‘Peçamos a Deus a firmeza e a constância na fé’

Por
12 de mai de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer presidiu a missa na manhã desta terça-feira, 12, na capela de sua residência, transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

No Evangelho do dia (Jo 14,27-31a), Jesus concede a sua paz aos discípulos e diz: “Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. “Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu”.

Dom Odilo ressaltou que essas palavras de Jesus são confortadoras e encorajam os discípulos para que permaneçam firmes na caminhada. 

CONFIAR NAS PROMESSAS DE DEUS

Já a primeira leitura (At 14,19-28) relata o episódio em que Paulo foi apedrejado e arrastado para fora da cidade. O Apóstolo, contudo, encorajava os discípulos a permanecerem firmes na fé e lhes dizia: “É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus”.

“A fé é um dom precioso que, muitas vezes, é posto à prova para que possamos aprofundá-la ainda mais”, destacou o Cardeal.

O Arcebispo chamou a atenção, ainda, para o pedido contido na oração do dia: “Dai ao vosso povo constância e firmeza na fé para que jamais duvide das vossas promessas”.

“Fracassamos na fé quando esquecemos as promessas de Deus. A perda da fé é uma desconfiança em relação a Deus. Por isso, afastamo-nos e tentamos nos afirmar sozinhos, contando com nossas próprias forças... A fé tem sempre como primeiro fruto a confiança em Deus e, em seguida, a esperança em suas promessas”, afirmou Dom Odilo.

TENTAÇÃO

O Cardeal enfatizou que a desconfiança em Deus é uma  das maiores tentações e está presente desde o início da história da humanidade, quando a serpente tentou Adão e Eva a não confiarem na promessa de Deus e comerem do fruto proibido. Também no êxodo do deserto, o povo começou a duvidar de Deus e a murmurar contra Moisés, questionando se o Senhor realmente estava com eles.

Por fim, invocando a intercessão dos santos mártires celebrados neste dia, São Nereu, Santo Aquiles e São Pancrácio, Dom Odilo pediu que Deus conceda a  firmeza e constância na fé.    

Comente

‘O amor de Deus é tão grande que Ele vem habitar em nós’

Por
11 de mai de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa na manhã desta segunda-feira, 11, na capela de sua residência, transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

O Evangelho do dia (Jo 14,21-26), narra a ocasião em Jesus diz aos discípulos: “Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele” e acrescenta: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou”.

“O amor de Deus é tão grande que Ele vem habitar em nós. É o que São Paulo, depois, dirá 'Vós sois templo de Deus'. Não apenas o Espírito Santo, mas a Trindade Santa mora em nós. O Pai, o Filho e o Espírito Santo habitam em nós”, ressaltou Dom Odilo, na homilia.

O Cardeal acrescentou que “Deus quer que estejamos tão próximos, que sejamos morada dele e que habitemos o seu coração”.

AMAR O QUE DEUS PEDE

Citando a oração litúrgica do dia, o Arcebispo ressaltou o pedido a Deus, “que unis os corações dos vossos fiéis num só desejo”, para que dê ao povo “amar o que ordenais e esperar o que prometeis”. “É justamente isso que devemos pedir, amar o que Deus nos pede. E o que Ele nos pede está nos mandamentos, no Evangelho, no próprio Jesus, que nos pede em nome de Deus, e está também na nossa consciência”, explicou Dom Odilo.

E a oração continua: “para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias”. “Portanto, temos, nesta oração, vários pedidos: amar o que Deus nos ordena, esperar o que Ele nos promete, para que não nos percamos entre as coisas boas, também, desta vida, que podem nos desviar. Não é que não possamos acolher as coisas boas desta vida, mas não podemos fixar nossos corações nelas, muito menos nas coisas ilícitas”, reforçou o Cardeal.

RECOMENDAÇÃO

Na conclusão da missa, Dom Odilo renovou seu pedido a Deus pela saúde de todos e pela cura daqueles que estão doentes. “Que todos cuidemos um dos outros, para que não sejamos contagiados por esse vírus. Por enquanto, a única defesa que nós temos é nos recolhermos em nossas casas, evitar contato com outras pessoas, não sair de casa o quanto for possível”, recomendou o Arcebispo.

Por fim, o Cardeal pediu orações pelo Papa Francisco, assim como o próprio Pontífice pediu, durante o telefonema feito a Dom Odilo no sábado, 9, para manifestar sua solidariedade pela situação da pandemia em São Paulo e transmitir sua bênção apostólica à toda a população.

Comente

‘Nós cremos na promessa de Jesus: a vida eterna’

Por
08 de mai de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo presidiu a Eucaristia na manhã desta sexta-feira, 8, na capela de sua residência, transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

“Rezemos para que possamos ser livres dessa pandemia e também para que os cientistas e pesquisadores, o quanto antes, encontrem uma vacina e um medicamento eficaz para curar os doentes”, disse Dom Odilo, incluindo, como tem feito todos os dias, a intenção dos falecidos e seus familiares.

CRER NA PESSOA DE JESUS

Dom Odilo iniciou a homilia com um comentário sobre a pregação “missionária e querigmática” de São Paulo em Antioquia da Pisídia, narrada na primeira leitura (At 13,26-33). O Apóstolo anuncia Jesus, sua vida, pregação, sua condenação, paixão, morte e ressurreição. “Este é sempre o núcleo referencial da pregação do Evangelho”, destacou o Cardeal.

“Aqui, mais uma vez fica claro que a nossa fé cristã tem como referência o testemunho sobre Jesus Cristo. Não é simplesmente um conjunto de doutrinas e preceitos morais ou de ritos religiosos, litúrgicos... muito menos uma ideologia social e política de transformar o mundo segundo uma certa proposta. A pregação cristã sempre parte de Jesus Cristo, nunca pode ser algo que se torna desligado ou independente dele”, enfatizou o Arcebispo.

Dom Odilo reforçou que  fé cristã não consiste simplesmente em ideias que se discutem, como as filosofias, mas na pessoa de Jesus Cristo.  “Jesus Cristo não é uma ideia, é o Filho de Deus”, afirmou, recordando, ainda, as palavras de São Paulo na sua Primeira Carta aos Coríntios: “Nós, porém, proclamamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos”( 1Cor 1,23).

ESPERANÇA CRISTÃ

No Evangelho do dia (Jo 14,1-6), ainda no contexto do seu discurso de despedida na última ceia, Jesus diz que na casa do Pai há muitas moradas e que irá preparar um lugar para os seus e que depois voltará para leva-los consigo.

O Cardeal explicou que esse lugar preparado por Jesus é a vida eterna, junto de Deus, na sua glória, a realização plena da finalidade para a qual Ele criou a humanidade. “Esta promessa de Jesus é o motivo da grande alegria, que anima a nossa esperança cristã”, destacou.

“Nós não cremos apenas para sermos felizes neste mundo”, acrescentou Dom Odilo, ressaltando que, em tempos como o desta pandemia, ganham força tendências de que “o ser humano deve ser senhor da própria morte”.

VIDA ETERNA

“Quando nem conseguimos dar conta de um vírus e de tantos outros problemas que temos ao nosso redor, sentimo-nos tão frágeis e incapazes... Deus não nos fez para a frustração, mas para a plenitude. Por isso mesmo, Jesus nos dá essa palavra de esperança, essa promessa, que nos dá esperança e certeza de que também diante da morte, do inevitável, temos a vida eterna”, afirmou.

“Peçamos a Deus que nos dê esperança e humildade sincera para poder acolher de Deus a sua promessa e não sermos tão soberbos e não aceitar o presente que Ele quer nos dar: a vida eterna”, concluiu.

EM CASA

No fim da celebração, o cardeal renovou o pedido para que as pessoas convidem seus familiares e conhecidos para acompanharem as celebrações que estão sendo transmitidas pelas mídias digitais.

“Eu sei que há muitas pessoas querendo voltar para a Igreja, com saudades da missa, receber sacramentalmente a Eucaristia, reencontrar a comunidade... Isso é bom! Mas, por enquanto, isso ainda não é possível por causa das restrições em vista da pandemia. Devemos cuidar para que não sejamos contagiados e também não sejamos um risco pra contagiar outros”, afirmou o Cardeal, explicando que por essas razões, está mantida na Arquidiocese, como em outras dioceses brasileiras, a suspensão das missas e atividades religiosas e pastorais com a presença de fiéis.

GENEROSIDADE

“Gostaria, também, de pedir a vocês o seu apoio às paróquias, inclusive do ponto de vista das colaborações econômicas, porque as paróquias precisam para poderem arcar com as suas despesas ordinárias que continuam a ocorrer e para que continuem a manter vivo o trabalho pastoral e evangelizador da Igreja”, acrescentou Dom Odilo, recomendando os fiéis a também estarem atentos às necessidades materiais dos mais pobres, auxiliando, na medida do possível, as muitas iniciativas e organizações de serviço da caridade da Igreja.

 

 

Comente

A Eucaristia sustenta a vida da Igreja durante a pandemia

Por
07 de mai de 2020

Desde o agravamento da pandemia de COVID-19, os fiéis católicos brasileiros, assim como os de muitas partes do mundo, enfrentam o desafio de não poderem participar presencialmente das missas e comungarem sacramentalmente a Eucaristia.

Essa limitação se une a tantas outras enfrentadas pela população em todos os níveis, com um único objetivo: conter o rápido avanço do novo coronavírus e, consequentemente, salvar vidas.

Algumas pessoas devem se perguntar, porém, como a Igreja pode sobreviver sem a Eucaristia. É preciso ter claro, contudo, que a quarentena não suspendeu a celebração do sacramento central da vida cristã. O que há é a suspensão temporária da participação do povo nas missas.

EM FAVOR DO POVO

Diariamente, os sacerdotes de diversos cantos do mundo oferecem o santo sacrifício da missa em favor de todo o povo de Deus, a começar pelo Papa Francisco, que todas as manhãs preside a Eucaristia na Capela da Casa Santa Marta, transmitida para todo o mundo pela internet. E pela fé, cada cristão é alcançado pela eficácia salvífica desse sacramento.

Essa não é a primeira vez na história que o povo fica privado dos sacramentos. Em situações de grandes guerras e conflitos armados que impossibilitavam a circulação de pessoas nas ruas, os fiéis foram dispensados das obrigações sacramentais. No entanto, como acontece agora, os padres continuavam a celebrar as missas em favor desse povo e pediam a Deus que a ordem e a paz fossem restabelecidas.

“É bonito ver o amor por Jesus e, consequentemente, o amor pelos sacramentos. É necessário, porém, fazer uma distinção quando lidamos com a não participação sacramental. Trata-se do motivo pelo qual esta não participação acontece. A diferença está entre querer e poder participar”, ressaltou Dom Joel Portella Amado, Secretário- Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em entrevista ao O SÃO PAULO (leia a íntegra aqui).

RESPONSABILIDADE

“Não são os bispos que estão privando a recepção dos sacramentos. Os bispos estão seguindo as orientações de saúde pública. Sofrem com isso. Tenho acompanhado o testemunho de vários bispos, angustiados por não poderem dar ao seu povo o atendimento deseja- do. É o que se pode fazer, no entanto, em um momento em que não existem remédio, vacinas e condições de tratamento (leitos, respiradores etc.)”, enfatizou o Secretário-Geral.

Dom Devair Araújo da Fonseca, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia e Vigário Episcopal para a Pastoral da Comunicação, reforçou que a suspensão das missas públicas é um ato de responsabilidade da Igreja diante da emergência sanitária e de cuidado com a vida dos fiéis.

“O mundo vive uma situação de pandemia, e é preciso compreender que a Igreja não está isolada deste mundo. Neste momento, não podemos ter aglomerações e, por isso, não podemos realizar as nossas celebrações, que, geralmente, acontecem com a participação de muitas pessoas”, explicou, recordando as palavras da Constituição Gaudium et spes, do Concílio Vaticano II, que diz que “a Igreja partilha das do- res e das angústias, das alegrias e das esperanças do mundo”.

O Vigário Episcopal reiterou que as pessoas não estão privadas da comunhão com Cristo. “Estão privadas da comunhão sacramental, que é muito importante, mas que no momento não é possível devido a esta grave situação”.

CUIDAR DA VIDA

Dom Devair lembrou ainda que, neste ano, a Campanha da Fraternidade teve como tema a proteção da vida. Nessa perspectiva, “o distanciamento e a ausência das celebrações públicas têm o sentido de cuidar da vida das pessoas agora, para que depois possamos nova- mente nos encontrar e, assim, voltar a celebrar nas comunidades”, sublinhou.

A preocupação com a proteção da vida também foi destacada por Dom José Benedito Cardoso, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa. “O isolamento social é uma medida importante, no critério de prudência para cuidar da vida de todos. Não somos melhores que os outros, não somos melhores que os demais segmentos da sociedade, nem temos uma proteção especial, o vírus ataca a todos. Com isso, estamos fazendo o que Jesus fez e nos recomenda que façamos também: ‘Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância’”, disse.

IGREJA VIVA

Dom Carlos Lema Garcia, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga e Vigário Episcopal para a Educação e a Universidade, ressaltou que a Igreja nunca fecha, o que está fechado é apenas o local de culto. “Todos nós somos Igreja e, portanto, a Igreja não pode fechar nunca, porque onde há um cristão que reza, que tem fé em Deus, que tem consciência de ser filho de Deus, de ser discípulo missionário no seu coração, a Igreja está viva. Só que nós não estamos reunidos, mas estamos unidos como sempre estivemos na comunhão dos santos, que é uma realidade muito viva”, afirmou.

“Ninguém nos tirou a missa, ela está acontecendo”, completou Dom Jorge Pierozan, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, comentando que tem acompanhado pelas mídias digitais inúmeras lives das celebrações que mostram uma Igreja viva e uma multidão de sacerdotes celebrando ininterruptamente pelo seu povo, confirmando a promessa de Jesus: ‘Eu estou convosco até o fim dos tempos’”.

VIVER A FÉ

Dom Joel Portella destacou que um dos aspectos que mais o fascinam é a possibilidade de viver a fé em qualquer situação. “Tenho pensado muito nos cristãos perseguidos, impedidos por longos anos de portar consigo até mesmo um pequeno sinal de fé. Lembro dos padres e bispos que, na prisão, não podem celebrar a Eucaristia. Nem por isso deixaram de viver a fé. Ao contrário, santificam-se porque se agarram ao que lhes é possível fazer”, afirmou.

Já Dom Devair propôs uma reflexão sobre o que significa temer e não tentar a Deus, colocando a vida em risco. “Tenho visto algumas pessoas que, acre- ditando que, por serem protegidas por Deus, podem fazer qualquer coisa. Nós, de fato, estamos nas mãos de Deus e tudo gira em torno da sua vontade, mas não podemos arriscar as coisas como se Deus fosse fazer uma mágica. Temer a Deus também significa que nós devemos fazer a nossa parte, ou seja, cuidar de nós mesmos e uns dos outros.”

(Colaboraram: Flavio Rogério Lopes e Jenniffer Silva)

LEIA TAMBÉM: 

Secretário-geral da CNBB reitera que os bispos não estão privando os fiéis dos sacramentos

 

Comente

Por
24 de fevereiro de 2021

Comente

‘É grande a responsabilidade daqueles que Jesus envia’

Por
07 de mai de 2020

Na missa desta quinta-feira, 7, na capela de sua residência, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, enfatizou que os discípulos de Jesus Cristo devem tomar consciência da missão de serem sinais dignos daquele que o Pai enviou para salvar a humanidade.

Desde o início das medidas de isolamento social para conter a rápida disseminação do novo coronavírus, as missas diárias de Dom Odilo têm sido transmitidas pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

Como tem feito em todas as manhãs, o Cardeal ofereceu a Eucaristia pela intenção de todo o povo da Igreja em São Paulo, especialmente os doentes, os falecidos e as pessoas que sofrem com a pandemia em todos os aspectos.

DISCURSO DE DESPEDIDA

No Evangelho de Dia (Jo 13,16-20) retorna ao contexto da última ceia em que Jesus começa a fazer seu “discurso de despedida”, no qual ele começa a falar da traição que haveria de sofrer, sem mencionar Judas Iscariotes.

“Jesus se refere à traição de Judas, mas também a tantas traições ao longo da história, de tantas infidelidade que vão acontecendo ao longo da história. A Igreja também experimentou tantas vezes esses momentos de abandono, infidelidade e traição, de pessoas que renegam a fé, quando não a atacam ou perseguem aqueles que creem em Jesus”, destacou o Cardeal.

Em seguida, chamou a atenção para recomendação de Jesus aos apóstolos: “Em verdade, em verdade vos digo, quem recebe aquele que eu enviar, recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou”.

Nesse sentido, o Arcebispo enfatizou que quem não recebe Jesus, portanto, está se pondo contra o desígnio do Pai de salvar toda a humanidade. “A partir daí, podemos pensar no quanto é grande a responsabilidade daqueles que Jesus envia. Eles, naturalmente, têm a garantia de que Jesus os acompanha, mas que também devem se portar de maneira digna para que aqueles que os receberem recebam, assim, a Jesus”.

“Receber Jesus na nossa pessoa de discípulos é uma grande honra, mas é também uma grande responsabilidade, de sermos sinais dignos, claros, transparentes dele, de maneira que as pessoas possam reconhecer Jesus no discípulo, e em Jesus reconheçam a vontade salvadora de Deus”, afirmou.

PREGAÇÃO DE PAULO

A primeira leitura (At 13,13-25) continua a narrar a primeira viagem missionária de São Paulo, que chegou até Antioquia da Pisídia, onde o Apóstolo entra em uma sinagoga com Barnabé, ouvem as leituras e, em seguida, começam a pregar, recordando a história do povo de Israel, acompanhado por Deus, que não os abandonou e, por isso, enviou o Salvador, Jesus, para que todos, por meio dele, tenham salvação.

“Paulo, portanto, pregou, testemunhou Jesus com coragem, para que todos pudessem receber, por meio dele, a Palavra da salvação e pudesse também reconhecer na pessoa dele o próprio Jesus”, ressaltou o Cardeal, recordando os inúmeros missionário que hoje anunciam a Jesus em circunstâncias que nem sempre são favoráveis, como na Amazônia e na regiões que mais sofrem hoje com a pandemia.

“Lembremos deles, peçamos a Deus que os proteja, conforte a bençoe”, concluiu Dom Odilo.

CUIDAR DA SAÚDE

No fim da missa, Dom Odilo encorajou os fiéis a enfrentarem esses tempos difíceis com fé, respeitando as recomendações das autoridades sanitárias para evitar o avanço da pandemia.

“São limitações chatas, talvez, mas necessárias, para que possamos preservar a saúde, importantes para que possamos desenvolver a caridade a paciência, tantas virtudes. Que possamos redescobrir, valorizar a vida sob tantos aspectos que tantas vezes são esquecidos quando todo nosso tempo está ocupado fora de nós, fora de casa”, exortou.

 

Comente

‘Rezar pelas vocações é também rezar pelas comunidades cristãs’

Por
06 de mai de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa na manhã desta quarta-feira, 6, na capela de sua residência, transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

Na homilia, Dom Odilo destacou a primeira leitura (At 12,24-13,5a), que narra o episódio em que, a comunidade dos cristãos reunida em oração em Antioquia ouviu do Espírito Santo: “Separai para mim Barnabé e Saulo, a fim de fazerem o trabalho para o qual eu os chamei”.

ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES

O Cardeal ressaltou que essa cena mostra que onde existem comunidades vivas, fervorosas, nascem vocações.  

“As vocações sacerdotais de religiosas não caem do céu ou vêm do vazio. Nascem em famílias fervorosas e em comunidades que valorizam e vivem bem a fé, que são organizadas. Portanto, rezar pelas vocações é também rezar pelas comunidades cristãs”, enfatizou.

O Arcebispo pediu, ainda, que Deus possa chamar de todas as paróquias pessoas para a vida consagrada, sacerdotal e missionária, para o serviço do Evangelho e para a missão da Igreja.  

Por fim, Dom Odilo abençoou o trabalho realizado pela Pastoral Vocacional nas paróquias e pediu a intercessão de Nossa Senhora, mãe das vocações, para que Deus continue a chamar pessoas para seguirem a Jesus Cristo.

ATENÇÃO PELOS MAIS POBRES

Na conclusão da missa, o Cardeal reforçou seu apelo para as pessoas estejam atentas as necessidades dos mais pobres nesse período de pandemia, ressaltando que muitas pessoas estão impossibilitadas de trabalhar e sem uma fonte de renda para sustentar suas famílias.

“Olhemos para os que mais precisam da nossa ajuda. Na medida do possível, apoiemos as organizações de caridade que temos em abundância em nossa sociedade para ajudar os pobres”, exortou.  

Dom Odilo também alertou que está prevista para os próximos dias uma queda da temperatura na cidade e, por isso, pediu que haja preocupação também com as pessoas que mais sofrem com o frio, sobretudo, as que estão em situação de rua. “Pensemos naqueles que precisam de agasalho, de cobertores... Não deixemos de partilhar”, concluiu.

Comente

‘Ser Cristão é estar com Jesus e segui-lo, como o Pastor que cuida de suas ovelhas’

Por
05 de mai de 2020

Na manhã desta terça-feira, 5, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, presidiu na capela de sua residência, transmitida pelo Facebook da Arquidiocese e pela rádio 9 de Julho.

Na Homilia, Dom Odilo, recordou a continuidade do Evangelho do Bom Pastor no capítulo 10 de São João. Neste trecho, Jesus está no templo de Jerusalém e o tema do Pastor é retomado, pois muitos questionam se Jesus é realmente o Messias, enviado por Deus. Em sua resposta, Jesus afirma que eles não acreditam, porque não são suas ovelhas. Elas conhecem a voz do Pastor.

O Cardeal explicou que essa passagem resume a questão central do Pastor, que conhece as suas ovelhas e elas o conhecem, seguem a sua voz e o seguem: “Ser Cristão é estar com Jesus e segui-lo, como o Pastor que cuida de suas ovelhas e elas o seguem. Ser cristão, portanto, é um estar, ouvir e conhecer a Jesus e deixar ser por Ele conhecido e conduzido”.

PASTOR DA HUMANIDADE

O Arcebispo de São Paulo recordou a relação de unidade entre Jesus e o Pai que enviou seu Filho com a missão de cuidar das suas ovelhas. “Mais adiante, nesse mesmo trecho, Jesus vai mais fundo na questão, dizendo que ninguém vai arrebatar as ovelhas que são dele e ninguém vai tirá-las de suas mãos. Essas ovelhas, na verdade, são do Pai e aqui entra o pensamento da dimensão universal da salvação: Deus salvador, envia seu filho para cuidar daqueles que são de Deus, cuidar da humanidade. Jesus é o Pastor de toda humanidade.”

Dom Odilo, também destacou a observação feita pelo evangelista São João sobre as condições climáticas do acontecimento, que têm um grande significado: “Estava frio e este inverno diz muita coisa para nós. Justamente, estar com Jesus aquece o coração. Estar com Ele garante não perecer de frio. O frio, nesse caso, é o distanciamento de Deus, é a solidão de quem não está com o Pastor, é a solidão de quem caminha sozinho.”

IGREJA MISSIONÁRIA

O Cardeal Scherer concluiu sua reflexão recordando Barnabé, figura central na primeira leitura. Ele lembrou que os cristãos estavam dispersos naquele momento, devido a grandes perseguições, mas mesmo assim o Evangelho era anunciado a todos que desejam ouvir as Graças de Deus.

“Aqui aparece a dimensão missionária da Igreja em seu princípio, pois a perseguição leva a Igreja a ser mais missionária. Quem disse que a perseguição acaba com a Igreja? Quem disse que o martírio acaba com a Igreja? Pelo contrário, fortalece ainda mais, pois a perseguição faz com o que o Evangelho seja levado mais adiante, não só pelos apóstolos, mas também pelos leigos e leigas”, concluiu.

Comente

‘Nós que estamos à frente do povo de Deus, somos servidores do rebanho do Bom Pastor’

Por
04 de mai de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, celebrou na manhã desta segunda-feira, 4, na capela de sua residência, a missa da 4º Semana da Páscoa, transmitida pelo Facebook da Arquidiocese e pela rádio 9 de Julho.

Na homilia, Dom Odilo recordou a continuidade do Evangelho do 4º Domingo da Páscoa, conhecido como o “Domingo Bom Pastor”. No capítulo 10 do Evangelho de João, Jesus se apresenta como o Bom Pastor, que dá a vida por suas ovelhas e faz um contraste com o mal Pastor, que não se preocupa nem se importa com as ovelhas e realiza aquela função apenas porque recebe um salário.

“Jesus se apresenta como o Pastor que conhece e é o dono das ovelhas e as ovelhas também conhecem a sua voz. A toda uma relação de proximidade e amor e estreito interesse do Pastor em relação aos bens das próprias ovelhas. O Bom Pastor ama as ovelhas ao ponto de dar a vida por elas. Esse Pastor é Jesus nosso Senhor, que por nós entregou a vida pela Cruz e por nós ressuscitou.”

CORRESPONDER AO PASTOR

O Arcebispo de São Paulo recordou que esta parábola expressa muito bem a relação que todos devem ter com Cristo: como ovelhas, pedir a graça de permanecer fiéis, firmes e unidos ao Bom Pastor, diante da fragilidade humana, que pode levar a vacilar, seguir os próprios caminhos e ouvir outras vozes.

“As ovelhas devem corresponder ao Pastor, se são realmente ovelhas do Bom Pastor, elas o reconhecem, ouvem a sua voz e o seguem. Elas não vão atrás de estranhos e não darão ouvido a falsos pastores”.

FALSOS PASTORES

O Cardeal reiterou que o tempo pascal ajuda a recordar quais são as condições fundamentais para que cada um permaneça fiel ao Batismo e à vivencia cristã. O cristão deve seguir uma relação de amor, obediência, fidelidade e muita proximidade de Jesus.

“Quem se afasta começa a perder essa serenidade, porque não tem mais aquela segurança que o Bom Pastor proporciona e começa a se dar conta  que caiu nas mãos de falsos pastores e exploradores, daqueles que conduzem por outros caminhos e tiram proveito das ovelhas. Por isso, nós queremos pedir que sejamos fortalecidos e confirmados no caminho da nossa fé, no caminho da vida cristã, na fidelidade a Cristo.”

SERVIDORES DAS OVELHAS

Dom Odilo também recordou Dia Mundial de Oração pelas Vocações, celebrado no domingo, 3, e pediu para que todos rezem por vocações boas e santas e que aqueles que são chamados ao sacerdócio tenham firmeza e perseverança. O Cardeal, também pediu orações por todos os padres que já exercem seus ministérios, para que possam ser bons pastores, fiéis a Cristo, aos mandamentos e atuem sempre em favor das ovelhas.

“Na Igreja, Deus chama aqueles que são encarregados para, em nome de Cristo, estar no lugar do Pastor. Não substituem o Pastor, mas estão como representantes, pois o Bom Pastor continua sendo Jesus. Por isso, os próprios pastores que são chamados, devem fidelidade a Jesus Cristo e não podem achar que as ovelhas são suas, pois elas pertencem a Cristo. Nós que estamos a frente do povo de Deus somos servidores do rebanho do Bom Pastor, somos ministros servidores do Bom Pastor”, concluiu.

 

 

Comente

‘Fiquemos firmes na fé da Igreja em Jesus, salvador do mundo’

Por
02 de mai de 2020

A fé dos apóstolos em Jesus Cristo como verdadeiro Deus é o destaque da liturgia da missa deste sábado, 2, presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, na capela de sua residência, transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

Na homilia, Dom Odilo refletiu sobre a conclusão do capítulo sexto do Evangelho de São João, proclamado na missa, que mostra que aqueles que ouviram o discurso de Jesus sobre o pão da vida começaram a murmurar porque não entenderam suas palavras. Diante disso, o próprio Jesus afirmou: “As palavras que vos falei são espírito e vida. Mas entre vós há alguns que não creem”.

“Muitos iam atrás de Jesus porque ele tinha multiplicado os pães... outros estavam lá para, talvez, tirarem algum proveito, mas não tinham fé”, destacou o Cardeal, acrescentando, que ainda hoje há pessoas que procuram Jesus por outros interesses.

Vendo que muitos foram embora, Jesus perguntou aos 12 apóstolos: “Vós também vos quereis ir embora?”. E Pedro respondeu: A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”.

SANTO DO DIA 

Ao comentar essa afirmação de Pedro, o Arcebispo ressaltou que essa fé na divindade de Jesus também foi defendida por Santo Atanásio, o bispo e doutor da Igreja do século IV, cuja memória é celebrada neste dia.

“Santo Atanásio e tantos outros, ao longo da história, foram os doutores da Igreja e ajudaram a manter firme a fé e a referencia ao Evangelho, de onde nós bebemos a fé verdadeira e não em especulações de qualquer tipo, que podem até ser interessantes, mas se não estão em sintonia com aquilo que Jesus manifestou, testemunhou de si mesmo e que os apóstolos pregaram sobre Ele, nós corremos o risco de estarmos errados na nossa fé”.

Por fim, Dom Odilo pediu a intercessão do santo do dia para que os cristãos tenham firmeza na fé. “Fiquemos firmes na fé da Igreja e peçamos que Santo Atanásio nos ajude e interceda por todos nós para que tenhamos fé verdadeira em Jesus Cristo, filho de Deus, salvador do mundo”, concluiu.

ROMARIA A APARECIDA

Antes da bênção final, Dom Odilo reforçou o convite a povo para que se una espiritualmente à realização da 119ª Romaria da Arquidiocese de São Paulo a Aparecida, no próximo domingo, 3 de maio.

Este ano, devido à pandemia de COVID-19, não haverá a participação de fiéis na missa que o Cardeal Scherer presidirá no Santuário Nacional, às 12h. Contudo, a celebração será transmitida, ao vivo, pela TV Aparecida, pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

“Nós faremos nossa romaria de uma forma diferente, mas sem deixar de colocar nas mãos e no coração de Nossa Senhora Aparecida as nossas intenções e súplicas e também as intenções de toda a nossa Arquidiocese”, afirmou o Arcebispo.

Comente

Páginas

Para pesquisar, digite abaixo e tecle enter.