Depois do Papa, a Igreja em Mianmar jamais será a mesma

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01 de dezembro de 2017

Yangun (RV) – A vida dos católicos em Mianmar jamais será a mesma: essas palavras do Cardeal-Arcebispo de Yangun, Charles Bo, resumem bem a visita inédita de quatro dias do Papa ao país. 

Como havia anunciado o próprio Francisco antes de partir, a finalidade principal era confirmar os irmãos na fé em meio às provações e aos desafios de um país que, aos poucos, tenta deixar para trás quase 60 anos de ditadura militar.

E as expectativas, seja da parte da comunidade católica local, seja da parte do Pontífice, foram amplamente confirmadas. As 16 dioceses do país se mobilizaram para acolher o seu pastor. Os fiéis não pouparam esforços para estar presente na única missa pública em Yangun, o que comoveu o Papa Francisco. Sincero foi o encontro com os Bispos. Vibrante, com os jovens.

De maioria budista, a viagem do Pontífice tinha certamente uma conotação inter-religiosa. Um evento extraoficial reuniu 17 líderes na sede do Arcebispado para ressaltar a “unidade na diversidade” e  reunião com o Conselho Supremo dos monges reafirmou a colaboração e o respeito mútuo.

A diplomacia não ficou de fora. Francisco foi pego de surpresa ao receber a visita do general Min Aung Hlaing  assim que chegou a Yangun. O Chefe das Forças Armadas alterou o programa estabelecido e adiantou seu encontro com o Papa, inicialmente previsto para o último dia, 30 de novembro. Com a Conselheira de Estado, Aung San Suu Kyi, o Pontífice reafirmou seu apoio ao processo de transição e reconciliação, no respeito de todas as etnias do país, justamente num momento que a líder histórica se encontra acuada entre a oposição no seu próprio país e as críticas da comunidade internacional. "O futuro de Mianmar é a paz", disse o Pontífice.

A visita também incluiu o tema do respeito do meio ambiente diante das riquezas naturais de Mianmar, que são também fonte de conflito e devastação e, consequentemente, de sofrimento para a população.

Agora a visita prossegue em Bangladesh, com outros temas e desafios, sendo um deles os efeitos da globalização da indiferença. Mas o elo com Mianmar permanece, pois ainda é grande a expectativa para saber o que Francisco dirá sobre a crise na fronteira entre os dois países.

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O Papa e o desafio apaixonante da Ásia

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04 de novembro de 2017

Cidade do Vaticano (RV) - O Apostolado da Oração divulgou sexta-feira (03/11), o vídeo do Papa com a sua intenção de oração para novembro: Francisco pede que os cristãos na Ásia favoreçam o diálogo e a paz. Às vésperas de sua visita apostólica a Mianmar e Sri Lanka, o Papa, convoca à convivência e entendimento mútuo entre os cristãos da Ásia e os fiéis de outras religiões.

Seu apelo é especialmente relevante neste continente com mais de 141 milhões de católicos em 48 países, onde ainda existem regiões em que ser cristão pode representar riscos e perseguições.

“Rezemos pelos cristãos da Ásia, para que eles favoreçam o diálogo, a paz e a compreensão mútua, especialmente com aqueles que pertencem a outras religiões”, pede o Papa. “Neste continente onde a Igreja é uma minoria, o desafio é apaixonante”, acrescenta.

"O que mais me impressiona na Ásia é a variedade de suas populações, herdeiras de culturas antigas, religiões e tradições", diz Francisco. "Devemos promover o diálogo entre religiões e culturas; é uma parte essencial da missão da Igreja na Ásia”, afirma.

Segundo o Diretor Internacional da Rede Mundial de Oração do Papa e do Movimento Eucarístico da Juventude (MEJ), Pe. Frédéric Fornos, SJ, “São João Paulo II já havia apontado que a Ásia era o continente onde Deus decidiu revelar e realizar o seu plano de salvação. Mas hoje enfrentamos o imenso desafio de construir um presente e um futuro de diálogo e paz”.

As intenções de oração são confiadas mensalmente à Rede Mundial de Oração do Papa. Desde o seu lançamento, em janeiro de 2016, o ‘Vídeo do Papa’ teve mais de 19 milhões de visualizações em suas redes próprias. 

O 'Vídeo do Papa' é possível graças à contribuição espontânea de muitas pessoas. Neste link você pode fazer a sua doação. 

 

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Papa reflete sobre a relação entre a morte e a esperança

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03 de novembro de 2017

Cidade do Vaticano (RV) – Nesta sexta-feira chuvosa em Roma, o Papa presidiu uma missa na Basílica de São Pedro em sufrágio pelos cardeais e bispos falecidos durante o ano. De outubro de 2016 a outubro de 2017, a Igreja no mundo perdeu 14 cardeais e 137 bispos.

participaram da cerimônia. Em sua homilia, o Papa refletiu sobre a relação entre a morte, com a dor pela separação das pessoas que viveram conosco, e a esperança.

A Primeira Leitura, extraída do livro do Deuteronômio, exprime a forte esperança na ressurreição dos justos: “A morte torna definitiva a ‘encruzilhada’ que já aqui, neste mundo, está diante de nós: o caminho da vida, isto é, com Deus, ou o caminho da morte, isto é, longe Dele”.  

O Evangelho de João, lembrou o Papa, evoca o sacrifício de Cristo e suas palavras na cruz: “Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu: se alguém comer deste pão, viverá eternamente”

“Com o seu amor, Jesus despedaçou o jugo da morte e abriu-nos as portas da vida. Quando nos alimentamos do seu corpo e sangue, unimo-nos ao seu amor fiel, que encerra nele a esperança da vitória definitiva do bem sobre o mal, o sofrimento e a morte”.  

Ou seja, “a fé que professamos na ressurreição leva-nos a ser homens de esperança e não de desespero, homens da vida e não da morte, porque nos consola a promessa da vida eterna, radicada na união a Cristo ressuscitado”.

“Esta esperança, reavivada em nós pela Palavra de Deus, ajuda-nos a adotar uma atitude de confiança frente à morte: realmente Jesus demonstrou-nos que a morte não é a última palavra, mas o amor misericordioso do Pai transfigura-nos e faz-nos viver a comunhão eterna com Ele”.

Concluindo o Papa convidou a dar graças pelo serviço que os falecidos prestaram generosamente ao Evangelho e à Igreja, reiterando:

“A esperança não engana! Deus é fiel e a nossa esperança Nele não é vã”.  

A Igreja no Brasil, no último ano, perdeu:

Paulo Evaristo Arns, Cardeal-arcebispo emérito de São Paulo

Redovino Rizzardo, bispo emérito de Dourados

Diógenes Matthes, bispo emérito de Franca

Lélis Lara, bispo emérito de Itabira-Fabriciano

Albano Cavallin, Bispo emérito de Londrina

Antônio Ribeiro de Oliveira, bispo emérito de Goiânia

Marcelo Cavalheira, bispo emérito da Paraíba

Clóvis Frainer, bispo emérito de Juiz de Fora

Newton Gurgel, bispo emérito de Crato

José Carlos Melo, bispo emérito de Maceió

João Oneres Marchiori, bispo emérito de Lages

Luis Vicente Bernetti, bispo emérito de Apucarana

José Maria Pires, bispo emérito da Paraíba

Dom Isidoro Kosinski, bispo emérito de Três Lagoas

Dom Geraldo Verdier, bispo emérito de Guajará-Mirim

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Calendário de eventos do Papa Francisco para os próximos meses

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28 de outubro de 2017

Cidade do Vaticano (RV) - A Viagem Apostólica ao Chile e ao Peru, de 15 a 22 de janeiro de 2018, a Missa de 2 de novembro no Cemitério americano de Netuno e a Missa por ocasião do primeiro Dia Mundial dos Pobres no dia 19 de novembro na Basílica de São Pedro: estes são alguns dos compromissos do Papa Francisco para os meses de novembro, dezembro de 2017 e janeiro de 2018, confirmados no calendário de celebrações presididas pelo Pontífice e divulgado pelo Escritório para as Celebrações Litúrgicas.

 Papa celebra a Missa por ocasião de finados, no dia 2 de novembro, na cidade italiana de Netuno, e depois, no dia 3, na Basílica do Vaticano, celebra a Missa em sufrágios dos cardeais e bispos que morreram durante o ano. No dia 19 está prevista a Missa na comemoração do Dia Mundial dos Pobres, instituído no final do Jubileu da Misericórdia, e no domingo sucessivo, 26 de novembro, a partida para a viagem apostólica a Myanmar e Bangladesh.

Em 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição, Francisco realiza o tradicional ato de veneração à Imaculada na Praça de Espanha, no centro de Roma. No dia 12 de dezembro, como todos os anos desde o início do pontificado, na Basílica de São Pedro, o Santo Padre celebra a Missa na Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira da América. Serão realizadas na Basílica Vaticana todas as celebrações de Natal: da Missa da Noite, às 21h30, (hora local) de domingo 24 de dezembro, à Solenidade da Epifania do Senhor, no sábado, 6 de janeiro.

No domingo, 7 de janeiro, o Papa Francisco celebra a Missa na Festa do Batismo de Jesus na Capela Sistina, onde batiza algumas crianças. As celebrações do mês de janeiro se encerram no Chile e Peru na peregrinação que o Papa realiza de 15 a 22 àquele mês. (SP)

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