reuniram-se na Catedral da Sé para celebrar a Eucaristia e o Dia da Vida Religiosa Consagrada.

O Dia da Vida Religiosa Consagrada, comemorado anualmente no terceiro domingo do mês de agosto pela Igreja no Brasil, é uma oportunidade de agradecer a Deus pelos carismas despertados por Ele na Igreja e também para rezar pedindo que o Dono da Messe suscite novas vocações para o serviço ao povo de Deus. 

Na Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, a missa foi presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, e concelebrada por Dom Sergio de Deus Borges, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Santana e Referencial para a Vida Religiosa Consagrada, e por outros religiosos de diferentes institutos.

No início da Celebração, Dom Sergio saudou a todos e frisou a missão dos bispos de acompanhar os religiosos e religiosas e incentivá-los em suas missões específicas. 

Também no início da missa, Dom Odilo recordou, de maneira especial, os religiosos que estão doentes e aqueles que vivem situações difíceis e passam por diferentes tipos de perseguições pelo mundo.

Na homilia, o Cardeal rezou para “que o Espírito de Deus suscite novas vocações e que ele ilumine, oriente e guie as novas formas de vida religiosa que surgem na Igreja, como surgiram no passado”. O Arcebispo falou ainda sobre o Ano Mariano Nacional e como Maria é exemplo para os cristãos, em especial para os religiosos. Ela foi aquela alguém que “ouviu a Palavra de Deus e a pôs em prática”, assim como sugeriu a liturgia do dia.

“A felicidade de Maria pode ser felicidade para todos, pois todos os que ouvem a Palavra de Deus e a põe em prática, cumprem a vontade de Deus, como Maria o fez. A missão da Vida Consagrada é a missão da própria Igreja de comunicar à comunidade dos consagrados a esperança”, continuou Dom Odilo.

No fim da missa, Padre Rubens Pedro Cabral, coordenador da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) - Regional São Paulo - anunciou que a Assembleia da CRB será realizada no dia 3 de setembro, em Aparecida (SP). Ele lembrou ainda que a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida será levada a todas as comunidades religiosas de São Paulo e lembrou aos religiosos a importância de participarem ativamente das atividades do sínodo arquidiocesano, que terá início ainda este ano.

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A corrupção é como um tumor dentro da sociedade

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30 de mai de 2017

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, estando em Roma para participar da reunião da Congregação para o Clero, concedeu uma entrevista exclusiva à rádio Vaticano, explicando o que será feito na reunião e colocando sua palavra e visão de pastor sobre o difícil momento em que se encontra o Brasil.

OUÇA A ÍNTEGRA DA ENTREVISTA

Sobre a reunião da Congregação para o Clero, Dom Odilo afirmou que esta “também acompanha os seminários, as vocações, as questões administrativas das paróquias, enfim, as questões administrativas ordinárias da vida da Igreja. Não do Vaticano, porque isso é até um outro departamento, mas da vida da Igreja.”  O Arcebispo explicou que há uma reunião plenária, com “três dias de trabalho, com vários argumentos sobre questões de seminários, porque também estaremos examinando a nova Ratio Fundamentalis, que são as novas diretrizes da Igreja para formação sacerdotal. Estaremos analisando questões relativas também aos padres que deixaram o ministério, as dispensas sacerdotais. Depois, veremos alguma coisa em relação à promoção vocacional.”

Já sobre o momento político brasileiro, Dom Odilo esclareceu que “palavra da Igreja, nós já demos no final da Assembleia Geral da CNBB, no início de maio. Foi uma palavra consistente. Depois disso, a presidência da CNBB se manifestou mais uma vez, também com a palavra muito forte, quando foram aparecendo mais e mais os fatos de corrupção.”

O Cardeal comentou que “o problema, é que nós descobrimos agora o que já vinha acontecendo há muito tempo. Então, nos assustamos muito, porque constatamos que é verdade aquilo que se suspeitava. Isto nos assusta e deixa bastante desorientados.” Porém, em sua visão, é preciso olhar para todas essas questões com esperança.

Comparando a crise a uma ferida, um tumor ou furúnculo, disse que só se é capaz de “ser curado quando ele aparece. Quando ele é descoberto e quando se abre, para limpar. Assim, um pouco, a corrupção pode ser comparada a esses males terríveis. Tumores que estão dentro da sociedade, dentro da cultura. E que se eles não são abertos, não são tradados, não são limpados, esses tumores continuam a fazer muito mal e a estragar a saúde do corpo social, do corpo político, da própria cultura. Então, o que de bom nós podemos ver é que hoje existe um projeto, um processo bastante sereno da Justiça fazer o seu trabalho, o que não acontecia muito no passado. E nós estamos vendo que hoje alguns fatos novos estão acontecendo dentro da norma: que a lei deve ser respeitada, o direito de defesa deve ser respeitado, a presunção de inocência deve ser respeitada; porém, o processo deve ser feito para as devidas verificações. E isso tem aparecido ultimamente, de modo que também personagens ilustres e grandes empresários, grandes políticos etc. acabam sendo presos e vão para cadeia para pagar as suas dívidas. Por outro lado, o dinheiro público desviado e roubado está sendo devolvido”, completou.

Segundo Dom Odilo, há "uma grande interrogação quanto ao futuro político, o futuro próximo" e o Brasil passa por um momento delicado: "não está bom e nós temos mesmo que torcer para que haja suficiente serenidade e lucideis para as próximas escolhas políticas que deverão acontecer daqui por diante".

Por fim, questionado sobre novas eleições, o Cardeal lembrou que se acontecer a queda do governo Temer, a lei prevê a realização de novas eleições. “Eu diria dentro da confusão geral que agora estamos vivendo que novas eleições não chegam num momento muito oportuno. Mas novas eleições trazem também novas possibilidades, temos que olhar aquilo que a lei prevê.  Vamos confiar que dessa disposição legal saiam possibilidades que sejam boas. Embora o quadro no momento não seja bom. Mas vamos confiar que possa haver alguma novidade boa.”

Com informações de Rádio Vaticano

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Uma multidão de devotos de Nossa Senhora de Fátima

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18 de mai de 2017

A imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, vinda do Santuário de Fátima, em Portugal, foi conduzida pelos fiéis pelas ruas do bairro do Sumaré, no sábado, 13, data em que se celebrou o centenário das aparições de Nossa Senhora na Gruta da Iria.

Desde o dia 12, a Paróquia-santuário Nossa Senhora do Rosário de Fátima, no Setor Pastoral Perdizes, realiza os festejos da padroeira, que seguem até o dia 21.

O dia 13 foi especial, pela intensa presença de peregrinos na procissão e nas diversas missas celebradas ao longo do dia. O Cardeal Odilo Pedro Scherer presidiu a missa solene. Na homilia, destacou que a mensagem evangélica de oração e penitência anunciada por Nossa Senhora aos pastorinhos coloca cada católico em sintonia com o compromisso de assumir, como batizado, uma vida de oração mais profunda e uma busca constante pela conversão.

Dom Eduardo Vieira dos Santos, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Sé, também tomou parte das comemorações e presidiu uma das missas. Na mesma linha do Arcebispo, Dom Eduardo chamou a atenção dos fiéis para a atualidade das mensagens de Nossa Senhora em Fátima: “são um chamado a uma vida cristã plena”.

Em outras paróquias da Região Sé também houve missas em ação de graças pelo centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima, como na capela do campus Perdizes da PUC-SP, onde na sexta-feira, 12, a celebração teve a participação de jovens da Pastoral Universitária.

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'Que o poder político seja exercido em função do bem comum’

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10 de mai de 2017

Em entrevista coletiva concedida na segunda-feira, 8, na Cúria Metropolitana, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, destacou os principais assuntos tratados na 55ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada de 26 de abril a 5 de maio, em Aparecida (SP). Dom Odilo também respondeu a questões dos jornalistas sobre o momento nacional.

O Arcebispo informou que durante o encontro do episcopado brasileiro foi produzida uma série de textos e documentos, dentre os quais um que traça diretrizes sobre a iniciação à vida cristã, tema central da Assembleia.

Ao falar da declaração intitulada “Grave Momento Nacional”, publicada na quinta-feira, 4, Dom Odilo explicou aos jornalistas que se tratou de um apelo do episcopado ao povo brasileiro para que juntos pensem uma saída para a crise atual. “A palavra da CNBB sempre aponta para a esperança de uma tomada de consciência da população brasileira sobre o que nós queremos para o futuro do Brasil”, disse.

O Cardeal também chamou a atenção para a perplexidade da sociedade diante da corrupção no país, em que o poder político está mais voltado para interesses privados do que para o bem comum da população.

outro lado, Dom Odilo reafirmou que apesar do descrédito dos políticos, a política partidária é necessária, mas defendeu a realização de uma profunda reforma política que reveja a forma como se chega ao poder no Brasil, bem como o excessivo número de partidos. Contudo, o Cardeal Scherer acredita que essa reforma só será possível se houver uma renovação do Congresso Nacional.

O Arcebispo também destacou que a polarização vivida atualmente no Brasil não é sadia, pois se alimenta de preconceitos e favorece a ascensão de “salvadores da pátria” que concentram o poder em si mesmos.

Para o Purpurado, a Igreja pode contribuir com a superação da crise social ao chamar a consciência nacional para o diálogo e para os critérios éticos da convivência pacífica.

Após repercussão da coletiva, na terça-feira, 9, Dom Odilo usou as redes sociais para reafirmar seu apoio à declaração da Assembleia da CNBB sobre o momento nacional. “As palavras da Assembleia da CNBB são também as minhas palavras”.

Leia os principais trechos da entrevista ao lado.

Reformas

“Eu penso que, de toda maneira, há necessidade de reformas, quer na lei trabalhista quer na lei da Previdência. Por outro lado, é difícil que todos se sintam satisfeitos, porque também há situações de difícil ajuste. Em alguns casos, trata-se de perder posições alcançadas. Em outros casos, alguns setores da sociedade não se sentem suficientemente contemplados. Por isso, é importante o debate, é importante que haja as manifestações e que o Congresso faça as reformas ouvindo a sociedade”.

muitas vezes, no meio de desinformação, ou até de informações equivocadas. Por isso, informar sobre aquilo que de fato está sendo proposto é muito importante para o povo se orientar devidamente”.

Corrupção

“Muitas vezes, o exercício do poder político está mais voltado para interesses privados, como vimos agora com esse problema de corrupção e da promiscuidade entre público e privado [...]. Este é um grande mal! [...]. Que o poder político seja exercido em função do bem comum, e não de interesses privados, corporativistas. Isso requer uma revisão da forma como se chega ao poder no Brasil”.

Polarização política

“Esse é um dos problemas no Brasil atualmente [...]. Me recordo que na ditadura militar era um tempo de polarização, em que se colocavam os ruins de um lado e os bons de outro. Creio que vivemos um momento um pouco semelhante, que não me parece sadio e precisa ser superado por meio de mecanismos de diálogo. A polarização se alimenta de preconceitos em que se coloca alguém como ruim de todo ou como bom de todo [...]. Muitas vezes, alguém já é execrado e condenado a priori só porque não é do mesmo grupo. É importante deixar que a Justiça e o Legislativo façam o seu trabalho, que haja a devida serenidade e essa polarização seja superada”.

Política partidária

“Diante do atual momento de descrédito, talvez de desmoralização dos políticos e até da política, é preciso manter clara a ideia de que a política é importante e que os políticos são necessários. Também é necessário haver os mecanismos de trato político; e esses mecanismos são os partidos [...]. Penso que uma boa reforma política poderia ajudar a adequar a realidade política e também os partidos, que, ao meu ver, são excessivos”.

Reforma política

“Não penso que no momento se consiga fazer uma reforma política em profundidade. Nós deveríamos esperar a eleição de um novo Congresso. Com políticos que deverão passar pelo crivo do voto da sociedade, talvez poderíamos contar com novas disposições para uma revisão profunda da política brasileira”.

Ascensão de discursos extremistas

“Eu penso que é um fenômeno deste tempo, não só no Brasil, em que há um cansaço, desconfiança ou desilusão em relação à forma ordinária de conduzir a política. Isso favorece a ascensão, justamente como diz a declaração da CNBB, de ‘salvadores da pátria’, que favorecem poderes autocráticos, para não dizer ditaduras, que concentram excessivamente as competências na pessoa do governante”.

Fiscalizar os eleitos

“O que é crônico, no Brasil, por exemplo, é o fato de não haver acompanhamento dos eleitos por parte dos eleitores [...]. A população precisaria ter organismos de controle do poder muito mais eficientes do que temos agora [...]. Com a participação atenta da sociedade, por meio da imprensa e de muitas outras formas de controle do poder, nós poderemos chegar à mudança”.

Contribuição da Igreja para a superação da crise social

Segundo Dom Odilo, a Igreja tem contribuído ao chamar a atenção para a necessidade do diálogo, para os critérios éticos na vida pública e da convivência sadia ao defender a justiça, o respeito à pessoa e à dignidade humana. Contudo, esse dever não é restrito aos padres e bispos. Os leigos – jornalistas católicos, por exemplo – também podem e devem fazer o mesmo.

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Para testemunhar que Deus habita a cidade

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04 de mai de 2017

Ao ser entrevistado pelo jornal O SÃO PAULO na edição de 27 de janeiro de 2009, o Cardeal Odilo Pedro Scherer foi perguntado sobre qual seria o seu sonho para o próximo centenário da Arquidiocese de São Paulo.

“Sonho que a Igreja em São Paulo, daqui a cem anos, esteja bem viva, testemunhando que ‘Deus habita esta cidade’! Que tenha conservado a fé, viva a alegre e segura esperança cristã e a comunique à cidade; que continue a praticar intensamente a caridade evangélica”, respondeu, acrescentando que para esse sonho se tornar realidade, seria preciso que a geração presente fizesse bem a sua parte.

Naquele mesmo ano, era lançado o 10º Plano de Pastoral da Arquidiocese, o primeiro dos três publicados nestes dez anos de arcebispado de Dom Odilo. Com o tema “Discípulos e Missionários de Jesus Cristo na Cidade”, o Plano seguia a temática que permeou a Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, realizada em Aparecida (SP), em 2007.

 “Com nosso 10º Plano, queremos responder aos apelos de Deus, vindos de diversas ‘vozes’ da cidade de São Paulo, com suas riquezas e misérias que nos desafiam, como discípulos de Cristo, a darmos nesta metrópole um testemunho renovado e vigoroso do Evangelho; das nossas comunidades eclesiais, muitas vezes cansadas e desmotivadas, precisando recobrar coragem e ardor no encontro com Cristo”, afirmou Dom Odilo na ocasião do lançamento do Plano.

O Cardeal Scherer destacou, ainda, que Deus envia cada batizado em missão na complexa realidade urbana de São Paulo, com seus grandes desafios e problemas, mas também com suas “oportunidades extraordinárias para a ação evangelizadora”. “Este é o campo de nossa missão. Amemo-lo também nós! Vamos com alegria e esperança!”, motivou.

 Testemunha de Jesus Cristo

Lançado em 2013, o 11º Plano de Pastoral deu continuação ao caminho proposto pelo anterior, convidando a Arquidiocese a ser “Testemunha de Jesus Cristo na cidade de São Paulo”.

Em sintonia com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), o 11º Plano destacou seis urgências: Igreja “em estado permanente de missão”; “casa de iniciação à vida cristã”; “comunidade animada pela Palavra de Deus”; “comunidade de comunidades”; “a serviço da vida plena para todos”; e “a evangelização da juventude”.

No contexto dos 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II e da celebração do Ano da Fé, esse Plano também apresentou um projeto de pastoral para o estudo, a cada ano, das constituições conciliares Lumen Gentium, Sacrossantum Concilium, Gaudium et Spes e Dei Verbum.

Superar esquemas engessados

O 12º Plano de Pastoral da Arquidiocese, com vigência até 2020, manteve a impostação da edição anterior, acrescentando contribuições dos recentes documentos do Papa Francisco. “Ainda estamos longe de ser uma Igreja ‘em saída’ e ‘em estado permanente de missão’, como nos pede o Papa Francisco!”, afirmou Dom Odilo ao lançar o Plano.

Das urgências do plano anterior, somente a sexta – “a evangelização da juventude” – foi modificada, passando a ser “Igreja: família de famílias”, motivada pelo tema das duas últimas assembleias do Sínodo dos Bispos, em 2014 e 2015.

Em entrevista ao semanário arquidiocesano, em 1º de fevereiro deste ano, Dom Odilo destacou a necessidade de buscar uma maneira de superar certos “esquemas engessados de prática pastoral” que não dão conta de que a sociedade e a cultura mudaram. “Precisamos falar mais ao coração das pessoas, concentrar os nossos esforços no que é essencial, fazer uma pastoral mais voltada para as pessoas, do que para alimentar esquemas ‘que sempre foram assim’”, disse

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