Você Pergunta

‘A Crisma é a confirmação do Batismo. Então, o Batismo, por si só, não tem validade?’

Margarida Fernandes, na sua pergunta há uma afirmação incorreta. A Crisma não é simplesmente a confirmação do Batismo. É um sacramento com um valor próprio. A palavra confirmação em português pode passar a ideia de uma coisa que precisa ser confirmada para garantir se foi de verdade ou não. Mas, no caso do sacramento da Crisma, a palavra confirmação quer significar “uma tomada de consciência ainda maior do Espírito Santo que recebemos no Batismo” ou “um tornar mais firme a participação na vida da Igreja”.

Eu gosto de explicar aos meus jovens da Crisma a diferença entre Crisma e Batismo com a seguinte comparação. No Batismo, recebemos uma caixinha com um grande tesouro dentro. Como na maioria dos casos a pessoa que recebe o Batismo é criança ou adolescente, essa caixinha vem fechada. Quando a criança entra na idade adulta, ela recebe uma unção nova do Espírito Santo. Ela recebe a chave para abrir a caixa e aproveitar todos os tesouros da fé que há lá dentro e distribuir esse tesouro aos outros pelo testemunho de vida e pela missão. Na Igreja primitiva, muitas vezes, a Crisma era dada imediatamente depois do Batismo, porque, na maioria dos casos, os que pediam o Batismo eram adultos.

Olha que bela explicação eu encontrei para o termo confirmação num dicionário: “Assim como um estranho não é familiar em uma casa enquanto não for apresentado ao chefe da casa ou ao pai de família, assim o batizado não tem a total cidadania eclesial enquanto não for apresentado ao chefe de sua Igreja local, o bispo, e não tiver recebido da sua mão a unção do santo Crisma. Este sinal é sacramental: entrado mais perfeitamente na Igreja, está-se mais intimamente unido a Cristo, no seu Espírito”. Fique com Deus, minha irmã, e que Ele abençoe você e a sua família.

 

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