NACIONAL

55ª Assembleia Geral da CNBB

Precisamos da força da Eucaristia e do discernimento

Por Nayá Fernandes e Larissa Freitas
28 de abril de 2017

“Nunca podemos sair de uma Celebração Eucarística do mesmo tamanho que entramos, especialmente em relação a evangelização da sociedade. Esses são instantes complicados em que precisamos, especialmente os bispos, dar forças da Eucaristia e do discernimento”, disse Dom Luiz Soares Vieira na homilia da missa na sexta-feira, 28, em Aparecida.

CNBB

Todos os dias, às 7h30, os bispos reunidos na Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP), celebram a missa com a liturgia do dia antes de dar continuidade à pauta diária. Nesta sexta-feira, 28, o presidente da celebração foi Dom Luiz Soares Vieira, bispo emérito da Arquidiocese de Manaus (AM).

Na homilia, Dom Luiz afirmou que a Celebração Eucarística é um momento importante para buscar forças na missão evangelizadora da Igreja. “Nunca podemos sair de uma Celebração Eucarística do mesmo tamanho que entramos, especialmente em relação a evangelização da sociedade. Esses são instantes complicados em que precisamos, especialmente os bispos, das forças da Eucaristia e do discernimento.”

Comentando a segunda leitura da liturgia, um trecho do livro dos Atos dos Apóstolos, Dom Luiz falou sobre o mestre Gamaliel. “É o exemplo de Gamaliel, um homem esclarecido que evitou medidas descabidas propostas por vários membros do Sinédrio. Cuidado para não vos pordes em lutas contra Deus, precisamos de muita luz divina e de muita sabedoria para tomar decisões.”

E o Bispo, que todos os domingos, após as missas que presidia na Catedral de Manaus, permanecia ali por mais de uma hora atendendo ao povo que formava uma fila para falar com ele individualmente, lembrou ainda da figura literária de Dom Quixote.

“A tentação é fazer como Dom Quixote, investir contra moinhos indefesos, como se fossem inimigos, guerreiros. Podemos mergulhar em assuntos mínimos e desleixar urgências maiores, podemos mergulhar em soluções imediatistas e esquecer o futuro que abre situações incrivelmente preocupantes para a vida cristã. Em momentos como o atual, a experiência de pessoas que viveram longos anos, ajuda a minimizar o banal, e a maximizar o importante e pode ajudar na condução da Igreja”, afirmou Dom Luiz.

E ele falou ainda sobre o papel importante que exercem os bispos eméritos na Igreja. “Somos mais de 170 bispos eméritos do Brasil, que entregamos os governos de nossas dioceses, após anos e anos de serviços dedicados. Vivemos agora uma fase da vida que nos traz serenidade e nos oferece ocasião para outros serviços na Igreja.”

Papa no Egito

Dom Luiz recordou a visita do Papa Francisco no Egito e pediu a todos que rezassem por ele. “Nesse momento, vamos rezar pelo nosso Papa Francisco, que está viajando para o Egito, onde os cristãos foram assassinados por serem cristãos. Ele vai levar a força da Igreja Católica a todos Coptas que são cristãos como nós, que comungam a nossa fé. ‘Mãezinha’, protegei o nosso Papa, fazei com que essa missão seja realmente um reforço na fé daqueles cristãos que vivem situações extremas.”

Acerca da visita do Papa no Egito, Dom Edgar Madi, bispo da comunidade maronita no Brasil, disse em entrevista à rádio Vaticano que “o povo cristão que vive na terra do Oriente Médio está sofrendo só por causa do selo do Batismo que recebeu. O Papa tem preocupação por este povo e a viagem não vai ter repercussão só no Egito, mas no Oriente Médio todo. O Papa hoje não pode ir ao Iraque, mas está lá; não pode ir à Jordânia, mas esta visita é como se ele estivesse lá; não tem possibilidade de ir à Síria, mas é como se estivesse na Síria... No Líbano também... onde há presença palestina... ele foi à Terra Santa... Esta visita abraça todos os cristãos do Oriente Médio”.

 

Colaborou Larissa Freitas

 

(Com informações dos sites A12.com e Rádio Vaticano.)

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