INTERNACIONAL

Aquecimento global

Estados Unidos saem do Acordo de Paris

Por Filipe David
08 de junho de 2017

O pedidente estadunidense, Donald Trump, optou por rouper com o acordo, alegando ser desfavorável à economia do País 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu sair do Acordo de Paris, que estabelece, para cada país, metas de redução de emissão dos gases do efeito estufa, com o objetivo de impedir ou limitar o aquecimento global a partir de 2020. Segundo o presidente norte-americano, o acordo era desfavorável à economia do País e desvantajoso para os Estados Unidos em comparação com outras nações, como a Índia e a China. Ainda segundo o Presidente, o Acordo custaria à economia norte-americana 3 trilhões de dólares e 6,5 milhões de empregos.

O Acordo de Paris foi escrito no final de 2015 e tem como objetivo limitar o aquecimento global a 2 graus Celsius em comparação com a temperatura anterior à revolução industrial. A teoria do aquecimento global é que a industrialização e o aumento da emissão dos gases do efeito estufa – devido ao uso de fontes de energia não renováveis, como o petróleo e o carvão – causariam, com o passar dos anos, um aumento na temperatura média do planeta. Para limitar esse efeito, cada país precisaria limitar o seu uso de energias não renováveis, o que implica um aumento do custo da energia e um efeito negativo na economia.

O grupo de cientistas da Convenção sobre a Mudança do Clima da Organização das Nações Unidas endossa de forma unânime a teoria do aquecimento global, mas muitos outros cientistas a questionam, dizendo que a temperatura do planeta muda naturalmente de uma época para outra e que a industrialização e as emissões de gases do efeito estufa têm muito pouco ou nenhuma relação com a temperatura global.

A saída do Acordo de Paris ocorreu pouco depois da visita de Trump ao Papa Francisco, na qual o Pontífice presenteou o presidente norte-americano com uma cópia assinada de sua carta encíclica Laudato Si’, na qual menciona o aquecimento global.

A saída do Acordo tem sido vista como uma derrota político-diplomática do Vaticano. Diversas autoridades eclesiásticas criticaram a decisão. O Cardeal Peter Turkson, presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, disse que a saída “é algo que esperávamos que não acontecesse”. Diversos bispos norte-americanos também se pronunciaram contra a decisão, como Dom Oscar Cantu of Las Cruces, que afirmou que a encíclica Laudato Si’ foi feita para incentivar os países a protegerem o planeta.

Fontes: BBC/ CAN

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