Congresso Nacional da Pastoral da Saúde reúne 600 pessoas em São Paulo

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13 de setembro de 2018

Com o tema “Protagonismo do Leigo e o SUS”, a Pastoral da Saúde da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o ICAPS – Instituto Camiliano de Pastoral da Saúde, realizaram nos dias 1 e 2 de setembro o XXXVII Congresso Brasileiro de Humanização e Pastoral da Saúde, no Centro Universitário São Camilo, no bairro do Ipiranga em São Paulo. O evento, que superou as expectativas de público, já estava com as vagas esgotadas mais de uma semana antes de sua realização.

Com a presença do Bispo Referencial da Pastoral da Saúde Nacional, Dom Roberto Ferrería Paz, do Coordenador Nacional, Alex Motta, demais membros da Coordenação, e do Diretor do ICAPS, Pe. Maurício Gris, o Congresso trouxe à discussão temas atuais e importantes para o trabalho pastoral. No ano do laicato, o protagonismo do leigo teve destaque e levantou discussões e reflexões que envolveram os mais de 600 participantes vindos de diversos regionais do país, entre membros do Clero, Coordenadores Regionais, Arquidiocesanos, Diocesanos, Paroquiais, profissionais e agentes pastorais.

No primeiro dia do encontro, Pe. Romão Duarte falou sobre a atuação e o papel do líder, destacando os fundamentos e práticas da difícil arte de liderar. Questões sobre a biossegurança, tão importante na atuação do agente da Pastoral da Saúde, foram abordadas pelo Dr. Antônio Babo. Pe. Francisco Alves trouxe as experiências de planejamento e atuação pastoral nos hospitais camilianos do Norte e Nordeste.

Ainda no sábado, ocorreu a Assembleia Nacional da Pastoral da Saúde, onde os Coordenadores puderam debater e deliberar sobre questões práticas pastorais, como: prestação de contas, eleição para o CNS – Conselho Nacional de Saúde, eleição para a Coordenação Nacional, regimento eleitoral e as atividades para 2019, onde destaca-se a Romaria Nacional ao Santuário de Aparecida, que foi marcada para o dia 02 de fevereiro, para coincidir com as comemorações do Ano Vocacional Camiliano. Durante a Assembleia também foi lida a Ata da Reunião do Conselho Fiscal, ocorrida na noite anterior.

O domingo, último dia do Congresso, começou com a celebração da Santa Missa presidida por Dom Roberto e concelebrada pelo Assessor Eclesiástico da Pastoral da Saúde Nacional, Padre Renato Prado, pelo Padre Maurício Gris, entre outros.

Dando continuidade ao tema, os palestrantes destacaram o papel do leigo na Igreja e as novas formas de ação na Pastoral da Saúde. A atuação do leigo na política e nas conferências de saúde também foram destaque. Os princípios históricos e perspectivas do SUS – Sistema Único de Saúde, que em 2018 completa 30 anos, deram aos presentes um panorama geral de sua realidade atual.

Diante da necessidade de um documento que oriente e ampare as ações da Pastoral da Saúde em âmbito nacional, a Coordenação Nacional apresentou em discussão aberta e paralela ao evento, uma proposta para a elaboração de “Diretrizes para a Assistência Espiritual e Religiosa nas Unidades de Saúde”. A proposta já havia sido disponibilizada no site da Pastoral Nacional e vinha recebendo colaborações para a discussão. Foram organizados grupos de trabalho para debaterem o documento e novas contribuições foram acrescentadas.

Ao final da tarde, o Congresso foi encerrado, consagrando-se por mais um ano como o maior e mais representativo evento da Pastoral da Saúde Nacional, buscando atingir o objetivo de integrar, informar e colaborar com a formação de agentes e profissionais para atuarem nas mais diversas realidades do país.

Texto e Foto: Coordenação Pastoral da Saúde

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Adolescentes refugiados e brasileiros concluem curso profissionalizante em São Paulo

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11 de setembro de 2018

Brasileiros e refugiados concluíram em São Paulo um curso profissionalizante sobre apólices e modalidades de seguro. Oferecida pelo Instituto Techmail e pela Escola Nacional de Seguros, a formação teve a participação de 26 jovens com idade de 16 a 20 anos. Entre os alunos, quatro eram refugiados da República Democrática do Congo e de Angola. Com o diploma em mãos, a turma está pronta para ingressar no mercado de trabalho.

“Além de ter mais oportunidades para conseguir emprego, o que aprendemos aqui nos ajudará muito no futuro. Também tive a oportunidade de conhecer outras pessoas, inclusive quem já atua no mercado de trabalho”, conta a congolesa Elizabeth.

Todos os formandos estavam no ensino médio ou começando a universidade. A capacitação “Amigo do Seguro” abordou os serviços de seguro para automóvel, residência, saúde e outros tipos de apólices, além de incluir aulas de português e matemática.

“Aprendi muitas coisas que não sabia, como matemática financeira, educação financeira e também sobre todos os tipos de seguro”, afirma Bernice, que também é congolesa.

Luiz Fernando Pinto de Carvalho, gestor do Instituto Techmail, ressalta que o curso não se restringe apenas a ensinar habilidades específicas. “A inserção no mercado de trabalho não é o nosso fim, que é sim, de mudar a vida dos jovens, propiciando a eles ferramentas necessárias para se manterem no mercado e darem continuidade às suas aspirações”, explicou.

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) parabeniza iniciativas como essa, por garantir a integração digna de refugiados às comunidades que os acolhem. Promovendo conhecimento para a juventude, o projeto assegura o desenvolvimento de suas capacidades.

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Aulas gratuitas de handebol em quatro centros esportivos da cidade

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11 de setembro de 2018

Você sabia que a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SEME) oferece handebol para adolescentes e crianças a partir dos cinco anos, gratuitamente, em quatro centros esportivos da cidade, localizados nas zonas Sul e Oeste? As aulas são divididas em três categorias: masculina, feminina e mista e, para participar delas, os responsáveis pelos menores devem se dirigir a um dos centros (relação abaixo) e apresentar RG e duas fotos 3x4, além de comprovante de residência, para fazer a carteirinha no clube.

No ato da inscrição também serão fornecidas informações sobre os horários das aulas e os itens necessários para participar. Confira a relação dos Centros Esportivos que ofertam as aulas de handebol:

Zona Sul

Centro Esportivo Vila Guarani

Endereço: R. Lussanvira, 178 - Vila Guarani

Aulas: quintas-feiras, 18h às 19h30 (iniciantes e atletas surdos acima de 15 anos); sábados: 16h às 18h (atletas mais experientes, acima dos 16 anos), 18h às 20h (masculino e feminino, acima dos 15 anos);

Zona Oeste

Centro Esportivo Taipas

Endereço: Rua João Amado Coutinho, 240 – Parada de Taipas - Jaraguá

Aulas: segundas, quartas e sextas, 17h30 às 19h (misto, dos 11 aos 16 anos);

Centro Esportivo Pirituba

Endereço: Rua Agenor Couto de Magalhães, 32 – Pirituba

Aulas: segundas e quartas: 17 às 19h30 (feminino, acima dos 14 anos);

sextas: 16h30 às 18h (feminino, acima dos 14 anos);

Centro Esportivo Freguesia do Ó

Endereço: Avenida Itaberaba, 1394 A – Freguesia do Ó

Aulas: segundas e quartas: 9h às 10h30 (misto, 5 a 12 anos); 10h30 às 11h30 (misto, 5 a 10 anos); 14h às 15h30 (misto, 5 a 10 anos); 15h30 às 16h30 (misto, 9 a 13 anos); 16h30 às 18h30 (misto, acima de 14 anos); sábados: 7h às 9h (feminino, acima dos 13 anos); 9h às 11h (masculino, acima dos 14 anos); domingos: 14h às 16h (feminino, acima dos 13 anos); 16h às 18h (masculino, acima dos 14 anos);

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Em São Paulo, marcha em defesa da vida do nascituro

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22 de agosto de 2018

Na Argentina, o Senado derrubou, na madrugada do dia 9, o projeto de lei que permitiria a interrupção da gravidez apenas pela vontade da mulher até a 14ª semana de gestação. Depois de uma sessão que durou 17 horas e causou muita expectativa, com o Congresso rodeado de pessoas que acompanharam a votação, os senadores votaram contra a lei do aborto que já havia sido aprovada pela Câmara de Deputados. 

No Brasil, a audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF) começou no dia 3, e continuou na segunda-feira, 6, dia em que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi representada por Dom Ricardo Hoepers e pelo Padre José Eduardo de Oliveira e Silva.  

Em São Paulo, aconteceu uma Marcha pela Vida, na terça-feira, 14, às 20h. A caminhada silenciosa começou na Avenida Brasil esquina com a Rua Colômbia e terminou na Praça da Paz, no Parque Ibirapuera. Organizada pelos paroquianos da Paróquia Nossa Senhora do Brasil, agregou cerca de 2 mil participantes de diferentes paróquias, movimentos e religiões.

“Uma caminhada silenciosa pela vida, na esperança de um Brasil mais humano” era a inscrição da faixa que foi carregada durante a caminhada. Os manifestantes pró-vida cantaram o hino do Brasil com velas acesas nas mãos e anunciaram que esta será a primeira de outras caminhadas que acontecerão com objetivo de defender a vida “daqueles que são mais indefesos, os bebês no ventre materno”.

 

AUDIÊNCIA PÚBLICA

Dom Ricardo Hoepers, Bispo de Rio Grande (RS) e Padre José Eduardo de Oliveira, da Diocese de Osasco (SP), participaram da audiência pública e representaram a CNBB na audiência pública no STF sobre a Arguição de Preceito Fundamental (ADPF) 442, a qual propõe a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. 

No início da sua fala, Dom Ricardo fez três perguntas para reiterar a posição da CNBB em defesa da vida humana: “Onde está o fundamentalismo religioso em aderir aos dados da ciência que comprovam o início da vida desde a concepção?”; “Onde está o fanatismo religioso em acreditar que todo atentado contra a vida humana é crime?” e “Onde está o fundamentalismo religioso em dizer que queremos políticas públicas que atendam saúde das mães e os filhos?” 

O Bispo continuou falando sobre a questão da presença do bebê e do direito desta criança de nascer. “O problema que ninguém quer nominar esse inocente. Ele foi apagado, deletado dos nossos discursos para justificar esse intento em nome da autonomia e liberdade da mulher. Mas a criança em desenvolvimento na 12º semana é uma pessoa, uma existência, um indivíduo real, único e irrepetível e, provavelmente, neste momento, a mãe já escolheu um nome para seu filho”, continuou Dom Ricardo.

Entre as alternativas propostas, o Bispo salientou que é urgente combater as causas do aborto. “Com a implementação e o aprimoramento de políticas públicas que atendam eficazmente as mulheres, nos campos da saúde, segurança, educação sexual, entre outros, especialmente nas localidades mais pobres do Brasil, e isto não é matéria para ser discutida nesta Suprema Corte e, sim, no Legislativo”, disse. 

Ele apresentou projetos sociais alternativos para ajudar as mães a gerar e cuidarem de seus filhos. Entre esses centros de ajuda à mulher, Dom Ricardo citou: Casa Pró-vida Mãe Imaculada, em Curitiba (PR), Casa Luz, em Fortaleza (CE), Casa mater Rainha da Paz, Canoinhas (SC), Associação Guadalupe, em São José dos Campos (SP), Casa da Gestante Pró-Vida São Frei Galvão, em Nilópolis (RJ), Pró-Vida de Anápolis(GO) e Comunidade Santos Inocentes, em Brasília (DF). 

Depois de participar de audiência pública no Supremo Tribunal Federal sobre a descriminalização do aborto e apontar o ativismo judicial, Padre José Eduardo denunciou que sua fala foi cortada em vídeo publicado no canal oficial da instituição, o qual foi retirado do ar em seguida.

“Para minha surpresa, eles simplesmente cortaram a parte final do meu discurso, justamente aquela em que eu começava falando sobre a Romênia, que foi muito citada na audiência e é apresentada como exemplo de diminuição do número de aborto após a aprovação e eu mostrava que, muito pelo contrário, o aborto na Romênia é nove vezes maior do que no Brasil”, explicou o Padre. 

Padre José Eduardo salientou que, “mostrando esses números, chegava à conclusão de que, exatamente ao contrário do que tinha sido sustentado na audiência de sexta-feira, quando se legaliza o aborto, o número de abortos aumenta”.

 

SEMANA DA FAMÍLIA

No sábado, 11, a Arquidiocese de São Paulo realizou a abertura da Semana da Família, que acontece em todo o Brasil. Entre os temas principais está a defesa da vida e da família. Em uma das faixas levadas durante a procissão que foi do Pateo do Collegio até a Catedral da Sé, lia-se “A Democracia e a Vida dos Nascituros em risco, aborto não”.

(Com informações da CNBB e ACI/digital)
 

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Centro Cultural dos Correios abre exposição sobre Dom Paulo Evaristo

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25 de julho de 2018

Começou no dia 21 deste mês, e seguirá até 23 de setembro, no Centro Cultural dos Correios de São Paulo, a exposição “Dom Paulo Evaristo Arns: 95 anos”, uma realização da Mirar Lejos, em parceria com a Cáritas Brasileira, com coordenação-geral das jornalistas Evanize Sydow e Marilda Ferri. 

Composta por seis eixos temáticos, a mostra trará elementos lúdicos, interativos e multimídia, somando cerca de 1,2 mil metros de espaço. 

De acordo com as organizadoras, a exposição foi concebida, prioritariamente, pensando no público jovem e em estudantes. Por isso, contará com vários elementos interativos, lúdicos e multimídia dispostos em vários ambientes do Centro Cultural dos Correios.

A mostra faz um passeio pela trajetória do “Cardeal da Esperança”, como Dom Paulo também era conhecido, centrando atenção em assuntos como democracia, política, sociedade, legado intelectual, Igreja e comunicação. Por esses eixos, serão enfocados temas como Dom Paulo e o povo da rua; sua contribuição para a justiça social; a sua importância para os perseguidos políticos brasileiros e do Cone Sul; Dom Paulo e os operários; o papel da mulher na Igreja e na sociedade; o legado para os movimentos sociais, entre outros.

No Átrio do Centro Cultural, será montada uma reprodução de aproximadamente 400 metros quadrados da Praça da Sé e da Catedral da Sé, com a representação de momentos históricos que ali aconteceram, como os cultos em memória de Alexandre Vannucchi Leme, Vladimir Herzog, Santo Dias, Manoel Fiel Filho e as missas de Primeiro de Maio, Dia do Trabalhador. 

Na Sala 2, será retratado o período de regime militar e a atuação de Dom Paulo contra os desmandos ocorridos. Numa reprodução do Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops), o público poderá participar da peça interativa “Lembrar é Resistir”, adaptada e dirigida por Izaías Almada, ex-preso político e autor do texto em coautoria com Analy Pinto, proporcionando uma volta aos anos 1960 e 1970, sendo conduzido de cela em cela, como os presos políticos da época. As apresentações serão diárias, de terça-feira a domingo, às 14h30 e às 15h30. No mesmo espaço, haverá ainda uma versão gigante do livro “Brasil: Nunca Mais”, além de um vale remontando à vala clandestina do cemitério de Perus, onde foram encontradas mais de mil ossadas humanas, muitas delas de presos políticos desaparecidos.

 

SERVIÇO

Exposição Dom Paulo Evaristo Arns: 95 anos
Data: de 21 de julho a 23 de setembro
Visitação: das 9h às 17h, de terça-feira a domingo
Entrada franca
Local: Avenida São João, s/nº, no Vale do Anhangabaú

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Governo de SP diz que abastecimento no estado caminha para normalidade

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30 de mai de 2018

O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), afirmou hoje (29) que as refinarias de petróleo do estado estão desbloqueadas (Capuava, Presidente Bernardes, Paulínia e Henrique Lage). Segundo ele, o abastecimento está em processo de normalização, assegurando combustível nos postos de gasolina. “Já estamos caminhando em direção à volta da normalidade em São Paulo”, avaliou o governador, após o quarto dia de reuniões com os representantes dos caminhoneiros.

França pretende conversar ainda hoje com o presidente Michel Temer. Ontem (28), segundo o governador, os dois conversaram por telefone sobre o movimento dos caminhoneiros. Temer passou a manhã em São Paulo, no Fórum de Investimentos Brasil 2018, e retornaria para Brasília em seguida.

Na reunião desta terça-feira, no Palácio Bandeirantes, em São Paulo, o governador ouviu uma série de reivindicações dos líderes dos caminhoneiros. A categoria pede a inclusão dos caminhões que transportam combustível na lista daqueles que têm livre circulação na capital paulista (produtos perigosos). O apelo foi transmitido ao prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB). Segundo França, o prefeito deve editar o decreto sobre tema.

Os caminhoneiros pediram ainda que sejam anistiadas as multas e a pontuação, aplicadas pelas polícias rodoviárias estaduais e federal à categoria durante a paralisação.

A categoria fez um acordo com o governo do estado para validar a isenção – nas rodovias estaduais, federais e municipais – do pedágio cobrado pelo eixo suspenso. A medida também foi definida entre as autorizadas pelo governo federal.

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Cidade de São Paulo tem 7,4 veículos para cada 10 habitantes

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10 de mai de 2018

Recente estudo da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) mostra que a cidade de São Paulo tem 7,4 veículos motorizados para cada 10 habitantes.

O levantamento mostrou que a Capital Paulista tem 8,6 milhões de carros, motos, ônibus ou caminhões. Em 2016, para cada 10 habitantes eram 7,2 veículos, e 7 em 2015, o que mostra o aumento da frota nos últimos anos.

A pesquisa também abordou o comportamento e mostrou que os motoristas respeitam mais o rodízio no período da manhã do que à tarde. Na volta para casa, 14% dos motoristas ignoram a restrição.

Rodizio

O rodízio foi criado há 20 anos e, desde então, a CET avalia a adesão do paulistano à regra de não circular com o carro no centro expandido uma vez por semana, nos horários de pico.

O último balanço, com dados de 2017, revela que a obediência é maior de manhã. Entre 7h e 10h, o índice de adesão foi de 91% na capital. Entre 17h e 20h, o índice cai para 86%.

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(Com informações de CET e G1)

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São Paulo tem o fevereiro mais seco dos últimos 13 anos

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02 de março de 2018

A cidade de São Paulo registrou o fevereiro mais seco desde 2005, de acordo com medição realizada no Mirante de Santana, na zona norte da capital paulista, pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Choveu 102,2 milímetros (mm), marca que fez com que o mês passado ficasse em terceiro lugar na lista de meses de fevereiro mais secos da série histórica de 75 anos.

O recorde de menor precipitação para fevereiro é de 32,5 mm, aferido em 1984. A segunda menor precipitação ocorreu em 2005, com 99,9 mm. A média histórica para fevereiro, período em que são esperadas chuvas de verão, é de 235,9 mm.

Durante o mês passado, choveu em apenas oito dias – a média histórica de fevereiro aponta registro de chuvas em 16 dias. Na tarde da última segunda-feira (26), a precipitação foi de 73,1 mm, 70% de toda a chuva do mês.

A temperatura média mínima ficou em 19°C, semelhante à média histórica de 18,9°C. A média máxima foi de 27,5 °C, o menor valor desde 2004. A média histórica máxima é de 28,3°C. A temperatura mais elevada do mês ocorreu no dia 9, de 32,8°C. No mesmo dia, ocorreu a maior amplitude térmica diária, de 13,5°C. A menor temperatura registrada foi de 16,7°C, no dia 4.

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A Catedral da Sé em diálogo com a metrópole

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08 de fevereiro de 2018

Tocar uma pedra e descobrir, por meio de um painel interativo, onde ela foi utilizada na construção da Catedral da Sé, dentro de um museu histórico, é apenas um dos muitos projetos que estão sendo pensados para tornar a Catedral, localizada no coração de São Paulo, um lugar que concentre informações sobre a construção da própria igreja, da praça e da cidade para fiéis e turistas de modo geral. 

No dia 25 de janeiro, quando a cidade de São Paulo chegou ao seu 464º aniversário e a Catedral 64 anos de inauguração, foi pensada uma série de atividades que marcasse a data, já tradicionalmente comemorada pelos paulistanos de diferentes maneiras. 

Em entrevista ao O SÃO PAULO , Camilo Cassoli, consultor responsável pela captação de recursos e ação cultural da Catedral da Sé, falou sobre ações que já estão sendo realizadas e muitas outras que serão implementadas a médio e longo prazo. Uma delas é justamente um museu permanente que conte a história da construção da Catedral da Sé, as mudanças na Praça e, ao mesmo tempo, o crescimento da cidade ao seu entorno.

No dia do aniversário da cidade, após a missa, as pessoas puderam prestigiar, gratuitamente, um concerto da Bachiana Filarmônica Sesi-SP, sob a direção do Maestro, internacionalmente reconhecido, João Carlos Martins e, posteriormente, as que adquiriram o convite, um Brunch especial que incluía a oportunidade de visitar as torres e a cúpula da Catedral, considerada o maior templo neogótico do País.

MÚSICA, MAESTRO!

Pelo terceiro ano consecutivo, a Bachiana Filarmônica Sesi-SP se apresentou na Catedral da Sé, por ocasião do dia 25 de janeiro. Dessa vez, o Maestro, além de conduzir um repertório surpresa, tocou ao piano algumas peças, entre elas uma de Mozart, e regeu outras como ‘Jesus alegria dos homens’, de Bach, compositor que dá nome à orquestra, Beethoven, Vila Lobos, e ‘Trem das Onze’, de Adoniram Barbosa, durante a qual o Maestro convidou o público para cantar junto. 

Em entrevista exclusiva ao O SÃO PAULO , João Carlos Martins, pianista e maestro, fundador da Fundação Bachiana e considerado por mídias internacionais um dos maiores intérpretes de Bach do século XX, disse que considera ‘Trem das Onze’ um hino de São Paulo e que vive, junto à sua orquestra, a missão de difundir a música clássica. “É normal acontecerem concertos dentro das igrejas e, no Brasil, estamos aplicando isso em muitas cidades do interior, mostrando que aqueles fiéis que vão à igreja, depois voltam para uma sala de concerto. É uma missão que a Bachiana tem e que estamos tentando cumprir tendo como carro chefe a Catedral da Sé”, disse. 

João Carlos, que começou sua carreira como maestro, após problemas físicos que dificultaram suas execuções ao piano, enfatizou que só existe – ou deveria existir – um tipo de música, aquela de bom gosto. “Quando a música é de bom gosto, pode ser popular ou de qualquer gênero, eu sempre estou ao lado e apoiando. Eu só não gosto quando a música não tem nenhum fundamento emocional, nem nenhuma mensagem.”

Além disso, o Maestro salientou que está na música sacra a origem da música. “Tudo começa com o canto gregoriano que depois, no renascimento, foi ganhando forma. A música ocidental, com um sistema temperado, tem em Bach seu maior compositor.” Ao ser perguntado sobre seu desejo para a cidade de São Paulo, João Carlos Martins disse que os cidadãos paulistanos estão precisando de esperança. “Desejo que a esperança faça parte de todos os habitantes de São Paulo, é isso que nós precisamos: esperança.” 

Foi a terceira vez, também, que Cesar Miranda, spalla e violinista da Bachiana, apresentou-se na Catedral da Sé. Ele, que faz os solos de violino nas apresentações, é o braço direito do maestro e disse que é sempre uma experiência única tocar dentro da igreja. “A Catedral é belíssima e é muito bom tocar dentro dela e sentir a alegria do local”, afirmou Cesar, que estudou violino de forma independente.

Para Camilo, os concertos são atividades muito interessantes, e o objetivo é que eles se tornem parte de uma agenda fixa de eventos. “Queremos aproveitar a posição geográfica e também histórica da Catedral na cidade para trazer outras pessoas e, com estes eventos, ajudar na manutenção do próprio templo”, explicou. 

À MESA!

Pela quarta vez, em momentos pontuais e com cardápios variados, a Catedral abriu as portas para acolher um evento que traz para os espaços internos da igreja um momento de descontração e cultura: o Brunch . “É uma forma de manter contato com pessoas que podem apoiar os projetos e colaborar na viabilização do evento, com patrocínios e troca de serviços, além da oportunidade de participar das celebrações e conhecer espaços que ainda não estão abertos ao público”, continuou Camilo, que falou ainda sobre outras modalidades de eventos que estão sendo pensados para atingir públicos variados. Na atual, com chefes de cozinha que assinam o cardápio, a participação no Brunch tem o custo médio de R$ 200,00. 

Para André Ahn, que está à frente do restaurante Clos, na Vila Nova Conceição, há dois anos, este foi um dos eventos mais importantes da sua trajetória como chefe de cozinha. “Foi uma grande honra e uma imensa felicidade ter sido convidado para cozinhar em espaços anexos do templo da  Catedral da Sé, ainda mais no aniversário da cidade. Comemorar esse dia num evento para a cidade, num símbolo como a Catedral da Sé, é realmente muito especial”, afirmou.

Aos 35 anos, o paulista de Santos (SP) pensou num cardápio que dialogasse com o espaço. Por isso, no menu formado por uma entrada com oito tipos de canapés, utilizou em cada receita um ingrediente que decora a Catedral, como jabuticaba, laranja, caju, baunilha e amendoim. Além disso, as sobremesas foram feitas a partir de biscoitos e licores que são vendidos, diariamente, na lojinha que fica na entrada da igreja e que são produzidos dentro de mosteiros e casas de congregações religiosas. 

No dia 25, uma equipe com cerca de 40 pessoas serviu aproximadamente 140 convidados, que além de participarem da missa e do concerto com João Carlos Martins, puderam apreciar os pratos pensados por André e conhecer melhor os espaços da Catedral. 

Na quarta edição, o ‘Brunch na Catedral da Sé’ - que teve à frente o chefe de cozinha André Ahn -
faz parte dos projetos culturais que estão sendo pensados para que se desenvolvam na Catedral,
atividades que dialoguem com o centro da cidade, como concertos, oficinas e a criação de um
museu histórico;  além da venda de produtos com a marca oficial

CENTRO CULTURAL E RELIGIOSO

Uma nova marca da Catedral foi criada e com ela já estão sendo desenvolvidos produtos específicos como cadernos e canetas. “Pelo fato de a Catedral ser uma construção relativamente recente em relação à outras catedrais, temos muitas imagens de sua construção. Já foram realizadas, por exemplo, a reprodução de fotos em padrão museológico, com certificado de autenticidade, que as tornam obras de arte e que estão sendo comercializadas. A partir dessas fotos, pretendemos produzir cadernos, camisetas, por exemplo, que sejam mais acessíveis ao público e que possam ser adquiridos por quem quer uma lembrança da Catedral ou até mesmo pela internet, por pessoas que nunca a conheceram”, explicou Camilo. 

Outra ação, que promete transformar a relação das pessoas com o espaço é a criação de um museu histórico. “Tudo está em estágio inicial, a ideia é ter um museu permanente e também com exposições temporárias. Existem 400 metros entre o Pateo do Collegio e a Catedral e são 450 anos de história da cidade que separam estes dois marcos. Quando a Catedral é inaugurada, em 1954, São Paulo já é uma megalópole. Contar a história da Catedral é contar a história de São Paulo, incluindo não só a explosão ocupacional, mas das diferentes culturas que a construíram, de muitos lugares diferentes do mundo”, continuou Camilo, que falou também sobre os investimentos em tecnologia que precisam ser realizados e para os quais a equipe ainda está no processo de captação de recursos.

Outras ações, como a restauração do órgão estão contempladas neste grande projeto. O objetivo, contudo, é o diálogo com o entorno e a manutenção do próprio templo que hoje não é autossuficiente e não consegue manter-se com o que arrecada com doações e o dízimo dos fiéis. 

“Queremos atrair pessoas para fazer da Catedral um lugar de acolhida e de convergência das pessoas no centro da cidade. É claro que a grande oferta que a Catedral faz é do Evangelho, do encontro com Deus, seja pela pregação da Palavra, seja pelo acolhimento na igreja.  Nós queremos que muitas pessoas, se sentindo aqui acolhidas e seguras, comecem a vir também para participar das celebrações”, enfatizou Padre Luiz Eduardo Baronto, atual cura da Catedral. Ele salientou também que os projetos têm em vista a manutenção da Catedral.

 

PROJETOS SOCIAIS

Sobre o diálogo com o entorno, sobretudo em relação às pessoas em situação de rua que ficam, em grande número, na Praça da Sé, Camilo disse “que quanto melhor a Catedral estiver, isso refletirá na Praça e vice-versa”.  

Em parceria com a ‘Projeto Vida Nova’, que será inaugurado ainda este ano e manterá um prédio localizado em frente à Catedral, pretende-se desenvolver ações que incidam diretamente na vida das pessoas, como a geração de renda e oficinais musicais e artísticas. “Fala-se muito sobre a questão da revitalização do centro e essa é uma ação da Catedral que não pode estar isolada, mas acontece juntamente com ações do poder público e também da iniciativa privada. Tanto do ponto de vista cristão quanto do ponto de vista social, é importante que a Catedral e a Praça caminhem juntas em termos de melhoria e que esta seja uma ação sólida e permanente”, explicou Camilo Cassoli. 

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São Paulo enCANTADA

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24 de janeiro de 2018

Uma das mais conhecidas canções sobre a cidade São Paulo, “Sampa”, em que as avenidas Ipiranga e São João ficaram eternizadas na composição de Caetano Veloso, está longe de ser a única que declara o amor pela maior cidade do Brasil e uma das maiores do mundo. “São mais de 3 mil títulos”, contou ao O SÃO PAULO , Assis Ângelo, jornalista, estudioso da cultura popular brasileira e fundador do Instituto Memória Brasil (IMB). 

Durante mais de 20 anos, o paraibano de João Pessoa pesquisou sobre as canções que falam da Capital Paulista, dos seus pontos turísticos ou de seus bairros, e chegou a um total de mais de 7 mil autores. Agraciado com o Título de Cidadão Paulistano, em 1998, Assis está reunindo todo esse material para “doar” a São Paulo, como ele mesmo disse, o “Roteiro Musical da cidade de São Paulo – pequena enciclopédia da música brasileira”, com a organização de um acervo que existe há mais de 40 anos.

“Quero escrever uma enciclopédia incluindo títulos, autores e contando a história de cada música, incluindo o gênero, quem fez, quando e o porquê. Esse é um grande desejo meu, um belo projeto”, continuou Assis, que tem 65 anos e mora no bairro de Campos Elíseos. 

A primeira música dedicada à Capital Paulista é de 1917/1918. “Há cem anos, Alberto Marino compunha a valsa choro ‘Rapaziada do Brás’, que era originalmente instrumental e ganhou letra em 1960, com os versos de Alberto Marino Júnior. Aliás, o bairro do Brás é o mais cantado, seguido pela Mooca. O disco foi gravado de modo independente pelo próprio compositor, em 1927”, contou Assis.

Outra canção que também foi gravada de modo instrumental, em 1922, e só posteriormente ganhou letra é o Hino Nacional Brasileiro. “É o primeiro hino do País que fala de um bairro, o Ipiranga”, recordou o Pesquisador. 

Tom Zé é o compositor com maior número de canções sobre a cidade. O baiano de Irará é autor de “São, São Paulo” e de “Augusta, Angélica e Consolação”. As ruas e avenidas lembradas por Tom Zé também são muitas vezes citadas por compositores de diferentes estilos musicais. Carol Naine, uma das indicadas para o Prêmio da Música Brasileira em 2017, compôs “Consolação” e “Passo Torto”; um projeto dos músicos Kiko Dinucci, Rodrigo Campos e Romulo Fróes fez “Samuel”, uma música que retrata a rua Augusta sob o olhar de um garoto que mora na periferia da cidade. “Tem um mano tocando ali/ Nem é tão diferente assim/ Nem é longe de casa aqui”, diz a canção. É na Augusta também que se contextualiza a canção “Rua Augusta”, considerada um dos primeiros hinos do rock brasileiro nos anos 1960. A música foi o maior sucesso de Ronnie Cord (Ronaldo Cordovil), um dos ídolos do período pré-Jovem Guarda e foi regravada por Raul Seixas. 

 

ECLÉTICA

É por ali, entre a Augusta, a Consolação e a Paulista que Fábio de Lima Martin, 32, passa grande parte dos seus dias. Ele nasceu na zona Sul de São Paulo, mas morou até os 25 anos na zona Norte. Com os fones no ouvido, ele vai de casa até o trabalho, a pé ou de bicicleta, e tem um gosto musical extremamente eclético, como ele mesmo disse à reportagem. “Acho que eu tenho a mesma personalidade da cidade de São Paulo”, disse sorrindo, em mais um dia de trabalho na Produtora 8 milímetros.

Mais velho de quatro irmãos, Fábio viveu sua primeira infância no Mandaqui até os 4 anos de idade. Dos 4 aos 11, no Jardim Brasil, e dos 11 até os 25, no Jardim São Paulo. “Acho que a zona Norte tem vida própria e eu não queria mesmo sair de lá, mas a vida da gente dá voltas e hoje não quero sair da Vila Mariana, onde moro”, contou. 

Formado em Fotografia, Fábio disse que foi no Jardim São Paulo que começou a “tomar posse” da cidade onde nasceu. “Brincava na rua e ia para a escola sozinho e, desde então, percebi o quanto a confusão paulistana fazia parte de mim. Aliás, tenho muito orgulho de dizer que nasci aqui”, continuou ele. Os cafés e bares da Augusta e as diferentes opções de salas de cinema e teatro na Paulista são os lugares preferidos desse paulistano filho de paulistanos, que disse “não ter vontade nenhuma de morar fora de Sampa, a não ser por períodos curtos, para ter outras experiências profissionais”. 

Ao ser perguntado sobre as músicas que embalam sua experiência com a cidade, Fábio teve dificuldades em decidir. “É complicado, pois eu gosto de tanta coisa”, brincou. Talvez por isso, o cantor e compositor Criolo afirmou que “Não dá pra descrever numa linda frase de um postal tão doce/ Cuidado com doce/ São Paulo é um buquê/ Buquês são flores mortas num lindo arranjo”. Crítico, com sua música “Não Existe Amor em SP”, Criolo faz um retrato marcante da Capital Paulista. 

“São Paulo é a cidade mais cantada em verso e prosa e, naturalmente, em todas as notas musicais. São artistas do Brasil inteiro e alguns do exterior que aqui passaram e deixaram suas marcas com partituras e em discos gravados.  ‘Baião no Brás’, de Luiz Gonzaga com Humberto Teixeira é um exemplo disso.  Ary Barroso, mineiro de Ubá, também compôs sobre São Paulo. Tom Jobim é autor de ‘Te amo São Paulo’ e Paulo Vanzolini, paulistano, é compositor de ‘Ronda’, samba canção que a Inezita Barroso gravou em seu primeiro disco, em 1953. Isso sem contar o grande Adoniran Barbosa, que teve suas músicas gravadas pelos Demônios da Garoa”, citou Ângelo Assis.

Assim, a eclética São Paulo continua a encantar quem nela vive ou por aqui passa. Ela é esta complexa cidade repleta de tons e letras diferentes, que assustam e atraem ao mesmo tempo.

 

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