Opinião

A Igreja nasce do querer de Cristo Jesus

A Igreja nasce do querer de Cristo Jesus, sob o alicerce dos apóstolos, confiando-a à pessoa de Pedro - “Por isso, eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e as forças da morte não poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus [...]” (Mt, 16,18-19a) -, para que seja presença evangelizadora no mundo: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensina-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,19-20). 

“Esta é a única Igreja de Cristo que no Símbolo confessamos una, santa, católica e apostólica; que nosso Salvador depois de sua Ressurreição entregou a Pedro para apascentar (Jo 21,17) e confiou a ele e aos demais apóstolos para a propagar e reger (cf. Mt 28,18ss), levantando-a para sempre como ‘coluna e fundamento da verdade’ (1Tm3,15). Essa Igreja, constituída e organizada neste mundo como uma sociedade, subsiste na Igreja Católica governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele, embora fora de sua visível estrutura se encontrem vários elementos de santificação e verdade.Esses elementos, como dons próprios à Igreja de Cristo, impelem à unidade católica.” (LG, 8). 

“Cada Igreja particular, porção da Igreja Católica sob a guia do seu bispo, está, também ela, chamada à conversão missionária. Ela é o sujeito primário da evangelização, enquanto é a manifestação concreta da única Igreja num lugar da terra e, nela, ‘está verdadeiramente presente e opera a Igreja de Cristo, una, santa, católica e apostólica [...]” (EG, 30).

Jesus Cristo não é uma ideia.  Ele é o Filho de Deus prorrompido em viva e convicta voz na pessoa do Apóstolo Pedro. “Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos discípulos: ‘Quem é que as pessoas dizem ser o Filho do Homem?’ [...] E vós, retomou Jesus, ‘quem dizeis que eu sou?’ Simão Pedro respondeu: ‘Tu és o Messias, o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,13-16).

O Evangelho de Jesus Cristo não é uma ideologia. “A Alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus” (EG, 1). É o reto caminho que nos faz viver Deus na Terra, na segurança da sua Verdade, que nos conduz a Vida Eterna (cf. Jo14, 6). 

O Cristianismo não é um fatalismo. “Cuidado com os falsos profetas: eles vêm até vós vestidos de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes. Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7,15-16). “Entrai pela porta estreita! Pois larga é a porta e espaçoso o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram. Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida, e poucos são os que o encontram” (Mt 7,13-14). 

Ser cristão não é modismo. O cristão vive do seguimento em Cristo Jesus: “Chamou, então, a multidão, juntamente com os discípulos, e disse-lhes: ‘Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me’. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; mas quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, a salvará.” (Mc 8,34-35).

Portanto, devemos viver segura e integralmente o Evangelho de Jesus Cristo na sua Igreja. Como autênticos discípulos e cristãos verdadeiros, devemos prorromper com radicalidade o anúncio querigmático na sociedade, para transformá-la nos valores do Reino de Deus.

Padre José Ulisses Leva é Professor de História da Igreja na PUC-SP
 

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