ejam a mensagem que recebi da Madalena Teles Guedes, do Jardim Paulista, aqui de São Paulo: “Padre, gostaria de saber um pouco mais sobre a história de Salomé e João Batista e sobre o porquê de a mãe ter influenciado a filha a pedir a cabeça dele”.
Madalena, os evangelistas Mateus, Marcos e Lucas falam do assassinato de João Batista. O grande João Batista, do qual Jesus disse que, dos nascidos de mulher, não havia ninguém maior que ele, é o profeta que faz a ligação entre o Antigo e o Novo Testamentos. É a voz que clama no deserto, anunciando a chegada do Salvador e convidando as pessoas a se preparar para o encontro com Ele.
A figura forte de João Batista e a sua pregação firme, denunciando os erros e convidando à conversão, impressionavam o povo e as autoridades. Quando o Batista soube que Herodes havia se casado com a cunhada, Herodíades, não hesitou em lhe dizer: “Isso não está certo. Você não devia fazer isso.”  Imagine só, Madalena, o constrangimento do rei e da mulher, não é mesmo? Herodes mandou prender João Batista. A mulher, por sua vez, não via a hora de se vingar. Durante uma festa no palácio de Herodes, ela mandou a filha – a Bíblia não diz que o nome dela era Salomé, mas há uma tradição que garante que ela se chamava assim –  pedir a cabeça de João Batista. Herodes tinha se comprometido a dar qualquer coisa que a menina pedisse, pois ficara encantado com um show de dança que ela tinha dado.
Que coisa estranha, não é mesmo, Madalena? Quando aquela mãe podia prover todo o futuro da filha, fez da filha uma cúmplice de assassinato. Mais estranha ainda foi a atitude de Herodes em satisfazer o desejo da mãe e da filha.
De qualquer forma, fica a lição de vida, de coragem, de coerência diante da vida, que João Batista nos deu. Um abraço, Madalena. Que Deus abençoe você e sua família.

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