Cardeal Scherer: ‘Nós somos a Igreja Católica Apostólica’

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25 de abril de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo presidiu a missa na manhã deste sábado, 25, festa litúrgica de São Marcos Evangelista. A Eucaristia celebrada na capela de sua residência foi transmitida pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

EVANGELISTA

Na homilia, Dom Odilo explicou que embora São Marcos não tenha sido um dos 12 apóstolos, fui muito próximo deles, tanto que São Paulo e São Pedro manifestam sua estima por ele em suas cartas.

Primo de Barnabé, São Marcos acompanhou o Apóstolo São Paulo em sua primeira viagem e depois o seguiu até Roma. Foi discípulo de São Pedro e foi a partir de sua pregação que escreveu o Evangelho. Também é atribuída a ele a fundação da Igreja de Alexandria.

“Celebrando a festa do evangelista, lembramos de algo fundamental: Nós somos a Igreja Católica Apostólica. Ela se edifica sobre o fundamento dos apóstolos, por isso, não se inventa ou se reinventa a cada instante. A Igreja se renova, porém a sua fé é a mesma em qualquer parte do mundo”, ressaltou o Arcebispo.

ÚNICO FUNDADOR

Recordando uma das primeiras descrições da Igreja relatada no livro dos Atos dos Apóstolos, Dom Odilo reforçou que a comunidade dos cristãos “perseverava na doutrina dos apóstolos, nas orações e na fração do pão”.

Mantenhamos unidos na nossa fé. Não vamos atrás de qualquer pregador ou fundador de igrejas. Temos um único fundador que é Jesus Cristo, todos os outros somos suas testemunhas e servidores.

ROMARIA ARQUIDIOCESANA

No fim da missa, Dom Odilo reforçou seu convite para a realização da 119º Romaria da Arquidiocese de São Paulo a Aparecida no dia 3 de maio.

Este ano, devido às medidas de isolamento social para conter o avanço da pandemia de COVID-19, a romaria não contará com a presença dos fiéis. Apenas irão o Arcebispo e os bispos auxiliares, acompanhados de alguns padres, que celebrarão uma missa no Santuário Nacional às 12h, transmitida pela TV Aparecida, rádio 9 de Julho e mídias sociais da Arquidiocese.

O Cardeal motivou todo o povo estar em comunhão com esse momento de fé e devoção, acompanhando a celebração de suas casas, reunidos em família.

ROSÁRIO EM FAMÍLIA

Em carta enviada a toda a Arquidiocese no dia 21, Dom Odilo pediu que haja uma preparação para a romaria, por meio da oração do Rosário e da Ladainha de Nossa Senhora, em família, nos dias que antecedem o evento: 29 e 30 de abril e 1º de maio.

“Colocaremos nas mãos e no coração de Nossa Senhora Aparecida as nossas paróquias e comunidades, as famílias e cada pessoa. Rezaremos especialmente pelos pobres e os doentes e por aqueles que cuidam deles. Pediremos a Nossa Senhora, ‘Auxílio dos Cristãos’ e ‘Saúde dos Enfermos’, que olhe por todos com carinho maternal”, afirmou o Cardeal, na carta.

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‘A verdadeira fé consiste em crer em Jesus Cristo, Filho do Deus vivo’

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23 de abril de 2020

Na missa desta quinta-feira, 23, na capela de sua residência, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, destacou novamente que o centro da fé cristã é reconhecer Jesus Cristo como verdadeiro Filho de Deus, enviado pelo Pai para salvar a humanidade.   

A liturgia da segunda semana da Páscoa continua relatando o testemunhos dos apóstolos sobre o Ressuscitado (At 5,27-33). Eles haviam sido proibidos de ensinar em nome de Jesus e, quando interrogados pelo sumo sacerdote no Sinédrio, Pedro respondeu: “É preciso obedecer a Deus, antes que aos homens”.

“Eles falam da ressurreição de Jesus com muita firmeza, tanto assim que as autoridades não sabem o que dizer e querem matá-los”, explicou o Cardeal, ressaltando que essa perseguição dispersou os apóstolos para várias regiões, o que também fez deles missionários, espalhando a fé cristã por toda parte.

“Vemos como, por meio do Espírito Santo, a Palavra de Jesus na boca dos apóstolos continua viva, produzindo o efeito”, acrescentou o Cardeal. 

AQUELE QUE VEM DO CÉU

Já o trecho do Evangelho do Dia (Jo 3,31-36) ainda relata o diálogo de Jesus com Nicodemos. “É uma longa catequese não apenas para Nicodemos. É também para nós”, salientou o Arcebispo, ao destacar que Jesus novamente reforça a verdade de que ele vem de Deus.

“Aquele que vem do céu está acima de todos. Dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu testemunho”, disse Jesus.

“Jesus está unido a Deus Pai, que o enviou ao mundo para falar a palavra da verdade. Quem o aceita, aceita Deus, aceita a vida, aceita a salvação. Quem não aceita Jesus, a Palavra de Deus, coloca-se contra a vida”, enfatizou Dom Odilo.

Nesse sentido, o Cardeal reforçou a importância de todos os cristãos se darem conta de que a verdadeira fé consiste em crer em Jesus Cristo, Filho do Deus vivo.  “Este é o centro da nossa fé católica... O reconhecimento de Deus por meio de Jesus Cristo, na graça e na ação do Espírito Santo”, sublinhou.

COMUNHÃO COM A PARÓQUIA

Antes da bênção final, Dom Odilo se dirigiu aos fiéis impedidos de participarem dos sacramentos devido à quarentena para evitar a disseminação do novo coronavírus. 

“Continuemos a viver este tempo em que estamos limitados a ter que ficar em casa, a renunciar a muitas de nossas atividades, também na Igreja. Por enquanto, ainda estão suspensas as celebrações com a participação do povo”, afirmou o Arcebispo, reiterando que os padres continuam a celebrar a Eucaristia em favor do povo e orientou os fiéis a procurarem acompanhar essas celebrações, por meio das plataformas digitais, mantendo-se unidos às suas comunidades paroquiais. 

O Cardeal recomendou, ainda, que as pessoas “olhem com carinho” para as necessidades de suas paróquias. “A Paróquia também tem contas a pagar e precisa contar com os paroquianos para a sua sustentação... Sabemos das dificuldades gerais que existem, mas, compartilhando, não vai faltar para ninguém”, completou.

Desde o início das medidas de isolamento social para conter o avanço da pandemia de COVID-19 e a suspensão das celebrações religiosas com a presença de fiéis nas igrejas, as missas presididas pelo Cardeal Scherer em sua residência são transmitidas todos os dias, às 7h, pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

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‘Nossa pobreza é enriquecida com a grandeza de Deus’

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22 de abril de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa na capela de sua residência, na manhã desta quarta-feira, 22, transmitida pelo rádio e pelas mídias digitais.

Na homilia, refletindo sobre o Evangelho do dia (Jo 3,16-21), que continua o relato do diálogo entre Jesus e Nicodemos, Dom Odilo ressaltou a afirmação de Jesus considerada o cerne de todo o Evangelho: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”.

“Deus, no seu imenso amor, na sua imensa misericórdia, enviou seu Filho ao mundo. Jesus veio ao mundo, assumiu a nossa condição, fez a sua habitação no meio de nós por amor”, enfatizou o Cardeal.

O Arcebispo afirmou, ainda, que, em uma cultura como atual, na qual todos desejam obter uma vantagem sobre as coisas, a única vantagem de Deus é ver o seu amor estendido e torna-lo conhecido ao maior número de pessoas em benefício dessas mesmas pessoas. “Nós temos tudo a ganhar com o amor que Deus nos manifestou em Cristo Jesus”, acrescentou.

Enfatizando o mistério da encarnação de Jesus, celebrado no Natal, o Arcebispo reitera: “Nossa pobreza é enriquecida com a sua grandeza, com a sua divindade”, sublinhou.

LUZ DE DEUS

Nesse trecho do Evangelho, Jesus também revela a Nicodemos que é a luz que veio ao mundo. “Jesus veio trazer ao mundo a luz para que todos possam ver, sair das trevas e caminhar na luz de Deus”, afirmou Dom Odilo, recordando que a luz é um dos símbolos do Batismo, quando a pessoa batizada recebe a vela acessa na chama da círio pascal.

“Todos os que são batizados participa da luz de Cristo ressuscitado, para também serem iluminados na sua vida, serem filhos da luz, saírem das trevas, viverem segundo a verdade de Deus”.

SAUDADE DA EUCARISTIA

No fim da missa, Dom Odilo se dirigiu a todas as pessoas que neste momento estão impossibilitadas de participar dos sacramentos, sobretudo da Eucaristia. “Há muitas pessoas com saudades da igreja, com vontade de voltar a receber a comunhão. Isso é muito bom, é verdadeiro”, afirmou.  

O Arcebispo ressaltou que Eucaristia é o dom preciso de Jesus deixou à Igreja. “Por meio deste sacramento, Jesus entrega sua vida continuamente por nós. Enquanto não podemos fazer, unamo-nos a ele, renovando a nossa fé e a nossa adesão a ele”, concluiu.   

Desde o início das medidas de isolamento social para conter o avanço da pandemia de COVID-19 e a suspensão das celebrações religiosas com a presença de fiéis nas igrejas, as missas presididas pelo Cardeal Scherer em sua residência são transmitidas todos os dias, às 7h, pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

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‘Deus não deixa ninguém para trás’

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21 de abril de 2020

Mesmo depois de os discípulos O terem abandonado em seus últimos dias, Jesus voltou e os encontrou. Na missa do Domingo da Divina Misericórdia, no dia 19, o Papa Francisco refletiu sobre as passagens bíblicas que contam os primeiros dias após a Ressurreição. Mesmo Tomé, o apóstolo inicialmente incrédulo, foi capaz de acreditar em Jesus ressuscitado diante de si e confessar: “Meu Senhor e meu Deus”.

Também nós, disse o Papa, somos acompanhados por Deus e não podemos deixar os mais fracos para trás. “Somos todos frágeis, todos preciosos”, declarou o Santo Padre. “Nesta provação que estamos atravessando, também nós, como Tomé, com nossos temores e dúvidas, nos encontramos frágeis”, afirmou, referindo-se à atual pandemia de COVID-19. “O Senhor, no entanto, o esperou. A misericórdia não abandona quem ficou para trás.”

Contra o ‘vírus do egoísmo’

Nas palavras de Francisco, mesmo na possibilidade de se retomar a vida normal lentamente após a pandemia do novo coronavírus, é necessário garantir que ninguém tenha ficado para trás, abandonado no caminho.

Ele alertou: “O risco é que nos atinja um vírus ainda pior, aquele do egoísmo indiferente. Ele se transmite a partir da ideia de que a vida melhora se está melhor para mim, que tudo vai ficar bem, se ficar bem para mim. Parte-se daqui e chega-se a selecionar as pessoas, a descartar os pobres, a imolar quem está atrás no altar do progresso”.

O Pontífice pediu que toda a comunidade humana trabalhe para dissolver as desigualdades e acabe com “a injustiça que mina pela raiz a saúde da humanidade inteira”. 

Apresentar fraquezas a Deus

Assim como os primeiros cristãos, que vivenciaram a presença de Jesus ressuscitado, também nós temos que apresentar a Ele as nossas “misérias”, as fraquezas de cada um, pois é Ele o caminho.

“O amor desarmado e desarmante de Jesus ressuscita o coração do discípulo”, disse. “Usemos a misericórdia com quem é mais fraco: só assim reconstruiremos um mundo novo.”

Após um mês fechado no Vaticano e sem eventos públicos, o Papa saiu dos limites do pequeno país e caminhou até a Igreja do Espírito Santo, em Sassia, que fica a alguns quarteirões de distância, onde celebrou a missa.

A basílica é dedicada à devoção da Divina Misericórdia, que se baseia nos escritos de Santa Faustina e a qual foi instituída na liturgia pelo Papa João Paulo II, em abril de 2000.

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‘A mensagem da Páscoa deve renovar a nossa pertença à igreja, testemunha da ressurreição’

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18 de abril de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa na manhã desde sábado da Oitava da Páscoa na capela de sua residência, transmitida pelo rádio e pela internet.

A liturgia do dia apresenta um trecho do Evangelho de São Marcos (Mc 16,9-15) que traz um resumo dos acontecimentos após a ressurreição de Jesus e o quanto foi difícil inicialmente para os apóstolos acreditarem que o Senhor realmente havia ressuscitado.

FÉ NA RESSUREIÇÃO

Na homilia, Dom Odilo observou que, mesmo diante da incredulidade dos apóstolos, Jesus os confirmou e os enviou em missão.

O Cardeal também ressaltou que, ainda hoje, há católicos que têm duvidas sobre a ressurreição do Senhor, como mostrou o levantamento de campo da realidade religiosa da cidade, realizado pelo sínodo arquidiocesano.

Este Evangelho, acrescentou o Arcebispo, “mostra a fragilidade de quem era encarregado do anuncio do Evangelho” e, também o quanto “a lógica de Deus realmente é desconcertante”, pois Ele escolheu homens simples que por si sós não teriam a força para anunciar o Evangelho, “mas o Senhor estava com eles”.

TESTEMUNHO DOS APÓSTOLOS

“O fato da ressurreição era tão forte que os apóstolos não podiam negar, mesmo sendo homens frágeis e simples”, afirmou Dom Odilo, recordando que, mesmo quando ameaçados pela autoridades judaicas por anunciarem o Evangelho, eles afirmavam: “Não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos”.

O Arcebispo enfatizou que, para quem continua a achar que a ressurreição de Jesus é uma invenção, “temos o testemunho dos apóstolo, dos santos e da Igreja ao longo desses dois mil anos”. “A mensagem da Páscoa deve renovar a nossa pertença à igreja, testemunha da ressurreição”, afirmou.

VESTE BATISMAL

Na conclusão da missa, Dom Odilo recordou que, segundo uma tradição da Igreja primitiva, os novos cristãos permaneciam com a veste branca recebida no Batismo na Vigília Pascal durante toda a semana da Páscoa. No segundo domingo da Páscoa, os neófitos depunham essas vestes e começavam a viver no dia a dia.  

“A veste branca fala da dignidade dos filhos de Deus”, sublinhou o Cardeal, mencionando a oração da liturgia do dia, que pede: “Dai aos que renasceram pelo Batismo a veste da imortalidade”.

“Que ao longo de toda a vida não percamos esta dignidade e que por ela possamos ser acolhidos na eternidade”, completou o Arcebispo.

DIA DO SENHOR

O Arcebispo convidou o povo para celebrar o Dia do Senhor em suas casas, em família, acompanhando as celebrações transmitidas por suas paróquias e comunidades, seguindo as recomendações das autoridades para conter a pandemia de COVID-19.

Neste Domingo da Misericórdia, dia 19, o Cardeal presidirá a missa às 11h, transmitida pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

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‘Jesus é o centro da nossa pregação’

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17 de abril de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa desta sexta-feira da Oitava da Páscoa, 17, na capela de sua residência, transmitida pelas mídias digitais.

Na homilia, Dom Odilo refletiu sobre as leituras do dia, que continuam relatando o testemunho dos apóstolos sobre a ressureição e seu encontro com o Ressuscitado.

A PREGAÇÃO DE PEDRO

A primeira leitura (At 4,1-12), mostra a pregação de Pedro ao povo, afirmando que aquele Jesus que que foi rejeitado é o Cristo, o ungido de Deus. “Ao ouvi-lo, muitos se arrependeram e pediram o Batismo e, assim, a comunidade cristã ia crescendo pouco a pouco”, destacou o Cardeal.

O Arcebispo ressaltou, ainda, que a Igreja continua a fazer hoje o que Pedro fez: anunciar o Ressuscitado. “A Igreja não prega uma doutrina, prega Jesus e, naturalmente, o que ele ensinou e deixou como exemplo, como caminho a seguir, como exemplo e vida a imitar”, afirmou, reforçando:  “Jesus é o centro da nossa pregação. Não são histórias que inventamos. Os apóstolos foram presos e julgados por essa pregação e, no tribunal, reforçaram esse testemunho”.

OUVIR A PALAVRA

Já o Evangelho do dia (Jo 21,1-14) narra um novo encontro do Ressuscitado com os apóstolos, dessa vez, à beira do mar de Tiberíades, enquanto pescavam. Ao responderem que não haviam conseguido pescar nada durante a noite, Jesus lhes diz: “Lançai a rede à direita da barca, e achareis”. Depois disso, conseguiram pescar uma grande quantidade de peixes.

Então, São João o reconhece e diz: ‘É o Senhor!”. “Os apóstolos os reconheceram ao ouvir sua palavra. Também hoje, lendo o Evangelho com fé, reconhecemos a voz de Jesus e a termos um encontro com sua Palavra”, destacou Dom Odilo.

DOMINGO DA MISERICÓRDIA

Na conclusão da missa, o Cardeal recordou que no próximo dia 19, a Igreja celebra Domingo da Misericórdia, quando Jesus entrega aos apóstolos o poder do perdão dos pecados, para levarem a misericórdia de Deus a todas as pessoas.

Nesse sentido, o Arcebispo exortou que este tempo de pandemia  e isolamento social é propício para a prática das obras de misericórdia, por meio do cuidado dos doentes e das pessoas que sofrem, como também pela oração constantes pelos vivos e falecidos.

Dom Odilo também recomendou que as pessoas continuam a seguir as medidas preventivas para evitar o contagio da COVID-19, permanecendo em suas casas e acompanhando as celebrações pelas mídias.

EM COMUNHÃO COM O POVO

O Cardeal reconheceu que para muitos fiéis é um grande sacrifício não poder participar presencialmente da missa, sem poder receber a Eucaristia. “Mas, assim que passar essa pandemia e que houver menos risco, poderemos, sim, voltar às nossas igrejas e celebrar com a participação do povo”, afirmou.

Dom Odilo afirmou que, para ele e para os demais sacerdotes também é estranho celebrar missa sem poder ver o povo, olhando apenas para uma câmera. Contudo, ele recordou que toda Eucaristia é sempre celebrada em favor do povo e em seu nome, sendo que quem preside, em primeiro lugar, é o próprio Cristo, sumo e eterno sacerdote. “Pela fé, estamos todos unidos a Ele”, concluiu.

As missas presididas pelo Cardeal Scherer em sua residência são transmitidas todos os dias, às 7h, pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

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‘Como os apóstolos, nós somos testemunhas da ressurreição’

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16 de abril de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, deu continuidade à reflexão sobre os testemunhos da ressurreição de Jesus na missa desta quinta-feira da Oitava da Páscoa, 16, na capela de sua residência, transmitida pelas mídias digitais.

O Evangelho do dia (Lc 24,35-48) apresenta o testemunho dos discípulos de Emaús aos apóstolos sobre o encontro que tiveram com o Ressuscitado pelo caminho. De repente, o próprio Jesus se manifestou a todos eles.

VIRAM E CRERAM

Na homilia, Dom Odilo destacou que o medo e o susto tomaram os discípulos ao verem Jesus e explicou que esse sentimento é comum com todos aqueles que se encontram com o divino. Jesus, no entanto, os tranquiliza, dizendo” “Sou eu mesmo”, lhes dá a paz, tira-lhes as dúvidas, mostrando suas mãos e os pés traspassados. “Os apóstolos veem e creem”, afirmou o Cardeal. 

“Dessa forma, Jesus procura acalmar o ânimo de seus apóstolos ainda assustados e diz uma palavra fundamental: “Vós sereis testemunhas de tudo isso”.

O Livro dos Atos dos Apóstolos mostra que os seguidores de Cristo, de fato, deram testemunho do Ressuscitado até a morte. Tanto que a primeira leitura da missa (At 3,11-26), mostra o discurso de Pedro à multidão, reafirmando que em Jesus se cumpriram as escrituras e que nele Deus realizou o que havia prometido aos profetas e patriarcas.

RENOVAR A FÉ

“Nós celebramos a Páscoa para fortalecer e renovar a fé e a alegria de cristãos. Como os apóstolos, nós somos testemunhas da ressurreição”, enfatizou o Cardeal, acrescentanto:

“Que o Senhor ressuscitado fortaleça a todos nós, dando-nos firmeza na fé, tão necessária para esses momento. Dar testemunho da fé segundo o Evangelho é o chamado de todos nós”.

RECOMENDAÇÕES

No fim da missa Dom Odilo novamente orientou os fiéis a seguirem as recomendações das autoridades sanitárias para evitar a disseminação do novo coronavírua e cuidarem das saúde uns dos outros.

Também recomendou que os católicos procurem se manter ligados às suas comunidades paroquiais e grupos eclesiais, por meio das plataformas digitais.

“Isso nos mantém unidos na pequena Igreja domestica, à paroquia e na universalidade da Igreja”, afirmou.

EM COMUNIDADE

“Somos cristãos católicos na comunidade de fé, não sozinhos e isolados” reiterou o Arcebispo, enfatizando que a vida cristã deve ser cultivada na comunidade de fé.

Nesse sentido, o Cardeal pediu que as pessoas continuem a apoiar o trabalho de caridade das comunidades com os mais pobres, doentes e pessoas aflitas elas consequências da pandemia e recomendou, ainda, que continuem a ajudar com a sustento das paróquias, por meio do dízimo e das ofertas, para que elas possam arcar com suas despesas fixas de manutenção e com funcionários, para continuarem realizando sua missão evangelizadora.

Desde o início das medidas de isolamento social para conter o avanço da pandemia de COVID-19 e a suspensão das celebrações religiosas com a presença de fiéis nas igrejas, as missas presididas pelo Cardeal Scherer em sua residência são transmitidas todos os dias, às 7h, pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

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‘Que a fé pascal nos renove no ardor missionário e na caridade’

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15 de abril de 2020

Na missa desta quarta-feira da Oitava da Páscoa, 15, na capela de sua residência, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, ressaltou que a Palavra e os Sacramentos são os meios pelos quais Jesus Ressuscitado se faz presente e atua no meio da humanidade.

O MILAGRE DE PEDRO

Na homilia, Dom Odilo refletiu sobre a primeira leitura (At 3,1-10), que narra o milagre de Pedro que curou o paralítico na porta do templo. Ao se aproximar daquele homem que pedia esmolas, o Apóstolo lhe disse: “Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho te dou” e, então, o curou.

O Cardeal explicou que Pedro fez aquilo que Jesus mandou que os apóstolos fizessem. “São sinais, portanto, de que Jesus continuava atuar por meio dos apóstolos, na Igreja que, assim, nascia e, em nome dele, anunciava o Evangelho, chamava à conversão e realizava os sinais dos sacramentos”, enfatizou.

“Essa mesma atuação de Jesus continua na Igreja hoje. Mesmo que não aconteçam todos esses sinais e milagres. Hoje os sinais são dos sacramentos por meio do qual o Ressuscitado continua presente a agindo”, continuou o Arcebispo.

DISCÍPULOS DE EMAÚS

Comentando o Evangelho (Lc 24,13-35) que trata do encontro dos discípulos de Emaús com o Ressuscitado, Dom Odilo explicou que, ao se aproximar dos dois que caminhavam desolados, Jesus começou a lhes explicar a escrituras e seus corações se reaqueceram na fé. “É Jesus presente na Igreja por meio de sua Palavra”, afirmou.

O evangelista conta que, em seguida, sentado à mesa, Jesus tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e o distribuiu. Os olhos dos discípulos se abriram eles o recomecem ao partir o pão. “Esse é gesto essencial da Eucaristia instituída pelo Senhor na última ceia. A Palavra e os sacramentos são sinais de Jesus vivo e presente no meio de nós”, destacou o Cardeal.

Por fim, Dom Odilo sublinhou que após o reconhecerem, os discípulos voltaram para Jerusalém para contar os demais discípulo que viram o Ressuscitado. Saíram em missão. “Que a fé pascal nos renove no ardor missionário e na caridade”.

Desde o início das medidas de isolamento social para conter o avanço da pandemia de COVID-19 e a suspensão das celebrações religiosas com a presença de fiéis nas igrejas, as missas presididas pelo Cardeal Scherer em sua residência são transmitidas todos os dias, às 7h, pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

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‘Que o sepulcro escancarado de Cristo também abra nossos sepulcros’

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14 de abril de 2020

“Cristo ressuscitado irrompe em nossas pobres vidas e as ilumina com uma nova luz. E agora, em um momento em que sentimos um forte desejo de clamar a necessidade comum de salvação, somos impedidos de fazê-lo. E, assim, percebemos o quanto sentimos falta de celebrar o amor que conquista toda morte. Como essa solidão pesa sobre nós, como é cansativo ser guiado por ele nesses caminhos desconhecidos!”, afirmou o Administrador Apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, Dom Pierbattista Pizzaballa, na celebração do Domingo de Páscoa, dia 12, na Basílica do Santo Sepulcro, na Cidade Santa.

A missa foi celebrada em frente à Edícula do Santo Sepulcro, na presença dos frades da comunidade do Santo Sepulcro. Após a Eucaristia, a alegria da Páscoa foi proclamada em quatro lugares diferentes ao redor do sepulcro vazio, de acordo com os quatro pontos cardeais. Esse rito simboliza como o anúncio da ressurreição atinge todos os cantos da terra. Em seguida, a Palavra de Deus foi levada em procissão solene ao redor da edícula e da Pedra da Unção.

LIMITAÇÕES DA PANDEMIA

Inspirando-se nas limitações decorrentes da pandemia, o Arcebispo disse: “Trancado em nossas casas e limitados na nossa mobilidade, entendemos a importância do que agora nos é impedido: liberdade de movimento, escola, trabalho, participação na vida em grupo, tempo com amigos e assim por diante. É verdade: muitas vezes acontece que aprendemos a apreciar o que temos quando o perdemos. E foi por essas possibilidades que estamos perdendo agora”.

No entanto, Pizzaballa acrescentou que há outra ausência não menos importante que é possível conhecer atualmente: a possibilidade de celebrar a salvação. “Não poder  celebrar a salvação durante este Santo Tríduo, neste contexto de medo e incerteza, tornou-nos ainda mais conscientes de nossa fragilidade e nossas limitações”, destacou.

“Atingidos no que nos é mais caro, descobrimos que nossa engenhosidade humana, por mais aguda e desenvolvida que seja, não nos garante a salvação”, sublinhou o Administrador Apóstólico.

SALVAÇÃO

O Arcebispo continuou a homilia explicando que, surgem novamente “as grandes questões sobre a vida e a morte” e sobre a existência humana. “Entendemos que a palavra salvação não está apenas ligada à capacidade da ciência de resolver os grandes problemas do momento (algo pelo qual todos estamos ansiosos e agradecidos), mas está ligada principalmente ao mistério que habita a natureza humana e que não podemos possuir completamente”.

“O que celebramos hoje não é apenas o triunfo da vida sobre a morte, mas o amor de Deus, que vem não apenas para morrer conosco, para morrer por nós, mas também para nos unir a ele, além da morte”, salientou Pizzaballa.

VIDA NOVA EM CRISTO

O Administrador Apostólico enfatizou que Deus Pai não abandona o homem Jesus na morte, mas o salva, lhe dá uma vida que é para sempre e também chama a cada ser humano a essa mesma vida.

“Realmente, há algo mais forte que a morte. A fé não apaga o caráter dramático da existência, mas abre nossos olhos e corações para uma perspectiva de salvação, de vida eterna, de alegria. É o que celebramos no dia da Páscoa e é o que queremos comemorar com a vida. Portanto, que o sepulcro escancarado de Cristo também abra nossos sepulcros ”, concluiu.

TRÍDUO DIFERENTE

Este ano, as celebrações do Tríduo Pascal em Jesuralém, com em boa parte do mundo, aconteceram sem a presença do povo.

Como já acontece há séculos, o anúncio da ressurreição de Jesus partiu de Jerusalém para todo o mundo. O Santo Sepulcro foi o primeiro lugar no mundo onde a Vigília Pascal foi celebrada.

Por tradição pré-conciliar, mantida pelo Status Quo, o Administrador Apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém preside a liturgia a vigília ainda na manhã do Sábado Santo, 11.

Também na Basílica do Santo Sepulcro Dom Pierbattista presidiu a Missa da Ceia do Senhor, na Quinta-feira Santa, 9. Porém, devido a emergência sanitária, o rito do lava-pés foi omitido.

PAIXÃO DO SENHOR

Na Sexta-feira Santa, 10 aconteceu a ação litúrgica da Paixão do Senhor. Em frente à pedra do Gólgota, na qual a cruz de Cristo foi fincada, o Administrador Apostólico expôs o relicário da Cruz por um momento de adoração. Esse ritual remonta ao século IV, quando, neste local, o povo passava adorando Santo Lenho, enquanto as passagens da Sagrada Escritura sobre a Paixão do Senhor eram proclamadas por três horas.

O caminho de Jesus ao Calvário também foi refeito com a tradicional Via-Sacra ao longo da Via Dolorosa, liderada pelo Custódio da Terra Santa, Frei Francesco Patton, acompanhado por três frades ao longo de uma via deserta e blindada, percorrida quase apenas pela polícia e por jornalistas.

CRUCIFICADO

À noite, foi o momento da procissão fúnebre de Cristo, presidida pelo Custódio da Terra Santa. Algumas crônicas falam dessa tradição já existia no século XV, mas a forma atual remonta 250 anos atrás.

No Calvário, dois diáconos retiram da imagem do crucificado a cora de espinhos e os cravos colocados nas suas mãos e pés. Então, o corpo de Jesus, deitado em um lençol, é levado à Pedra da Unção, onde o Custódio da Terra Santa realiza os ritos funerários descritos pelos Evangelhos: ungiu com mirra, perfume, ervas aromáticas e incenso, assim como José de Arimatéia e Nicodemos fizeram com Jesus.

Ao longo das estações, o Evangelho é proclamado em várias línguas, para representar a universalidade do mistério da redenção, por um lado, e a universalidade da adoração ao Cristo crucificado. A celebração termina com a deposição do corpo de Jesus no sepulcro, aguardando ressurreição no dia da Páscoa.

(Com informações da Agência SIR e Custódia da Terra Santa)

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‘A ressurreição de Jesus é uma verdade do céu’

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14 de abril de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa desta terça-feira da Oitava da Páscoa,  14, na capela de sua residência, transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

Dom Odilo ofereceu a Eucaristia por todos os doentes e recordou, de modo particular, os padres que estão com COVID-19. Segundo ele, pelo menos cinco sacerdotes da Arquidiocese estão com a doença. 

GRAÇA DO BATISMO

Na homilia, Dom Odilo explicou que a liturgia desta semana da Páscoa é marcada pelo testemunhos do encontro com o Ressuscitado e pelo Batismo.

“No Batismo, morremos ao homem velho e ressurgimos para a nova criatura em Cristo. E por isso mesmo, já vivemos a graça da participação dos frutos da ressureição, da remissão dos pecados e da filiação divina”,  afirmou o Cardeal, que acrescentou:

“Ao longo desta semana, pedimos a Deus que valorizemos a graça do nosso Batismo. Pedimos que Deus aumente em nós a fé, a esperança e a caridade”.  

O Arcebispo mencionou o pedido feito na oração do dia: “acompanhais o vosso povo com vossos dons celestes, para que, tendo conseguido a verdadeira liberdade, possa um dia alegrar-se no céu, como exulta agora na terra”.

ENCONTRO COM O RESSUSCITADO

Ao comentar o Evangelho do dia (Jo 20,11-18), que narra o encontro de Maria Madalena com o Ressuscitado e seu testemunho aos apóstolos: “Eu vi o Senhor”, o Cardeal destacou que, ao se aproximar do túmulo vazio, Maria encontrou dois anjos que, como explicou Dom Odilo, comprovam que “a ressurreição de Jesus é uma verdade do céu, é um dom de Deus, algo que Ele realizou”.

Ao se dirigir a discípula, Jesus fez uma afirmação, que Dom Odilo considera reveladora:  “Ainda não subi para meu Deus e vosso Deus, meu Pai e vosso Pai”.

“Jesus está diante de Deus Pais de uma maneira única. Com Jesus, somos feitos filhos de Deus e também estamos diante o Pai. Ele nos introduz na casa do Pai. Esta graça nos é comunicada pelo Batismo”, ressaltou.

CUIDAR UNS DOS OUTROS

Antes da bênção final da missa, o Arcebispo renovou sua recomendação para que todos permaneçam em suas casas, como têm orientado as autoridades sanitária para evitar a disseminação do novo coronavírus. Dom Odilo mais uma vez dirigiu suas preses aos doentes e a todos aqueles que estão sofrendo direta ou indiretamente com a pandemia.

“Procurem espalhar a alegria e a esperança. Vamos superar esta pandemia com o mínimo possível de sofrimento e de vítimas. Cuidemos bem uns dos outros. A saúde é o dom mais precioso que temos”, exortou o Cardeal.  

EM COMUNHÃO COM A PARÓQUIA

Como tem feito desde o início do isolamento social, Dom Odilo pediu aos fiéis que busquem estar unidos espiritualmente às suas comunidades eclesiais. “Continuem ligados a sua paróquia, essa é a sua Igreja, a sua comunidade concreta, onde você está inserido na grande Igreja”, destacou.

Por fim, o Cardeal pediu a todo povo que não se esqueça de ajudar os pobres e as muitas organizações da Igreja que realizam esse serviço para com os mais necessitados.  “Ajudem, apoiem de todas as formas que puderem, para que essas obras continuem a realizar seu trabalho também em nosso nome”, afirmou.

As missas presididas por Dom Odilo são transmitidas diariamente, às 7h, pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

ASSISTA AO VÍDEO DA MISSA DESTA TERÇA-FEIRA: 

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