Cardeal Scherer preside Vigília Pascal na Catedral da Sé 

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01 de abril de 2018

“Todos somos convidados a nos alegrar e a renovar nosso compromisso de vida nova com Cristo”, afirmou o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, na homilia da solene Vigília Pascal, celebrada na Catedral da Sé, neste sábado, 31. 

A missa que anunciou a Páscoa da Ressurreição de Jesus Cristo começou no átrio da Catedral, onde foi abençoado o “fogo novo” do qual é aceso o círio pascal, vela que simboliza o Senhor ressuscitado. 

Considerada a mãe de todas as vigílias, esta celebração é marcada pela proclamação de sete leituras do Antigo Testamento, que narram a história da salvação do povo de Deus e duas leituras do Novo Testamento, dentre estas o Evangelho da ressurreição de Jesus. 

Outro momento significativo dessa celebração é a liturgia batismal. Nessa ocasião, houve o Batismo de nove adultos ex-dependentes químicos, que antes viviam em situação de rua e foram acolhidos e preparados pela Missão Belém. Também houve a renovação das promessas batismais de todos os fiéis, com destaque para um grupo de integrantes do Caminho Neocatecumenal.  

Ao refletir sobre o anúncio feito pelos anjos diante do sepulcro às primeiras testemunhas da ressureição, Dom Odilo afirmou: “Hoje somos nós esses mensageiros de Deus enviados a anunciar a todos que o senhor ressuscitou e está no meio de nós”. 

Neste Domingo de Páscoa, às 11h, Dom Odilo preside a missa solene da Páscoa da Ressureição na Catedral, com a participação da orquestra filarmônica do Senai e da Capela Musical da Catedral da Sé. A celebração será transmitida, ao vivo, pela rádio 9 de Julho e pela TV Bandeirantes

Assista ao trecho da Vigília Pascal: 

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Missa da Ceia do Senhor: ‘Fazei isto em memória de mim’

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29 de março de 2018

A celebração do Tríduo Pascal começou na noite desta Quinta-feira Santa, 29, com a Missa da Ceia do Senhor, que recorda a instituição da Eucaristia e do sacerdócio, na última ceia de Jesus com seus apóstolos. Na Catedral da Sé, a missa foi presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, e, entre os concelebrantes estavam o Cardeal Cláudio Hummes, Arcebispo Emérito de São Paulo. 

Na homilia, Dom Odilo destacou que essa noite leva os cristãos a olharem para o Cenáculo onde Jesus celebrou a Páscoa judaica com seus apóstolos e instituiu a nova Páscoa no seu sague derramado, no seu corpo doado pela humanidade na cruz.  Ele recordou, ainda, o mandato de Jesus “Fazei isto em memória de mim”. “É uma memória permanente, a ser celebrada sempre, não apenas uma vez por ano... Toda vez que celebramos a Eucaristia fazemos em memória de Jesus”, afirmou. 

Ainda segundo o Cardeal Scherer, fazer memória desse ato de Jesus é fazer com que seu sacrifício não fique esquecido. “Nossa fé não está baseada numa ideia, mas numa pessoa e no encontro com essa pessoa, em acontecimentos e da ação de Deus na história da humanidade. Nossa fé não é uma ideia, muito menos uma ideologia, mas adesão e resposta a Deus”, ressaltou. 

Lava-pés

Outro gesto marcante de Jesus na última ceia foi quando ele lavou os pés dos apóstolos, pedindo-lhes que façam o mesmo. Esse gesto é recordado na missa pelo rito do lava pés. Nessa ocasião o Senhora ainda lhes deixa um novo mandamento “Amai uns aos outros como eu vos amei”. 

Neste ano, Dom Odilo lavou os pés de representantes de pastorais e organismos que promovem o serviço da caridade em favor dos que sofrem diversas situações de violência – as pastorais  Afro, Carcerária, da criança da Mulher Marginalizada, da Pessoa com Deficiência, da Pessoa Idosa, do Menor, do Migrante, do Povo da Rua, Indigenista Operária e a Caritas Arquidiocesana. 

“Fazer em memória de Jesus é, portanto, colocar-se aos pés da cruz, é estar junto à ceia do Senhor. É colocar-se a lavar os pés, isto é, o serviço de caridade fraterna para com o próximo, dos mais humildes, dos que sofrem. Dessa maneira continuamos a fazer o que ele fez e nos ensinou a fazer”, exortou o Arcebispo.

Vigília eucarística 

Após a comunhão o Santíssimo Sacramento foi trasladado até um altar preparado para a vigília eucarística que se seguiu após a missa. 

Em seguida foram retiradas a toalhas, velas e flores do altar, que serão recolocados somente na Vigília Pascal, na noite do Sábado Santo, 31. Na Sexta-feira Santa, 30, às 15h acontece a Celebração da Paixão, com o rito de adoração da Cruz. 

Assista a um trecho da homilia de Dom Odilo: 

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Papa: Jesus Cristo, o único que nos justifica e nos faz renascer, nenhum outro

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28 de março de 2018

O anúncio de que Cristo ressuscitou é o centro de nossa fé!

O Papa Francisco dedicou a catequese da Audiência Geral desta quarta-feira ao Tríduo Pascal, “para aprofundar um pouco” o que representam para nós, crentes,  os dias “mais importantes do ano litúrgico”, que constituem “a memória celebrativa de um único grande mistério: a morte e a ressurreição do Senhor Jesus”.

O Papa começou perguntando aos 12 mil fiéis presentes na Praça São Pedro qual era a festa mais importante da nossa fé, a Páscoa ou o Natal?

E recordou, que até aos 15 anos, ele acreditava que fosse o Natal, “mas todos erramos”, pois é a Páscoa, “porque é a festa da nossa salvação, a festa do amor de Deus por nós, a festa, a celebração da sua morte e ressurreição”.

 

Tríduo Pascal

“O Tríduo – explicou  o Pontífice  - começa amanhã com a Missa  da Ceia do Senhor e se concluirá com as vésperas do Domingo da Ressurreição, depois vem a “Pasquetta” para celebrar esta grande festa”, mas estes dias constituem a memória celebrativa de um grande único mistério: a morte e a ressurreição do Senhor Jesus.

Estes dias marcam as etapas fundamentais de nossa fé e da nossa vocação no mundo, e todos os cristãos são chamados a viver os três dias Santos como, por assim dizer, a “matriz” de sua vida pessoal e comunitária, como viveram os nossos irmãos judeus o êxodo do Egito.

Estes três dias, de fato –frisou o Papa – “repropõe ao povo cristão os grandes eventos da salvação operados por Cristo, e assim o projetam no horizonte de seu destino futuro e o fortalecem no seu compromisso de testemunha na história”.

O Canto da Sequência anuncia solenemente que “Cristo, nossa esperança, ressuscitou e nos precede na Galileia”. Aqui,  Tríduo Pascal encontra seu ápice, disse Francisco, que explica:

Ele contém não somente um anúncio de alegria e de esperança, mas também um apelo à responsabilidade e à missão. E não acaba com a “colomba” (especiaria pascal italiana, ndr), os ovos, as festas. Isto é bonito, é bonito porque é a festa de família, mas não fica nisto. Começa ali com o caminho à missão, ao anúncio: Cristo ressuscitou”.

E este anúncio, ao qual o Tríduo conduz preparando-nos para acolhê-lo, é o centro de nossa fé e da nossa esperança, é o cerne, é o anúncio, é o kerigma que continuamente evangeliza a Igreja e que esta, por sua vez, é convidada a evangelizar”.

 

Batismo

"O Cordeiro que foi imolado". Assim São Paulo fala de Cristo, e com Ele “as coisas velhas passaram, eis que tudo se fez novo”.  No Tríduo Pascal “a memória deste acontecimento fundamental se faz celebração plena de reconhecimento e, ao mesmo tempo, renova nos batizados o sentido de sua nova condição”:

“E por isto, no dia de Páscoa, desde o início se batizava as pessoas. Também na noite deste sábado eu batizarei aqui, em São Pedro, oito pessoas adultas que começam a vida cristã. E começa tudo: nasceram de novo”.

 

Cristo, o único que nos justifica

São Paulo também nos recorda que Cristo “foi entregue à morte por causa de nossas culpas e ressuscitou para nossa justificação”:

“O único, o único que nos justifica; o único que nos faz renascer de novo é Jesus Cristo. Nenhum outro. E por isto não se deve pagar nada, porque a justificação – o fazer-se justos – é gratuita. E esta é a grandeza do amor de Jesus: dá a vida gratuitamente para nos fazer santos, para nos renovar, para nos perdoar. E isto é o cerne deste Tríduo Pascal”.

No Tríduo Pascal é renovado nos batizados o sentido de sua nova condição, como diz São Paulo: “Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto":

“Olhem para o alto. Olhar, olhar o horizonte, ampliar os horizontes: esta é a nossa fé, esta é a nossa justificação, este é o estado de graça”.

“Um cristão, se verdadeiramente deixa-se lavar por Cristo, se verdadeiramente deixa-se despojar por Ele do homem velho para caminhar em uma vida nova, mesmo permanecendo pecador - porque todos o somos - não pode ser corrupto: a justificação de Jesus nos salva da corrupção – somos pecadores, mas não corruptos -, não pode viver com a morte na alma e muito menos ser causa de morte”.

 

Falsos cristãos

O Papa então, diz que “deve dizer uma coisa triste e dolorosa”:

“Existem cristãos fingidos, aqueles que dizem “Jesus ressuscitou”, “eu fui justificado por Jesus”, estou na vida nova, mas vivo uma vida corrupta. E estes falsos cristãos acabarão mal. O cristão – repito, é pecador – todos o somos, eu sou. O corrupto finge ser uma pessoa honrada, mas no final, no seu coração existe a podridão. Jesus nos dá uma vida nova. O cristão não pode viver com a morte na alma e nem ser causa de morte.”

Pensemos – para não ir muito longe – pensemos em casa, pensemos nos assim chamados “cristãos mafiosos”. Mas eles, de cristão, não têm nada. Dizem-se cristãos, mas levam a morte na alma, e aos outros. Rezemos por eles, para que o Senhor toque as suas almas”.

 

Lavar os olhos das crianças

O Papa recorda que em muitos países, no dia de Páscoa, quando tocam os sinos, as mães, as avós, lavam os olhos das crianças com água, com a água da vida, em um sinal para que possam ver as coisas de Jesus, as coisas novas.

“Deixemo-nos nesta Páscoa – foi o convite de Francisco – nos lavar a alma, nos lavar os olhos da alma, para ver as coisas belas, e fazer  coisas belas. E isto é maravilhoso! Esta é justamente a Ressurreição de Jesus após a sua morte, que foi o preço para salvar todos nós”.

 

Presença da Virgem Maria

O Papa convida a nos dispormos a viver bem este Tríduo Santo já iminente  “para estar sempre mais profundamente inseridos no mistério de Cristo, morto e ressuscitado por nós” e pede que a Virgem Maria nos acompanhe neste itinerário espiritual:

Ela, “que seguiu Jesus na sua paixão, ela estava lá, olhava, sofria, esteve presente e unida a Ele aos pés da cruz, mas não se envergonhava do filho. Uma mãe nunca se envergonha do filho. Estava lá, e recebeu em seu coração de mãe a imensa alegria da ressurreição. Que ela nos obtenha a graça de estarmos interiormente envolvidos pelas celebrações dos próximos dias, para que o nosso coração e a nossa vida sejam realmente transformados por elas”.

O Santo Padre conclui, desejando a todos “os mais cordiais votos de uma feliz e santa Páscoa, juntamente com as comunidades de vocês e os seus queridos”.

E dou um conselho a vocês, disse o Santo Padre concluir: ”Na manhã de Páscoa, levem as crianças até a torneira e lavem os olhos delas. Será um sinal de como ver Jesus Ressuscitado”.

 
Vatican News

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A Semana Santa na Arquidiocese

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23 de março de 2018

O jornal O SÃO PAULO apresenta a programação da Semana Santa e do Tríduo Pascal na Catedral da Sé e em algumas paróquias e comunidades da Arquidiocese de São Paulo, com destaque para as celebrações presididas pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano; pelo Cardeal Cláudio Hummes, Arcebispo Emérito de São Paulo; e pelos bispos auxiliares. Este ano, a Missa do Crisma, celebrada na manhã da Quinta-feira Santa, na qual serão abençoados os óleos dos sacramentos do Batismo e da Unção dos Enfermos, e consagrado o óleo do Crisma, reunirá todo o clero arquidiocesano na Catedral para a renovação das promessas sacerdotais. 

Além das celebrações litúrgicas, trazemos outras atividades realizadas pela cidade para marcar a recordação da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, como procissões e encenações. 

 (Apuração: Fernando Geronazzo)

 

PROGRAMAÇÃO DA SEMANA SANTA NA CATEDRAL DA SÉ

 

 

ARCEBISPO EMÉRITO E BISPOS AUXILIARES

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