Papa: coragem e prudência devem orientar os trabalhos do Sínodo

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08 de outubro de 2019

O primeiro dia de trabalhos da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Amazônica, nesta segunda-feira, 7, contou com a presença do Papa Francisco, que em sua saudação inicial, destacou que o Espírito Santo é o protagonista do Sínodo.

O Pontífice pediu coragem para falar com liberdade e prudência para não se criar a impressão de que exista um “Sínodo dentro, que segue um caminho da Igreja Mãe, de cuidado dos processos”, e um “Sínodo fora”, que, por uma informação dada com rapidez e imprudência, “move os jornalistas a equívocos”.  

O Santo Padre também ressaltou que é preciso rezar muito, além de refletir, dialogar, escutar com humildade e discernimento.

INTERESSE DE TODA A IGREJA

Ao abrir a 1ª Congregação Geral da Assembleia, o Secretário-Geral do Sínodo dos Bispos, Cardeal Lorenzo Baldisseri, ressaltou a orientação desse caminho sinodal convocado pelo Papa é “identificar novos caminhos para a evangelização daquela parte do Povo de Deus, especialmente os indígenas, muitas vezes esquecidos e sem a perspectiva de um futuro sereno, também por causa da crise da floresta Amazônica, pulmão de suma importância para o nosso planeta”.

Nesse sentido, o Dom Lorenzo afirmou que, mesmo se referindo a uma área geográfica específica, este Sínodo interessa à Igreja universal. “Por este motivo, a participação foi ampliada a Bispos provenientes de outras Igrejas particulares e organismos eclesiais regionais e continentais. Em outras palavras, é toda a Igreja universal que quer dirigir o olhar à Igreja na Amazônia e assumir no coração os seus desafios, as suas preocupações e os seus problemas, porque no fundo todos nós devemos nos sentir parte desta aldeia global na qual vive e palpita a única Igreja de Jesus Cristo”, disse. 

NOVOS CAMINHOS PARA EVANGELIZAÇÃO

O Relator-Geral do Sínodo, Cardeal Cláudio Hummes, Arcebispo Emérito de São Paulo e Presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam), fez um pronunciamento no qual destacou que o tema da assembleia ressoa grandes linhas pastorais características do Papa Francisco.

Ressaltando o conceito de “Igreja em saída” propagado pelo Santo Padre, Dom Cláudio afirmou que a Igreja não pode “ficar sentada em casa, cuidando de si mesma, cercada de muros de proteção”, muito menos, olhando para trás com certa nostalgia de tempos passados”. “Ela precisa abrir as portas, derrubar muros que a cercam e construir pontes, sair e pôr-se a caminho na história, nos tempos atuais de mudança de época, caminhando sempre próxima de todos, principalmente de quem vive nas periferias da humanidade”, sublinhou.

DESAFIOS MISSIONÁRIOS

Dom Cláudio recordou, ainda, que, na história da evangelização da Amazônia, a Igreja sempre contou com missionários, de ordens e congregações religiosas e padres diocesanos. “Ao lado dos missionários, houve também sempre numerosas lideranças leigas e indígenas que deram testemunho heroico”, reiterou.

“Por outro lado, a história da Igreja na Pan-amazônia mostra que sempre houve grande carência de recursos materiais e de missionários para um desenvolvimento pleno das comunidades, destacando-se a ausência quase total da Eucaristia e de outros sacramentos essenciais para a vivência cristã cotidiana”, acrescentou o Relator-Geral, ressaltando a carência de sacerdotes a serviço das comunidades locais. 

MINISTÉRIOS

Nesse sentido, Dom Cláudio lembrou que, durante a fase preparatória de escuta às comunidades locais, missionários e comunidades indígenas pediram que, “reafirmando o grande valor do carisma do celibato na Igreja, contudo, diante da gritante necessidade da imensa maioria das comunidades católicas na Amazônia, ali se abra caminho para ordenação presbiteral de homens casados, que residam nas comunidades”.

Ao mesmo tempo, ouviu-se nas consultas contidas no Instrumento de Trabalho do Sínodo, que, diante do grande número de mulheres que hoje dirigem comunidades na Amazônia, busque-se caminhos para o reconhecimento desse serviço e se procure consolidá-lo com “um ministério adequado” para essas mulheres, sem, no entanto, afirmar que se trate de um ministério ordenado.

ALTERNATIVAS

A respeito do tema dos ministérios, o Prefeito do Dicastério da Comunicação e presidente da Comissão para Informação deste Sínodo, Paolo Ruffini, explicou, durante a Conferência de imprensa desta segunda-feira, que essa “não é a única possibilidade”, ou seja, que não significa que essa seja a resposta a ser dada para o desafio da carência sacramental. No entanto, ele afirmou que seria errôneo da parte dos padres sinodais não considerar nas reflexões da assembleia um pedido proveniente da comunidade católica da Amazônia.

De igual modo, a Sala de Imprensa da Santa Sé esclareceu que o tema da falta de sacramentos nas comunidades amazônicas foi tratado durante a Assembleia, reconhecendo que se trata de uma nessesidade legítima, mas que não pode ser condicionada ao fato de repensar substancialmente a natureza do sacerdócio e sua relação com o celibato, previsto para a Igreja de rito latino. “Em vez disso, sugeriu-se uma pastoral vocacional entre os jovens indígenas, a fim de favorecer a evangelização até mesmo das regiões mais remotas da Amazônia, de modo que não sejam criados ‘católicos de primeira classe’ que possam se aproximar facilmente da Eucaristia, e ‘católicos de segunda classe’, destinados a permanecer sem o Pão da vida, por até dois anos consecutivos”, informou o comunicado.  

INSTRUMENTUM LABORIS

Sobre o Instrumento de Trabalho, o Cardeal Baldisseri lembrou que esse se constituirá “o ponto de referência e a base necessária da reflexão e do debate sinodal e não um texto para fazer emendas”.

Isso também foi ressaltado pelo próprio Papa Francisco, que o definiu como um texto “mártir, destinado a ser destruído”, pois é o ponto de partida para os trabalhos da Assembleia. 

PARTICIPANTES

O Sínodo conta com a participação de 185 padres sinodais, seis delegados fraternos, 12 enviados especiais, 25 especialistas, 55 auditores (homens e mulheres), entre os quais especialistas e agentes pastorais provenientes de todo o território pan-amazônico. “Entre eles, destaca-se a presença de 16 representantes de diversas etnias indígenas e povos originários que trazem a voz, o testemunho vivo das tradições, da cultura e da fé das suas populações”, frisou o Secretário-Geral. 

METODOLOGIA

A assembleia sinodal se realizará por meio das congregações gerais, dos círculos menores – que terão início em 10 de outubro, dos pronunciamentos dos participantes, da troca de opiniões “no espírito da comunhão fraterna”, até a elaboração do projeto do documento final que será apresentado à assembleia em 21 de outubro. No dia 26 será feita a votação do documento e a conclusão dos trabalhos. Esse Documento Final será entregue ao Papa que, posteriormente, poderá redigir uma exortação pós-sinodal, com suas decisões feitas a partir da escuta daquilo que foi refletido no Sínodo.

(Com informações de Vatican News - Fotos: Vatican Media)

 

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07 de outubro de 2019

Os trabalhos da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Amazônia começaram na manhã desta segunda-feira, 7, com um momento de oração diante do túmulo de São Pedro, na Basílica Vaticana, com a presença do Papa Francisco, seguido de uma procissão dos participantes do sínodo até a sala sinodal.

Na saudação inicial da Assembleia, o Santo Padre destacou que o Sínodo para a Amazônica tem quatro dimensões: pastoral, cultural, social e ecológica.

“A primeira [dimensão] é essencial porque abarca tudo e vemos a realidade da Amazônia com olhos dos discípulos, porque não existem hermenêuticas neutras, ascéticas, sempre estão condicionadas a uma opção prévia, e a nossa opção prévia é a dos discípulos. Mas também com olhos missionários, porque o amor que o Espírito Santo colocou em nós nos impulsiona ao anúncio de Jesus Cristo”, disse o Papa.

PERIGO DAS IDEOLOGIAS

O Pontífice advertiu para o que chamou de “colonizações ideológicas” que destroem ou reduzem os costumes e identidades dos povos originários.  “As ideologias são uma arma perigosa”, afirmou, porque levam a visões redutivas, a entender sem admirar, sem assumir, sem compreender.

Contra o risco de medidas pragmáticas, o Papa propõe a contemplação dos povos, a capacidade de admiração e um pensamento paradigmático. “Se alguém veio com intenções pragmáticas, converte-se para atitudes paradigmáticas, que nasce da realidade dos povos”, destacou.

ESPÍRITO SANTO

O Sando Padre reiterou que não se reuniram em sínodo para “para inventar programas de desenvolvimento social ou custódia de culturas, do tipo museu, ou de ações pastorais com o mesmo estilo não contemplativo com o qual se estão levando adiante as ações de sentido oposto: desmatamento, uniformização, exploração”. “Viemos para contemplar, compreender, servir os povos e fazemos percorrendo um caminho sinodal, não numa mesa-redonda, em conferências ou em discursos, mas em sínodo. Porque um Sínodo não é um parlamento, um locutório, é um caminhar juntos sob a inspiração do Espírito Santo e o Espírito Santo é o protagonista do Sínodo”, afirmou.

INSTRUMENTO DE TRABALHO

Sobre o Instrumento de Trabalho do Sínodo, documento feito pelo conselho pré-sinodal, fruto das consultas às comunidades amazônicas, o Papa o definiu como um texto “mártir”, destinado a ser destruído, pois é o ponto de partida para os trabalhos da Assembleia. “Vamos caminhar sob a guia do Espírito Santo, deixar que Ele se expresse nesta assembleia, entre nós, conosco, através de nós e se expresse apesar da nossa resistência”, destacou.

Para assegurar que a presença do Espírito Santo seja fecunda, Francisco indicou antes de tudo a oração: “Rezemos muito”. “É preciso também refletir, dialogar, escutar com humildade, sabendo que eu não sei tudo e falar com coragem, com paresia, “mesmo que tenha que passar vergonha”, discernir e tudo isso dentro, custodiando a fraternidade que deve existir aqui dentro”, enfatizou.

ORAÇÃO

Para favorecer a atitude de reflexão, oração, discernimento, depois das intervenções haverá um espaço de quatro minutos de silêncio. “Pois estar no Sínodo é entrar num processo, não é ocupar um espaço na sala, e os processos eclesiais têm necessidade de ser custodiados, cuidados com delicadeza, com o calor da Mãe Igreja”, reiterou o Papa.

O Pontífice, então, indicou prudência ao falar com os jornalistas, para não se criar a impressão de que exista um “Sínodo dentro, que segue um caminho da Igreja Mãe, de cuidado dos processos”, e um “Sínodo fora que, por uma informação dada com rapidez, dada com imprudência,  que move os jornalistas a equívocos”.  “Uma informação imprudente leva a equívocos”, alertou.

Por fim, Francisco agradeceu a todos pelo trabalho. “Obrigado por rezar uns pelos outros e ânimo”.

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Papa Francisco abre Sínodo para a Amazônia

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06 de outubro de 2019

O Papa Francisco presidiu a missa de abertura da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica na manhã deste domingo, 6, na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Entre os concelebrantes estavam os 185 padres sinodais, 58 do Brasil. Também estavam na Eucaristia os 13 novos cardeais, criados no Consistório presidido pelo Pontífice no sábado, 5. Na assembleia,  havia, ainda, representantes de comunidades indígenas.

O evento eclesial que se realizará até o dia 27 deste mês, tem como tema “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”.

CAMINHAR JUNTOS

Na homilia, dirigindo-se aos padres sinodais, bispos provenientes não só da região Pan-Amazônica, mas também de outras regiões, o Papa partiu da leitura da a Segunda Carta de São Paulo a Timóteo para ressaltar que o apóstolo Paulo, o maior missionário da história da Igreja os ajudará a “fazer Sínodo”, a “caminhar juntos”.

O Santo Padre chamou a atenção para o dom que cada um recebeu para serem dons na vida dos outros. “Um dom não se compra, não se troca nem se vende: recebe-se e dá-se de prenda. Se nos apropriarmos dele, se nos colocarmos a nós no centro e não deixarmos no centro o dom, passamos de pastores a funcionários: fazemos do dom uma função, e desaparece a gratuidade; assim acabamos por nos servir a nós mesmos, servindo-nos da Igreja”, afirmou.

REACENDER O DOM DA MISSÃO

Francisco ainda ressaltou que para serem fiéis à missão, São Paulo recorda a necessidade de se reacender o dom recebido. “O dom que recebemos é um fogo, é amor ardente a Deus e aos irmãos. O fogo não se alimenta sozinho; morre se não for mantido vivo, apaga-se se a cinza o cobrir”, disse.

“Se tudo continua igual, se os nossos dias são pautados pelo ‘sempre se fez assim’, então o dom desaparece, sufocado pelas cinzas dos medos e pela preocupação de defender o status quo. Mas ‘a Igreja não pode de modo algum limitar-se a uma pastoral de “manutenção” para aqueles que já conhecem o Evangelho de Cristo’, acrescentou o Papa, afirmação do Papa Emérito Bento XVI, de que “o ardor missionário é um sinal claro da maturidade de uma comunidade eclesial”.

O Pontífice convidou os participantes do Sínodo a pedirem a graça de serem “fiéis à novidade do Espírito”. “Ele, que faz novas todas as coisas, nos dê a sua prudência audaciosa; inspire o nosso Sínodo a renovar os caminhos para a Igreja na Amazônia, para que não se apague o fogo da missão”, reiterou.

FOGO DO EVANGELHO

O Santo Padre enfatizou que o fogo de Deus, como no episódio da sarça ardente, arde mas não consome. “Quando sem amor nem respeito se devoram povos e culturas, não é o fogo de Deus, mas do mundo. Contudo quantas vezes o dom de Deus foi, não oferecido, mas imposto! Quantas vezes houve colonização em vez de evangelização! Deus nos preserve da ganância dos novos colonialismos”, alertou.

“O fogo ateado por interesses que destroem, como o que devastou recentemente a Amazônia, não é o do Evangelho. O fogo de Deus é calor que atrai e congrega em unidade. Alimenta-se com a partilha, não com os lucros”, completou Francisco.

OLHAR PARA O CRUCIFICADO

Por fim, o Papa convidou todos a olharem para Jesus crucificado e para seu coração aberto. Muitos irmãos e irmãs na Amazônia carregam cruzes pesadas e aguardam pela consolação libertadora do Evangelho, pela carícia de amor da Igreja. Por eles, com eles, caminhemos juntos”.

 

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'Toda a Igreja mostra a sua solicitude pela Amazônia', diz Cardeal Baldisseri

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03 de outubro de 2019

Faltando três dias para o início da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Amazônia, aconteceu na manhã desta quinta-feira, 4, a coletiva de imprensa de apresentação do evento.

A Sala de Imprensa da Santa Sé, no Vaticano, ficou lotada para a conferência que contou com a participação do Secretário-geral, Cardeal Lorenzo Baldisseri, o Relator-geral, Cardeal Cláudio Hummes, e o Sub-secretário, Dom Fabio Fabene.

O Cardeal Baldisseri explicou que essa assembleia convocada pelo Papa Francisco em 2017, é “especial”, isto é, diz respeito a uma área geográfica específica e, portanto, irá reunir todos os bispos da região pan-amazônica, que compreende nove países.

Participarão 184 padres sinodais, dentre os quais, prelados de outras regiões, chefes de dicastérios da Cúria Romana, representantes de congregações religiosas e membros de nomeação pontifícia. Do Brasil, serão 57 participantes. Entre os participantes, dos quais 35 mulheres, há também representantes de outras comunidades cristãs, de povos originários e especialistas, como consultores e ouvintes.

“É toda a Igreja que mostra a sua solicitude pela Amazônia: pelas dificuldades, os problemas, as preocupações e os desafios que encontra”, afirmou Dom Lorenzo.

MISSÃO EVANGELIZADORA

O Secretário-geral destacou, ainda, o foco deste Sínodo, contido já no tema – “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”. Os padres sinodais, portanto, se concentrarão em dois aspectos: a missão evangelizadora da Igreja na Amazônia, tendo no centro o anúncio da salvação em Jesus Cristo, e a questão ecológica.

O Cardeal Hummes ressaltou que o contexto amplo do Sínodo é a grave e urgente crise socioambiental de que fala a Encíclica do Papa Francisco Laudato si’: “a) A crise climática, ou seja, o aquecimento global pelo efeito estufa; b) a crise ecológica em consequência da degradação, contaminação, depredação e devastação do planeta, em especial na Amazônia; c) e a crescente crise social de uma pobreza e miséria gritante que atinge grande parte dos seres humanos e, na Amazônia, especialmente os indígenas, os ribeirinhos, os pequenos agricultores e os que vivem nas periferias das cidades amazônicas e outros.”

“Trata-se de cuidar e defender a vida, tanto de todos os seres humanos, quanto da biodiversidade. Jesus disse: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância (Jo, 10,10)”, acrescentou Dom Cláudio.

O Relator-geral citou mais de uma vez a Laudato si’ e o seu convite a uma conversão. “É importante o que o Papa Francisco chama de ‘ecologia integral’, para dizer que tudo está interligado, os seres humanos, a vida comunitária e social, e a natureza. O que se faz de mal à terra, acaba fazendo mal aos seres humanos e vice-versa. Há necessidade de uma conversão ecológica, inspirada em São Francisco de Assis”, afirmou.

SOBERANIA É INTOCÁVEL

Respondendo às perguntas dos jornalistas, o Cardeal brasileiro ressaltou a “presença heroica” da Igreja no território amazônico há quatro séculos. “Não se pode falar da Amazônia sem falar da história da Igreja na região”., disse Dom Cláudio, reivindicando a bagagem eclesial acumulada no decorrer dos séculos. “A Igreja não é competente em determinações técnicas, mas apresentará princípios para orientar os que buscam essas soluções”.

O Cardeal Hummes falou das críticas recebidas do governo brasileiro, afirmando que “em parte foram superadas” depois de encontros com membros governamentais. E reiterou: “Para a Igreja, a soberania da Amazônia é intocável”.

Outro ponto questionado foi quanto ao Instrumento de Trabalho. Dom Cláudio recordou que não se trada de um documento do Sínodo, mas para o Sínodo, que contém “a voz do povo local”.  O Cardeal Baldisseri complementou que não se trata de um “documento pontifício”, mas de uma coleta das expressões do povo da Amazônia. “É o ponto de partida para começar a trabalhar.”

METODOLOGIA

Já o Sub-secretário do Sínodo dos Bispos, Dom Fabio Fabene, explicitou as fases de elaboração da Assembleia, com ênfase no andamento dos trabalhos durante o Sínodo. Tratando-se de uma Assembleia Especial, a metodologia em relação aos Sínodos precedentes foi parcialmente renovada.

O Secretário-geral abrirá os trabalhos ilustrando o percurso sinodal. Depois, o relator apresentará os conteúdos que emergiram na fase preparatória e traçará os argumentos principais para a discussão na Sala e nos círculos menores. As intervenções na Sala terão a duração de quatro minutos. E nos dias de congregações gerais, haverá um tempo ao final para pronunciamentos livres dos padres sinodais.

COMUNICAÇÃO

A comunicação do Sínodo será confiada ao Dicastério para a Comunicação. Diariamente, serão realizados briefings com a participação dos padres sinodais e de outros participantes. As redes sociais (Twitter, Facebook e Instagram) de Vatican News e da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos contribuirão para a difusão das notícias. Está ativa a mesma hashtag #SinodoAmazonico para todas as línguas para uma informação mais adequada sobre o Sínodo.

Os padres sinodais estarão disponíveis para entrevistas fora da sala sinodal. Como nos últimos Sínodos, as intervenções na Sala não serão publicadas oficialmente no Boletim da Sala de Imprensa. Já os pronunciamentos dos círculos serão divulgados através da Sala de Imprensa da Santa Sé.

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Andrea Tornielli: ‘O Sínodo não quer transformar a Igreja em uma ONG’

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26 de setembro de 2019

Dando continuidade à série “Vatican News rumo ao Sínodo da Amazônia”, o editor-chefe da agência de notícias da Santa Sé, Andrea Tornielli, esclareceu dúvidas de internautas referentes à Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Amazônia, que acontecerá entre os dias 6 e 27 de outubro, no Vaticano.

No terceiro vídeo o jornalista respondeu a acusaões de críticos nas redes sociais de que "o Sínodo quer transformar a Igreja em uma ONG", além de temas relacionados à inculturação, Teologia da Libertação e a influência do marxismo na preparação e discussões da assembleia sinodal. 

Confira o terceiro vídeo da série:

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Andrea Tornielli: acusar a Laudato si’ de ‘herética’ é uma ‘blasfêmia’

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Andrea Tornielli: acusar a Laudato si’ de ‘herética’ é uma ‘blasfêmia’

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26 de setembro de 2019

No segundo vídeo da série "Vatican News rumo ao Sínodo da Amazônia", o editor-chefe da agência de notícias do Vaticano, Andrea Tornielli, comenta afirmações feitas por internautas a respeito da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Amazônia, que acontecerá entre os dias 6 e 27 de outubro, no Vaticano.

O jornalista explicou o conteúdo da Encíclica Laudato si’, sobre o cuidado da casa comum, rebatendo a comentários de que o documento do Papa Francisco seria “herético” e reiterou que o texto faz parte da tradição das encíclicas sociais do Magistério da Igreja.

Tornielli, citou ainda, afirmações do Papa Emérito Bento XVI contidas na Encíclica de Francisco, para reforçar que o documento é expressão do magistério não apenas do atual pontífice como também de seus predecessores. “A salvaguarda do meio ambiente, a tutela dos recursos do clima, exigem que os responsáveis internacionais ajam de forma conjunta, no respeito pela lei e pela solidariedade, principalmente em relação às regiões mais frágeis da terra. Em conjunto, podemos construir um desenvolvimento humano integral, em benefício dos povos, presentes e futuros, um desenvolvimento inspirado nos valores da caridade na verdade”.

E acrescentou: “A fim de que isto se verifique, é indispensável transformar o atual modelo de desenvolvimento global em uma tomada de responsabilidade, maior e mais compartilhada em relação à Criação: exigem-no não só as emergências ambientais, mas inclusive o escândalo da fome e da miséria”.

Por fim, o editor afirmou que chamar a Laudato si’ de herética significa dizer uma falsidade e, ao mesmo tempo “uma pequena blasfêmia”.

Confira o segundo vídeo da série:

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Vatican News esclarece dúvidas sobre Sínodo para a Amazônia

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Vatican News esclarece dúvidas sobre Sínodo para a Amazônia

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26 de setembro de 2019

Com a proximidade da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Amazônia, o Vatican News, agência de notícias da Santa Sé, iniciou uma série de vídeos nos quais o editor-chefe, Andrea Tornielli, responde e comenta questões acerca do evento que acontecerá entre os dias 6 e 27 de outubro, no Vaticano.

Confira o primeiro vídeo da série:

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Sínodo para a Amazônia é discutido em seminário interdiocesano no Maranhão

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06 de agosto de 2019

Dioceses do Sul do Maranhão (Regional Nordeste 5: Carolina, Imperatriz, Viana, Grajaú e Balsas) e a Diocese de Tocantinópolis, do Norte do Tocantins, se reuniram para discutir o documento de trabalho do Sínodo para a Amazônia. Acolhidos pelo bispo de Carolina, Dom Francisco Lima Soares, o seminário de estudos, realizado em Estreito/MA nos dias 03 e 04, contou com a presença de leigos, bispos, padres, religiosos, membros de movimentos e conselhos sociais e representantes do governo.

Na ocasião, foram discutidas ações para antes, durante e depois da Assembleia Sinodal, a ser realizada em Roma no mês de outubro. Padre Dário Bossi, assessor da Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM-Brasil, destaca o sentimento de esperança pela defesa da vida transmitida pelos participantes.

“Saímos desse encontro com muito ânimo, com a certeza de que o que foi decidido aqui vai ser multiplicado pelas mãos, corações e pensamentos das pessoas que participaram”, comemorou o assessor.  “Nós mesmos somos o Sínodo que caminha com nossas pernas, e isso, a partir de outubro, poderemos mostrá-lo em nossas comunidades cristãs”, completou.

Unidade

A Diocese de Tocantinópolis é membro do Regional Norte 3, mas  faz divisa com o Sul do Maranhão. O bispo diocesano Dom Giovane Pereira de Melo, explica que devido à proximidade, muitas problemáticas são comuns, e por isso é importante somar forças. “Dentro da metodologia da Repam a gente tem sempre buscado trabalhar como ‘bacia’, então nós estamos situados aqui na bacia do Rio Tocantins”, explicou.

Para o bispo, o seminário foi um momento propício para avançar na propagação do processo sinodal. “Queremos ser essas antenas, aqueles que vão divulgar o sínodo, sensibilizar os atores, os grupos, os movimentos sociais, as nossas pastorais, as nossas dioceses, no sentido de abraçar a problemática que o sínodo está discutindo”. Dom Giovane destaca ainda que a problemática do Sínodo não é só dos bispos da Amazônia, “é uma problemática que interessa a toda a Igreja, que interessa o mundo inteiro”.

Vozes ouvidas

Além de discutir o documento de trabalho do Sínodo, o seminário ouviu as vozes dos povos amazônicos que participaram ativamente do encontro. Heraldo Guajaja, é indígena da aldeia Sabonete do Leão, no município de Grajaú/MA. Ele conta que foi a primeira vez que participou de uma atividade promovida pela Igreja Católica e ficou admirado com a abertura dada a ele e aos demais indígenas presentes.

“Foi muito bom a gente ter tido a oportunidade de expressar o que a gente sente, o que a gente passa nas nossas aldeias. A gente teve essa oportunidade de expressar nossas ideias, nossa visão, nossa gente, nossa forma de ser, e a Igreja respeitou isso. A Igreja quer que gente venha a opinar, venha a expor as nossas ideias com a nossa própria visão, com a nossa própria forma de ser”, declarou.

Carta Aberta

Ao final do seminário foi elaborada uma carta aberta para ser lida nas paróquias e comunidades, a fim de anunciar o compromisso com o Sínodo para a Amazônia. Confira a carta na íntegra:

Nós, Membros do Comitê Interdiocesano da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), no Sul do Maranhão, Regional NE 5, das Dioceses de Balsas, Carolina, Grajaú, Imperatriz, Viana, e a Diocese convidada de Tocantinópolis (TO), participantes do SEMINÁRIO DE ESTUDOS DA REPAM, celebrado nos dias 3 e 4 de agosto, no município de Estreito, da Diocese de Carolina, juntamente com a Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular – SEDIHPOP do Maranhão, do Movimento Indígena e demais entidades sociais, temos a alegria de anunciar nosso compromisso com o SÍNODO PARA A PAN- AMAZÔNIA, convocado pelo Papa Francisco.

O Sínodo é um convite a CAMINHAR JUNTOS e ouvir o clamor dos Povos da Amazônia – nossas vozes – no cuidado da Casa Comum, no compromisso profético para o BEM VIVER.

Com renovada esperança, CONVIDAMOS VOCÊ a conhecer e fazer parte deste processo na defesa e promoção da vida e dignidade do Povo de Deus, especialmente os Povos Indígenas, Quilombolas, Extrativistas, Pescadores, Ribeirinhos, Camponeses e demais povos do campo e da cidade, frequentemente esquecidos, agredidos e sem perspectiva de um futuro seguro.

Será uma grande bênção chegarmos a uma CONVERSÃO ECOLÓGICA, de uma Igreja servidora e missionária, dispondo-nos a uma evangelização inclusiva, de respeito e valorização das diversas culturas e formas de vida.

Tudo está interligado como se fôssemos um, tudo está interligado nesta Casa Comum.

Estreito/MA, 4 de agosto de 2019.

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6a. Coletiva de Imprensa discute o Sínodo Pan-Amazônico e Mês Missionário Extraordinário

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07 de mai de 2019

Antes do anúncio da definição dos primeiros postos na eleição da coordenação da CNBBpara os próximos quatro anos, o 6º dia Assembleia Geral da CNBB discutiu o Sínodo para a Pan-Amazônia e o Mês missionário extraordinário. A coletiva desta segunda-feira (6) contou com a presença do Cardeal Dom Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo Emérito de Aparecida (SP), Dom Odelir José Magri, Bispo de Chapecó (SC) e coordenador do grupo de trabalho do Mês Missionário, e do Cardeal Dom Cláudio Hummes, Arcebispo Emérito de São Paulo e relator geral do Sínodo Pan-Amazônico.

Dom Raymundo Damasceno iniciou a coletiva destacando a reunião que, diferente de outros anos, vai eleger o presidente, dois vice-presidentes, o secretário-geral e 12 coordenadores das comissões episcopais. "Essa primeira parte nos prepara o processo eleitoral. Fizemos um balanço dos quatro últimos anos, estudamos as próximas diretrizes e vamos seguir com o processo de votação. Não existem chapas. É uma missão que cada bispo se coloca no espírito de serviço para qualquer um dos cargos." enalteceu.

Mês missionário extraordinário

"Devemos celebrar a missão dentro da Igreja. É preciso despertar a consciência além das comunidades". Assim, Dom Odelir José Magri, resumiu sua função à frente dos trabalhos do Mês Missionário no Brasil, que ocorre em outubro de 2019. Com o tema ‘Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo’, o religioso destacou a ação pioneira de Papa Francisco ao convocar um mês missionário mundial para a Igreja Católica. "Em diversas oportunidades foram discutidos e refletidos a importância e o valor das missões, mas pela primeira vez a Igreja do mundo todo está focada em testemunhar, incentivar e viver o tema".

Dom Odelir enfatizou ainda que a mensagem pode ser dissipada de diversas formas. "Não devemos criar novas agendas dentro da nossa Igreja para trabalhar e, sim, integrar o tema nas reuniões. Discutir nas dioceses, acrescentar o conteúdo nas catequeses, na Semana da Família, no Dia da Juventude etc. Agregar às formações a temática das missões".

"Encontrar novos caminhos para Amazônia"

O Cardeal Dom Cláudio Hummes foi nomeado, pelo Papa Francisco como relator geral do Sínodo Pan-Amazônico e é responsável por encontrar novos caminhos para Amazônia. "O Papa Francisco insiste que busquemos alternativas. Não devemos traçar os mesmos caminhos do que não deu certo. O Sínodo deve enfrentar as surpresas da caminhada. A Igreja está a serviço da humanidade, por isso, a importância de debater esse tema.", destaca.

Dom Cláudio alertou sobre a grave crise ambiental vivida no mundo. "A Igreja tem tarefas novas e mais urgentes para tratar. Já iniciamos a fase das consultas nas bases, dentro das comunidades carentes, indígenas e dioceses. Contamos com grande ajuda das comunidades e da REPAM (Rede Eclesial Pan-Amazônica). E finaliza: "Nosso papel é defender a vida e, como diz o Santo Padre, o território da Amazônia e os povos nunca estiveram tão ameaçados. As ações nunca foram tão agressivas e o desmatamento tão grande".

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Cardeal Hummes lança livro sobre Sínodo para a Amazônia

Por
05 de mai de 2019

No sábado, 27 de abril, na Catedral da Sé, aconteceu o evento de lançamento do livro “O Sínodo para a Amazônia”, do Cardeal Cláudio Hummes, Arcebispo Emérito de São Paulo e Presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam).

Publicada pela Paulus Editora, a obra trata da temática e preparação da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos, que será realizada em outubro, no Vaticano, com o tema “Amazônia, novos caminhos para a Igreja e por uma ecologia integral”.

Um dos membros da comissão preparatória do sínodo, Dom Cláudio explicou que o objetivo é divulgar o máximo possível o Sínodo e sua importância. “Com certeza, esse evento eclesial iluminará não apenas a Igreja na Amazônia com seus povos, mas toda a Igreja universal”, afirmou.

 

NOVOS CAMINHOS

“Encontrar novos caminhos para a evangelização daquela porção do povo de Deus, sobretudo dos indígenas, muitas vezes esquecidos e sem a perspectiva de um futuro sereno, também por causa da crise da floresta Amazônica, pulmão de importância fundamental para o nosso planeta.” Essa foi a finalidade principal apresentada pelo Papa Francisco ao convocar o Sínodo, em 15 de outubro de 2017, em Roma.

A assembleia sinodal contará com a participarão de representantes dos nove países que constituem a chamada Pan -Amazônia – Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela, incluindo a Guiana Francesa como território ultramar –, envolvendo sete conferências episcopais.

Desde a convocação, a Igreja na Amazônia tem realizado encontros para estudar e aprofundar a proposta do Sínodo. Foi elaborado um documento preparatório que serve como texto-base, o qual oferece uma análise de conjuntura atual da Amazônia e aponta percursos e novos caminhos para a Igreja a serviço da vida nessa região. O subsídio recolhe sugestões e propõe caminhos para uma preparação adequada da Assembleia.

 

CONTEXTO

O Cardeal Hummes ressaltou que o Sínodo para a Amazônia acontece no contexto da Encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco, sobre o cuidado com a casa comum. “Por isso, este Sínodo não terá um significado só para a Amazônia, mas para o mundo, mencionando outros biomas que precisam ser preservados.”

Outro estímulo apontado por Dom Cláudio para esse Sínodo foi a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 21), realizada em Paris, na França, em 2015, quando foi publicado um acordo climático assinado por mais de 190 países.

 

CAUSAS DA CRISE

Entre as causas da crise climática, o Cardeal Hummes destacou a forma como o ser humano intervém na natureza, o que o Papa chamou de “globalização do paradigma tecnocrático”, resultante do atual “modelo dominante” de desenvolvimento.

“A tecnociência deu um poder enorme à humanidade. Mas, ao ser humano moderno, falta ‘uma ética sólida, uma cultura e uma espiritualidade que lhe ponham realmente um limite e o contenham dentro de um lúcido domínio de si’”, salientou Dom Cláudio, citando a Laudato Si’.

Como caminho para enfrentar essa crise, o Papa Francisco chama a atenção para a necessidade de uma ecologia integral. A partir dessa concepção, Dom Cláudio afirmou que surge a necessidade de novos modelos de desenvolvimento, que não sejam predatórios. “O Sínodo poderá estimular para que se encontrem novos modelos”, avaliou.

 

IGREJA AMAZÔNICA

Sobre os desafios da ação evangelizadora da Igreja na Pan-Amazônia, o Cardeal recordou a preocupação do Santo Padre para que a fé seja inculturada na Amazônia, na necessidade de “uma Igreja com o rosto amazônico e indígena”.

Sobre a falta de sacerdotes, o Cardeal destacou o drama que os católicos da Amazônia vivem com a falta dos sacramentos, especialmente a Eucaristia, Reconciliação e Unção dos Enfermos, que são ministrados pelos padres e bispos.

“Esses são os sacramentos da vida cotidiana. Não podem faltar para essas comunidades. Muitas delas se reúnem para celebrar a Palavra, mas faltam os sacramentos. A Palavra me ilumina, mas são os sacramentos que dão força para pôr em prática a Palavra”, afirmou.

 

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