Sínodo Arquidiocesano

Assembleia sinodal arquidiocesana: em 0 destaque o verbo ‘cuidar’!

No dia 21 de março, sábado, a Assembleia sinodal arquidiocesana de São Paulo realizará a primeira sessão de seus trabalhos, na qual os membros convocados acolherão, por meio do primeiro relatório, os resultados do caminho sinodal arquidiocesano realizado nas paróquias (2018) e nas regiões episcopais e vicariatos ambientais (2019), bem como os resultados da pesquisa de campo e do levantamento paroquial. Este primeiro relatório dará ciência aos membros da assembleia sinodal arquidiocesana sobre o “estado atual” da realidade religiosa, pastoral e da vida da Igreja em São Paulo.  
Ao escutar o que Deus nos diz sobre a vida e missão da nossa Arquidiocese, duas perguntas nortearão os trabalhos da Assembleia sinodal: O que devemos fazer? Qual é a pastoral do futuro que a nossa Arquidiocese deve desenvolver?
Para iniciar a nossa reflexão, registro aqui a observação de um dos teólogos peritos que está auxiliando a Comissão de Redação da assembleia sinodal arquidiocesana com suas reflexões, o Cônego Antônio Manzatto: “Precisamos entender a substancialidade do agir pastoral, pois este não é apenas um acúmulo de operações que até podem perder seu sentido, mas é, sobretudo, ‘cuidar’!”.
A esta observação acrescento a reflexão do nosso Arcebispo, Cardeal Odilo Scherer, que nos indica uma questão a ser meditada: “Diversas questões vão ficando mais e mais evidentes na reflexão sinodal. Entre elas, destaca-se que o povo paulistano ainda possui na Igreja Católica uma forte referência para a sua vida; essa referência, porém, vai sendo diluída mais e mais, na medida em que as novas gerações não são adequadamente alcançadas pela ação eclesial que lhes dê formação, identificação com a fé católica e na medida em que a comunidade católica não as envolve e acolhe no seu convívio e cuidado pastoral” (Cardeal Odilo Pedro Scherer, Discernimento sinodal, O SÃO PAULO, edição de 31/07/2019: in. Atos da Cúria Metropolitana de São Paulo, n. 6-2019, p. 167).
Portanto, aqui temos um referencial que pode auxiliar o nosso caminho de conversão pastoral, que é o propósito do sínodo arquidiocesano de São Paulo.
A ação pastoral missionária da Igreja fundamenta-se no “cuidar”. 
O Papa Francisco muito bem indica o caminho pastoral a ser seguido neste momento de mudança de época: “A Igreja em saída é a comunidade de discípulos missionários que tomam a iniciativa, que se envolvem, que acompanham, que frutificam e festejam!”(Evangelii gaudium, 24).
 Assim, a substancialidade do agir pastoral não está, talvez, numa macro-organização departamentalizada, mas, sim, no “cuidado” que dispensamos a todos os que constituem nossas comunidades paroquiais e, no seu conjunto, à porção do povo de Deus que constitui a nossa Arquidiocese; no “cuidado” que dispensamos às novas gerações, aos enfermos nas casas e hospitais, aos encarcerados (nossa Arquidiocese tem uma grande população encarcerada), aos que estão em situação de luto e aos que sofrem violências diariamente, aos pobres e excluídos.
Aí está a nossa missão evangelizadora nesta cidade: “Cuidar na fé, esperança e caridade!”. 
Que a força do Espírito Santo sustente as decisões a serem tomadas pela Assembleia sinodal arquidiocesana para o bem da missão em nossa cidade.

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