Espiritualidade

Dia Nacional da Consciência Negra

No dia 20, celebramos no Brasil o Dia Nacional da Consciência Negra. Esse dia foi criado em 2003, escolhido para lembrar a memória de um dos maiores líderes negros que o Brasil já teve no período colonial, Zumbi do Palmares. De nome Francisco, nascido em 1655, em União dos Palmares, estado de Alagoas, o líder quilombola Zumbi dos Palmares foi assassinado em 20 de novembro de 1695. Seu ideal de luta era a liberdade e a vida de seu povo, contra o sistema escravagista da época. 
Somente em 10 de novembro de 2011, por meio da lei de número 12.519, foi que a data de 20 de novembro teve reconhecimento nacional, passando a ser feriado em alguns estados e em centenas de municípios. O objetivo deste dia e de sua comemoração é o reconhecimento da causa do povo descendente de africanos e da construção de uma nova mentalidade do povo brasileiro. 
Busca, também, promover a reflexão sobre a inserção do negro na sociedade, além de suscitar questões sobre racismo, discriminação, igualdade social, cultura afro-brasileira, entre outras reflexões. Com o tema “Reconhecimento, Justiça e Desenvolvimento”, a Conferência de Durban, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), e realizada na África do Sul, naquela cidade, de 31 de agosto a 8 de setembro de 2001, proclamou a Década Internacional dos Afrodescendentes, a ser celebrada de 2015 a 2024, com inúmeras iniciativas de cunho nacional e internacional entre países, estados e organizações civis. 
Os principais objetivos desta década dos afrodescendentes são:
a) Promover o respeito, a proteção e o cumprimento de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais das pessoas afrodescendentes como reconhecido na Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
b) Promover um maior conhecimento e respeito pelo patrimônio diversificado, a cultura e a contribuição dos afrodescendentes para o desenvolvimento das sociedades; 
c) Adotar e reforçar os quadros jurídicos nacionais, regionais e internacionais de acordo com a Declaração e Programa de Ação de Durban e da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, bem como assegurar a sua plena e efetiva implementação em níveis internacional, nacional e regional.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ao criar e incentivar a Pastoral Afro nacional, em especial com a realização da Campanha da Fraternidade de 1988 (Fraternidade e o Povo Negro – com o lema: “Ouvi o Clamor deste Povo”), tem auxiliado pastoral e culturalmente os afrodescendentes brasileiros na descoberta, aprofundamento e cultivo da sua cultura, da sua história e tradições. Diversas dioceses e paróquias criaram e mantêm a Pastoral Afro como um espaço de reflexão, formação e cultivo da identidade e das causas do povo negro. A Pastoral Afro da Arquidiocese de São Paulo celebrará o dia 20 de novembro com uma missa às 10h na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no Largo do Paissandu, entre outras iniciativas.

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