Liturgia e Vida

Festejamos na terra a cidade do céu

Celebramos hoje, numa só festa, todos os santos e santas que honram a Igreja e que Deus nos dá como exemplo e intercessores. Suas vidas são a melhor interpretação do Evangelho. Olhando para eles, vemos que olham para Jesus. Vendo como viveram, ouvimos suas vidas proclamarem o Evangelho do Senhor.

Os santos são gente como nós, gente de valor e de virtude, que souberam equilibrar as tendências humanas vivendo heroicamente as virtudes da fé, da esperança e da caridade, que são virtudes que nos unem diretamente a Deus, assim como as virtudes que nos ajudam a viver bem com os outros na sociedade humana: a prudência, a justiça, a fortaleza e a temperança. Passando deste mundo para a casa do Pai, eles agora intercedem por nós. Eles e elas ensinam, dão o exemplo e intercedem.

O Evangelho de Mateus, que hoje proclamamos, nos diz que Deus considera bem-aventurados entre nós neste mundo os pobres em espírito, os aflitos e os mansos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos e os puros de coração, os que promovem a paz e os perseguidos por causa de justiça. Independentemente de crença e de nação, essa é a gente que dignifica o ser humano e alimenta a esperança de uma Terra sem Males. Além deles, são também bem-aventurados os que são injuriados e perseguidos porque seguem Jesus Cristo.

João, o vidente do Apocalipse, vê uma multidão de servidores de Deus com a fronte marcada, tanto dos filhos de Israel quanto das nações que há debaixo do sol. Entre eles estão os protomártires do Brasil com os mártires de todos os tempos, que “vieram da grande tribulação e lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro”. 

Cantamos com o salmista a glória de Deus que refulge em nossos santos e santas. Há quem diga que não acredita em santo, mas não é para acreditar em santo. Acreditamos em Deus e admiramos sua santidade em irmãos e irmãs nossos, que não ocuparam inutilmente o espaço em nossa terra. Gente de qualidade que prestou um serviço de qualidade a este mundo. Tinham mãos puras e inocente coração e não arquitetaram crimes em sua mente.

E nós, que ainda peregrinamos nesta Terra e somos um povo santo e pecador? O que somos e o que devemos ser? Somos, de verdade, filhos de Deus. Quando Jesus se manifestar, nós o veremos como Ele é e seremos semelhantes a Ele. Enquanto esperamos a sua manifestação, vamos caminhando pelas estradas da vida, acompanhados de toda essa gente que vale a pena, que nos ajuda e nos dá ânimo, a quem chamamos de santos e santas, mesmo sabendo que só Deus é santo. 
 

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