Funerais voltam a ser celebrados com devidos cuidados contra a COVID-19

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08 de mai de 2020

As cerimônias fúnebres na Itália poderão voltar a ser realizadas com a participação máxima de 15 pessoas, desde que sejam familiares próximos do falecido, e com medidas de proteção para evitar novos contágios pelo coronavírus.

A medida entrou em vigor, no dia 4, após nota da Conferência Episcopal Italiana (CEI), em conformidade com as últimas ordem do governo italiano que especificam como devem ser realizados os funerais no processo de desconfinamento do país. O governo permitiu os funerais no mesmo dia que começou a Fase 2 de reabertura do país.

Concretamente, o trabalho do setor manufatureiro, do setor de construção e de outros setores, como o da indústria automobilística será retomado.

Na nota, a CEI permite que as cerimônias fúnebres ocorram dentro da igrejas, entretanto recomenda que ocorram em lugar aberto e arejado. Foi permitida, também, a celebração da missa nos funerais.

Para participar dos funerais, os familiares deverão se submeter à medição de temperatura corporal. Será impedida a participação de qualquer pessoa com temperatura corporal acima de 37,5 ºC. O sacerdote deverá usar máscara durante a cerimônia e deverá ser mantida uma distância segura entre os fiéis. 

Também recomenda-se que, na distribuição da comunhão eucarística, o sacerdote vá até o fiéis para evitar filas e aglomerações. Antes de distribui-la, o sacerdote deve lavar as mãos, e a comunhão poderá ser recebida apenas na mão.

Por último, a igreja deverá ser desinfetada regularmente e, ao fim da celebração, deverá ser ventilada corretamente.

 

(Com informações de ACI Prensa).

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Bispos emitem mensagem de apoio à população em momento de crise política

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17 de março de 2020

A conferência episcopal do Chile enviou mensagem no sábado, 14, unindo-se às preocupações da população do país que em breve deve votar em um plebiscito sobre possíveis mudanças na Constituição. Marcado para 26 de abril, trata-se de uma resposta do governo do presidente Sebastián Piñera à onda de protestos observada no ano passado.

Cerca de 14 milhões de chilenos irão às urnas. A Constituição atual tem raízes no período militar e, para muitos, já não se identifica com a realidade atual do país.

Um clima de forte crise social e polarização dominou o país no fim de 2019. Conforme a mensagem dos bispos, entre as críticas estavam a má distribuição de renda no país, as condições precárias de trabalho, os salários-mínimos e pensões, além da necessidade do acesso à saúde, o papel das mulheres na sociedade e a proteção dos grupos mais vulneráveis.

Os bispos dizem que compartilham “o razoável desconforto das pessoas sobre o papel das autoridades, legisladores e líderes políticos e sociais diante dessas tragédias”. Eles cobram um ritmo mais acelerado para as reformas estruturais. “O Chile demanda um diálogo frutífero no contexto de uma amizade civil”, afirmam.

Fonte: Agência Fides

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'Repudiamos toda forma de violência', diz Regional Sul 1 sobre mortes em Paraisópolis

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03 de dezembro de 2019

O Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que compreende o estado de São Paulo, emitiu uma nota na qual lamenta pelas mortes de nove pessoas pisoteadas e 12 ficaram feridas durante uma ação policial em um baile funk em Paraisópolis (Diocese de Campo Limpo), na zona Sul da capital paulista, na madrugada deste domingo, 1º.

“Queremos manifestar nosso lamento pelos atos violentos que resultaram nesta tragédia”, afirmam os bispos, que reiteraram, ainda, seu repúdio a “toda forma de violência, manifestação de ódio e desrespeito à vida”.

O episcopado expressou “a fraternal solidariedade da Igreja Católica às famílias atingidas por este grave golpe mortal e sangrento, que dilacerou seus corações”.

“Reafirmamos nossa opção preferencial pela juventude fazendo ecoar, nesta lamentável circunstância, o grito de milhões de jovens excluídos do direito à educação, ao trabalho, ao lazer e acesso aos bens culturais deste País”, completa a nota.

ENTENDA O CASO

Há duas versões sobre o que aconteceu em um baile funk de Paraisópolis. A polícia diz que a confusão foi provocada por criminosos, que atiraram contra militares e usaram frequentadores da festa como “escudo humano”. Parentes de vítimas contestaram e falaram em uma “emboscada” da PM.

A Polícia Militar de São Paulo informou que a Corregedoria da corporação abriu inquérito para averiguar a conduta dos agentes que atuaram no episódio.

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA:

Nota do Regional Sul 1 da CNBB

"Ele há de julgar as nações e arguir numerosos povos; estes transformarão suas espadas em arados e suas lanças em foices: não pegarão em armas uns contra os outros e não mais travarão combate" (Is 2,4).

Nós, Bispos do Regional Sul 1, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), diante da triste e assustadora notícia da grave ocorrência em Paraisópolis, na Cidade de São Paulo, na madrugada deste 1° de dezembro, em que nove jovens perderam suas vidas e vários outros foram feridos, queremos manifestar nosso lamento pelos atos violentos que resultaram nesta tragédia.

Tendo em nossos corações os mesmos sentimentos de Jesus Cristo, repudiamos toda forma de violência, manifestação de ódio e desrespeito à vida.

De modo particular, expressamos a fraternal solidariedade da Igreja Católica às famílias atingidas por este grave golpe mortal e sangrento, que dilacerou seus corações. Reafirmamos nossa opção preferencial pela juventude fazendo ecoar, nesta lamentável circunstância, o grito de milhões de jovens excluídos do direito à educação, ao trabalho, ao lazer e acesso aos bens culturais deste País.

Nas periferias dilaceradas pela ausência de recursos materiais e políticas públicas indispensáveis ao bem-estar, fraternidade e sociabilidade, em que se partilhe a vida com alegria e segurança, compreendemos que nossos jovens pobres e carentes procurem, a seu modo e como podem, oportunidades de lazer e encontro. Cumpre a todas as pessoas de boa vontade e senso ético, particularmente nas instâncias políticas responsáveis pelos aparatos de segurança do Estado, propiciar a todos, principalmente à população mais vulnerável, oportunidades e projetos eficazes que visem à superação da violência e das desigualdades econômicas e sociais. Não é ético nem patriótico que os recursos humanos e materiais sejam instrumentalizados para ferir e eliminar a vida e a dignidade de cada ser humano.

A Igreja católica reafirma seu propósito e compromisso com a evangelização da juventude, na convicção que, providos dos mais nobres sentimentos e valores familiares, culturais, religiosos e humanos, os jovens trilharão caminhos de justiça e cidadania, livres das circunstâncias que conduzem à violência e à morte.

Que a mensagem de amor e a paz, celebrada no Natal que se aproxima, seja o horizonte de esperança nos caminhos da juventude e da sociedade brasileira. E que Jesus Cristo renasça em nossos corações.

Dom Pedro Luiz Stringhini - presidente

Dom Edmilson Amador Caetano - vice-presidente

Dom Luiz Carlos Dias - secretário

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Papa exorta novos bispos à proximidade com Deus e com o povo

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12 de setembro de 2019

O Papa Francisco recebeu na manhã desta quinta-feira, 12, no Vaticano, os bispos de recente nomeação participantes do curso anual promovido pelo pelas congregações para os Bispos e para as Igrejas Orientais, entre os dias 4 e 12.

Dos 13 prelados brasileiros participantes estavam Dom José Benedito Cardoso, Bispo Auxiliar de São Paulo nomeado em 23 de janeiro, e o Monsenhor Jorge Pierozan, nomeado Bispo Auxiliar de São Paulo em 24 de julho.

PRÓXIMOS DE DEUS E DO POVO

Em seu discurso, o Santo Padre destacou a palavra “proximidade” como atitude essencial para os bispos.

Francisco explicou que proximidade a Deus é a fonte do ministério do Bispo. Para isso, o Bispo deve cultivar a intimidade com Cristo diariamente na oração. “Somente estando com Jesus somos preservados da presunção pelagiana de que o bem deriva da nossa capacidade”, afirmou o Pontífice.

O Papa também ressaltou a proximidade do bispo com o seu povo. Ele advertiu que a proximidade ao povo não é uma estratégia oportunista, mas a condição essencial do ministro ordenado. “Não é uma obrigação externa, mas uma exigência interna à lógica do dom”, continuou.

DISPONIBILIDADE

Ainda de acordo com Francisco, a proximidade do Bispo, não é retórica, não é feita de anúncios autorreferenciais, mas de disponibilidade real. É preciso deixar-se surpreender e aprender verbos concretos, como ver, cuidar e curar. É colocar-se em jogo e sujar as mãos.

“Por favor, não deixem que prevaleçam os temores pelos riscos do ministério, retraindo-se e mantendo as distâncias”, pediu o Bispo de Roma.

SIMPLICIDADE

O Santo Padre exortou os bispos a levarem uma vida simples testemunhando que Jesus basta em suas vidas. Ele afirmou que são necessários bispos capazes de sentir o palpitar de suas comunidades e de seus sacerdotes, que não se contentem de presenças formais, mas que sejam “apóstolos da escuta”. “Por favor, não se circundem de bajuladores”, recomendou.

Por fim, o Papa encorajou as visitas pastorais regulares e uma proximidade especial aos sacerdotes. “Também eles estão expostos às intempéries de um mundo que, mesmo cansado das trevas, não poupa hostilidade à luz. Eles precisam ser amados, seguidos e encorajados.”

 

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Desafios e alegrias marcam o compromisso de novos bispos com o novo ministério

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08 de agosto de 2019

Presentes ao 30º Encontro para Novos Bispos promovido pela Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), de 05 a 09 de agosto, na sede da entidade, em Brasília (DF) os novos bispos falam dos desafios e alegrias que experimentam ao assumir o ministério de bispo confiado pelo papa Francisco.

Dom José Benedito Cardoso – o primeiro na foto da esquerda para a direita – foi nomeado como bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo em 23 de janeiro deste ano. Sua ordenação se deu em 15 de março e a posse no dia 31 do mesmo mês. Assumir a nova missão confiada pela Igreja no caso dele significou grandes mudanças. Ele precisou mudar de Itapetininga, no interior, para a capital do Estado de São Paulo. “Eu não estava muito antenado com toda a realidade complexa que é a cidade grande”, disse.

Os primeiros meses como bispo ele está dedicando a conhecer a realidade, as pessoas, estabelecer contato com os padres e com os bispos auxiliares por meio de visitas pastorais. “Estou conhecendo e a partir disto já dá para a gente ter uma noção e começar a se introduzir neste trabalho que a Igreja confiou para mim lá na região episcopal da Lapa na Arquidiocese de São Paulo”, disse.

Com formação em Direito Canônico, além da formação em Filosofia e Teologia, ele acredita que esta especialidade pode ajudar a ter uma compreensão da realidade pastoral também. “O Direito também é essencialmente pastoral. Ele pode ajudar bastante, sobretudo nos organismos de uma diocese, nas dificuldades que surgem com algum problema com o presbitério que necessita de algum encaminhamento. Ajuda também na aplicação pastoral”, disse.

Do encontro dos novos bispos, ele destaca o conhecimento de como funciona a infraestrutura na CNBB, algo até então desconhecido em sua avaliação. Ele reforça que a comunhão episcopal é fundamental para superar as dificuldades dos bispos. “Agora ao termos dificuldades, sabemos com quem contar”, disse.

O trecho do Salmo 23, “O Senhor é meu pastor e nada me faltará”, escolhido como seu lema episcopal traduz bem a sua noção de que é ser um bispo. “Compreendo que ser bispo é ser pastor, procurar ouvir as pessoas, dar um direcionamento correto e ter uma presença muito positiva junto ao clero”, afirmou. Duas questões essenciais para ele, neste momento, traduzem a missão de ser bispo: procurar conduzir bem os presbíteros e o ordenamento pastoral da região episcopal.

Do circo à Igreja e ao trabalho pastoral com nômades

Quem também assumirá como bispo auxiliar na arquidiocese de São Paulo mas com atuação focada na região episcopal Santana a partir da ordenação marcada para dia 29 de setembro, às 9h, é dom Jorge Pierosan, o mais recente bispo nomeado pelo papa Francisco para o Brasil no dia 24 de julho.

Ele destaca que não possui muitos títulos acadêmicos, mas que tem muita vontade de trabalhar. “A expectativas é que Deus me dê sabedoria para continuar exercendo o meu trabalho em favor do povo de Deus. É a única coisa que consigo imaginar para mim: suar a camisa em favor dos fieis cristãos e das pessoas não católicas. Oferecerei a garantia de não ter preguiça de trabalhar para ajudar as pessoas a chegarem até Deus”, enfatizou.

Um capítulo bonito de sua história é a sua relação com o circo. Ele exerceu, no circo Panamericano, antes de entrar para o seminário, a função de “barreira”, hoje conhecida como “partner”, a pessoa que escova a juba do leão, que trata o elefante, ajuda a montar a jaula dos tigres – quando ainda era permitido animais no circo. Ajudou a montar e a desmontar o picadeiro e a auxiliar os malabaristas em suas performances. Certa vez, por saber de cor o número, ele assumiu o lugar de um palhaço que ficou doente. “Eu entrei substituindo o palhaço numa determinada circunstância e acabei ficando no lugar dele”, disse.

Sendo de origem católica, quando viveu no circo, sentia falta de ir à missa porque coincidiam os horários. “Me lembro muito bem de ouvir o sino tocando e saber que era hora da missa e ficar triste por não poder ir lá”, disse. A falta da presença da Igreja no ambiente circense despertou nele o desejo de entrar para a vida religiosa e voltar ao circo mais tarde como padre num trabalho pastoral. Hoje, dom Jorge é vice-presidente da Pastoral dos Nômades no Brasil que atende os circos, ciganos e os parques de diversões. “Sempre e na medida do possível eu vou pro circo e para o meio dos ciganos”, afirma.

Como novo bispo, a partir do encontro promovido pela CNBB, o sentimento é que não será jogado na “cova dos leões” sem uma base e uma estrutura por trás, sem parcerias e colegas bispos que comungam dos mesmos ideais. “A gente deve fortalecer essa amizade, uma família de 13 bispos novos”. “O que me anima é estar bebendo numa fonte boa de gente que tem uma bagagem e que nos anima no novo ministério”.

Realidade de fronteira

Tendo sido ordenado em 1º de dezembro de 2018 e tomado posse no dia 16 do mesmo mês como bispo da diocese de Bagé (RS), dom Cleonir Paulo Dalbosco enfrenta dois grandes desafios: atuar numa diocese de maior extensão territorial do regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e que faz fronteira com o Uruguai. “Este trabalho na região de fronteira tem as suas próprias exigências de entender as diversas culturas presentes na região”, disse.

A falta de trabalho para a juventude, o despertar de vocações numa diocese que não conta com nenhum seminarista no momento, o número grande de separações e divórcios e a formação continuada de lideranças são desafios nesta nova realidade apontadas pelo bispo. Mas em sua avaliação, a experiência de coordenação missionária de província dos Frei Capuchinhos no estados de RS, MT, RO e no Haiti favoreceu seu início de missão como bispo na diocese, bem como a experiência da vida religiosa e de seus 19 anos de sacerdote.

Segundo ele, o bispo tem como missão criar a comunhão com todo o clero na diocese e estar próximo das lideranças que fazem acontecer o trabalho e a ação missionária. “O que é mais importante que eu sinto hoje como bispo é estar presente nas diversas realidades e situações, nos lugares onde ninguém gostaria de estar, lugares de fronteiras e de misérias”, disse. Em sua visão, o bispo representa o sinal de esperança e confiança para a população.

A sua formação específica em administração e gestão de pessoas o ajuda a vislumbrar a sustentabilidade da missão. “Administrar bem e com cuidado as coisas de Deus também é uma exigência da Igreja”, disse. Ser especialista em gestão de pessoas, o ajuda como bispo na mediação dos conflitos entre os grupos humanos. “ A gestão de pessoas me capacita também para essa presença junto à comunidade e os diversos organismos que convivemos juntos nessa região”, disse.

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Sul 1 da CNBB realiza encontro preparatório para Assembleia Regional

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24 de mai de 2019

A Comissão Episcopal Representativa, composta pelos membros das oito sub-regiões pastorais do Regional Sul 1 da CNBB - Aparecida, Botucatu, Campinas,  Sorocaba, Ribeirão Preto I (RPI), Ribeirão Preto II (RPII), São Paulo I (SPI) e São Paulo II (SPII) esteve reunida na quinta-feira, 23, na sede do Regional, na Capital Paulista.

Dom Pedro Luiz Stringhini, Bispo de Mogi das Cruzes e Presidente do Regional Sul 1; Dom Edmilson Amador Caetano, Bispo de Guarulhos e Vice-Presidente; e Dom Julio Endi Akamine, Arcebispo de Sorocaba e Secretário-Geral, acolheram os bispos que compõem a Comissão Episcopal Representativa: o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Dom João Inácio Müller, Dom Moacir Silva, Dom Benedito Gonçalves dos Santos, Dom Sérgio Aparecido Colombo e Dom José Luiz Bertanha elaboraram a pauta da Assembleia Regional dos Bispos, que acontecerá de 11 a 13 de junho, em Itaici, no município de Indaiatuba (SP).

DGAE e revisão de regulamento

A 82ª Assembleia Regional dos Bispos refletirá sobre as Novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019-2023), e abordará outros assuntos como a Missão Amazônia e África. Haverá, ainda, a eleição da nova Presidência do Regional, dos presidente das oito sub-regiões pastorais; e dos presidentes das Comissões Episcopais Pastorais.

Dom Pedro Luiz Stringhini avaliou a reunião positivamente e destacou que durante a Assembleia será feita a revisão do Regulamento do Conselho Episcopal Regional.

O que faz a Comissão Episcopal Representativa?

Entre as competências da Comissão Episcopal Representativa estão atender a solicitações de estudo da Assembleia Geral e de outros órgãos da CNBB; preparar a proposta de pauta da Assembleia do Conselho Episcopal Regional; propor e desenvolver atividades no âmbito das finalidades do Conselho Episcopal Regional, segundo as diretrizes da Assembleia Geral do Conselho Episcopal Regional; decidir sobre qualquer assunto, por delegação da Assembleia do Conselho Episcopal Regional; Organizar a Assembleia das Igrejas Particulares do Regional dando-lhe normas peculiares; constituir Comissões Episcopais e Grupos de Trabalhos para funções pastorais em favor dos fiéis, para dinamizar a própria missão evangelizadora; escolher, dentre os seus membros, os Presidentes de cada uma das Comissões Episcopais de Pastoral.

Tem a ainda as atribuições de dar parecer e decidir com as Comissões Episcopais Pastorais sobre seu planejamento pastoral e financeiro; dar parecer sobre os candidatos às funções de Secretário Executivo e Secretário administrativo que forem apresentados pela Presidência; orientar e avaliar o trabalho das Comissões Episcopais de Pastoral, promovendo a ação pastoral orgânica em todo o Regional.

(Com informações de Renato Papis, do Regional Sul 1 da CNBB)

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Nova presidência da CNBB toma posse em Cerimônia de Encerramento da 57ª Assembleia Geral

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10 de mai de 2019

A nova presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi empossada na manhã desta sexta-feira, 10 de maio, durante a cerimônia de encerramento da 57ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, realizada em Aparecida desde o dia 1º de maio. O até então presidente da entidade, o arcebispo de Brasília, cardeal Sergio da Rocha, no início da celebração fez uma extensa lista de agradecimentos a todos que colaboraram com o trabalho da presidência que se despede. Ele pediu orações pela CNBB neste novo quadriênio. “Se há uma certeza, é a de que somente podemos servir com a Graça de Deus”, disse.

Ao novo presidente eleito, o Arcebispo de Belo Horizonte (MG), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, ele desejou que possa cumprir sua missão promovendo sempre mais a comunhão entre o episcopado brasileiro, entre a Igreja do Brasil e com o Santo Padre.

Na Cerimônia de Encerramento, o Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’aniello, leu a correspondência enviada pelo Papa Francisco em resposta à carta que os bispos do Brasil enviaram a ele durante o evento. Na correspondência, o Papa, agradecendo a manifestação de comunhão da conferência brasileira, fez votos de que os compromissos assumidos durante a assembleia ajudem os bispos a ser mais fieis à sua missão evangelizadora.

Simbolicamente, o cardeal Sergio da Rocha entregou ao novo presidente eleito, dom Walmor, o texto das Novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora 2019-2023, aprovado na 57ª Assembleia Geral, e trocaram de lugar na mesa. Dom Walmor sentou na cadeira onde estava sentado o presidente, assumindo o cargo. O arcebispo primaz do Brasil, dom Murilo Krieger, até então vice-presidente da CNBB, entregou a nova Bíblia com tradução oficial da CNBB ao vice-presidente eleito, o arcebispo de Porto Alegre (RS), dom Jaime Spengler. E o até então secretário-geral, bispo auxiliar de Brasília (DF), dom Leonardo Steiner, entregou ao novo secretário-geral, o bispo-auxiliar do Rio de Janeiro (RJ), dom Joel Portela o Diretório de Liturgia da Igreja no Brasil.

Em seu primeiro discurso como empossado, no mesmo dia em que comemora 21 anos de sua ordenação episcopal, Dom Walmor Oliveira saudou a Dom Giovanni D’Aniello, assumindo o compromisso de buscar a comunhão com o Santo Padre e de ser uma Igreja em saída, missionária e hospitaleira.

O novo presidente da CNBB disse que não há nada melhor a oferecer à sociedade que o Evangelho de Jesus. Ele saudou e agradeceu a presidência que fez a transmissão do cargo, aos bispos, a quem enalteceu a riqueza do exercício da fraternidade nos dias da assembleia. Ele falou da beleza da vida de cada Igreja particular e das experiências dos bispos do Brasil.

Segundo ele, a nova presidência assume consciente das dificuldades imensas e das complexidades quase indescritíveis mas com a certeza de que é o Evangelho que ajuda a não só dar novas respostas para dentro da Igreja mas também à sociedade. “Assumimos o compromisso de ser uma presença solidária. O que de fato vale é a fé desdobrada em amor”, disse.

Para no novo presidente, o coração da CNBB não é a sede em Brasília, mas a colegialidade efetiva entre seu episcopado. “O nosso plano mais importante é sermos discípulos de Cristo. Nosso programa é nos tornar discípulos e fazer discípulos o tempo todo, aprendendo no diálogo. Só faz discípulo quem também é discípulo”, disse.

Dom Walmor ressaltou que todo o trabalho a ser feito, nas diversas frentes, tenha como fonte Jesus Cristo que é, segundo ele, o fundamento da colegialidade na Igreja no Brasil. “É hora de uma resposta nova porque o Senhor da vida nos envia e nos conduz. O Evangelho de Jesus Cristo é o ouro de nossa vida e de nosso trabalho missionário”, disse.

Os 12 presidentes eleitos para as Comissões Episcopais Pastorais da CNBB também compuseram a mesa e foram empossados simbolicamente. Após a cerimônia de encerramento e posse, a nova presidência concedeu entrevista aos jornalista em Coletiva de Imprensa.

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Evangelizar e despertar para a beleza das vocações

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10 de mai de 2019

A 57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada em Aparecida (SP), termina nesta sexta-feira, 10. Ao longo dos últimos dias, o Arcebispo Metropolitano de São Paulo, Cardeal Scherer, e alguns bispos auxiliares da Arquidiocese estiveram unidos a Igreja paulistana e de muitos outros lugares, por meio de transmissões pelo Facebook, momento em que os internautas tinham a oportunidade ouvir dos seus pastores a respeito das decisões tomadas no grande encontro do episcopado brasileiro.

Na última transmissão no contexto da Assembleia Geral, no fim da tarde desta quinta-feira, 9, Dom Devair Araújo da Fonseca, Vigário Episcopal para a Pastoral da Comunicação, e Dom José Roberto Fortes Palau, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Episcopal Ipiranga, falaram sobre os últimos momentos em Aparecida.

EVANGELIZAÇÃO NAS GRANDES CIDADES

O objetivo central da Assembleia Geral em 2019 foi decidir sobre as novas diretrizes para a evangelização da Igreja no Brasil nos próximos quatros anos, atentando-se para a o crescimento dos grandes centros urbanos.

Dom Devair salientou que hoje 80% da população brasileira vive nas grandes cidades e, por isso, torna-se necessário que a Igreja descubra novas formas de evangelizar e despertar as novas vocações em meio a tantos ruídos.

TESTEMUNHO QUE DESPERTA PARA A VOCAÇÃO

Em junho deste ano, acontecerá a assembleia do Regional Sul 1 da CNBB. Neste encontro, os bispos farão o aprofundamento das novas diretrizes da Assembleia Geral que passa por sua finalização e dentro de poucos dias estará disponível nas edições da Conferência Episcopal.

Dom José Roberto contou que será realizado, de 5 a 8 de setembro, o 4º Congresso Vocacional do Brasil, também em Aparecida, para o qual são esperadas cerca de 600 pessoas. Já estão confirmadas a presença dos Padre Amedeo Cencini, Sacerdote Italiano Canossiano, Padre Ângelo Mezzari, Rogacionista e do Padre Zezinho, cantor e escritor.

Dom José Roberto, ao falar das vocações, enfatizou a importância do testemunho: “Mostrar a beleza da vida consagrada”. Um dos aspectos que serão trabalhos ao longo do congresso será a atenção para o chamado: “Deus chama, mas por que muitos não estão escutando”, disse.

Um internauta perguntou a idade mínima para a entrada no seminário, aos prelados, que responderam que na Arquidiocese de São Paulo são aceitos os jovens a partir da conclusão do ensino médio.

Dom José Roberto destacou que os escândalos envolvendo o celibato não são o único fator para a diminuição da procura dos jovens no seminário. Mas um aspecto que a Igreja vem buscando respostas é para falta de vida em comunidade no contexto familiar.

IGREJA NA AMAZÔNIA

Outra internauta questionou se as novas diretrizes contemplaram a realidade amazônica. Dom Devair respondeu que sim, pois a Amazônia faz parte da Igreja no Brasil e, por isso, os bispos precisam estar dispostos a contribuir para sua evangelização: “Somos um corpo, se uma parte sofre, o corpo sofre”, disse.

O Vigário para a Comunicação lembrou do Sínodo para a Pan-Amazônia, que será realizado em outubro, e explicou que o fato da reunião acontecer em Roma evidencia a relevância do tema para a Igreja universal.

DIÁLOGO

Ao fim da transmissão, os bispos agradeceram a participação dos internautas ao longo dos dias de Assembleia, e afirmaram que este encontro com o episcopado espalhado por todo o Brasil foi um momento de compreender uma mensagem de esperança, pois mesmo com as divergências e opiniões diferentes, prevaleceu o diálogo.

Dom Devair encerrou sua participação convidando a todos a estar dispostos ao diálogo, afim de enaltecer a comunhão como Igreja.

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Missa do penúltimo dia da Assembleia dos Bispos foi em ação de Graças pelo Regional Sul 4 da CNBB

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09 de mai de 2019

O altar central do Santuário Nacional de Aparecida (SP), recebeu nesta quinta-feira (09), os bispos do Regional Sul 4 (Santa Catarina) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), para a penúltima celebração eucarística da 57ª Assembleia Geral dos Bispos.

A Santa Missa foi presidida pelo bispo de Tubarão (SC) e presidente do Regional Sul 4, dom João Francisco Salm, que iniciou sua homilia refletindo sobre o regional, que compreende todo o estado Santa Catarina e a província eclesiástica de Florianópolis.

Composto por uma Arquidiocese e dez dioceses, segundo o bispo, o regional que completará 50 anos em janeiro de 2020 já doou muitos filhos e filhas para a vida sacerdotal, religiosa consagrada e missionária, entre eles os santos que por lá viveram como Santa Paulina, a bem-aventurada Albertina, padre Aloísio e frei Bruno.

A região de cerca de 7 milhões de habitantes, que vai do Atlântico a fronteira da Argentina, possui belas cidades praianas rios e lagos, serras, planalto e campos com quatro estações bem definidas: “altas temperaturas e frio rigoroso com geada e neve”, descreveu o bispo.

Dom Francisco lembrou ainda dos desafios que a região enfrenta por causa dos efeitos das alterações climáticas, dos projetos de mineração de carvão, fosfato e xisto.

O chamado a Santidade feito pelo Senhor e tão recordado pelo papa Francisco também esteve presenta na homilia do bispo de Tubarão (SC) que refletiu ainda sobre o amor de Deus, a partilha do pão e da conivência fraterna.

“Todos sentam em torno do pão. O pão nos une, nos torna amigos e nos faz mais irmãos. Dá-nos a oportunidade de conversar, de sorrir, de falar e de ouvir. Maravilhas que nos alimentam tanto. O pão reúne e ensina a conviver. A falta de pão distancia, dispersa, cria rupturas e conflitos”, ressaltou.

Ao finalizar a homilia, Dom Francisco salientou ainda que por meio do amor do Pai, como filhos de Deus pela Eucaristia “somos levados viver aqui na terra os valores do reino de Deus. O grande valor é o da boa convivência, o amor recíproco que Jesus nos quis fazer entender e mandou que praticássemos quando lavou os pés dos discípulos, ícone da Eucaristia e do mandamento novo do amor”.

E completou: “ Eis então, o milagre da Eucaristia. Comer a carne e beber o sangue eucarístico nos faz solidários. Nos compromete, nos faz viver, nos predispõe amar, a dar a vida. Tornamo-nos novas criaturas capazes de pelo testemunho e pelo anúncio forjar uma nova sociedade”, finalizou Dom Francisco pedindo a intercessão de Santa Paulina, da bem-aventurada Albertina e da Virgem Maria.

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Bispos Eméritos são recordados no terceiro dia da Assembleia

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03 de mai de 2019

Celebrando os apóstolos São Felipe e São Tiago e o terceiro dia da 57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Bispo emérito de Mogi das Cruzes (SP), Dom Paulo Antonino Mascarenhas Roxo, presidiu a Celebração Eucarística desta sexta-feira, 3, no altar central do Santuário Nacional de Aparecida (SP).

Ao iniciar sua homilia, o bispo fez referência à celebração da festa dos apóstolos Felipe e Tiago, que sempre traz alegria aos bispos, incluindo os eméritos, pois faz lembrar que eles também são sucessores dos apóstolos.

“Nós também pertencemos ao colégio apostólico e até acompanhamos atentos as aberturas e talvez surpresas a virem ainda do aprofundamento desejado do papa Francisco da dimensão sinodal do ministério episcopal”. 

Dom Paulo destacou a importância dos bispos eméritos e que eles têm muito a oferecer ainda ao serviço pastoral da Igreja. Ele também fez uma reflexão sobre o evangelista Marcos, que fala da escolha dos apóstolos feita pelo Senhor. “Chamou a si os que ele queria e eles foram até ele e constituiu 12 para que ficassem com Ele para enviá-los a pregar e tem autoridade para expulsar os demônios”.

O bispo lembrou que muitos eméritos ainda desenvolvem trabalhos nas suas dioceses e ressaltou também o tempo que os prelados já aposentados têm para se dedicar à oração pessoal e a possibilidade e oportunidade de dinamizar a dimensão mística e contemplativa da vocação episcopal, ficar com o Cristo, “estreitando ainda mais os laços da comunhão com o Senhor, encontrando-nos com Ele de maneira mais explícita, com mais tempo, maior frequência e profundidade. Aceitando sempre convite aberto e forte para uma verdadeira experiência do Senhor ressuscitado”.

Dom Paulo destacou ainda os encontros silenciosos e confidenciais dos eméritos com o Senhor na Eucaristia. “No segredo de nossa capela partilhamos com o Senhor nossas coisas de idosos: incômodos, doenças, limitações, dependência, um pouco de solidão, dor de se sentir esquecido e tantas outras situações da idade avançada”.

Ao finalizar sua reflexão, o bispo apontou que: “ficando com o Senhor em grande intimidade, o bispo emérito longe de se desanimar, sentir-se velho, bebe na fonte da paz, esperança da alegria e da juventude do Senhor. Christus vivit!”, citando ainda a Exortação Apostólica pós-sinodal aos Jovens e a todo o Povo de Deus, publicada em abril deste ano.

Atualmente, fazem parte do episcopado brasileiro 171 bispos eméritos e 87 deles participam da 57ª Assembleia Geral da CNBB.

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