Conferência do Clima busca dar andamento ao Acordo de Paris

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08 de novembro de 2017

Começou na segunda-feira, 6, na Alemanha e vai até dia 17, a 23º Conferência do Clima (COP23) que dará andamento ao Acordo de Paris com o grande desafio de superar a saída dos Estados Unidos e, ainda assim, manter as metas estabelecidas em dezembro de 2015, quando 195 países fizeram um pacto para manter o aquecimento global em 2ºC até o final deste século.  

O presidente norte-americano Donald Trump, pouco antes de tomar posse, anulou o compromisso assumido pelo seu antecessor, Barack Obama. Porém, os Estados Unidos só poderão se retirar de fato a partir de 2020, devido às regras do acordo, por isso uma delegação norte-americana estará no COP23.

O encontro é presidido por Fiji e organizado pela Convenção das Nações Unidas sobre Mudança Climática, em parceria com autoridades da Alemanha. Uma das principais metas dessa conferência é a finalização do "livro de regras", que começou a ser delineado no Acordo de Paris. Trata-se de um detalhamento de como chegar ao cumprimento dos compromissos (de manter o aquecimento do planeta a níveis menores de 2ºC).

Apesar do recente anúncio de queda no desmatamento na Amazônia, o Brasil chega à COP23 sob fortes denúncias de retrocessos no campo ambiental. A recente boa notícia não é suficiente para suprir os altos índices de degradação às florestas brasileiras em dois anos subsequentes, 2015 e 2016. 

(Com informações de UOL e G1)

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Estados Unidos saem do Acordo de Paris

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08 de junho de 2017

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu sair do Acordo de Paris, que estabelece, para cada país, metas de redução de emissão dos gases do efeito estufa, com o objetivo de impedir ou limitar o aquecimento global a partir de 2020. Segundo o presidente norte-americano, o acordo era desfavorável à economia do País e desvantajoso para os Estados Unidos em comparação com outras nações, como a Índia e a China. Ainda segundo o Presidente, o Acordo custaria à economia norte-americana 3 trilhões de dólares e 6,5 milhões de empregos.

O Acordo de Paris foi escrito no final de 2015 e tem como objetivo limitar o aquecimento global a 2 graus Celsius em comparação com a temperatura anterior à revolução industrial. A teoria do aquecimento global é que a industrialização e o aumento da emissão dos gases do efeito estufa – devido ao uso de fontes de energia não renováveis, como o petróleo e o carvão – causariam, com o passar dos anos, um aumento na temperatura média do planeta. Para limitar esse efeito, cada país precisaria limitar o seu uso de energias não renováveis, o que implica um aumento do custo da energia e um efeito negativo na economia.

O grupo de cientistas da Convenção sobre a Mudança do Clima da Organização das Nações Unidas endossa de forma unânime a teoria do aquecimento global, mas muitos outros cientistas a questionam, dizendo que a temperatura do planeta muda naturalmente de uma época para outra e que a industrialização e as emissões de gases do efeito estufa têm muito pouco ou nenhuma relação com a temperatura global.

A saída do Acordo de Paris ocorreu pouco depois da visita de Trump ao Papa Francisco, na qual o Pontífice presenteou o presidente norte-americano com uma cópia assinada de sua carta encíclica Laudato Si’, na qual menciona o aquecimento global.

A saída do Acordo tem sido vista como uma derrota político-diplomática do Vaticano. Diversas autoridades eclesiásticas criticaram a decisão. O Cardeal Peter Turkson, presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, disse que a saída “é algo que esperávamos que não acontecesse”. Diversos bispos norte-americanos também se pronunciaram contra a decisão, como Dom Oscar Cantu of Las Cruces, que afirmou que a encíclica Laudato Si’ foi feita para incentivar os países a protegerem o planeta.

Fontes: BBC/ CAN

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