Relator Geral do Sínodo, presidente da CNBB, participa de reunião com o Papa

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09 de mai de 2018

Cardeal Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília (DF) e presidente da CNBB, é Relator Geral dos Sínodo dos Bispos e esteve no Vaticano nos dias 7 e 8 de maio, quando foi realizada a quarta reunião do XIV Conselho Ordinário da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos, presidida pelo Papa Francisco. Na reunião, foi discutido e aprovado o Documento de Trabalho (Instrumentum laboris) para o Sínodo dos Jovens, marcado para outubro de 2018.

O Documento foi elaborado em conjunto com um grupo de especialistas que recolheram material de cinco fontes: as respostas ao questionário aos jovens e aos vários organismos estabelecidos; as atas do Seminário sobre a situação juvenil realizado em 2017, as observações livres recebidas de pessoas e grupos; e o Documento final da reunião pré-sinodal de março passado, no Vaticano.

Ao site Vatican News, o presidente da CNBB, fez um depoimento em vídeo no qual fez um rápido relato do encontro: “Nós estamos terminando a reunião do Conselho da Reunião da secretaria do Sínodo com um sentimento muito grande de agradecimento a Deus e a todos os que estão colaborando com na redação do Instrumentum Laboris. Mas, ao mesmo tempo, juntamente com a ação de graças, com a gratidão está a nossa esperança. Creio que olhamos para o caminho que temos pela frente com muita esperança. A esperança de continuar a caminhar juntos, contando, sobretudo, com a presença da juventude”.

PRESENÇA DO PAPA

No início do encontro, o Secretário Geral, Card. Lorenzo Baldisseri, agradeceu o Papa pela presença e ilustrou o percurso de preparação da XV Assembleia, cujo tema será “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”.

Dom Sergio afirmou que “o Papa Francisco tem estado sempre muito próximo do Conselho da Secretaria, na verdade é ele quem preside todo o tempo de reunião da própria Secretaria do Sínodo, do Conselho. Ele tem nos estimulado a, cada vez, dialogar com a juventude procurando ter essa atitude de escuta e de acolhida de suas propostas, seus valores, suas aspirações de modo a evangelizar a juventude contando com os próprios jovens”.

RUMO AO SÍNODO

Dom Sergio gravou o vídeo para o Vatican News tendo ao fundo a imagem de Nossa Senhora de Lujan, padroeira da Argentina. A festa litúrgica que lembra esse título de Maria é celebrada no dia 8 de maio.

“É com esse sentimento de gratidão, mas também de muita esperança que estamos continuando a nossa caminhada rumo a assembleia sinodal. Em breve, se Deus quiser, nós estaremos recebendo o chamado Instrumentum Laboris, o instrumento de trabalho, que servirá, de modo especial para aqueles que irão participar da própria assembleia sinodal, mas que de alguma maneira produzirá muitos frutos na vida da Igreja”, concluiu.

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Encontro das coordenações pastorais da Arquidiocese

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19 de março de 2018

Os coordenadores de pastorais da Arquidiocese reuniram-se na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (Fapcom), no sábado, 17, a partir das 8h30 da manhã. Os bispos auxiliares da Arquidiocese, padres, diáconos, leigos, religiosos e religiosas participaram do encontro. 

Após a acolhida com café e a oração inicial, o Cardeal Odilo Pedro Scherer falou aos participantes sobre o início do ano pastoral na Arquidiocese. "Contamos muito com vocês para que, naquilo que é atribuição de cada um, façam acontecer o que está previsto para este ano", disse o Cardeal.

Ele lembrou do Plano de Pastoral (2017-2020), do sínodo arquidiocesano, da Campanha da Fraternidade e do Ano Nacional do Laicato. Os coordenadores tiveram a oportunidade de falar sobre os seus projetos específicos. 

"Este é o ano de grande empenho na base. É o ano de fazer acontecer o sínodo nas comunidades, com a participação de todos. As estruturas estão a serviço das pessoas e da missão que acontece na  vida concreta das pessoas", continuou o Cardeal.

 

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Cardeal Hummes: por uma evangelização de um entusiasmo missionário

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27 de outubro de 2017

Em entrevista à rádio Vaticano, na sexta-feira, 27, o Cardeal Cláudio Hummes, Arcebispo Emérito de São Paulo e Presidente da Rede Eclesial Pan-amazônica, falou dos principais desafios do Sínodo Pan-Amazônico, que será realizado em outubro de 2019.

Dom Cláudio salientou da necessidade de uma evangelização de entusiasmo missionário na região, defendida, sobretudo, pelo Papa Francisco e de como fazer o anúncio explicito de Jesus Cristo aos povos indígenas. Ele destacou, ainda, que a problemática socioambiental, ligada à ecologia integral, será um dos eixos do Sínodo em 2019.

“Para ser cristão não é necessário deixar de ser índio. Seria uma barbaridade destruir uma identidade, uma cultura para ser cristão”, ressaltou o Arcebispo Emérito que é defensor de um clero autóctone para a região. Outro grande desafio, segundo Dom Cláudio, é a fragilidade adquirida através dos tempos e no desânimo de líderes católicos com relação aos cuidados com a população amazônica.

 

OUÇA A ÍNTEGRA DA ENTREVISTA

 

 

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‘Quando vai começar o sínodo?’

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02 de setembro de 2017

Essa tem sido uma pergunta recorrente em toda a Arquidiocese de São Paulo. E a resposta é: o sínodo já começou. Desde que o sínodo foi convocado pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, na Solenidade de Corpus Christi deste ano, começaram os muitos trabalhos de preparação, que envolvem, por exemplo, as elaborações de questionários às paróquias e de roteiros, além da estruturação de equipes que trabalharão diretamente com o sínodo.

Também já está sendo finalizado o hino do sínodo. A oração já foi elaborada e todos na Arquidiocese de São Paulo são convidados a rezá-la para o bom êxito do sínodo. Em breve, quem ainda não está participando ativamente do sínodo, encontrará muitas ocasiões para isso até 2020.
 
Você tem dúvidas sobre o sínodo arquidiocesano?Envie sua pergunta para osaopaulo@uol.com.br
Acompanhe também os boletins semanais sobre o sínodo na rádio 9 de Julho: às quintas-feiras, nos programas “Igreja em Notícias”, das 7h30 às 8h, e “Ciranda da Comunidade”, das 18h30 às 19h

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‘Qual a real necessidade de um sínodo para a Igreja em São Paulo?’

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30 de agosto de 2017

O sínodo é uma forma de reunião na Igreja, muito presente a partir do Concílio Vaticano II. A Igreja deseja reunir o povo de Deus para discutir, aprofundar temas e caminhos para a nova evangelização. Ao longo dessa caminhada do sínodo arquidiocesano, têm surgido algumas perguntas, e uma delas é sobre a real necessidade desse tipo de reunião para a Igreja em São Paulo.

Muitas outras dioceses do mundo têm realizado sínodos com a finalidade de aprofundar a própria identidade e também de traçar novos rumos para a evangelização. Essa é a primeira vez que a Arquidiocese de São Paulo realiza um sínodo, e a sua necessidade reside na própria realidade desta grande cidade e desta grande Arquidiocese, com um povo de Deus sempre a caminho, engajado, trabalhando e evangelizando, que deve compreender melhor a própria realidade.

Todos são convidados a se informar sobre o sínodo arquidiocesano para participar bem e para que haja ampla compreensão da realidade para traçar caminhos futuros.

 

Você tem dúvidas sobre o sínodo arquidiocesano?Envie sua pergunta para osaopaulo@uol.com.br 

Acompanhe também os boletins semanais sobre o sínodo na rádio 9 de Julho: às quintas-feiras, nos programas “Igreja em Notícias”, das 7h30 às 8h, e “Ciranda da Comunidade”, das 18h30 às 19h

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Arquidiocese irá preparar animadores paroquiais

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28 de julho de 2017

Para motivar a participação dos fiéis das paróquias e comunidade da Arquidiocese de São Paulo nas reflexões e trabalhos do sínodo arquidiocesano, em setembro será realizado um encontro de formação de animadores sinodais paroquiais.

Esse foi um dos assuntos tratados na segunda reunião da Comissão de Coordenação Geral do Sínodo Arquidiocesano, realizada nesta quinta-feira, 27, na Cúria Metropolitano.

Esses animadores sinodais serão aqueles que vão auxiliar os párocos durante os encontros que serão realizados em âmbito paroquial e terão a missão de animar e ajudar a coordenar os trabalhos do caminho sinodal nas bases, previsto para acontecer ao longo de 2018. “O animador sinodal é, portanto, o agente facilitador, mediador, para que a comunhão do caminhar juntos aconteça em todas as realidades da Igreja de São Paulo”, explicou o Padre José Arnaldo Juliano, um dos peritos convidados para assessoria teológica do Sínodo.

A formação será destinada a dois representantes de cada paróquia da Arquidiocese indicados pelos párocos e administradores paroquiais. O itinerário formativo está sendo preparado por um grupo de trabalho da Comissão de Coordenação Geral do Sínodo. Também estão sendo elaborados subsídios para a realização dos trabalhos do sínodo nas bases.

O Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, destacou que uma vez preparados, esses animadores deverão, a partir do mês de outubro, realizar encontros nas paróquias para preparem os paroquianos para as atividades sinodais de 2018.

Na reunião da Comissão, também foram encaminhados o texto do regulamento do sínodo e dos materiais de divulgação e motivação do caminho sinodal.

Saiba mais sobre o sínodo arquidiocesano aqui.

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‘Avançar para águas mais profundas’ na missão da Igreja em São Paulo

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05 de julho de 2017

A Comissão de Coordenação Geral do 1º Sínodo da Arquidiocese de São Paulo se reuniu pela primeira vez na sexta-feira, 30, na Cúria Metropolitana. Instituída pelo Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, a Comissão tem o objetivo de ajudar a pensar e organizar os próximos passos do caminho sinodal convocado no dia 15 de junho.

O organismo é constituído pelos bispos auxiliares, vigários episcopais, coordenadores de pastorais das regiões e vicariatos, representantes dos religiosos, diáconos permanentes e do laicato. Junto com a Comissão, também foi criada a Secretaria Geral do Sínodo, que terá à frente o Padre Tarcísio Marques Mesquita, Coordenador Arquidiocesano de Pastoral.

A reunião também contou com a presença do Padre José Arnaldo Juliano, teólogo e historiador, convidado para ser um dos peritos do Sínodo, e do Padre Pedro Augusto Ciola de Almeida, Secretário do Arcebispo.

Dom Odilo explicou aos membros da Comissão que o objetivo do Sínodo é a “conversão e renovação da vida pastoral da Arquidiocese, à luz dos apelos de Deus e da Igreja, da realidade na qual vive a Igreja em São Paulo”. O Cardeal Scherer ressaltou, ainda, que não é a Comissão que realizará o Sínodo, mas toda a Arquidiocese: “A Igreja em São Paulo que reflete e olha para si, para sua maneira de ser, para sua missão, o que estamos realizando, como estamos realizando”.

Ainda segundo o Arcebispo, todo o caminho sinodal, desde o anúncio e a convocação, passando pela preparação e celebração do mesmo, “deverá ser marcado pela escuta e atenta acolhida à Palavra de Deus, do Magistério da Igreja, para discernirmos sobre a vocação e a missão de nossa Arquidiocese em cada realidade vivida pelos fiéis católicos: nas pequenas e grandes expressões da comunidade eclesial e em todas as estruturas e organizações pastorais”.

 

 

Preparação

Os primeiros encaminhamentos da Comissão serão pensar na divulgação e motivação sobre o Sínodo nas paróquias e comunidades da Arquidiocese, bem como elaborar subsídios para serem utilizados na primeira etapa do caminho sinodal, em 2018, quando os trabalhos acontecerão nas bases. Para esclarecer e motivar as pessoas sobre o Sínodo, será elaborado um folder com informações básicas, como o que é um sínodo, por que e para que celebrá-lo.

Também caberá à Comissão preparar a formação de agentes que auxiliarão na realização das reflexões do Sínodo nas bases. Para isso, será necessária a elaboração do regulamento do Sínodo. Estão em fase de preparação um logotipo e um hino do Sínodo, que ajudarão na divulgação, motivação e celebração do caminho sinodal.

Ao longo do segundo semestre de 2017, as atividades arquidiocesanas também serão voltadas para a motivação do Sínodo. Em agosto, o Curso de Atualização Teológico-Pastoral do Clero da Arquidiocese de São Paulo irá tratar do assunto, preparando os sacer-dotes e diáconos para a realização do Sínodo nas paróquias. De igual maneira, os materiais para o Mês Missionário, celebrado em outubro, bem como a Novena de Natal, serão elaborados no contexto sinodal.

 

 

Olhar para si

Dando como exemplo o método “ver-julgar-agir”, Dom Odilo explicou que a primeira etapa será o “ver” da Arquidiocese, quando cada paróquia, comunidade ou organização pastoral vai “olhar-se no espelho” e perceber a sua realidade.

Ainda de acordo com o Arcebispo, é preciso ter claro que o Sínodo não conta só pelas conclusões, mas pelo caminho realizado, pelo exercício de comunhão, de tomada de consciência e motivação. “O Sínodo é eclesial. É a Igreja em São Paulo que reflete e olha para si, para sua maneira de ser, para sua missão. O que estamos realizando, como estamos rea-lizando... É a busca da própria Igreja de se reposicionar, acertar o passo”, disse o Cardeal Scherer.

Padre José Arnaldo afirmou que o Sínodo é um momento eclesial. Recordando a encíclica Ecclesiam Suam, do Beato Paulo VI (1964), na qual o Pontífice fala sobre os sínodos, o Teólogo salientou que é necessário que a Igreja, antes de tomar atitudes pastorais ousa-das, pare e olhe para si mesma. Essa é a experiência, na sua avaliação, que o Sínodo poderá proporcionar. “Não podemos pensar apenas no ativismo pas-toral. É momento de reflexão e de ação em comunhão”, alertou.

Padre Andrés Gustavo Marengo, Coordenador de Pastoral da Região Santana, completou que para uma autêntica e eficaz conversão pastoral é preciso ir ao encontro das periferias existenciais, a Igreja deve, antes de tudo, descobrir sua própria identidade na cidade. “Para sairmos em busca daqueles que estão afastados, nós precisamos saber quem somos.”

Padre Jordélio Siles Ledo, da Congregação dos Sagrados Estigmas (Estigmatinos), um dos representantes dos religiosos na Comissão, afirmou que ao iniciar o processo de avaliação, preciso ter consciência de que a Igreja pode se defrontar com uma imagem incômoda sobre si mesma. “Esse ‘ver’ a realidade, saber quem é esse interlocutor da Igreja, a cidade, é muito importante”, disse.

 “O Sínodo deverá significar um ‘vento impetuoso de Pentecostes’ (cf. At 2,1-11), uma saudável sacudida na Igreja da Arquidiocese, dando-lhe fortes impulsos para ‘avançar para águas mais profundas’ no exercício da missão evangelizadora e da vida da Igreja”, enfatizou Dom Odilo.

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Sínodo Arquidiocesano: um caminho feito em comunhão

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15 de junho de 2017

Despertar uma nova consciência dos católicos sobre a vida e a missão da Igreja em São Paulo e provocar um processo de conversão e renovação pastoral. Esses são os principais frutos que o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, espera do Sínodo Arquidiocesano, convocado por ele na quinta-feira, 15, durante a missa da Solenidade de Corpus Christi, na Praça da Sé. Em entrevista ao O SÃO PAULO, Dom Odilo explicou como se realizará o Sínodo, com várias etapas até a assembleia sinodal que concluirá o caminho ao longo de quase três anos. Segundo o Arcebispo, o povo nas paróquias, comunidades e realidades eclesiais de base poderá participar das atividades sinodais. “O Espírito Santo é o principal protagonista do Sínodo e é ele quem move a Igreja a se converter e renovar”, destacou.

Confira a entrevista.

 

O SÃO PAULO – A partir da convocação, quais serão os próximos passos do sínodo arquidiocesano?

Cardeal Odilo Pedro Scherer – O Sínodo deverá ser uma grande ação eclesial de nossa Arquidiocese na busca conjunta da melhor forma de correspondermos à vida e à missão da Igreja em nosso tempo. Na sua realização, são previstos diversos passos: uma etapa prévia de motivação, divulgação, oração e tomada de consciência sobre o próprio Sínodo; uma dupla etapa preparatória, em âmbito de paróquias e de vicariatos episcopais; finalmente, haverá a assembleia sinodal arquidiocesana propriamente dita. Prevê-se um caminho longo e complexo de cerca de três anos até à conclusão do Sínodo.

Quais serão o tema e o lema do sínodo?

O Sínodo será dedicado à vida e à missão da Igreja na Arquidiocese de São Paulo. De maneira estrita, o tema terá esta formulação: “Sínodo da Arquidiocese de São Paulo: caminho de comunhão, conversão e renovação missionária”. E o lema será: “Deus habita esta Cidade. Somos suas testemunhas”.

Como as pessoas dos diferentes âmbitos da vida eclesial poderão participar desse caminho sinodal?

É desejada uma ampla participação, que poderá acontecer de muitos modos. Primeiramente, pelo interesse para compreender melhor a proposta do Sínodo; para isso, haverá matérias à disposição de todos. Mas, é muito importante que todos rezem ao Espírito Santo pelo bom êxito do Sínodo. O Espírito Santo é o principal protagonista do Sínodo, e é ele quem move a Igreja a se converter e renovar, a corresponder e realizar melhor sua vida e sua missão. No âmbito das paróquias, comunidades e realidades eclesiais de base, haverá ampla possibilidade e necessidade de envolvimento do povo nas ações sinodais; no âmbito dos vicariatos regionais e ambientais, bem como no âmbito arquidiocesano, a participação será por representação, conforme regulamento do Sínodo.

Como será a assembleia sinodal?

Ainda temos um longo caminho a percorrer antes de chegar à assembleia sinodal propriamente dita, última etapa do Sínodo. Na assembleia sinodal arquidiocesana, serão apresentados e analisados os relatórios das etapas anteriores e serão elaboradas propostas para os encaminhamentos pós-sinodais.

O senhor destaca a necessidade de uma grande revisão da pastoral na Arquidiocese. Por quê?

Vivemos um período de “mudança de época”, como já se afirmou na Conferência de Aparecida, em 2007. Tendo em vista as grandes transformações sociais, culturais e religiosas do nosso tempo, e levando em consideração os fortes apelos da própria Igreja para a promoção de uma nova evangelização, é preciso perguntar: isso também diz respeito a nós, aqui em São Paulo? Um amplo discernimento sobre a vida e a organização pastoral será útil para saber como estamos, de fato. Não podemos fazer de conta que nada mudou e que tudo continua como sempre foi. Na passagem para o novo milênio cristão, houve a indicação de grandes metas e diretrizes para a vida e a missão da Igreja neste período da história da humanidade. Será que que essas metas estão presentes em nossa evangelização e vida pastoral? A Conferência de Aparecida convocou a Igreja da América Latina e do Caribe a uma renovação missionária, uma verdadeira conversão pastoral e missionária: será que estamos realizando esse processo? O Papa Francisco nos conclama a vivermos a alegria do Evangelho como uma “Igreja em saída missionária”: será que isso nos diz respeito e já está acontecendo? Existe uma profunda crise de fé em boa parte do povo cristão e católico, e se constata que a evangelização está insuficiente, também em São Paulo: isso tem algum significado para nossa ação pastoral? Os casamentos na Igreja, os batizados, as primeiras comunhões, as vocações sacerdotais e à vida consagrada estão em queda acentuada: o que está acontecendo e o que vamos fazer? O Sínodo poderá ser de grande ajuda para responder essas e outras questões.

Quais são os principais frutos que se esperam desse Sínodo?

Espera-se, com a ajuda de Deus, uma nova consciência do povo católico sobre a vida e a missão da Igreja em São Paulo, e também provocar um processo de conversão e renovação pastoral. Daí poderá resultar uma revisão das diretrizes e orientações pastorais em vários sentidos e uma eventual reestruturação da organização pastoral da Arquidiocese. Mas, para se chegar a esses frutos, será preciso semear muito e percorrer o caminho sinodal, com paciência e fé, contando com a ajuda do Espírito Santo.

Será publicado um documento final do Sínodo?

Ao longo do caminho sinodal deverão ser produzidos e publicados diversos subsídios. Espera-se chegar a boas conclusões sinodais, que também serão publicadas. Mais importante que os textos, porém, deverão ser as novas atitudes pastorais e a renovação da consciência eclesial. Esses deverão ser os frutos principais e esperamos que eles apareçam com o passar do tempo, com a graça de Deus, o esforço de todos e a paciência da fé.

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Um sínodo para caminhar na mesma direção

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09 de agosto de 2017

Em artigo publicado no O SÃO PAULO, na edição de 19 a 25 de abril de 2017, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, aprofundando o trecho do Evangelho em que Jesus se revela ressuscitado aos discípulos de Emaús, fala sobre o Sínodo Arquidiocesano que será realizado no quadriênio 2017-2020.

No texto, ele explica que “Sínodo significa caminhar juntos, na mesma direção. Jesus fez caminho com os discípulos de Emaús, explicando as Escrituras. Jesus faz um sí- nodo com eles. E eles o reencontram nas Escrituras, no convívio fraterno e no partir do pão (Eucaristia e caridade). Queremos celebrar um Sínodo em nossa Arquidiocese para contar nossa situação, perscrutar as Escrituras e deixar que se aqueçam nossos corações. Vamos perceber que Ele não abandonou sua Igreja mas caminha com ela, renova-a na alegria de crer e de proclamar à cidade de São Paulo a Boa Nova”.

Em outro artigo, de fevereiro deste ano, direcionado aos bispos, párocos, administradores, vigários paroquiais e diáconos da Arquidiocese, o Cardeal explica os motivos que o levaram a convocar o Sínodo.

“Sínodo diocesano é um caminho de reflexão, avaliação, renovação, planejamento e programação, feito com a participação de toda a Igreja particular, através dos seus representantes e delegados para isso. É um evento de grande significado eclesial e pastoral, que requer um amplo envolvimento de todas as forças vivas da Arquidiocese. O Sínodo requer boa preparação e participação em diversos níveis, para rever e avaliar a ação evangelizadora da Igreja, as diretrizes pastorais nos diversos âmbitos da ação pastoral, a busca de caminhos comuns eficazes para que nossa Arquidiocese realize bem sua missão neste tempo e no atual contexto social, cultural e religioso”, afirmou o Cardeal.

Momento de questionamentos

Ele salientou, ainda, que o Sínodo poderá levar à percepção de lacunas e insuficiências na evangelização; à constatação de que existe rotina e cansaço, desmotivação e resignação diante dos desafios e problemas que a Igreja enfrenta na cidade de São Paulo. Dom Odilo, coloca, então, uma série de perguntas que podem surgir a partir dessa reflexão feita conjuntamente. “Pode ser que os fatos e os números relativos à ação pastoral e à vida eclesial nos interpelem e nos façam perguntar: afinal, o que está acontecendo? Por que está acontecendo? Como podemos enfrentar melhor a escassez de vocações? Como tornar nossa Arquidiocese decididamente mais missionária, conforme apelos constantes e fortes da Igreja diante dos desafios da nova evangelização?”.

 Por fim, Dom Odilo diz que “o sínodo diocesano não deverá ter outra finalidade do que lançar um olhar realista para a nossa realidade eclesial e pastoral em São Paulo, com o desejo sincero de sermos fiéis à graça de Deus e de correspondermos bem à missão que nos está confiada nesta Metrópole”.

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