Liturgia e Vida

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo!

Solenidade da Santíssima Trindade – 16 DE JUNHO de 2019

O maior mistério revelado por Nosso Senhor é a Santíssima Trindade. Sendo um só, Deus existe desde sempre em três Pessoas iguais e distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Três Pessoas iguais na substância, na onipotência, no senhorio, na santidade e na eternidade; porém, são um só Deus, sem confusão de Pessoas e sem separação da substância. As Escrituras o indicaram sutilmente, ao mencionar a “Sabedoria” criadora de Deus (cf. Pr 8,22) e o “Espírito de Deus” pairando sobre as águas na criação (cf. Gn 1,2). 

O Antigo Testamento e a inteligência humana, contudo, não eram suficientes para se alcançar esse mistério finalmente revelado por Cristo. Ele Se apresentou como o “Filho de Deus” (Mt 16,16). Falava continuamente de Seu “Pai”: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30); “Quem Me vê, vê o Pai” (Jo 14,9); e “Tudo o que o Pai possui é meu” (Jo 16,15). Anunciou aos Apóstolos que “o Espírito da verdade vos conduzirá à plena verdade” (Jo 16,13). Soprando sobre eles, disse: “Recebei o Espírito Santo; a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados” (Jo 20,22s). Na Última Ceia, prometeu: “Se Eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se Eu for, enviá-Lo-ei a vós” (Jo 16,7).  

O mistério da Santíssima Trindade foi manifestado não só com ensinamentos, mas pela vida do Senhor. São Gabriel disse a Maria que Jesus seria concebido assim: “O Espírito Santo virá sobre ti e o Altíssimo te cobrirá com Sua sombra; por isso, o Santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus” (Lc 1,35). Quando Ele foi batizado no Jordão, o céu se abriu, ouviu-se a voz do Pai – “Tu és o Meu Filho” – e o Espírito Santo apareceu em forma corporal como uma pomba (cf. Lc 3,21s). Na Transfiguração, uma nuvem O encobriu e a voz do Pai se ouviu novamente: “Este é o meu Filho” (Lc 9,35). Dez dias depois da Ascensão, o Espírito Santo Se manifestou em Jerusalém (cf. At 2,1).

A consideração do mistério da Trindade nos levará a buscar um relacionamento distinto com cada uma das Pessoas divinas. Assim, rezaremos ao Pai com profunda reverência, reconhecendo Nele a origem e o provedor de todas as coisas. Agradeceremos porque, entre todos os seres existentes, escolheu-nos desde toda a eternidade como seus filhos. Com as palavras de Jesus, diremos: “Abbá, Pai!”. 

Ao Filho, falaremos como a um irmão, chamando-Lhe “Jesus”. Adoraremos a Sua humanidade santíssima, maravilhando-nos sempre mais com a Sua Encarnação e Sua morte redentora. Buscaremos o Seu rosto nos Evangelhos e O adoraremos na Eucaristia. 

E jamais nos cansaremos de buscar o Espírito Santo presente em nossa alma. Faremos silêncio interior, para identificar os Seus toques e moções. Pediremos que Ele leve a bom termo a obra de nossa santificação, agradecidos pois “o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5). 

E pediremos a Nossa Senhora, Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho e Esposa do Espírito Santo, que nos ajude a contemplar esse mistério tão grande.

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