NACIONAL

55ª Assembleia Geral da CNBB

Dom Leonardo dá detalhes sobre a 55ª Assembleia Geral da CNBB

Por Júlia Cabral
25 de abril de 2017

Dom Leonardo Ulrich Steiner, secretário-geral da CNBB, conversou com a equipe do Notícias Canção Nova, contando um pouco do que acontecerá na 55ª Assembleia Nacional.

Arquidiocese de Brasilia

Com a proximidade da 55ª Assembleia Geral, Dom Leonardo Ulrich Steiner, secretário-geral da CNBB, concedeu entrevista à Canção Nova explicando a escolha do tema central do encontro¸ “Iniciação à Vida Cristã”, a rotina de trabalho dos bispos e o cenário político. A Assembleia começa na quarta-feira, 26, e vai até 5 de maio, reunindo, aproximadamente 350 presbíteros de todo o país, em Aparecida (SP).

Ao ser questionado de como foi feita a escolha do tema central, Dom Leonardo respondeu que a escolha é do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), de modo que o tema “centraliza as preocupações e ocupa um bom espaço dos dias da Assembleia Geral. A Conferência de Aparecida havia apontado algumas preocupações em relação à evangelização na América Latina. Essas preocupações foram acolhidas nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil no quadriênio 2011 a 2015 como cinco urgências. Entre essas Urgências estava 'Igreja: casa da iniciação à vida cristã'. Nas Diretrizes do quadriênio atual, essas urgências permaneceram. Em Assembleia anteriores, abordamos 'Igreja: comunidade de comunidades', 'Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade'. Os bispos, no diálogo, escolheram a realidade da iniciação à vida cristã, para ser refletida e debatida durante a 55ª Assembleia Geral. O tema nos despertará para uma vida cristã mais misericordiosa, missionária e fraterna. Estamos sempre sendo iniciados na vida de Jesus Cristo.”

Falando sobre a rotina diária dos participantes, a descreveu sendo de muito trabalho, oração e diálogo. “A rotina: levantar, café da manhã celebração da eucaristia, trabalho, intervalo, trabalho, oração, almoço, descanso, oração, trabalho, intervalo, trabalho, oração, jantar. À noite acontecem encontros de grupos. A Assembleia expressa a comunhão entre os bispos, por isso temos momentos de escuta no plenário, diálogo no trabalho de grupo, troca de ideia e experiências nos intervalos, momentos celebrativos intensos. Naturalmente que os bispos também descansam e se alimentam. Participarão cerca de 350 bispos, contando com os eméritos.”

A respeito do cenário político, social e econômico a ser também discutido, Dom Leonardo declarou que há sempre uma análise da conjuntura tanto da política social quanto da questão eclesial. Ele lembrou que no Dia do Trabalho, em 1º de maio,  “os bispos deverão fazer um pronunciamento.” Assim como, dependendo “da decisão do plenário pode haver alguma outra manifestação sobre a realidade do país. Temos sempre recordado a realidade indígena e dos mais pobres, como também a realidade da Amazônia.”

É o encontro das igrejas particulares na pessoa dos bispos. A Assembleia é a oportunidade de nos encontrarmos. Às vezes, é o único momento em que nos vemos como bispos, mas temos o mesmo ministério, estamos a serviço da mesma Igreja e trazemos as alegrias e as angústias do nosso povo. É extraordinário participar da celebração onde estão presentes os pastores desse imenso Brasil com sua diversidade cultural; onde ecoam as vozes de tantas igrejas; onde todos estão com o olhar voltado para Jesus, cuidados pelo amor da Trindade. E em Aparecida acompanhados pela Virgem feita Igreja”, esclareceu sobre a importância, em sua visão, do encontro anual.

Tendo em vista o Ano Mariano Nacional, reforçou que, do mesmo modo que este é celebrado nas comunidades e dioceses, será celebrado também na Assembleia. Isso se dará por meio de “uma peregrinação até a imagem no Santuário durante o retiro. Os bispos devem oferecer às nossas comunidades uma reflexão que aborde a devoção à Nossa Senhora.”

Por fim, questionado sobre a discussão do Sínodo dos Bispos, declarou que “será abordado durante a Assembleia, mas como um momento de reflexão, pois ainda não teremos as respostas ao questionário que as dioceses e comunidades estão respondendo. Elas poderão enviar as respostas até o fim de julho quando faremos na CNBB uma síntese que será enviada ao Secretariado do Sínodo em Roma.”

(Com informações da Canção Nova)

 

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