Liturgia e Vida

Amor prático, fonte de alegria

30º DOMINGO DO TEMPO COMUM – 29 DE OUTUBRO DE 2017 

Estamos terminando o mês de outubro, mês dedicado às Missões, aos missionários e missionárias que atravessam fronteiras para levar alegria e esperança a todos os povos. “Não somos dominadores da fé. Somos colaboradores da vossa alegria”, escrevia São Paulo aos coríntios (cf. 2 Cor 1,24). Perguntaram a Jesus, não porque queriam saber, mas para provocá-lo, qual era o maior mandamento da Lei de Deus. A resposta de Jesus sintetiza tudo o que Deus espera de nós. Nisto consiste toda a Lei e os Profetas: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento!” e “amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. Na prática do amor efetivo, todos reconhecerão a verdadeira Igreja de Jesus e seus verdadeiros discípulos. Tudo o mais é secundário. 

A Lei, expressa no Livro do Êxodo, nos dá orientações práticas para vivermos a caridade efetiva: não oprimir nem maltratar o estrangeiro; não fazer mal algum à viúva nem ao órfão; não cobrar juros do conterrâneo pobre; devolver o penhor tomado do necessitado antes do pôr do sol. Não maltratemos os estrangeiros, os pobres, as viúvas, os órfãos e os endividados, porque eles gritarão e o Senhor ouvirá o seu clamor. Tais orientações nos são dadas pelo próprio Deus, porque Ele é misericordioso. Se os membros da Igreja forem capazes de mostrar misericórdia em todas as suas ações, não precisarão fazer mais nada para revelar ao mundo a face de Deus. 

São Paulo, o grande discípulo- missionário, escrevendo aos tessalonicenses, lhes fala com simplicidade como os primeiros evangelizadores se comportaram no meio deles para o bem de todos, e como a Palavra foi acolhida com alegria, apesar de muitas dificuldades. Eles se tornaram imitadores de Paulo e de seus companheiros e modelo para outras comunidades. Acolhida, conversão, fé, alegria no Espírito Santo e tribulações marcam os inícios da evangelização. Ainda hoje, podemos nos expor individualmente à imitação, como fez São Paulo, e fazer surgir comunidades modelos até mesmo para as estruturas da sociedade. Modelos de relacionamento fraterno de qualidade, que tragam alegria à existência.

Com o salmista, dizemos a Deus: “Eu vos amo, ó Senhor, sois minha força, minha rocha, meu refúgio e Salvador”. Amamos a Deus que mostra misericórdia ao seu Ungido. Ungido é o rei, que exerce a justiça. Ungido é Jesus, que trouxe a Boa Notícia a quem dela precisa. Ungidos somos nós, na alegria do Espírito Santo. O amor efetivo se torna em nós uma fonte de alegria. 

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