Arquidiocese de São Paulo lança brasão oficial

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26 de junho de 2018

Em decreto assinado pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, e pelo Padre Everton Fernandes Moraes, Chanceler do Arcebispado, foi lançado na segunda-feira, 25, o Brasão Oficial da Arquidiocese de São Paulo.

CLIQUE E LEIA A ÍNTEGRA DO DECRETO SOBRE O BRASÃO

“O brasão de uma instituição apresenta, através de vários elementos simbólicos próprios da heráldica, a identidade e os ideais norteadores dessa instituição. Embora sabedores de que, no presente, a Arquidiocese de São Paulo já adota um selo identificador, mas acreditando ser útil e oportuna a constituição de um brasão oficial para nossa Arquidiocese, como também é costume fazer em outras arquidioceses e dioceses, após ter consultado os Bispos Auxiliares da nossa Arquidiocese e contando com a ajuda de um perito em ciência  heráldica, havemos por bem constituir  um brasão oficial para a Arquidiocese de São Paulo, no qual sejam acolhidos e integrados os elementos simbólicos já presentes no selo até agora adotado e, ao mesmo tempo, apareçam realçados outros sinais e símbolos referentes à nossa fé e à identidade de nossa Arquidiocese”, consta no trecho do decreto.

No decreto estão detalhados os elementos e as cores que compõem o Brasão Oficial, o qual deve ser usado imediatamente pela Cúria Metropolitana, com todos os seus departamentos, pelas Regiões e Vicariatos Episcopais e demais organismos e instituições da Arquidiocese em lugar do selo da Cúria adotado até então.

Detalha-se, ainda, que é vedado o uso do Brasão Oficial para fins privados e pessoais; e que a sua eventual utilização em divulgações e iniciativas que não sejam da própria Arquidiocese fica sujeita à autorização escrita da Chancelaria do Arcebispado de São Paulo. Também são vedadas alterações e a introdução de elementos estranhos no Brasão sem o prévio consentimento do Arcebispo de São Paulo.

Caberá à Chancelaria estabelecer ulteriores indicações práticas sobre a utilização do arquivo eletrônico do Brasão Oficial da Arquidiocese de São Paulo.

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Diálogos com a Cidade destaca que a ética é indispensável à política

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17 de mai de 2018

Uma noite de reflexões sobre a ética na política foi a proposta da quarta edição do “Diálogos com a Cidade”, realizado pela Arquidiocese de São Paulo, na quarta-feira, 16, no anfiteatro do Tuca, na zona Oeste da cidade.

Inspirado na série “Pátio dos gentios”, promovida pelo Pontifício Conselho para a Cultura da Cúria Romana, o “Diálogos com a cidade” propõe uma interação entre a Igreja Católica e a sociedade civil.

Os debatedores da quarta edição foram o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo; o desembargador Carlos Eduardo Cauduro Padin, presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP); e o advogado Luciano Caparroz Pereira Santos, diretor do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE).

Além de exposições próprias sobre a temática da ética na política, os debatedores responderam a perguntas dos presentes ao anfiteatro do Tuca e daqueles que interagiram durante a transmissão ao vivo do evento pelo Facebook do Cardeal Scherer.

CLIQUE E ASSISTA A ÍNTEGRA DO EVENTO

 

Dom Odilo: católicos devem estar na política

Em sua exposição inicial, o Cardeal Scherer leu a íntegra da mensagem da CNBB “Eleições 2018: Compromisso e Esperança”, da qual foi um dos autores junto com os demais bispos participantes da 56a Assembleia Geral da CNBB, em abril.

Ao responder a perguntas, Dom Odilo ressaltou que é dever de todos zelar pela busca do bem comum e incentivou todos os católicos, especialmente os mais jovens, à participação na política, inicialmente nas situações cotidianas para posterior carreira na politica institucional.

O Arcebispo de São Paulo lembrou que não se deve generalizar negativamente os políticos, pois há aqueles que fazem o certo e devem servir de inspiração.

O Cardeal lembrou que a Igreja orienta o clero para que não milite na política partidária, até em respeito à garantia da democracia e à laicidade do Estado, mas que incentiva a participação dos leigos, inclusive como candidatos, sendo que, se eleitos, não devem renunciar às suas convicções religiosas.

Luciano Santos: o poder é do eleitor

O advogado Luciano Santos iniciou sua exposição ressaltando que não faz sentido que se desmoralize a política, pois ela é parte do cotidiano das pessoas.

Santos enalteceu a mobilização popular que redundou na aprovação das leis 9840/99 - que combate compra de votos - e a Lei da Ficha Limpa (lei 135/2010) – que torna inelegível candidatos condenados em segunda instância pela Justiça – legislações que, segundo ele, buscam melhorar o quadro da representação política no País.

Ainda de acordo com o Diretor do MCCE, acima de qualquer legislação é o eleitor o principal responsável pela garantia da ética na política, pois é a este que compete a escolha de candidatos éticos e o acompanhamento do que realizam ao longo dos mandatos. Nesse sentido, o advogado ressaltou que neste ano as atenções não devem estar voltadas apenas para as eleições no Executivo, mas também ao Legislativo.

Santos opinou, ainda, que quem troca seu voto para conseguir benefícios pessoais, por menores que sejam, adota uma postura individualista, e não pensa no bem comum.

Padin: Ética é uma postura pessoal, que passa pela educação

Em sua fala inicial, o Desembargador Padin comentou sobre a responsabilidade do TRE-SP de coordenar as eleições no estado que concentra aproximadamente 40% do eleitorado brasileiro.

O Presidente do TRE-SP comentou que a ética deve estar presente em todas as situações, inclusive na política, e que esta quando bem exercida leva à promoção do bem comum, proporcionado que a ação do poder público se volte para a coletividade.

Em seu entender, o comportamento ético deve partir da convicção de cada pessoa, assim como a fé, mas que para isso é preciso que todos sejam educados para agir eticamente sempre.

O Desembargador comentou ainda que o judiciário nunca deve atuar com base no clamor popular, disse que as fake news envolvendo as eleições não são um fenômeno novo, sendo assim importante, que cada pessoa, procure checar a veracidade das informações. Por fim, Padin enfatizou que a votação em urna eletrônica é segura e assim se manterá com a adoção da impressão dos votos a partir deste ano.

LEIA A REPORTAGEM COMPLETA NA PRÓXIMA EDIÇÃO IMPRESSA DO O SÃO PAULO, A PARTIR DE 23 DE MAIO

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Evangelização pela tevê para mais de 18 milhões de pessoas

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18 de abril de 2018

O sinal da TV Canção Nova chegou a São Paulo no dia 2 deste mês. Ao sintonizar o canal 59.1, mais de 18 milhões de pessoas poderão ter acesso a conteúdos de evangelização, programas jornalísticos, culturais, infantis e de entretenimento. Além de São Paulo, São Bernardo do Campo, São Caetano, Santo André, Diadema, Cotia, Guarulhos, Barueri, Osasco, Embu das Artes, Mauá, Carapicuíba, Jandira e Itapecerica da Serra passam a receber o sinal da TV Canção Nova.

Na grade da emissora, mais de dez programas são produzidos na Capital Paulista, entre eles: “Discípulos e Missionários”, apresentado pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, aos domingos, às 12h50, sobre temas atuais da Igreja Católica na América Latina; “Gente de Fé”, com o Padre Anderson Marçal e convidados que testemunham a esperança e a perseverança diante dos desafios; “Mais Saúde”, com a nutricionista clínica Gisela Savioli sobre qualidade de vida e educação alimentar; “Memórias do Líbano”, que traz a cultura e a religiosidade do Oriente Médio; e “Pra Ser Feliz”, apresentado ao vivo pelo Padre Adriano Zandoná, com a participação do telespectador que precisa de uma orientação espiritual.

A TV Canção Nova integra o Sistema Canção Nova de Comunicação (tevê, rádio, internet e revista) e, de acordo com dados do Portal BSD, site especializado, é a sexta maior rede de tevê em número de retransmissoras digitais instaladas no Brasil. Em 2019, a emissora fundada por Monsenhor Jonas Abib completará 30 anos.

Os telespectadores também têm a opção de sintonizar a TV Canção Nova pela Sky, canal 8; pela Oi TV 30; Claro TV 19; Vivo TV 233; pela NET canal 194, na capital paulista, pelo site: tv.cancaonova.com, redes sociais e aplicativos.

(Colaboraram: Malu Sousa e Rodrigo Luiz do Santos)

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Encenações da Paixão de Cristo na Arquidiocese

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29 de março de 2018

ZONA NORTE

CANTAREIRA NORTE SHOPPING – 19h

(Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, 11.001 - Parada de Taipas – no estacionamento)

Com a expectativa de receber um público de até 5 mil pessoas, a encenação, que está no calendário oficial da cidade de São Paulo, chega a sua 21ª edição, envolvendo mais de cem pessoas entre elenco e produção, dos coletivos culturais Cia de Teatro Monfort, Comunidade Missão Mensagem de Paz, Grupo Teatral Arte de Viver e coletivo Cravo Branco, alguns deles ligados a paróquias da Região Episcopal Brasilândia. A peça é dívida em três atos: Vida de Jesus, Morte e Ressurreição. Um dos principais diferenciais deste ano é a abertura construída com o tema da Campanha da Fraternidade 2018 - “Fraternidade e superação da violência”, sob o lema “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8).

ENTRADA GRATUITA

 

PARÓQUIA SANTA CRUZ – 20h

(Rua Doutor Paulo Furtado de Oliveira, 370, Jardim Santa Cruz)

A encenação, em sua 11ª edição, reúne 60 pessoas, propondo-se a refletir sobre o Evangelho da vida, paixão e morte de Jesus, com o tema “A Paixão de Cristo Segundo Todos Nós”. No enredo há a adaptação dos textos bíblicos, propondo uma reflexão sobre as atitudes humanas e relações de poder e dominação ao longo dos séculos, traçando um paralelo com o cotidiano.

ENTRADA GRATUITA

 

ZONA LESTE

CASA MADRE ASSUNTA MARCHETTI – 19h30

(Rua Orfanato, 883, Vila Prudente)

A encenação, organizada pelo grupo de jovens Segue-me, da Paróquia São Carlos Borromeu, chega a sua 21ª edição, com a participação de mais de 120 jovens, entre atores e equipe operacional. O enredo busca descrever em detalhes, a partir dos relatos dos evangelistas, o episódio da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. A expectativa dos organizadores é receber um público de até 2 mil pessoas.

ENTRADA: 1KG DE ALIMENTO NÃO PERECÍVEL

 

ZONA SUL

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO BRASIL – 17h

(Praça Nossa Senhora do Brasil, s/nº, Jardim América)

A encenação da via-sacra na Praça Nossa Senhora do Brasil terá início logo após a Celebração da Paixão de Cristo, às 15h, e será seguida de uma procissão com a imagem do Cristo Morto, às 18h. Toda a comunidade paroquial, em especial os jovens, estão envolvidos nos preparativos da encenação.

ENTRADA GRATUITA

 

SANTUÁRIO NOSSA SENHORA APARECIDA – 19h30

(Rua Labatut, 781, Ipiranga)

Esta será a 35ª edição da encenação, sempre com o envolvimento de toda a comunidade paroquial, e a produção de Marcos Serafin, Rubens Lima, Elias Lima e Stefania Riotta.

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Está aberto oficialmente o sínodo arquidiocesano

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25 de fevereiro de 2018

O sínodo arquidiocesano começou oficialmente na tarde do sábado, 24, com uma celebração de abertura no Centro de Eventos São Luís, na Consolação, com a participação do clero arquidiocesano e dos religiosos e leigos que estarão engajados na realização da primeira etapa do sínodo nas paróquias da Arquidiocese ao longo de 2018.

“Temos hoje a graça de celebrar a abertura dos trabalhos do 1º sínodo arquidiocesano, convocado para ser um 'caminho de comunhão, conversão e renovação missionária' para toda a nossa Arquidiocese. Deus nos concede esta graça especial e, ao mesmo tempo, confia uma imensa tarefa à nossa generosa colaboração. O sínodo é uma importante ação eclesial, que vamos fazer juntos, como participantes de um grande 'mutirão’ eclesial, com o objetivo de buscar o maior bem para a vida e a missão de nossa Igreja em São Paulo”, afirmou o Cardeal Scherer durante a reflexão de abertura do sínodo.

LEIA A ÍNTEGRA DA REFLEXÃO DO CARDEAL ODILO PEDRO SCHERER

Durante a celebração de abertura, houve a entrega dos símbolos que marcarão esta primeira etapa do sínodo, com os encontros em âmbito paroquial já a partir do mês de março.

ASSISTA À ÍNTEGRA DA CELEBRAÇÃO DE ABERTURA DO SÍNODO

A reportagem completa sobre a celebração de abertura do sínodo poderá ser vista no site do O SÃO PAULO e no jornal impresso a partir de quarta-feira, dia 28.

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Comissão do Ano do Laicato tem reunião com Dom Odilo

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07 de dezembro de 2017

Em 29 de novembro, no Centro Pastoral São José, no Belém, o Cardeal Odilo Scherer realizou um encontro com o grupo referencial da comissão arquidiocesana do Ano Nacional do Laicato e os representantes de entidades laicais das seis regiões episcopais. 

Na ocasião, as duas linhas principais invocadas por Dom Odilo foram a de profundar a participação dos leigos na Igreja e na sociedade, notadamente na vida pública, de acordo com um grande esforço que tem partido da Pontifícia Comissão para a América Latina, da qual Dom Odilo é membro, para que ocorra essa transformação que urge ocorrer nos nossos países e ampliar, como um todo, a partir de um novo dinamismo e conversão missionários, o alcance das ações laicais.

Houve, ainda, momentos de reflexão e planejamento, de comum acordo, do programa básico a ser desenvolvido e dinamizado nas diversas comunidades da Igreja em São Paulo até o encerramento do Ano Nacional do Laicato. Conforme se pronunciou a Comissão arquidiocesana composta por oito integrantes, que são os animadores referenciais, o programa do Ano do Laicato para a Arquidiocese inclui seminários, vigílias, solenes celebrações litúrgicas, obras de misericórdia, com a participação das diversas expressões eclesiais e suas centenas comunidades, além do chamamento dos cristãos afastados. 

Dom Odilo ainda recordou que, segundo o tesouro da tradição, nunca pode ser esquecido na Igreja, tampouco nos objetivos deste Ano, o anúncio, a santificação e a caridade. A plena sintonia com o sínodo é, da mesma forma, condição sine qua non para o bom desenvolvimento do Ano. Ao final de duas horas, a Comissão referencial encarregou-se de encaminhar a Dom Odilo uma minuta das propostas para a programação básica do Ano, a ser definida e divulgada oportunamente.

 

(Com informações Marcelo Cypriano)

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11 padres e uma missão: testemunhar Cristo na cidade

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29 de novembro de 2017

Fez-se um grande silêncio na Catedral da Sé. O momento era de oração e gratidão a Deus pelos 11 diáconos ordenados presbíteros na Arquidiocese de São Paulo, no sábado, 25, às 15h. Primeiro o presidente da celebração, Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo e, em seguida, todos os padres concelebrantes, impuseram as mãos sobre aqueles que estavam sendo ordenados. Com a Prece de Ordenação, seguida da vestição, da unção das mãos e da entrega do pão e do vinho, os até então diáconos passaram a ser chamados, até o fim da celebração, de neossacerdotes.

Na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, a missa teve um rito próprio e foi concelebrada pelos bispos auxiliares e muitos outros sacerdotes, que puderam renovar suas promessas sacerdotais e acolher os novos irmãos no ministério. Enviados para as seis regiões episcopais da Arquidiocese, os neossacerdotes foram acolhidos com muita alegria por toda a comunidade de fiéis.

Chamados pelo nome, logo após a proclamação do Evangelho, os que estavam sendo ordenados responderam um forte e solene “presente” e aquele que, até então, era o responsável pela formação dos diáconos, o Reitor do Seminário de Teologia Bom Pastor, Padre Cícero Alves de França, pediu ao Pai: “Reverendíssimo Pai, a Santa Mãe Igreja pede que ordenes para a função de Presbíteros estes nossos irmãos.” O diálogo entre o Reitor e Dom Odilo continuou, até que todos responderam: “Graças a Deus!”

Durante a homilia, o Cardeal manifestou sua grande satisfação pela ordenação sacerdotal. “Quero manifestar minha alegria por esta celebração de novos sacerdotes para nossa Arquidiocese. Naturalmente, é fruto da graça de Deus. É Deus que chama à vocação e dá força para perseverar. Fruto, também, de uma resposta generosa de vocês que, tendo ouvido o chamado de Deus, se apresentaram diante da Igreja para receberem a formação e se encarregarem de servir o povo de Deus como presbíteros. É também fruto do trabalho de muitas pessoas. Desde os familiares e as comunidades que os apoiaram, os padres e professores que trabalham no Seminário. É fruto, igualmente, da generosidade do povo de Deus, que apoia de muitas formas, às vezes sem nem mesmo saber, quer com orações quer com a ajuda para manter o seminário. Por isso, hoje quero dizer a todos um muito obrigado por todo o apoio e ajuda na formação dos novos sacerdotes e pedir que continuem apoiando.”

Na Solenidade, já com a liturgia que encerrou o ano litúrgico e, na Igreja no Brasil, abriu oficialmente o Ano Nacional do Laicato, Dom Odilo disse ainda que tipo de reino é aquele que Jesus veio trazer à terra. “O Evangelho nos apresenta Cristo Rei Pastor, Cristo Rei Juiz, aquele chamado para levar ao mundo a misericórdia de Deus. Os ministros ordenados devem anunciar a grande esperança, da participação com Cristo no seu Reino. Somos anunciadores da Boa Nova, da Esperança. O Papa Francisco tem recordado que devemos ser ministros da Esperança, bem como todo o povo de Deus. Devemos anunciar ao mundo a esperança, que vem do Evangelho e da nossa fidelidade às promessas de Deus.”

Com a comunidade

A pequena Ana Ligia, de 9 meses, estava no colo do pai, Tiago Lima; enquanto a Maria Clara, 2, e a Gabriele, 5, estavam sentadas no chão da Catedral, perto do presbitério com a mãe Débora Lima. A família veio participar da celebração em que o amigo e padrinho de casamento, Christopher Velasco, foi ordenado sacerdote. “Os pais do Christopher eram os coordenadores do grupo de Jovens Anjos da Vida e, por isso, o conhecemos desde que ele tinha 7 anos. Nós nos aproximamos muito da família dele. Estávamos esperando este momento para batizar, no dia 20 de janeiro, a Ana Lígia”, contou à reportagem Tiago, que estava presente no momento em que Christopher anunciou que entraria no seminário e também na celebração de ordenação diaconal.

Padre Valeriano dos Santos, Diretor da Faculdade de Teologia da PUC-SP, salientou a importância do momento para toda a Igreja. “Eles são ordenados para enriquecer nossa Igreja, atender as necessidades pastorais e constituir mais uma força no clero, porque, como Dom Odilo frisou, a fraternidade sacerdotal é muito importante. Todos os padres impuseram as mãos e abraçaram os novos sacerdotes”, afirmou à reportagem.

Emília Delfina é Coordenadora dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão na Catedral da Sé, grupo do qual participa há mais de 40 anos. “Durante o Ano da Misericórdia, fiquei bem próxima do José Edson e recordo-me, perfeitamente, do dia do velório de Dom Paulo Evaristo Arns [1921-2016], quando ficamos mais de 24 horas aqui. Ele é sempre muito disponível e alegre”, disse Emília, enquanto se vestia para participar de mais uma celebração de ordenação presbiteral, dentre tantas outras que já serviu como Ministra.

Vânia Lúcia da Silva, por sua vez, participou pela primeira vez de uma missa “tão emocionante”, como ela mesma disse. Junto ao esposo e aos filhos, Alice, de 3 anos, e João Miguel, de 1 ano e 8 meses, Vânia faz parte da Comunidade Católica Voz
dos Pobres e conhece há muitos anos Rodrigo Moraes, que também foi ordenado naquela tarde.

Uma grande família

Muitas famílias foram à Catedral no dia 25: crianças de todas as idades, idosos, pais, mães e amigos dos novos padres. Em muitos momentos, houve palmas e expressões de alegria, demonstrando que a missa é uma grande ação de graças, principalmente pelo grande dom dado por Deus de continuar chamando para o Seu serviço pessoas dispostas a doar a vida como presbíteros ordenados.

“Foram nove anos e não nove dias. E eu estou feliz, porque foi isso que ele escolheu e abracei a causa, desde o início. Desde os 7 anos de idade, ele participa da Paróquia Santa Cruz de Itaberaba. Sempre percebi que ele poderia seguir este caminho. O Rodrigo tem uma personalidade forte e, por isso, sempre acreditei que ele ia perseverar no caminho. Ter, hoje, um filho sacerdote é uma honra, uma graça de Deus”, disse Maria do Carmo de Moura, 57, mãe de Rodrigo Felipe da Silva. Ela veio de Pernambuco para São Paulo, em 1979. Casouse e teve dois filhos, Érica Felipe da Silva, 34, e Rodrigo, 29.

Padre José Edson Santana Barreto agradeceu, em nome dos neossacerdotes, a presença de todos e falou sobre a graça da vocação sacerdotal. “Queremos louvar o dom de termos sidos agraciados com a certeza de que Deus nos chama para esta
vocação sublime. Configurados com Cristo Sacerdote, queremos viver a doação de nossas vidas às ovelhas a nós confiadas”, disse, lembrando, ainda, todos os que colaboraram para que eles pudessem chegar à ordenação.

O rito

O segundo grau da Ordem é o presbiteral, denominado também por sacerdotal. A ordenação presbiteral ou sacerdotal é constituída por seis partes: eleição do candidato; homilia; propósito do eleito; ladainha; imposição das mãos e prece de ordenação; unção das mãos e entrega da patena e do cálice. O rito de ordenação presbiteral é realizado dentro da missa, logo após a Liturgia da Palavra.

• Eleição do Candidato
O Diácono chama o ordenando, com as seguintes palavras: “Queira aproximar-se o que vai ser ordenado presbítero”. Em pé, o candidato coloca-se diante do Bispo, como sinal de prontidão, dizendo: “Presente”. O Bispo, então, interroga se o candidato é digno deste ministério. O Presbítero declara com convicção, após ter averiguado junto ao povo de Deus e ouvido os responsáveis, ser testemunha de que este candidato foi considerado digno. Tendo esta resposta, o ordenante diz: “Com o auxílio de Deus e de Jesus Cristo, nosso Salvador, escolhemos este nosso irmão para a Ordem do Presbiterado”. E todos dizem: “Graças a Deus”.

• Homilia
• Propósito do Eleito
Após a homilia, o eleito, em pé, responde às interrogações feitas pelo Bispo com um decidido “Quero!”. O Bispo conclui, dizendo: “Deus, que te inspirou este bom propósito, te conduza sempre mais à perfeição”.

• Ladainha

• Imposição das mãos e Prece de Ordenação

Esta parte decorrente é tida como aquela que, no silêncio do coração, o Bispo e todos os Presbíteros presentes pedem a Deus pelo ordenando. Este, estando de joelhos, em silêncio, recebe a imposição das mãos do Bispo sobre sua cabeça e, posteriormente, as dos Presbíteros.

• Unção das mãos e entrega do pão e do vinho
O eleito é revestido com a estola sacerdotal e a casula. Em seguida, de joelhos, a palma das mãos do ordenado é ungida pelo Bispo com o óleo do Crisma. Os fiéis trazem o pão na patena e o vinho e a água no cálice, para a celebração da missa.
Por fim, o Bispo e o colégio dos presbíteros presentes o abraçam.
A missa prossegue.

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Arquidiocese festeja o tricentenário de Nossa Senhora Aparecida

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12 de outubro de 2017

A devoção a Nossa Senhora Aparecida levou centenas de fiéis ao Largo Santa Ifigênia na manhã desta quinta-feira, 12, para festejar o tricentenário do encontro da imagem da Padroeira do Brasil, em missa campal presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano.

A imagem de Nossa Senhora Aparecida chegou ao largo às 9h15, trazida em carreata, após ter percorrido 11 cidades paulistas, por meio do projeto Tietê Esperança Aparecida, que, desde 2004, tem o propósito de alertar para a responsabilidade comum pelo zelo do rio Tietê. Na chegada à Capital Paulista, na manhã de hoje, a imagem peregrina foi acolhida pelo Cardeal no Mosteiro da Luz e depois por devotos na Ponte do Piqueri, na zona Noroeste da cidade.

Dom Odilo, na homilia, enfatizou que Nossa Senhora Aparecida intercede pelo povo brasileiro e pela Igreja, e que sempre a súplica a Ela dirigida chega a Deus. “Não podemos imaginar a Igreja sem a Mãe de Jesus. Quem recorre à Mãe de Jesus está com Ele”, disse, comentando, ainda, que Maria, como catequista e evangelizadora, intercede por todos e ajuda a seguir no caminho que leva a Cristo.

O Cardeal lamentou, de modo enfático, os recentes episódios em que imagens de Nossa Senhora e de santos tenham sido profanadas, especialmente nas situações consideradas como arte. “A profanação ofende a Deus e às pessoas que creem, não podemos aceitar”, comentou, criticando, também, situações em que o desrespeito envolve o uso de crianças por pessoas adultas. Nesse sentindo, exortou aos pais: “Não terceirizem seus filhos! Vocês são os primeiros educadores deles”.

Após a comunhão, o Arcebispo rezou para que pela intercessão da Padroeira do Brasil sejam superadas toda a corrupção e as demais chagas morais que afetam o País.

Ao final da missa, Dom Odilo anunciou a criação do Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora Aparecida, na Igreja Nossa Senhora Aparecida no bairro do Ipiranga, ato que será oficializado com missa ainda na tarde desta quinta-feira, neste templo localizado na rua Labatut, 781, na zona Sul da cidade.

Procissão

A festa dos 300 anos de Nossa Senhora Aparecida seguiu após a missa com uma procissão com a imagem, que partiu do Largo Santa Ifigênia até o Vale do Anhangabaú. Durante o trajeto, marcado por cânticos e orações marianas, houve uma parada no Mosteiro de São Bento para uma prece pelos religiosos.

Quase duas horas e meia após o início da missa e, ainda sob o sol forte, as atividades foram concluídas no Vale do Anhangabaú, com a reza do Ato de Consagração a Nossa Senhora Aparecida, consagrando a Arquidiocese à Padroeira do Brasil. O Arcebispo também pediu à Virgem Maria que interceda pelo bom êxito do sínodo arquidiocesano. 

LEIA A REPORTAGEM COMPLETA NA PRÓXIMA EDIÇÃO DO O SÃO PAULO

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Há 100 anos sob a intercessão de Nossa Senhora da Saúde

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28 de setembro de 2017

A Paróquia Nossa Senhora da Saúde, da Arquidiocese de São Paulo, comemora em 2017 seu centenário. Localizada no bairro da Saúde, ao lado do Metrô Santa Cruz, na zona sul de São Paulo, a Paróquia foi erigida canonicamente no dia 19 de abril de 1917 e dedicada à Nossa Senhora da Saúde, devoção portuguesa iniciada no século XVI.

Em entrevista ao jornal O SÃO PAULO, Frei Adilson Miranda, que está na Paróquia desde 2016, contou a história da construção da atual igreja e falou sobre as diferentes pastorais e grupos que a compõem hoje. Natural de Belém (PA), o Frei pertence à Ordem dos Agostinianos Recoletos e é o 17º pároco da Nossa Senhora da Saúde.

Os Agostinianos Recoletos chegaram no Brasil em 1899 e desembarcaram em Santos (SP). “Muitos frades vieram para o Brasil quando foram expulsos das Ilhas Filipinas. Anteriormente, no século XVI, houve agostinianos na Bahia, mas depois eles acabaram saindo do País para voltar somente no século XIX”, comentou Frei Adilson.

“No bairro da Saúde, eles instalaram-se no dia 1º de abril de 1916 e assumiram uma pequena capela que se chamava ‘Capela de Santa Cruz’. Com o aumento da população e do número de fiéis na Paróquia, perceberam que era preciso começar a construção de uma nova igreja, cujas paredes foram sendo levantadas em torno da pequena capela.

A pedra fundamental da nova igreja, que comporta cerca de 500 pessoas, foi colocada no dia 4 de maio de 1928, e as obras só terminaram em 1959, com a colocação do altar-mor e do restante do presbitério”, contou o Religioso.

Quando foi construída, as únicas igrejas que existiam na região eram a Catedral da Sé e a Paróquia Santa Generosa. Outras igrejas que hoje são também paróquias pertenceram à Nossa Senhora da Saúde, como a Santo Inácio de Loyola, a Santa Margarida Maria e a Santa Rita de Cássia, todas na região da Vila Mariana.

A devoção

A devoção a Nossa Senhora da Saúde teve início em Portugal, na época da peste negra, no século XVI, quando morreram muitas pessoas no país. O dia 20 de abril foi escolhido como data para celebrar Nossa Senhora da Saúde, após o episódio em que um coveiro, enquanto abria covas para os muitos mortos pela peste, encontrou, na terra, uma pequena imagem de Nossa Senhora. No ano seguinte, em 1570, o número de mortes foi diminuindo gradativamente, até acabar.

“Em São Paulo, havia muitos portugueses e, além disso, estávamos no contexto da Primeira Guerra Mundial e da Gripe Espanhola, quando morreram muitas pessoas, inclusive padres. Esses fatores contribuíram para que a devoção crescesse na cidade”, explicou o Frei.

A imagem que está no altar na Paróquia Nossa Senhora da Saúde foi trazida de Portugal, e a festa da Padroeira é celebrada no dia 15 de agosto. Ao lado da Imagem da Padroeira, estão outros santos agostinianos, como Santo Agostinho e Santa Mônica, além de Santo Tomás de Vila Nova e Santa Isabel de Portugal.

Pertença

No boletim paroquial publicado no mês de maio de 2012, por ocasião do aniversário de 95 anos, paroquianos e pessoas que participam da Paróquia há muitos anos deram seu testemunho. Emídio Borges Gomes, por exemplo, participa da Paróquia desde a década de 1950, quando passando em frente à igreja, ele, por curiosidade entrou e, desde lá, nunca mais deixou de frequentá-la. Depois de casado, começou a ir às missas aos domingos com a esposa e os filhos e a participar ainda mais da vida paroquial, através da Conferência Vicentina.

“Vi o sofrimento de alguns pobres morando em péssimas condições, em cortiços. Sob a orientação dos freis, mensalmente distribuíamos leite e sacolas com alimentos”, contou Emídio, que hoje é membro da Pastoral da Liturgia e do canto, além da Fraternidade Secular Agostiniana.

A Paróquia hoje

A Paróquia Nossa Senhora da Saúde mantém um grande número de pastorais, associações e movimentos. Um deles, relacionado à Padroeira, é o serviço Pastoral da Saúde, que conta com atendimento de profissionais voluntários que oferecem atendimento às pessoas carentes, que precisam de algum cuidado médico.

Nesse sentido, há nas dependências da igreja, atendimento odontológico, que ocorre quinzenalmente, aos sábados, das 8h30 às 11h30; atendimento psicológico, que é de responsabilidade de psicólogas que atendem todas as quartas-feiras, no período da manhã e a tarde, a partir das 16h, e aos sábados, às 9h; e uma farmácia, que distribui medicamentos para pessoas de baixa renda, mediante apresentação de receita médica. A distribuição acontece nas terças-feiras, das 14h às 16h, e os remédios são doados por laboratórios, médicos e particulares.

Outro serviço prestado à comunidade é a celebração da missa, diariamente, às 20h. “Em geral, essa missa tem muita participação, pois as pessoas que trabalham até mais tarde ou aquelas que tem algum compromisso aos domingos, podem participar”, disse Frei Adilson.

Pastorais como a Catequese ou Grupos como a Legião de Maria e o Apostolado da Oração fazem parte da vida da Paróquia, bem como aquelas que pretendem prestar serviços às pessoas mais necessitadas, como é o caso das ‘Artesãs de Santa Rita’, que realizam pinturas, bordados e costuras e montam enxovais para bebês cujas mães passam por dificuldades financeiras. Alfabetização de adultos, serviço de escuta, a Pastoral da Comunicação (Pascom) e uma livraria paroquial fazem parte do grande número de serviços comunitários da Paróquia.

Centenário

Como parte das comemorações do centenário, celebrou-se, no dia 7 de maio, um missa solene de abertura, presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano e, segundo o Pároco, “todas as festas estão sendo celebradas motivadas pelo centenário”. Um novo projeto de iluminação da igreja foi iniciado e, para outubro, está prevista uma mostra de fotografias.

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Sínodo será destaque no mês missionário das paróquias

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28 de setembro de 2017

Em outubro, Mês das Missões, as paróquias e comunidades da Arquidiocese de São Paulo são convidadas a realizar encontros de motivação dos fiéis para o primeiro sínodo arquidiocesano. Para isso, a Comissão de Coordenação Geral do sínodo está preparando um roteiro de três encontros paroquiais.
O primeiro encontro proposto é uma celebração reunindo toda a comunidade paroquial, na qual o pároco fará o envio dos fiéis para realizarem mais dois encontros em pequenos grupos sobre o significado do sínodo, a partir do tema, lema, hino e logotipo do caminho sinodal.
Para o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, a atividade do mês missionário visa apresentar o sínodo às pessoas e multiplicar os animadores paroquiais para a realização dos trabalhos do sínodo na base, que começam em fevereiro de 2018. Ainda de acordo com o Arcebispo, essa etapa deve envolver o máximo de membros de cada paróquia, agentes de pastorais, movimentos, novas comunidades e mesmo aqueles que não participam ativamente da vida eclesial.

Nova formação para animadores


Para que o sínodo, de fato, alcance a totalidade das paróquias, comunidades e áreas pastorais da Arquidiocese, será realizada no dia 7 de outubro, das 8h30 às 13h, no Centro Pastoral São José (avenida Álvaro Ramos, 366, Belém) uma nova edição do encontro de formação de animadores paroquiais, para os representantes das paróquias que não participaram do encontro realizado no dia 16. A atividade também será aberta aos agentes de pastoral e outros membros de paróquias
que já estivram na formação e estejam interessados em participar.
A Comissão de Coordenação geral do sínodo também está trabalhando na elaboração do material que servirá de base para os trabalhos do sínodo nas paróquias. De acordo com Dom Odilo, é importante que os paroquianos compreendam que na paróquia deve acontecer a vida e a missão da Igreja, resumida em três grandes dimensões: “anúncio do Evangelho, oração, adoração de Deus; celebração dos mistérios da salvação; e testemunho da vida nova que brota da fé no Evangelho
de Cristo e da ação do Espírito Santo”.

Conforme o artigo de Dom Odilo publicado nesta edição do O SÃO PAULO, na fase paroquial do sínodo arquidiocesano deverá acontecer a reflexão sobre a realidade eclesial e social, à luz da Palavra de Deus. No segundo momento dessa etapa da base, haverá um levantamento da realidade social e religiosa.

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