Holambra tem o maior festival de Natal do interior paulista

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05 de dezembro de 2019

Segue até 29 de dezembro, em Holambra (SP), a 140km da capital paulista, a Noeland, a maior festa de Natal do interior paulista, realizada no Parque da Expoflora, sempre de sexta-feira a domingo, das 16h à 23h59.

Trata-se da terceira edição do evento, que neste ano traz algumas novidades: apresentações de grupos de dança pelo parque, coral nos janelões do sobrado holandês próximo aos restaurantes, um minissítio e um parque de diversões. Também serão expostas as plantas cultivadas pelos produtores locais e indicadas para as festas de fim de ano.

Também há uma especial ornamentação da Vila de Natal – com mais de 23 mil adereços – e a iluminação das mais de 300 árvores do Parque com lâmpadas de LED, feitas pela empresa Thematic, especializada em decoração natalina. Há três cenários temáticos: a Fábrica de Brinquedos, o Vilarejo e os Alpes, todos com atrações recreativas em meio à decoração. Também é possível acompanhar a chuva de flocos de neve e de bolhas de sabão e os principais personagens da Noeland.

Também na Noeland, os visitantes podem optar pelo Passeio Turístico a uma fazenda que produz árvores de Natal (tuias holandesas e stricktas) e flores diversas, onde estão instalados painéis interativos ao lado de canteiros coloridos para permitir selfies e fotos.

Outros detalhes podem ser obtido em www.noeland.com.br.

Paróquia Divino Espírito Santo

Quem for à cidade para o evento também pode participar das missas que acontecem na tradicional Paróquia Divino Espírito Santo, localizada em uma das principais vias da cidade, a Alameda Mauricio de Nassau, 688, próximo ao Moinho dos Povos Unidos, no centro da cidade.

Criada em setembro de 1966, a Paróquia pertencente à Diocese de Amparo tem missas em sua igreja matriz aos sábados, às 19h30, e aos domingos, às 10h e 19h.

(Com informações da Secretaria Estadual de Turismo)

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‘Vem, Senhor Jesus’

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04 de dezembro de 2019

No domingo, 1º de dezembro, a Igreja Católica inicia um novo ano litúrgico com o Tempo do Advento, período de preparação para a celebração do Natal do Senhor. Durante quatro semanas, os cristãos são inseridos na espera Daquele que veio para salvar a humanidade.
O Catecismo da Igreja Católica destaca que, ao celebrar a cada ano a liturgia do Advento, “a Igreja atualiza esta espera do Messias: comungando com a longa preparação da primeira vinda do Salvador, os fiéis renovam o ardente desejo de sua segunda vinda”. 
Nesse sentido, o Advento não é um momento de preparação para a festa do “aniversário” do nascimento de Jesus, mas é uma expectativa pela realização do mistério da salvação. 

MISTÉRIO 
Padre Helmo Cesar Faccioli, Assessor da Comissão de Liturgia da Arquidiocese de São Paulo, explica que esse tempo litúrgico celebra o “já” e o “ainda não”, da salvação, quando o presente e o futuro se entrelaçam. 
O Advento celebra as três misteriosas etapas da história da salvação. “A primeira é a antiga expectativa dos patriarcas, relacionada com a vinda do Messias, que se encerra com a encarnação, morte e ressurreição do Filho de Deus. A segunda etapa diz respeito ao presente da salvação em Cristo, realizada no mundo, mas ainda não complementada. Por fim, o futuro da salvação, que se revelará na transformação do mundo no fim dos tempos”, destaca o Sacerdote. 

COROA
O tempo litúrgico é rico de símbolos que ajudam o cristão a se aprofundar nessa espera. Um deles é a coroa do Advento, que consiste em quatro velas entrelaçadas por ramos no formato de uma coroa, que são acesas a cada domingo. 
“A coroa é um meio pedagógico e litúrgico da vivência das quatro semanas do Advento, também tem relação com o mistério da salvação e alcança os quatro pontos cardeais”, afirma Padre Helmo. 
As velas acesas a cada domingo simbolizam, ainda, a luz que ilumina as trevas com a aproximação da vinda do Salvador. Essa escuridão e expectativa são sinalizadas pela cor roxa usada nos paramentos dos ministros. 

PRESÉPIO 
É também deste período o símbolo que alcança de forma especial os lares católicos no Advento e no Natal: o presépio, representação artística da cena da natividade do Senhor. 
O primeiro presépio de que se tem notícia foi feito por São Francisco de Assis, em 1223, numa gruta, com o objetivo de facilitar a compreensão do povo sobre o sentido do Natal. No entanto, as tradições bizantinas do Oriente cristão já destacavam ícones que retratavam a cena da Natividade do Senhor na gruta de Belém. 
O termo vem do latim praesepe, que significa “estrebaria ou curral”. Geralmente, contém as imagens da Sagrada Família, cercada de animais, pastores, anjos e os reis magos. Contudo, é possível representar o presépio apenas com as imagens da Virgem Maria, São José e o Menino Jesus. 
O presépio costuma ser montado nas casas e igrejas no início do Advento e, geralmente, é desmontado após a celebração da Epifania do Senhor, que recorda a visita dos reis magos a Jesus. 

EM CASA
No ambiente familiar, o presépio tem um valor importante e pedagógico, sobretudo para inserir as crianças no mistério do Natal cristão. “É um sinal externo que nos conduz a uma realidade histórica e espiritual”, completou o Padre, frisando que o ato de rezar diante da cena do presépio ajuda o fiel a viver com mais profundidade a experiência da espera do Senhor.
Na casa de Vinícius e Karina de Andrade, em Brasília (DF), o Advento tem um significado especial para seus filhos, João Paulo, 3, e Maria, 2. No ano passado, a família separou um lugar no rack localizado em um espaço central da sala. Em seguida, o presépio foi montado uma parte a cada domingo. 
“Começamos pelos animais. Nós contamos quem já tinha chegado para receber o Menino Jesus que ia nascer. No outro domingo, chegam os outros personagens, até que, no dia do Natal, fazemos uma grande festa com a chegada do Menino Jesus. Música, velas, mesa muito bem arrumada etc.”, conta Karina. 

PEQUENOS SINAIS 
Quem visitava a família nesta época estranhava o pisca-pisca colocado em torno do presépio aceso durante o dia. Contudo, a mãe explicou que o fazia no horário em que as crianças estavam acordadas para que percebessem o destaque para o símbolo natalino. “As crianças pequenas precisam de sinais, de repetição”, acrescentou Karina.
Para João Paulo, que compreendia um pouco mais que a irmã, foi feito um calendário do Advento em forma de varal e, a cada dia, havia uma atividade voltada para a sua idade. “Cada vez que ele fazia a atividade do dia, nós colocávamos palha em uma cestinha. Eu explicava que era o bercinho do Menino Jesus que ia nascer, que tínhamos que deixar bem fofinho e arrumadinho para ele”, contou Karina, acrescentando que o filho gosta tanto do símbolo natalino que costuma pegar seus bonecos e animais de brinquedo para montar seu próprio presépio.

NOVENA DE NATAL 
Outra tradição antiga da Igreja é a celebração da novena de Natal, que faz alusão aos nove meses de gestação de Jesus no ventre da Virgem Maria. Liturgicamente, essa novena é celebrada de 16 a 24 de dezembro. Nesse período, recita-se no Ofício Divino as sete famosas antífonas da expectação da Mãe de Jesus, que, pelo fato de se iniciarem com a exclamação “Ó”, deram origem ao título mariano de Nossa Senhora do Ó. 
No Brasil, é popular o costume de se realizar a novena de Natal ao longo do Advento em grupos que se reúnem entre famílias, em condomínios, nas escolas, hospitais, asilos e até nos cárceres. Hoje, existem subsídios, como o elaborado anualmente pela Arquidiocese de São Paulo, para orientar a reflexão dos encontros, geralmente iluminando a realidade local com a mística desse tempo litúrgico. 
Padre Helmo ressaltou o valor pastoral e catequético dessas experiências familiares de vivência do Advento. Contudo, chamou a atenção para a importância do âmbito litúrgico e comunitário desse tempo da Igreja. “A liturgia não só contextualiza, como torna presente tal mistério salvífico”, afirmou.

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Papa aos funcionários do Vaticano: a alegria é sinal de santidade

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26 de dezembro de 2018

Ao final da manhã de 21 de dezembro, o Papa Francisco encontrou-se com funcionários da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano, com suas respectivas famílias, para as felicitações de Natal.

Falando sobre a Natividade de Jesus, celebrada no mundo inteiro, o Papa explicou: “O Natal é, por excelência, uma festa alegre, mas, muitas vezes, percebemos que as pessoas e, talvez, nós mesmos, estamos preocupados com tantas coisas que, no final, não há alegria, ou, se existir, seria muito superficial. Por quê?”

E o Papa respondeu a esta questão citando uma expressão do escritor francês, Léon Bloy: “Só há uma tristeza... a de não ser santos”. Logo, o contrário da tristeza é a alegria, que está ligada ao fato de ser santos. A mesma coisa acontece com a alegria do Natal.

Um olhar para o presépio

Francisco convidou todos a um olhar para o presépio: quem está feliz no presépio? E respondeu: “Quem está feliz no presépio são Nossa Senhora e São José. Eles ficam repletos de alegria ao olhar o Menino Jesus na manjedoura; ficam felizes porque, depois de tantas preocupações, aceitaram este dom de Deus, com muita fé e amor. Eles transbordam de santidade, de alegria”.

O Papa comentou que muitos podem pensar que isto é fácil, porque Maria e José são os pais de Jesus, mas, na verdade, não foi fácil para eles, pois não nasceram santos, mas se tornaram.

Depois, Francisco recordou também a grande alegria dos pastores. “Eles são santos porque, ao receberem o anúncio dos Anjos, foram imediatamente até à gruta e viram o sinal que a Estrela lhes havia indicado: uma Criança na manjedoura”.

Maravilhar-se com os dons de Deus

Logo, disse o Santo Padre, a santidade das pessoas no presépio está representada na sua capacidade de maravilhar-se diante dos dons de Deus, das suas “surpresas”. E, neste caso, o maior presente e a maior e nova surpresa é Jesus.

Olhando o presépio, destacou o Pontífice, vemos outros tantos personagens que vão adorar o recém-nascido, que representam as diversas classes da sociedade. O gesto deles é santificado pela presença do Menino Jesus, que veio entre nós.

Também há muitos santos e santas hoje em dia

Referindo-se ao mundo do trabalho dos numerosos funcionários da Santa Sé e do Vaticano, o Papa disse que também ali há santidade.

“Este já é meu sexto Natal como Bispo de Roma, e confesso que aqui conheci muitos santos e santas. Geralmente, são pessoas que trabalham no escondimento, com simplicidade e modéstia, mas são pessoas alegres, devido à sua serenidade interior que transmitem aos outros”.

Mas, de onde vem esta serenidade, perguntou o Pontífice? Provém sempre de Jesus, o Emanuel, Deus conosco. Ele é a fonte da nossa alegria, tanto pessoal, como familiar e no trabalho.

O Santo Padre concluiu seu pronunciamento fazendo votos de que todos sejam santos e felizes, com o próprio caráter, defeitos e até pecados. Por fim, exortou: “Queridos irmãos e irmãs, não tenhamos medo da santidade, pois ela é o caminho da alegria. Feliz Natal a todos!”.

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Natal no Arsenal da Esperança: Deus armou sua tenda entre nós

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05 de janeiro de 2019

Como acontece em todos os anos desde que tomou posse como Arcebispo de São Paulo, há 11 anos, o Cardeal Odilo Pedro Scherer presidiu, na terça-feira, 25, a missa do Natal de Nosso Senhor no Arsenal da Esperança, instituição localizada no Mooca, que atende diariamente 1.200 homens em situação de rua. Participaram da missa os acolhidos pela casa, voluntários e membros da Fraternidade da Esperança, que mantém a instituição. 

DEUS CONOSCO

Na homilia, Dom Odilo destacou que, no Natal todos se sentem a proximidade de Deus. “Nesta data, recordamos exatamente isso, que ele vem a nós, armou a sua tenda, veio estar no meio de nós. O Filho de Deus veio ao mundo para ficar no meio de nós. É isso que proclamamos na celebração do Natal”, afirmou.   

Dirigindo-se aos acolhidos, o Cardeal ressaltou que, às vezes, alguém pode achar que Deus se esqueceu dele. “Deus se lembra de cada um nós, porque pensou em todos quando enviou seu Filho ao mundo para ser o nosso Salvador”. 

O Arcebispo explicou, ainda, que ao contemplar Jesus contempla-se a glória de Deus e, recordando as palavras de São João Paulo II, afirmou que Jesus é o “rosto humano de Deus e rosto divino do homem”. Lembrando, ainda, o Papa Francisco, Dom Odilo acrescentou que “Cristo assumiu a carne do pobre, do doente, da pessoa que sofre”. 

VIDA NOVA

Após a missa, os acolhidos receberam presentes de Natal oferecidos por voluntários e benfeitores do Arsenal da Esperança.  

Kleber Fernando de Santi, 41, está há nove meses na Instituição. Natural do Bariri (SP), ele se afastou da família depois de inúmeros problemas, dentre os quais o uso de drogas. Chegando a São Paulo no fim de março, sem documentos e perspectivas, Kleber encontrou no Arsenal a oportunidade de reconstruir a sua vida. Hoje ele trabalha na casa e aguarda oportunidade de conseguir um emprego fora. “Aqui eu fiz cursos profissionalizantes, descobri novos dons”, relatou. 

“Este é o meu primeiro Natal aqui no Arsenal e tem sido uma experiência fascinante. Neste momento, esses 1.200 irmãos são a minha família e com quem pude celebrar o nascimento de Jesus, que me devolveu a esperança. Para mim, é um novo nascimento, depois de nove meses, hoje é como se fosse um parto. Acredito no perdão de Deus por tudo aquilo que ruim que eu fiz. Agora tenho a oportunidade de um recomeço sob a bênção de Deus”, afirmou Kleber. 
 

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Angelus: "Entregar-se a Deus e saber perdoar, como S. Estêvão"

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26 de dezembro de 2018

Ainda no clima de alegria pelo anúncio do nascimento de Cristo, a Igreja celebra neste dia 26 de dezembro a festividade de Santo Estêvão, diácono e primeiro mártir, perseguido e morto em Jerusalém.

Antes de rezar a oração mariana do Angelus, nesta quarta-feira de sol na Praça São Pedro, o Papa falou aos fiéis sobre as analogias na vida de Estêvão e do próprio Jesus. Ambos entregaram seu espírito a Deus no momento da morte: Estêvão ao ser lapidado, e Jesus na cruz.

Entregar-se a Deus com confiança

“O comportamento de Estêvão que imita fielmente o gesto de Jesus é um convite a cada um de nós a receber com fé, das mãos do Senhor, aquilo que a vida nos oferece de positivo e de negativo".

Nossa existência não é marcada apenas por circunstâncias felizes, mas também por dificuldades e perdas; mas a confiança em Deus nos ajuda a acolher os momentos fadigosos e a vivê-los como ocasião de crescimento na fé e construção de novas relações com os irmãos. Trata-se de abandonar-nos nas mãos do Senhor, que sabemos ser um Pai rico de bondade com seus filhos”.

Saber perdoar e rezar sempre

A segunda atitude indicada por Francisco como comum entre Estêvão e Jesus foi o perdão. Nenhum dos dois maldisse seus perseguidores, mas rezaram por eles.

“O perdão engradece o coração, gera partilha, doa serenidade e paz. O protomártir Estêvão nos aponta o caminho a percorrer nas relações interpessoais de família, na escola e no trabalho, na paróquia e nas comunidades".

“ A lógica do perdão e da misericórdia é sempre vitoriosa e abre horizontes de esperança; mas o perdão se cultiva com a oração, que nos permite fixar o olhar em Jesus ”

Terminando, o Pontífice lembrou que é a oração que nos fortalece, e por isso, temos que pedir sempre ao Espírito Santo para que derrame sobre nós o dom da força, que cura nossos medos, nossas fraquezas, nossa pequenez.

 

“Invoquemos a intercessão de Maria e de Santo Estêvão. Que nos ajudem a entregarmo-nos sempre mais a Deus, especialmente nos momentos difíceis, e nos ampare no propósito de sermos homens e mulheres capazes de perdoar”.

Após conceder a bênção a todos os presentes e a nós, que a recebemos pelo rádio e TV, Francisco agradeceu as mensagens e votos pelas festividades de Natal chegadas de todas as partes do mundo, pediu a todos que rezem por ele e, desejando como sempre ‘bom almoço’, se despediu dos féis.

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No Natal, redescobrir os laços de fraternidade que nos unem

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25 de dezembro de 2018

Ao meio-dia desta terça-feira, 25, no horário do Vaticano, na sacada central da Basílica de São Pedro, o Papa Francisco dirigiu sua mensagem natalina aos fiéis do mundo inteiro.

“Queridos irmãos e irmãs, Feliz Natal! Aos fiéis de Roma, aos peregrinos e a todos os que, das diversas partes do mundo, estão sintonizados conosco, renovo o jubiloso anúncio de Belém: ‘Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade’, disse o Pontífice.

Como os pastores, os primeiros que acorreram à gruta, disse o Papa, ficamos maravilhados com o sinal que Deus nos deu: “Um Menino envolto em panos e deitado numa manjedoura”. Em silêncio, ajoelhemos e O adoremos!

O que o Menino nos diz neste dia?

Francisco perguntou a todos:  “O que aquele Menino, que nasceu para nós da Virgem Maria, quer nos dizer neste dia­­? Qual a sua mensagem universal?”. E respondeu:

“Ele nos diz que Deus é um bom Pai e nós somos todos irmãos. Esta verdade está na base da visão cristã da humanidade. Sem a fraternidade que Jesus Cristo nos concedeu, os nossos esforços por um mundo mais justo não têm sentido e até os nossos melhores projetos correm o risco de se tornar sem alma. Por isso, as minhas felicitações natalinas são os votos de fraternidade”.

Seus votos de Fraternidade vão às pessoas de todas as nações e culturas; às de ideias diferentes, mas capazes de se respeitar e ouvir umas às outras; e às pessoas das diferentes religiões.

Revelação do rosto de Deus

Ainda de acordo com o Papa, “Jesus veio revelar o rosto de Deus a todos os que procuram. O rosto de Deus manifestou-se em um rosto humano, concreto; não sob a forma de um anjo, mas de homem, nascido em um tempo e lugar concretos. Assim, com a sua encarnação, o Filho de Deus nos indica que a salvação passa por meio do amor, da hospitalidade, do respeito pela nossa pobre humanidade, com a sua variedade de etnias, línguas, culturas. Mas, todos somos irmãos em humanidade!”

Logo, disse Francisco, as nossas diferenças não constituem um dano nem um perigo, pelo contrário, são uma riqueza, como nos ensina a nossa experiência de família, onde há um laço indissolúvel de amor. E expressou seus sinceros votos de que este Natal faça com que todos redescubram os laços de fraternidade que unem a humanidade e interligam todos os povos.

Israelenses e Palestinos 

“Que este Natal permita a Israelenses e Palestinos retomar o diálogo e embocar um caminho de paz; que possam colocar um ponto final em um conflito que, há mais de setenta anos, dilacera a Terra que o Senhor escolheu para mostrar seu rosto de amor”.

O Santo Padre fez seus votos de Natal, acompanhados de seus apelos. também a outros povos:

Síria 

“Que o Menino Jesus permita, à amada e atormentada Síria, reencontrar a fraternidade depois destes longos anos de guerra. Que a Comunidade Internacional trabalhe com decisão para uma solução política que acabe com as divisões e os interesses de parte, de modo que o povo sírio, especialmente os que foram obrigados a deixar as suas terras e buscar refúgio em outros lugares, possa voltar a viver em paz na sua pátria”.

Iêmen 

“Penso no Iêmen, com a esperança de que a trégua mediada pela Comunidade Internacional possa, finalmente, levar alívio a tantas crianças e às populações exaustas pela guerra e a carestia”.

África

“Penso na África, onde milhões de pessoas refugiadas ou deslocadas precisam de assistência humanitária e segurança alimentar. O Deus Menino, Rei da Paz, faça calar as armas e surgir uma nova aurora de fraternidade em todo o Continente, abençoando os esforços de quantos trabalham para favorecer percursos de reconciliação a nível político e social”.

Península Coreana

“Que o Natal fortaleça os vínculos fraternos, que unem a península da Coreia, e permita prosseguir no caminho de aproximação empreendido para se chegar a soluções compartilhadas e a todos assegurar progresso e bem-estar”.

Venezuela

“Que este tempo de bênção permita à Venezuela reencontrar a concórdia e, a todos os componentes da sociedade, trabalhar fraternalmente para o desenvolvimento do país e prestar assistência aos setores mais vulneráveis da população”.

Ucrânia

“O Recém-nascido leve alívio à amada Ucrânia, ansiosa de ter uma paz duradoura, que tarda a chegar. Só com a paz, respeitadora dos direitos de cada nação, é que o país poderá se recuperar das tribulações sofridas e restabelecer condições de vida dignas para os seus cidadãos. Solidário com as comunidades cristãs daquela Região, rezo para que possam tecer relações de fraternidade e amizade”.

Nicarágua

“Que, diante do Menino Jesus, os habitantes da querida Nicarágua redescubram ser irmãos, que não prevaleçam as divisões e as discórdias, mas todos trabalhem para favorecer a reconciliação e, juntos, construir o futuro do país”.

Colonizações ideológicas

O Santo Padre recordou também os povos que sofrem colonizações ideológicas, culturais e econômicas, que veem dilaceradas a sua liberdade e identidade e sofrem por causa da fome e da carência de serviços educativos e sanitários.

Por fim, Francisco dirigiu seu pensamento às inúmeras pessoas que não têm voz e sofrem por causa do nome do Senhor Jesus:

“Meu pensamento vai, de modo particular, aos nossos irmãos e irmãs que celebram a Natividade do Senhor em contextos difíceis, para não dizer hostis, especialmente onde a comunidade cristã é uma minoria, por vezes frágil ou desconsiderada. Que o Senhor conceda a eles e a todas as minorias, a graça de viver em paz e ver reconhecidos os seus direitos, sobretudo a liberdade religiosa”.

Crianças

Francisco concluiu sua Mensagem de Natal pedindo ao Menino Jesus, hoje contemplado na manjedoura, que proteja todas as crianças da terra e todas as pessoas frágeis, indefesas e descartadas.

“Que todos nós possamos receber a paz e o conforto do Nascimento do Salvador, para que, sentindo-nos amados pelo único Pai celeste, possamos nos reencontrar e viver como irmãos!

Após a sua Mensagem de Natal, o Santo Padre concedeu a sua Bênção apostólica “Urbi et Orbi” à Cidade de Roma, aos peregrinos presentes na Praça São Pedro e a todos os fiéis espalhados pelo mundo.

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'Deus eterno veio até nós, nasceu o Príncipe da Paz'

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26 de dezembro de 2018

À zero hora desta terça-feira, 25, o silêncio do centro da capital paulista foi rompido com o soar dos sinos da Catedral Metropolitana de São Paulo que anunciavam para toda a cidade a Solenidade do Natal de Nossa Senhor Jesus Cristo, celebrada com a Missa da Noite do Natal, presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo. 

Antes de celebração, os fiéis puderam assistir a um concerto natalino apresentado pela a São Paulo Schola Cantorum, sob a regência do maestro Delphim Rezende Porto.

Pela manhã, às 11h, também na Catedral, Dom Odilo pesidiu a solene Missa do Dia do Natal do Senhor. Na ocasião, ele transmitiu sua saudação nataliana a todo o povo da Arquidiocese. "Como arcebispo de São Paulo, desejo, pois, compartilhar a alegria do Natal com todo o povo de São Paulo! Que todos possam sentir a alegria profunda desta festa! E que a bênção do Natal de Jesus desça sobre todas as pessoas e sobre todos os lares e os lugares onde as pessoas vivem. Feliz e abençoado Natal de Jesus para todos!" 

PRÍNCIPE DA PAZ

Na homilia da Missa da Noite, o Cardeal Scherer enfatizou que essa solenidade é para todos um anúncio de alegria e de paz. “Nasceu o príncipe da paz que para todos quer ser portador de paz”. Ele ressaltou, ainda, que o anúncio do anjo aos pastores dos campos de Belém continua a se repetir hoje.  “O Natal é celebrado de alguma forma por todos. Mas, para nós, que temos fé, que cremos em Jesus Cristo, Filho de Deus Salvador, há motivos muitos especiais para nós alegrarmos e para irradiarmos alegria ao nosso redor”. 

“Reconhecemos que o Filho nascido de Maria é, ao mesmo tempo, o Filho do eterno Deus que se fez humano como nós. Na pessoa do Filho, Deus eterno veio até nós, e nos tirou da nossa solidão e de nossa pobre condição mortal, elevando-nos a uma dignidade que nunca poderíamos alcançar por nós mesmos”, continuou o Cardeal. 

DEUS CONOSCO

O Arcebispo enfatizou, ainda, que, tornando-se Emanuel, que significa “Deus conosco”, Jesus se fez irmão de cada pessoa humana, abrindo um horizonte novo para a existência mortal de cada pessoa neste mundo. “Somos chamados a tomar parte na família de Deus, acolhidos como filhos de Deus no Filho, como diz São Paulo”. 

Recordando as palavras do Papa Emérito Bento XVI, Dom Odilo explicou que, ao se tornar humano, o Filho de Deus se une a todos e une a todos em si. “Isso significa que nos faz irmãos uns dos outros, não apenas pelos laços da mesma natureza humana que já trazemos, mas, pela sua benignidade, pela sua graça sobrenatural, Deus nos faz seus filhos”, disse o Cardeal, acrescentando que “O Natal é, portanto, a festa da fraternidade universal, da unidade de toda comunidade humana”. 

NA FAMÍLIA 

O Arcebispo ressaltou que a alegria no nascimento do Salvador deve, em primeiro lugar, reinar na família e com as pessoas mais próximas. “Os pequenos gestos de bondade e de recíproco apreço, como os votos de Natal e os presentes que se distribuem, podem ser expressões dessa alegria mais profunda. Nós damos presentes porque recebemos um presente imenso, presente do céu”.   

O Cardeal Scherer reforçou que Natal nos abre horizontes de esperança e de sentido novo para a vida de cada pessoa. “Deus não nos abandona em nossas limitações de misérias, Ele vem ao nosso encontro para estar ao nosso lado como Deus conosco”. 

“Confortados pelo amor de Deus que reúne toda a humanidade em uma família de irmãos, temos motivos para lutarmos contra tudo o que é contrário à fraternidade e à paz, contra o ódio, as discriminações, as injustiças sociais, a violência e a guerra”, completou Dom Odilo. 

VEJA TAMBÉM

No Natal, Deus vem ao encontro dos pobres

Mensagem de Natal do Cardeal Odilo Pedro Scherer

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Vivamos o Natal colocando Jesus no centro das ações

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24 de dezembro de 2018

No Ângelus do IV domingo do Advento, no dia 23, o Papa Francisco pediu a Maria que dê a todos a graça de viver um Natal “extrovertido e não dispersivo: que no centro não esteja o nosso ‘eu’, mas o Tu de Jesus e o tu dos irmãos, especialmente daqueles que necessitam de ajuda”.

O Evangelho da visita de Maria a Isabel prepara para a todos para bem viver o Natal, e comunica o dinamismo da fé e da caridade.

Fé e caridade

O trecho evangélico narra a visita de Maria à sua idosa parente Isabel. O anjo Gabriel lhe havia revelado que Isabel esperava um filho e já estava no sexto mês de gravidez. A Virgem, que tinha acabado de conceber Jesus por obra de Deus, partiu apressadamente de Nazaré, na Galileia, para as montanhas da Judeia.

“Este episódio nos ajuda a ler com uma luz especial o mistério do encontro do homem com Deus”, afirmou Francisco.

Um encontro que não é marcado por clamorosos prodígios, mas é marcado pela fé e pela caridade. Maria, de fato, é bem-aventurada porque acreditou: o encontro com Deus é fruto da fé.

A força vem da fé

O marido de Isabel, Zacarias, ao invés, não acreditou e ficou surdo e mudo. Sem fé, acrescentou o Papa, fica-se inevitavelmente surdo à voz consoladora de Deus; e se é incapaz de pronunciar palavras de consolo e de esperança para os nossos irmãos.

“E nós o vemos todos os dias: as pessoas que não têm fé ou uma fé muito pequena, quando deve se aproximar de uma pessoa que sofre, diz palavras de circunstância, mas não consegue chegar ao coração porque não tem força. Não tem força porque não tem fé, e se não tem fé não saem palavras que chegam ao coração.”

A fé, por sua vez, alimenta-se na caridade. O evento do nascimento de Jesus começou assim, com um simples gesto de caridade, com Maria que se levanta para ir até Isabel, demonstrando nos fatos já ser discípula daquele Senhor que carrega no ventre.

Dinamismo da fé

“O Evangelho da visita de Maria a Isabel nos prepara para viver bem o Natal, comunicando-nos o dinamismo da fé e da caridade. Este dinamismo é obra do Espírito Santo: o Espírito de Amor que fecundou o ventre virginal de Maria e a levou ao serviço da parente idosa.”

Festa em família

Ao saudar os fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro para a oração do Ângelus, Francisco destacou a importância de se viver o Natal em família.

“O meu pensamento vai em especial às famílias, que nesses dias se reúnem: quem vive longe dos pais parte e volta para casa; os irmãos tentam se reencontrar... No Natal é belo e importante estar juntos em família”, disse o Pontífice, mencionando, porém, quem está impossibilitado de viajar e está longe de sua terra natal.

“Queridos irmãos e irmãs, o nosso Pai celeste não os esquece e não os abandona. Se vocês são cristãos, faço votos que encontrem na Igreja uma verdadeira família, onde experimentar o calor do amor fraterno.”

E a todos os que estão longe de casa, cristãos ou não cristãos, o Papa recordou: “As portas da comunidade cristã estão abertas, Jesus nasce para todos e doa a todos o amor de Deus”.

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É Natal de Jesus!

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24 de dezembro de 2018

Em todas as paróquias da Arquidiocese de São Paulo, o Natal será celebrado com missas na noite de 24 de dezembro e no dia 25. Apresentamos a seguir a agenda de missas a serem presididas pelo Cardeal Scherer, Cardeal Hummes e os bispos auxiliares da Arquidiocese. 

 

CARDEAL ODILO PEDRO SCHERER

24/12 - Meia Noite – Missa da noite de Natal na Catedral da Sé, precedida de um concerto de Natal às 23h

25/12

11h – Missa de Natal na Catedral da Sé

17h – Missa de Natal no Arsenal da Esperança (Rua Dr. Almeida Lima, 900, Mooca)

 

CARDEAL CLÁUDIO HUMMES

24/12 - 18h - Missa da noite de Natal na Paróquia Nossa Senhora do Brasil (Praça Nossa Senhora do Brasil, 1, Jardim América)

25/12 - 10h30 – Missa de Natal na Paróquia Divino Salvador (Rua Casa do Ator, 450, Vila Olímpia)

 

DOM CARLOS LEMA GARCIA

22/12 - 17h – Missa no salão do Edifício Cabo Frio (Alameda Casa Branca, 749, Jardim Paulista)

25/12 - 18h30 – Missa de Natal na Paróquia Nossa Senhora do Brasil (Praça Nossa Senhora do Brasil, 1, Jardim América)

 

DOM DEVAIR ARAÚJO DA FONSECA

24/12 - 20h – Missa da noite de Natal na Paróquia São Luiz Gonzaga (Praça Dom Pedro Fulco Morvidi, 1, Vila Pereira Barreto)

 

DOM EDUARDO VIEIRA DOS SANTOS

24/12 - 18h - Missa da noite de Natal na Paróquia Santo Eduardo (Rua dos Italianos, 567, Bom Retiro)

25/12 - 11h – Missa de Natal no Sítio Santa Marta da Missão Belém, na Serra do Japi, em Jundiaí (SP)

 

DOM JOSÉ ROBERTO FORTES

Palau 24/12 - 19h – Missa da noite de Natal na Paróquia São João Batista (Rua Doutor Mário Vicente, 1.108, Ipiranga)

 

DOM LUIZ CARLOS DIAS

24/12 - 20h – Missa da noite de Natal na Paróquia Sagrada Família (Rua João Cordeiro, 772, Vila Carrão)

 

DOM SERGIO DE DEUS BORGES

24/12 - 20h – Missa da noite de Natal na Paróquia São Francisco e São Benedito (Rua Valdemar Martins, 879, Parque Peruche)

25/12 - 11h – Missa de Natal na Catedral Nossa Senhora do Paraíso da Eparquia Greco-Melquita (Rua do Paraíso, 21, Paraíso)

 

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Catedral da Sé terá programação especial nos dias 24 e 25

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24 de dezembro de 2018

Em todas as paróquias da Arquidiocese de São Paulo, o Natal será celebrado com missas na noite de 24 de dezembro e no dia 25.

Quem for à Catedral da Sé participar da missa da noite de Natal poderá acompanhar, às 23h, um concerto natalino com a São Paulo Schola Cantorum, após o qual haverá a solene missa da vigília de Natal, presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano.

No dia de Natal, 25, Dom Odilo presidirá missa às 11h, e outras missas natalinas acontecerão às 9h e às 17h na Igreja Mãe da Arquidiocese de São Paulo. Ainda neste dia, o Arcebispo Metropolitano celebrará o Natal às 17h no Arsenal da Esperança (Rua Dr. Almeida Lima, 900, Mooca).

As missas com Dom Odilo na Catedral da Sé nos dias 24 e 25 terão transmissão ao vivo da rádio 9 de Julho, em AM 1.600 e em www.radio9dejulho.com.br.

Dom Cláudio Hummes

O Arcebispo Emérito de São Paulo, Cardeal Cláudio Hummes também presidirá missas de Natal em São Paulo. No dia 24, às 18h, na Paróquia Nossa Senhora do Brasil (Praça Nossa Senhora do Brasil, 1, Jardim América); e no dia 25, às 10h30, na Paróquia Divino Salvador (Rua Casa do Ator, 450, Vila Olímpia).

Bispos Auxiliares

Também os bispos auxiliares da Arquidiocese de São Paulo presidirão missas de Natal em diferentes paróquias nas regiões episcopais.

Dom Carlos Lema Garcia celebrará o Natal no dia 25, às 18h30, na Paróquia Nossa Senhora do Brasil (Praça Nossa Senhora do Brasil, 1, Jardim América), na Região Sé.

Dom Devair Araújo da Fonseca presidirá missa de Natal no dia 24, às 20h, na Paróquia São Luiz Gonzaga (Praça Dom Pedro Fulco Morvidi, 1, Vila Pereira Barreto), na Região Brasilândia.

Dom José Roberto Fortes Palau celebrará o Natal no dia 24, às 19h, na Paróquia São João Batista (Rua Doutor Mário Vicente, 1.108, Ipiranga), na Região Ipiranga.

A missa da noite de Natal presidida por Dom Luiz Carlos Dias em 24 de dezembro será às 20h na Paróquia Sagrada Família (Rua João Cordeiro, 772, Vila Carrão), na Região Belém.

Dom Sergio de Deus Borges celebrará o Natal no dia 24, às 20h, na Paróquia São Francisco e São Benedito (Rua Valdemar Martins, 879, Parque Peruche), na Região Santana. No dia 25, às 11h, o Bispo presidirá a missa de Natal na Catedral Nossa Senhora do Paraíso da Eparquia Greco Melquita (Rua do Paraíso, 21, Paraíso).

Por fim, Dom Eduardo Vieira dos Santos celebrará o Natal no dia 24, às 18h, na Paróquia Santo Eduardo (Rua dos Italianos, 567, Bom Retiro), na Região Sé; e no dia 25, às 11h, no Sítio Santa Marta da Missão Belém, na Serra do Japi, em Jundiaí (SP).

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