Bioética e defesa da vida

O número de mortes maternas justifica a liberação do aborto no Brasil?

Atualizado em 03 de agosto de 2018
 

Constantemente, ouve-se de autoridades públicas que o aborto deve ser liberado no Brasil por ser uma questão de Saúde Pública.

Para um período de vinte e um anos (1996-2016), o Ministério da Saúde computa um total de 1.367.457, mortes de mulheres em idade fértil, considerando todas as causas, média de 65.117 por ano.

Deste total, as mortes referidas à gravidez, parto ou aborto até 45 dias após o término da gestação, denominadas MORTES MATERNAS, são 36.156, média de 1.721,7 por ano. A maioria está ligada ao atendimento deficiente do pré-natal e parto. Deste número, o total de mortes por aborto foi 2.894 (8% das mortes maternas e 0,21% do total de mortes de mulheres em idade fértil), média de 137,8 por ano. Nesse número, estão incluídas mortes causadas por outros motivos, não ligados ao aborto provocado clandestino, como gestação ectópica e mola hidatiforme.

Se forem computadas apenas as mortes por falha na tentativa de aborto (aborto clandestino) chega-se a 209 mortes em vinte e um anos.  Mesmo se adicionadas às causas não especificadas e a outros tipos de aborto (que hipoteticamente poderiam esconder os abortos proibidos por lei), chega-se ao número de 1532 mortes, ou 72,9 mortes por ano.

Resumindo:

 

 
Mortes de mulheres 
em idade fértil
 
Mortes maternas
 
Mortes por aborto
(todas as causas)
 
Mortes por falha
de tentativa de aborto CID O07
CID O07 + Aborto NE CID O06 +
Outros tipos de aborto CID O05
Em 21 anos
1.367.457
36.156
2.894
209
1532
Média ano
65.117,0
1.721,7
137,8
9,9
72,9
 
Último acesso: 30/7/2018

Não deveria ocorrer nenhuma morte possível de ser evitada, porém essas cifras indicam a manipulação de informação quando se quer indicar a liberação indiscriminada do aborto por ser uma questão de Saúde Pública, sobretudo considerando que essas mortes poderiam ser evitadas com prevenção, orientação, acolhimento e atendimento integral à mulher surpreendida por uma gestação indesejada.

Além disso, no total, as mortes maternas exigem atenção especial ao pré-natal, parto e puerpério.

A indicação de proteção da mulher abrange todas as idades, sobretudo onde existe maior vulnerabilidade. O próprio site DataSUS apresenta a cláusula de MORTES DE MENINAS ATÉ OS 5 ANOS que foram 534.609 no período de 20 anos no Brasil. Dessas, existe a cláusula ÓBITOS POR CAUSAS EVITÁVEIS EM MENINAS ATÉ 5 ANOS: 358 341; como causas possivelmente evitáveis, mais 125 707. Números que somam quase 500 000 mortes de meninas que poderiam ter sido evitadas! São todas mulheres cujas mortes deveriam ter sido evitadas!!!

Mesmo ignorando os números que servem de base para esses cálculos, sabe-se que os países como EUA, Canadá ou Reino Unido que liberaram o aborto assumiram gasto impossíveis de serem financiado pelos cofres públicos, sem considerar os problemas (imediatos, médio e longo prazo) de saúde decorrentes do próprio aborto provocado para a mulher, mesmo quando realizado em hospital. 

O número de mortes maternas não justifica a liberação do aborto no Brasil sob a alegação de problema de Saúde Pública.

É PRECISO QUE SE CONTEMPLE A VERDADE PARA DESCOBRIR E EVITAR O ERRO!

 

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