Dois bispos chineses irão participar do Sínodo

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03 de outubro de 2018

O acordo provisório assinado pelo Vaticano e a China no dia 22 de setembro começa a dar seus primeiros frutos. Dois bispos chineses poderão participar do Sínodo dos Bispos sobre os jovens. 

Eles foram ordenados sem mandato pontifício, isto é, sem autorização do Papa, e por isso chegaram a ser automaticamente excomungados. Porém, no novo acordo provisório, o Papa Francisco reconheceu a ordenação de oito bispos chineses que estavam irregulares 
– um deles já falecido – e determinou que, daqui por diante, os novos bispos serão nomeados por ele mesmo, mas após diálogo com o governo chinês.

De base ideológica comunista, a China mantém o controle da Igreja por meio de uma associação católica oficial, ligada ao governo. Sob o Papa Bento XVI, havia um acordo informal para a nomeação de bispos, mas em 2010 o governo chinês deixou de respeitá-lo e ordenou bispos sem permissão do Papa. Desde então, iniciou-se um novo processo de diálogo para que a autoridade pontifícia fosse respeitada. 

O Cardeal Lorenzo Baldisseri, Secretário-Geral do Sínodo, afirmou que já era tradição convidar bispos chineses para as assembleias sinodais. Ainda que em situação regular, esses bispos não podiam participar. “Eles foram convidados pelo Papa e sua presença é uma consequência indireta do atual acordo”, disse o Cardeal. São eles os bispos Yang Xaoting e Guo Jincai.

 

LEIA TAMBÉM: Papa abre o Sínodo dos jovens: que o Espírito nos dê a capacidade de sonhar 

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Acordo Provisório Santa Sé-China sobre nomeação de Bispos

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22 de setembro de 2018

No âmbito dos contatos entre a Santa Sé e a República Popular da China, que estão em andamento há algum tempo para tratar questões eclesiais de comum interesse e para promover ulteriores relações de entendimento, hoje, 22 de setembro de 2018, realizou-se uma reunião em Pequim entre Dom Antoine Camilleri, Subsecretário das Relações da Santa Sé com os Estados e o Sr. Wang Chao, Vice-Ministro das Relações Exteriores da República Popular da China, respectivamente chefes das Delegações vaticana e chinesa.

No contexto de tal encontro, os dois representantes assinaram um Acordo Provisório sobre a nomeação dos bispos.

O referido Acordo Provisório, que é o resultado de uma gradual e recíproca aproximação, é estipulado após um longo processo de ponderadas negociações e prevê avaliações periódicas sobre a sua implementação. Ele trata da nomeação dos Bispos, um assunto de grande importância para a vida da Igreja, e cria as condições para uma colaboração mais ampla em nível bilateral.

É uma esperança compartilhada que tal acordo favoreça um fecundo e perspicaz processo de diálogo institucional e contribua positivamente para a vida da Igreja Católica na China, para o bem do povo chinês e para a paz no mundo.

 

Papa Francisco readmite à plena comunhão eclesial 8 bispos chineses

A fim de apoiar o anúncio do Evangelho na China, o Santo Padre Francisco decidiu readmitir à plena comunhão eclesial os restantes bispos "oficiais" ordenados sem Mandato Pontifício: S.E. Dom Giuseppe Guo Jincai, S.E. Dom Giuseppe Huang Bingzhang, S.E. Dom Paolo Lei Shiyin, S.E. Dom Giuseppe Liu Xinhong, S.E. Dom Giuseppe Ma Yinglin, S.E. Dom Giuseppe Yue Fusheng, S.E. Dom Vincenzo Zhan Silu e S.E. Dom Antonio Tu Shihua, O.F.M. (falecido em 4 de janeiro de 2017, que antes de morrer havia expressado o desejo de se reconciliar com a Sé Apostólica).

O Papa Francisco faz votos de que, com as decisões tomadas, se possa iniciar um novo caminho, que permita superar as feridas do passado, realizando a plena comunhão de todos os católicos chineses.

A comunidade católica na China é chamada a viver em colaboração mais fraterna, para levar com renovado compromisso o anúncio do Evangelho. De fato, a Igreja existe para testemunhar Jesus Cristo e o Amor misericordioso e salvífico do Pai.

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Papa nomeia administrador apostólico para Formosa

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12 de setembro de 2018

O Papa Francisco aceitou a renúncia ao governo pastoral da diocese de Formosa (GO), apresentada por Dom José Ronaldo Ribeiro e nomeou Administrador Apostólico sede vacante de Formosa Dom Paulo Mendes Peixoto, Arcebispo Metropolitano de Uberaba (MG).

Investigações do Ministério Público feitas a partir de denúncias de fiéis culminaram com a Operação Caifás, em 19 de março.

Integrantes da Cúria são acusados de desviarem dinheiro para compras irregulares. O julgamento está em andamento.

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Papa: nestes tempos o Grande Acusador parece perseguir os bispos

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11 de setembro de 2018

Nestes tempos parece que o Grande Acusador está perseguindo os bispos e portanto, para eles é importante recordar que a sua força é ser homens de oração, saber terem sido escolhidos por Deus e permanecer próximos às pessoas.

Na homilia da missa celebrada esta manhã na capela da Casa Santa Marta, o Papa refletiu sobre esse ministério, inspirando-se no Evangelho de Lucas (Lc 6, 12-19) proposto pela liturgia do dia. A passagem narra que Jesus passa a noite em oração, e depois escolhe os Doze Apóstolos - ou seja, os "primeiros bispos" - e então desce para as planícies e está em meio às pessoas que vêm para ouvi-lo e serem curadas de doenças.

 

Cursos para bispos

Francisco fez esta reflexão sobre a escolha dos bispos como Jesus fez pela primeira vez, também à luz do fato de que, neste período em Roma, estão sendo realizados três cursos para bispos: um de atualização para os bispos que completaram 10 anos de episcopado – concluído nestes dias  - um para 74 bispos que  estão à frente das dioceses de territórios de missão – que portanto fazem referência  à Congregação de Propaganda Fidei - e um com 130-140 bispos que pertencem à Congregação dos Bispos. Portanto, novos bispos: mais de 200 nesses dois cursos.

 

Homem de oração

O primeiro aspecto fundamental é ser homens de oração. A oração é, de fato, "a consolação que um bispo tem nos momentos difíceis" - observa o Papa - isto é, saber que "neste momento Jesus reza por mim", "reza por todos os bispos".

Nessa consciência, o bispo encontra aquela "consolação" e aquela força que o leva por sua vez a rezar por si mesmo e pelo povo de Deus.  Esta é sua primeira tarefa. São Pedro também confirma que o bispo é um homem de oração quando diz: "Para nós, a oração e o anúncio da Palavra". Ele não diz: "Para nós, a organização dos planos pastorais ...", enfatiza Francisco.

 

Um homem que se sente escolhido e é humilde

O segundo aspecto que o Papa ressalta é que Jesus escolhe os Doze e o bispo fiel sabe que não foi ele que escolheu:

O bispo que ama Jesus não é um galgador que segue em frente com sua vocação como se fosse uma função, talvez olhando para outra possibilidade de seguir em frente e de subir: não. O bispo se sente escolhido. E ele tem a certeza de ter sido escolhido. E isso o leva ao diálogo com o Senhor: "Você me escolheu, que sou pouca coisa, que sou pecador ...": tem humildade. Porque ele, quando se sente escolhido, sente o olhar de Jesus sobre a própria existência e isso lhe dá força.

 

Não fica distante das pessoas

Por fim, como Jesus no Evangelho de hoje, o bispo desce a um lugar plano para estar perto do povo e não se afasta:

O bispo que não permanece distante do povo, que não usa atitudes que o levam a estar distante do povo; o bispo que toca as pessoas e se deixa tocar pelas pessoas. Ele não vai procurar refúgio nos poderosos, nas elites: não. Serão as elites que irão criticar o bispo; o povo tem essa atitude de amor para com o bispo, e tem essa  - por assim dizer – esta unção especial: confirma o bispo na vocação.

 

O Grande Acusador quer escandalizar as pessoas

Várias vezes durante a homilia o Papa reafirma que a força do bispo é precisamente ser "homem de oração", "homem que se sente escolhido por Deus" e "homem em meio ao povo":

É bom recordar, nestes tempos, em que parece que o Grande Acusador tenha se soltado e persegue os bispos. É verdade, existem, todos  somos pecadores, nós bispos. Mas, procura desvendar os pecados, para que sejam vistos, para escandalizar as pessoas. O Grande Acusador que, como ele mesmo diz a Deus no primeiro capítulo do Livro de Jó, "vaga pelo mundo procurando como acusar". A força do bispo contra o Grande Acusador é a oração, aquela de Jesus sobre ele e a própria; e a humildade de sentir-se escolhido e de permanecer próximo ao povo de Deus, sem ir em direção a uma vida aristocrática que lhe tira essa unção.

Rezemos hoje  por nossos bispos: por mim, por estes que estão aqui  e por todos os bispos do mundo.

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Encontro dos Bispos da CNBB Regional Norte 3 tem início nesta terça-feira, em Palmas (TO)

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04 de setembro de 2018

Os bispos do Regional Norte 3 se reunirão nos dias 04 e 05 de setembro, para o lançamento e a preparação das sete dioceses para a Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos da região Pan-amazônica, convocada por Papa Francisco, no dia 15 de outubro de 2017. O encontro acontece na residência episcopal do arcebispo metropolitano da Arquidiocese de Palmas, Dom Pedro Brito Guimarães.

O Sínodo será em Roma, em outubro de 2019 e terá como tema “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”, e está sendo preparado por um Conselho Pré-Sinodal integrado por 18 membros.

Estarão presentes todos os pastores que estão à frente das 7 dioceses que integram o Regional Norte 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil:  dom Phillip Dickmans, bispo da diocese de Miracema e presidente deste Regional, dom Romualdo Matias Kujawski, bispo de Porto Nacional e vice-presidente do Regional, dom Wellington Queiroz Vieira, bispo prelado da Prelazia de Cristalândia e secretário do Regional, dom Giovane Pereira de Melo, bispo de Tocantinópolis e dom Pedro Brito Guimarães, arcebispo de Palmas, Dom Adriano Ciocca Vasino, bispo prelado da Prelazia de São Félix e dom Dominique Marie Jean de You, bispo de Conceição do Araguaia.

Dentre outros assuntos em pauta, os bispos se encontram na capital para acolher e integrar no Regional Norte 3 mais duas novas Igrejas: a Prelazia de São Félix do Araguaia e a Diocese de Conceição do Araguaia.

Após a reunião do dia 04, será realizada uma celebração eucarística às 18h30, na Catedral do Divino espírito Santo (Praça dos Girassóis), para o lançamento oficial do processo de preparação sinodal junto ao povo de Deus das 7 dioceses e também a acolhida das duas dioceses.

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Bispos e empresários cristãos dialogam sobre a vivência da fé no mundo dos negócios

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30 de agosto de 2018

“Igreja em saída – a vocação e o papel do líder empresarial:  perspectivas à luz do Ano Nacional do Laicato” foi o tema do XII Encontro Nacional de Diálogo entre Bispos e Empresários promovido pelo Setor Cultura da CNBB e a Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE/ UNIAPAC – Brasil) nos dias 24 e 25, em São Paulo. 

O encontro aconteceu no Hotel Panamby, em Guarulhos (SP), e reuniu bispos e empresários de todo o Brasil. O Cardeal Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, foi convidado para a abertura do encontro, do qual participaram outros bispos da Arquidiocese, entre eles, Dom Devair Araújo da Fonseca, Vigário Episcopal para a Pastoral da Comunicação, e Dom Carlos Lema Garcia, Vigário Episcopal para a Educação e a Universidade. 

O evento teve lugar no contexto do Ano Nacional do Laicato e um dos objetivos foi colocar em relevo a importância do papel dos cristãos leigos nos lugares de diálogo da Igreja com a sociedade. Há mais de 20 anos, o evento acontece em parceria entre o Setor Cultura da CNBB e a ADCE/ UNIAPAC-Brasil, conforme estabelecido no 22º Plano Pastoral do Secretariado Geral 2016 – 2019.

 

MISSÃO

Em entrevista ao O SÃO PAULO, Sergio Cavalieri, presidente da ADCE Brasil, enfatizou que a expectativa, ao promover o encontro, é sempre muito positiva, pois, reunir bispos da Igreja Católica e empresários para realizar troca de ideias, cria sempre uma perspectiva de mudança dos trabalhos realizados juntos em vista do bem comum. 

“Desejamos ajudar os empresários para que possam gerir seus negócios de acordo com valores cristãos, e que as empresas gerem riqueza econômica, mas também social. Queremos, juntos, contribuir para uma sociedade sempre mais fraterna”, afirmou Sergio. 

Gigi Cavalieri, Presidente da ADCE -SP, recordou os encontros que são feitos também em nível latino-americano e como as realidades econômicas e sociais são, em muitos casos, semelhantes na América Latina. A Igreja Católica tem contribuído enormemente para que os empresários compreendam sua missão e vocação no mundo. “Tivemos o encontro na Colômbia, em março de 2018, em que refletimos sobre o tema da Igreja em saída. A partir daquele encontro, nós pensamos este que aconteceria em São Paulo”, explicou Gigi. 

“Se formos corretos e inspirados, vamos inspirar outras pessoas. Sempre devemos nos perguntar: ‘o que nós, empresários cristãos, temos de diferente dos demais?’. Precisamos despertar os empresários para a ideia de serviço, de reciprocidade. Nesse momento do nosso País, sobretudo, temos que pensar como contribuir com nossos dons e conhecimentos para que possamos ter um País melhor”, disse Gigi. 

A presidente da ADCE em São Paulo falou ainda sobre a necessidade de fortalecer a prática cristã e superar o mero discurso. “Um exemplo dessa prática é a questão do aborto. O discurso do aborto deve vir junto ao da responsabilidade do empresário. Quando uma trabalhadora chegar até seu diretor dizendo que está grávida, qual a postura do empresário? É dispensá-la o mais rápido possível ou acompanhá-la para que a gestação aconteça da melhor maneira?”, questionou Gigi.

 

IGREJA EM SAÍDA

Ao falar sobre a Igreja em saída, Dom Odilo salientou que a Igreja necessita de uma urgente conversão missionária. “Essa expressão é fruto da Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, que aconteceu na cidade de Aparecida (SP), em 2007. A ideia de uma Igreja em saída está dentro desse contexto”, afirmou o Cardeal Scherer em sua fala no início do encontro, no sábado, 25. 

Dom Odilo recordou a mensagem do Papa Francisco em que este afirma que a Igreja precisa ser como um hospital em tempo de guerra. “Ela deve estar junto com os feridos, onde está acontecendo a batalha. Ou seja, a Igreja deve estar em meio às situações de conflito.” 

Ao falar sobre a conversão missionária na Igreja, o Cardeal recordou a importância dos leigos e a superação do clericalismo. “Os leigos são a parte da Igreja que está nas fronteiras, ou seja, em diálogo direto com a sociedade. Os leigos devem ser testemunhas, sal da terra e luz do mundo”, continuou o Cardeal, que concluiu sua fala fazendo uma provocação aos empresários. “Como podem os empresários ser Igreja em saída, conforme nos pede o Papa Francisco?”. 

 

SOBRE A ADCE

A ADCE é uma sociedade civil de caráter cultural e educativo, sem fins lucrativos. Tem por objetivo estudar, viver, e definir nas atividades econômica e social os princípios e aplicações dos ensinamentos cristãos, por meio da educação e da formação do meio empresarial. Para isso, promove estudos, pesquisas, cursos, conferências, seminários, congressos, publicações e quaisquer atividades que possam contribuir para o atendimento pleno das metas da ADCE e que discutam a questão da Responsabilidade Social Empresarial.
 

CUIDAR DA CASA COMUM

Entre os projetos apresentados no encontro está o da Estação Compacta e Modular, uma solução para tratamento de efluentes com geração de água de reúso, biogás e biofertilizante. O projeto é uma parceria da Arquidiocese de São Paulo e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP). A tecnologia foi desenvolvida por profissionais da UERJ e está em processo de divulgação e comercialização. Dom Carlos Lema Garcia e Carlos Eduardo dos Santos, da Pastoral da Ecologia da Arquidiocese de São Paulo, e o Diretor Técnico responsável, Nicola Martorano, são os responsáveis pelo projeto. Outras informações, doações e orçamentos podem ser obtidos pelos telefones (11) 99942-3152 ou (11) 99125-7320.

NOSSA CONTRIBUIÇÃO

1.  Baixo custo operacional com reduzido consumo de energia – operação remota;

2. Tratamento de 100% do esgotamento sanitário coletado diariamente, com redução de, no mínimo, 50% do consumo de água tratada pela produção de água de reúso (classe1);

3. Acondicionamento dos resíduos orgânicos gerados pelo tratamento do esgoto em Biorreatores Anaeróbicos para produção de biometano e biofertilizante;

4.  Captação do biometano não inferior a 97%, originário da digestão anaeróbica para conversão em energia elétrica, térmica ou veicular;

5.  Compacta e simples na construção e instalação de equipamentos; 6.  Não emite gases efeito estufa (CO2, METANO) e nem odor;

7.  Não gera nenhum vetor de contaminação e nem passivo ambiental;

8.  Grande capacitação de absorção à variação de cargas e vazões;

9.  Gera crédito de carbono;

10.  Passível de benefícios fiscais e tributários.

 

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Venezuela: bispos denunciam volência e repressão do governo

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14 de agosto de 2018

Conferência Episcopal alerta: "estão sendo violadas as leis e o Estado de Direito está sendo atropelado, enquanto uma multidão de pessoas pede comida, medicamentos, eletricidade, transportes públicos, gás, salários decentes e menos inflação

Caracas


A Conferência Episcopal da Venezuela (CEV) acusou o governo de Nicolas Maduro de querer estabelecer uma espiral de violência no país e promover “a quebra da justiça”, afirmando que estão sendo violadas as leis e que o Estado de Direito está sendo “atropelado”.

 

Repressão e violência

Em comunicado divulgado em meio a investigações e prisões relacionadas ao atentado contra Maduro em 4 de agosto, os bispos afirmam que tudo o que tem a ver com a justiça “está saindo do controle das leis” e se transformando em “perseguições e amedrontamento”.

“Perseguir, submeter e processar arbitrariamente é o componente observado, enquanto uma multidão de pessoas pede comida, medicamentos, eletricidade, transportes públicos, gás, salários decentes e menos inflação”, alega a CEV, lamentando que aqueles que “se sentem empoderados estão usando violência repressiva.

 

Defensores de direitos humanos sejam vigilantes

Na semana passada, a Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal da Venezuela solicitou ao Governo Maduro que parasse com a repressão violenta contra os cidadãos e pediu aos grupos de defesa dos direitos humanos que estejam atentos contra possíveis violações.

Agora, a CEV exorta os órgãos de segurança do Estado a mudar de atitude e compreender que o país está atravessando um momento de grandes sacrifícios e sofrimentos, reiterando o pedido para que cesse a repressão.

Da mesma forma, os bispos venezuelanos convidam os cidadãos a não sucumbirem à esta realidade dolorosa e seguirem na busca pela verdade.

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Nomeação para o Brasil

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11 de julho de 2018

O Santo Padre na quarta-feira, 11, nomeou para a Arquidiocese de Fortaleza dois novos bispos auxiliares. Padre Júlio Cesar Souza de Jesus, incardinado na Arquidiocese de Teresina no Piauí e Padre Valdemir Vicente Andrade Santos, incardinado na Arquidiocese de Aracaju em Sergipe.

 

Dom Júlio Cesar Souza de Jesus 

O Rev. Júlio César Souza de Jesus nasceu em 27 de julho de 1971 em Goiânia no Estado de Goiás. Concluiu seus estudos em Filosofia na Universidade Estadual do Ceará (1991-1993) e os de Teologia no Seminário Maior de Teresina (1994-1997). Obteve então uma Licenciatura em Teologia Dogmática na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (2005-2007).

Foi ordenado sacerdote em 27 de junho de 1998 para a Arquidiocese de Teresina, onde ocupou os seguintes cargos: Pároco de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Demerval Lobão (1998-2006) e de Santa Luzia em Teresina (2009) -2014), Vice-Reitor do Seminário Maior para os alunos de Filosofia (2007-2013). Atualmente é pároco na Paróquia  Menino Jesus de Praga em Teresina, professor do Seminário Maior, Diretor Espiritual e professor da Escola Diaconal.

 

Dom Valdemir Vicente Andrade Santos

O Rev.do Valdemir Vicente Andrade Santos nasceu em 05 de janeiro de 1973 a Aracajú, em Sergipe. Completou seus estudos em Filosofia no Seminário Maior de Aracaju (1997). Foi então enviado à Roma, onde obteve a Licenciatura (2001) e Licença (2003) em Teologia no Ateneu Regina Apostolorum dos Legionários de Cristo.

Ele foi ordenado sacerdote dia 24 de agosto de 2001 e foi incardinado na Arquidiocese de Aracaju, no qual  ocupou os seguintes cargos: Pároco em Aracaju nas paróquia de "São Francisco de Assis" (2003-2006) e "Nossa Senhora de Fátima "(2010-2013), Administrador Paroquial de" Nossa Senhora da Soledade " em Aracaju (2004), Professor no Seminário Maior (2004), Reitor do Seminário Menor (2006-2010),  Representante clero local (2010-2014 ) e, finalmente, chanceler (2014-2016). Além disso, foi Vigário paroquial na paróquia de São José esposo de Maria na diocese de Albano, Itália (2001-2003). Atualmente é vigário geral e pároco da "Nossa Senhora de Lourdes" em Aracaju.

 

História da Arquidiocese de Fortaleza

A diocese do Ceará foi criada em 1853 por um decreto do Imperador Dom Pedro II. No ano seguinte, em 6 de junho de 1854, o papa Pio IX expediu a Bula Pro animarum salute, criando a Diocese nos trâmites da Igreja. As dioceses só podiam ser criadas pelo papa após o decreto imperial. A bula papal só foi oficializada em 1860, depois de sete anos de briga entre Vaticano e o Estado brasileiro. Desmembrada de Olinda, a Diocese era quase todo o território da Província do Ceará.

Civilmente, o Ceará já se havia emancipado da Província de Pernambuco desde 1799. Eclesiasticamente, até 1854, era apenas Vigararia Forânea da Diocese de Olinda. O território da nova Diocese era quase o mesmo do atual Estado do Ceará. Faltavam apenas as paróquias de Crateús e Independência, ligadas a São Luis do Maranhão.

A população da Diocese, neste tempo, calculava-se em 650.000 habitantes. A população era quase totalmente católica, pois o recenseamento de 1888 registra apenas cento e cinqüenta protestantes e uma dúzia de judeus. A cidade de Fortaleza constava de cerca de 9.000 habitantes.

Nessa época havia na Diocese 34 paróquias e um curato. O número de igrejas era de 78 e o de capelas 11, em toda a província do Ceará.

Antes de ser diocese, o Bispo de Olinda (e antes dele o da Bahia) nomeava Visitadores Eclesiásticos para a Vigararia do Ceará. O primeiro desses visitadores foi Frei Félix Machado Freire (1735) e último foi Padre Antonio Pinto de Mendonça (1844 a 1881).

O primeiro bispo da Diocese foi Dom Luis Antonio dos Santos.

A Diocese do Ceará, com a criação das Dioceses de Crato e Sobral, foi elevada a Arquidiocese de Fortaleza, em 10 de novembro de 1915, pela Bula “Catholicae Religionis Bonum”do Papa Bento XV. Em 1939, deu-se criação da Diocese de Limoeiro do Norte; em 1960, criação da Diocese de Iguatu e em 1963 foi criada da Diocese de Crateús e em 1971 as Diocese de Itapipoca, Quixadá e Tianguá.

A Arquidiocese de Fortaleza terminou o ano de 2010 com 104 paróquias e 12 áreas pastorais, sendo 57 paróquias e 8 áreas pastorais no município de Fortaleza (4 Regiões Episcopais), e 47 paróquias e 5 áreas pastorais distribuídas em outros 30 municípios (5 Regiões Episcopais), em um raio de cerca de 100 Km no entorno de Fortaleza.

 

Datas importantes

  • 1607 – Chegada dos primeiros missionários jesuítas. Padre Francisco Pinto e padre Luís Figueira.
  • 1608 – Fundação do primeiro aldeamento missionário da Ibiapaba – Aldeia de São Lourenço e martírio do padre Francisco Pinto.
  • 1611 – Chegada do padre Baltazar João Correia junto com a expedição de Martim Soares Moreno.
  • 1649 – Estabelecimento de uma missão protestante, aos cuidados do pastor inglês Tomás Kemp durante a segunda tentativa de ocupação holandesa.
  • 1654 – Martírio do pastor Tomás Kemp na revolta indígena que sucedeu a expulsão da Companhia das Índias Ocidentais do Recife.
  • 1656 – Os jesuítas Pedro Pedrosa e Antonio Ribeiro retomam a evangelização dos índios do Ceará. 
  • 1660 – O padre Antônio Vieira visita pessoalmente a Ibiapaba.
  • 1758 – A Companhia de Jesus é expulsa do Brasil por ordem do Marquês de Pombal. As aldeias jesuítas do Ceará, entre elas os atuais bairros de Parangaba, Messejana, e as cidades de Caucaia, Viçosa, Baturité entre outras, passam à categoria de Vilas Reais.
  • 1853 – Lei Geral nº 693 autoriza o governo imperial a solicitar da Santa Sé a criação do bispado do Ceará, desmembrado do bispado de Olinda.
  • 1859 – O padre Luís Antônio dos Santos é nomeado primeiro bispo do Ceará.
  • 1861 – Instalação do bispado e posse do primeiro bispo.
  • 1864 – Fundação do Seminário da Prainha.
  • 1870 – A Igreja do Ceará participa, pela primeira vez, de um Concílio Ecumênico, na pessoa de dom Luís Antonio dos Santos (Concílio Vaticano I)
  • 1881 – Chegada do missionário presbiteriano, Rev. De Lacy Wordlaw.
  • 1889 – Acontecem os primeiros fenômenos religiosos em Juazeiro envolvendo o padre Cícero Romão Batista.
  • 1914 – Elevação da diocese do Ceará à categoria de arquidiocese. Criação da diocese do Crato.
  • 1915 – Criação da diocese de Sobral.
  • 1938 – Criação da diocese de Limoeiro.
  • 1961 – Criação da diocese de Iguatu.
  • 1964 – Criação da diocese de Crateús.
  • 1971 – Criação das dioceses de Quixadá, Tianguá e Itapipoca.
  • 1973 – Nomeação de dom Aloísio Lorscheider para arcebispo de Fortaleza.
  • 1976 – Dom Aloísio é criado e publicado cardeal pelo papa Paulo VI
  • 1978 – Dom Aloísio é o primeiro bispo do Ceará a participar de dois conclaves.
  • 1980 – O papa João Paulo II visita o Ceará.
  • 1995 – Dom Aloísio pede transferência para a arquidiocese de Aparecida por motivos de saúde.
  • 1996 – Dom Cláudio Hummes é nomeado arcebispo de Fortaleza.
  • 1998 – Dom Cláudio é transferido para a arquidiocese de São Paulo.
  • 1999 – Dom José Antônio Aparecido Tosi Marques é nomeado arcebispo de Fortaleza.

 

(Com informações Arquidiocese de Fortaleza)

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Dom Sergio é nomeado Administrador para a Eparquia Greco-Melquita

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23 de mai de 2018

O Santo Padre nomeou nesta quarta-feira, 23 de maio, como Administrador Apostólico da Eparquia Greco-Melquita Nossa Senhora do Paraíso em São Paulo, Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo.

Dom Sergio de Deus  cursou Filosofia de 1985 a 1987 com os Freis Capuchinhos em Ponta Grossa e os estudos Teologia no Instituto Teológico Paulo VI, em Londrina, de 1989 a 1993. De 1997 a 2000 fez o mestrado em Direito Canônico na Pontifícia Universidade Lateranense, de Roma, e tem especialização em Direito do Matrimônio e da Família, pela Pontifícia Universidade da Santa Cruz de Roma.

Foi ordenado presbítero no dia 6 de fevereiro de 1993, sendo incardinado na Diocese de Cornélio Procópio onde exerceu as seguintes funções: Pároco da Paróquia São Miguel e São Francisco; Administrador Paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, de 2001 a 2003; Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Jataizinho, de 2011 até a nomeação ao episcopado.Foi professor de Direito Canônico do Instituto Teológico Paulo VI, de Londrina, de 2001 a 2004 e Diretor do mesmo Instituto, em 2003 e 2004; foi diretor do Curso de Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Campus de Londrina, de 2005 a 2007, e professor da mesma universidade, desde 2005. Foi professor e coordenador do Pontifício Instituto Superior de Direito Canônico do Rio de Janeiro, em Londrina, desde 2005. Desde 2011 é presidente da Sociedade Brasileira de Canonistas.

Aos 27 de junho de 2012 foi nomeado pelo Papa Bento XVI como bispo titular de Gergi e auxiliar da Arquidiocese de São Paulo.

A Eparquia Greco-Melquita Nossa Senhora do Paraíso, ou Eparquia Nossa Senhora do Paraíso em São Paulo dos Greco-Melquitas é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Greco-Católica Melquita no Brasil, sendo uma das igrejas Sui Iuris em comunhão com a Igreja Católica Apostólica Romana. Esta Igreja utiliza o rito litúrgico bizantino e utiliza o grego e o árabe como línguas litúrgicas.

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Com “dor e vergonha”, bispos chilenos encontram o Papa

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15 de mai de 2018

Tem início esta terça-feira, no Vaticano, o encontro do Papa Francisco com os bispos do Chile sobre a questão dos abusos que se verificaram na Igreja daquele país. Os colóquios se encerram no dia 17 de maio, com a participação de 31 bispos diocesanos e auxiliares e três bispos eméritos.

 

Coletiva de imprensa

Às vésperas deste encontro, dois bispos chilenos realizaram uma coletiva de imprensa na sede do Vatican News: Dom Fernando Ramos, bispo auxiliar de Santiago e secretário-geral da Conferência Episcopal Chilena, e Dom Juan Ignacio González, bispo de San Bernardo.

 

Convocados pelo Papa

Citando a carta de convocação do Papa Francisco de 8 de abril passado, Dom Ramos explicou: “Em primeiro lugar, viemos a Roma para receber as conclusões do relatório de Dom Scicluna sobre sua visita ao Chile e também para fazer um discernimento para encontrar medidas a breve, médio e longo prazo para restabelecer a comunhão e a justiça. Estes são os dois grandes temas para os quais o Santo Padre nos convidou com a sua carta”.

 

Discernimento sobre as responsabilidades

“Esses encontros – prosseguiu Dom Ramos – referem-se às questões de abusos de poder, abusos de consciência e abusos sexuais que se verificaram nas últimas décadas na Igreja chilena, assim como os mecanismos que levaram em alguns casos à ocultação e a graves omissões em relação às vítimas. Um segundo ponto é compartilhar as conclusões que o Santo Padre tirou do relatório de Dom Scicluna. E um terceiro ponto é o convite do Papa a fazer um longo processo sinodal de discernimento para ver as responsabilidades de todos e de cada um nessas feridas terríveis que são os abusos e buscar as mudanças necessárias para que não se repitam mais”.

 

Dor e vergonha

Dom Ramos então afirmou: “A nossa atitude é de dor e vergonha, em primeiro lugar. Dor porque infelizmente existem as vítimas: existem pessoas que são vítimas de abusos e isso causa profunda dor. E vergonha porque esses abusos aconteceram em ambientes eclesiais que são justamente os locais onde estes tipos de abusos jamais deveriam acontecer”.

 

Perdão e reparação

Dom Ramos acrescentou: “Devemos pedir perdão 70 vezes 7. Creio que seja um imperativo moral para nós muito grande. O importante é que o pedido de perdão seja realmente reparador”. O prelado concluiu: “Com toda humildade ouviremos o que o Papa nos dirá”; este é “um momento muito importante” para a renovação da Igreja chilena.

 

Papa Francisco, exemplo para os bispos chilenos

Por sua vez, Dom González disse que os bispos chilenos veem o Papa Francisco como um exemplo por ter admitido os erros, ter pedido perdão e por ter encontrado as vítimas. O ponto central – reiterou – são as vítimas e por isso a Igreja deve fazer obra de reparação, com humildade e esperança, seguindo o ensinamento de Jesus.

 

Sala de Imprensa

Em comunicado de 12 de maio passado, a Sala de Imprensa afirmou que “é fundamental restabelecer a confiança na Igreja através de bons pastores que testemunhem com sua vida ter conhecido a voz do Bom Pastor e que saibam acompanhar o sofrimento das vítimas e trabalhar de modo determinado e incansável na prevenção dos abusos. O Santo Padre agradece a disponibilidade dos seus irmãos Bispos de se colocar à escuta doce e humilde do Espírito Santo e renova seu chamado ao Povo de Deus no Chile para continuar em estado de oração para que haja a conversão de todos”.

E concluiu: “Não está previsto que o Papa Francisco faça qualquer declaração nem durante nem depois dos encontros, que se realizarão em absoluta confidencialidade.”

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