“Rezo os sete Pai-nossos (Santa Brígida), e, no sexto mistério, com o título: ‘A crucificação de Jesus’, nós suplicamos pela união dos povos em Cristo em sua Igreja devido à diáspora. Se a diáspora já aconteceu há muitos anos, por que nós temos de rezar por ela? É isso que não entendo”

Vivian, “diáspora” é uma palavra grega e que dizer “dispersão”. Ela foi empregada para indicar os judeus dispersos, fora da Palestina, como lemos em João 7,35. Jesus afirma: “Ainda por um pouco de tempo, estou convosco e, então, vou para aquele que me enviou. Vós me buscareis sem me achar, nem podereis ir para onde estou”. Confusos, os judeus perguntaram: “Será que irá aos judeus dispersos entre os gregos?” Está vendo, Vivian? No tempo de Jesus, havia judeus dispersos pelo mundo conhecido, no Egito, em Roma e na Babilônia. Esses judeus não perdiam o amor por Jerusalém e iam em peregrinação à Cidade Santa. Leia a narração de Pentecostes nos Atos dos Apóstolos e você vai entender isso. E os judeus dispersos existem até hoje. Há judeus por todo o mundo, embora Israel já tenha o seu País.

No entanto, Vivian, chegou um tempo em que também os cristãos se dispersaram por todo o mundo, não? Uma diáspora cristã, por causa das perseguições, por causa das migrações, por causa da busca de refúgio das perseguições. Nós devemos, sim, rezar pela unidade deles, unidos ao Papa, para testemunhar Jesus Cristo com a vida e com atitudes. Então, essa oração que você menciona tem lá sua razão de ser. É preciso que sejamos um só povo, guiados por Cristo. Nada de dispersão entre nós. Nada de diáspora que nos afaste uns dos outros e daquilo que é essencial em nossa fé.

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