Missa pela Irmã Maria do Rosário acontece na Catedral da Sé

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30 de março de 2018

Aconteceu na tarde da quarta-feira, 28, na Catedral da Sé, a missa de 7o dia da Irmã Maria do Rosário Leite Cintra, precursora da Pastoral do Menor e uma das idealizadoras do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A Religiosa, que pertencia à Congregação das Filhas de Maria Auxiliadora, morreu aos 82 anos, em 22 de março, em São Paulo.

A celebração eucarística foi presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, e concelebrada por Dom Pedro Luiz Stringhini, Bispo de Mogi da Cruzes (SP), que lembrou do período em que era seminarista, quando conviveu de maneira próxima com a Irmã Maria do Rosário.  Ele recordou a luta da Religiosa pelos direitos humanos e o seu jeito metódico que muito contribuiu para que fosse escrito o Estatuto da Criança e do Adolescente, que entrou em vigor em 1990.

Entre os que participaram da celebração estiveram a Coordenadora Nacional da Pastoral do Menor, Marilda dos Santos Lima, que apresentou uma síntese da história e da trajetória da Irmã Maria do Rosário na Pastoral do Menor. A celebração também contou com a presença dos coordenadores da Pastoral do Menor do Regional Sul 1 e na Arquidiocese de São Paulo e de membros da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos do Menor.

 

(Com informações de Wagner Ponciano/Catedral da Sé)

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Está aberto oficialmente o sínodo arquidiocesano

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25 de fevereiro de 2018

O sínodo arquidiocesano começou oficialmente na tarde do sábado, 24, com uma celebração de abertura no Centro de Eventos São Luís, na Consolação, com a participação do clero arquidiocesano e dos religiosos e leigos que estarão engajados na realização da primeira etapa do sínodo nas paróquias da Arquidiocese ao longo de 2018.

“Temos hoje a graça de celebrar a abertura dos trabalhos do 1º sínodo arquidiocesano, convocado para ser um 'caminho de comunhão, conversão e renovação missionária' para toda a nossa Arquidiocese. Deus nos concede esta graça especial e, ao mesmo tempo, confia uma imensa tarefa à nossa generosa colaboração. O sínodo é uma importante ação eclesial, que vamos fazer juntos, como participantes de um grande 'mutirão’ eclesial, com o objetivo de buscar o maior bem para a vida e a missão de nossa Igreja em São Paulo”, afirmou o Cardeal Scherer durante a reflexão de abertura do sínodo.

LEIA A ÍNTEGRA DA REFLEXÃO DO CARDEAL ODILO PEDRO SCHERER

Durante a celebração de abertura, houve a entrega dos símbolos que marcarão esta primeira etapa do sínodo, com os encontros em âmbito paroquial já a partir do mês de março.

ASSISTA À ÍNTEGRA DA CELEBRAÇÃO DE ABERTURA DO SÍNODO

A reportagem completa sobre a celebração de abertura do sínodo poderá ser vista no site do O SÃO PAULO e no jornal impresso a partir de quarta-feira, dia 28.

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Há 60 anos com a intercessão de são Filipe Neri

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20 de fevereiro de 2018

A Paróquia São Filipe Neri, no Parque São Lucas, na zona Leste de São Paulo, abriu as comemorações dos seus 60 anos de criação, no domingo, 11, com uma missa solene presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano.

Na ocasião, Dom Odilo conferiu a ordem presbiteral ao Diácono Josivaldo Alves Barreto, 33, religioso da Congregação do Oratório de São Filipe Neri, responsável pela comunidade paroquial desde a sua fundação. Dentre os concelebrantes estavam o Pároco, Padre Norival da Silva, o Vigário Paroquial, Padre Fabiano Micali de Almeida, e o Prepósito da Congregação, Padre Roberto Gennaro. 

História

Em 1957, o Padre Aldo Giuseppe Maschi (1920-1999), missionário oratoriano vindo de Verona, na Itália, chegou por acaso ao Parque São Lucas, onde se encantou com a população local que se reunia em uma pequena capela dedicada a Santo Antonio, decidindo-se permanecer ali. Em 11 de fevereiro de 1958, o Cardeal Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, então Arcebispo de São Paulo, erigiu a nova Paróquia, tendo como padroeiro São Filipe Neri, e o Padre Aldo como primeiro Pároco.

Padre Aldo permaneceu como pároco por 40 anos. Nesse período, alicerçou as bases para a fundação do único Oratório de São Filipe Neri de língua portuguesa no mundo, que recebeu o reconhecimento pontifício em 1996.

Ao contrário das demais congregações e ordens religiosas, os Oratórios de São Filipe Neri são casas independentes, canonicamente definidas pelo termo latino sui iuris , e são ligadas diretamente à Sé Apostólica, não tendo um superior geral que responda por todas as casas no mundo, mas, sim, um superior local, o prepósito, subordinado diretamente ao Papa. 

Portanto, o Parque São Lucas é o lar permanente dos padres oratorianos de São Paulo, o que torna mais estreita a sua ligação ao povo do bairro, que cresceu com a Paróquia.  

Comunidade mariana 

Há 20 anos no Oratório e sacerdote há 13 anos, o Vigário Paroquial relatou ao O SÃO PAULO que a Paróquia tem uma estreita relação com a devoção a Mãe de Jesus, pois foi fundada no dia em que se comemorava o centenário das aparições de Nossa Senhora em Lourdes, na França. “A primeira aparição de Nossa Senhora em Lourdes se deu em 11 de fevereiro de 1858. Um século depois, nossa Paróquia foi criada”, disse Padre Fabiano.

Para marcar essa relação histórica, depois da missa, Dom Odilo inaugurou e abençoou um altar dedicado a Nossa Senhora de Lourdes na parte externa da matriz paroquial. 

Povo de Deus

Na homilia, o Cardeal Scherer agradeceu aos padres oratorianos pelo serviço prestado na Paróquia ao longo das seis décadas, que imprimiu nos fiéis as características marcantes do padroeiro: a oração e a alegria.

Dom Odilo recordou, ainda, que a Paróquia não é simplesmente o templo, mas também “o povo de Deus que se reúne em torno de Cristo, presente no meio de nós, anunciando a Palavra, alimentando-nos, dando-nos coragem, enviando-nos a dar o testemunho do Evangelho no meio do mundo”.

O Arcebispo ressaltou, ainda, que cada paróquia é sinal da presença de Deus e do Evangelho no lugar onde ela está. “É importante o povo se ligar a uma paróquia, participar de suas celebrações e atividades, porque é desse jeito que acabam se tornando testemunho”, completou. 

Novo Padre

Pernambucano, Padre Josivaldo vive na Capital Paulista desde os 7 anos. Ingressou no Oratório em 2007, quando conheceu um padre oratoriano que atendia confissões no colégio onde estudava. “Há dez anos, eu venho caminhando com os oratorianos nesta Paróquia e, cada vez mais, me familiarizo com a espiritualidade de São Filipe Neri”.

Na homilia, Dom Odilo ressaltou que a ordenação presbiteral confere ao candidato o encargo de ser ministro servidor de Jesus Cristo e do povo de Deus, por meio dos sacramentos, de modo especial, a Eucaristia e a Confissão, o anúncio da Palavra de Deus, na Catequese e na formação cristã. “Como presbítero, você será encarregado de todo o bem da Igreja, que é o povo de Deus e sua fé”, disse o Cardeal ao ordenando.

O Arcebispo recomendou ao povo que olhe para os sacerdotes com fé. “Rezem por nós, a fim de que possamos ser cada vez mais dignos e melhores no nosso serviço e naquilo que devemos ser no meio do povo. O sacerdote também precisa de toda a colaboração do povo de Deus. A colaboração é fundamental para que possa desempenhar bem o seu ministério”. Por fim, o Cardeal Scherer salientou a importância da oração pelas vocações: “Todos devemos pedir que o Senhor da messe, que é Deus, continue a enviar operários”. 

Informações

Paróquia São Filipe Neri – Região Episcopal Belém Endereço: Avenida São Lucas, 279, Parque São Lucas Telefone: (11) 2211-6817

São Filipe Neri e os oratórios

Conhecido como o “sorriso de Deus”, São Filipe Neri é o padroeiro da alegria e da caridade. Nascido em Florença, na Itália, em 21 de junho de 1515, foi ordenado sacerdote em 1515, aos 36 anos, tendo o ministério marcado pelo atendimento da confissão e uma atenção especial pelos jovens e enfermos. Em 1565, fundou a Congregação do Oratório, voltada para clérigos seculares que viviam em comunidades, dedicados à evangelização e educação da juventude, administração dos sacramentos e as obras sociais. Seu ensinamento se resumia em “servir ao Senhor com alegria”.

Os primeiros oratorianos chegaram ao Brasil em meados do século XVII e permaneceram até a primeira parte do século XIX, quando a Congregação foi extinta no País em 1830. Só em 1957, com a chegada do Padre Aldo ao Parque São Lucas, é que os seguidores de São Filipe Neri voltaram a atuar no Brasil.

Hoje, a Paróquia conta com 40 pastorais e movimentos. Além disso, há um trabalho com dependentes químicos, Alcoólicos Anônimos, e um trabalho social desenvolvido pela Associação Pe. Aldo Giuseppe Maschi, que ajuda cerca de 120 famílias. Também é intenso o trabalho desenvolvido junto à juventude, grande preocupação de São Filipe Neri. No território da Paróquia, há, ainda, um convento feminino das Irmãs Auxiliadoras do Oratório, que ajudam nos trabalhos pastorais e obras sociais.

Seguindo uma tradição dos oratorianos, dentre as missas celebradas na Paróquia, há uma, aos domingos, rezada na forma extraordinária do rito romano, em latim, de acordo com as orientações prescritas na Carta Apostólica, na forma de Motu proprio, Summorum Pontificum , do Papa Bento XVI, em 2007.


 

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Jesus nasceu para trazer a paz

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27 de dezembro de 2017

Alessandro Rodrigues tem 45 anos e trabalha no programa de reinserção do Arsenal da Esperança. Há 8 meses, Alessandro foi acolhido no Arsenal depois de ter passado pela experiência de privação da liberdade em uma casa de detenção em São Paulo e ter vivido em situação de rua na cidade do Rio de Janeiro.

“Essa casa foi uma oportunidade que eu tive para mudar de vida”, disse à reportagem do O SÃO PAULO, após a missa que aconteceu no dia 25, às 17h, presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano.

Na Solenidade do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, a missa aconteceu na Capela do Arsenal da Esperança, localizada no Brás. À frente do altar, a imagem do Menino Jesus na manjedoura acolhia a todos os que foram participar da celebração natalina, que foi seguida de uma entrega de presentes para os 1.200 acolhidos. "Neste ano, graças à colaboração de muitos amigos e voluntários, foi possível entregar pra todos um kit com cueca, meia e chinelo", disse Padre Simone Bernardi, membro da Fraternidade que mantém a Casa. 

Com camisetas verdes e uma pasta de papel nas mãos, onde se podia ler a palavra paz, escrita em italiano, cerca de 20 voluntários cantavam e tocavam em diferentes instrumentos as músicas que foram preparadas especialmente para a ocasião pelo “Coral da Esperança”.

Alessandro faz parte do coral e aprendeu a tocar o bongo dentro da Casa. “A música também faz parte desse nosso processo de transformação e quero continuar tocando, mesmo depois de deixar o Arsenal”, disse.

Gianfranco Mellino veio da Itália para o Brasil há 22 anos para fundar em São Paulo o Arsenal, junto a outros membros da Fraternidade da Esperança. “Logo depois que chegamos, começamos o Coral, que é muito importante para todos os que vivem aqui”, afirmou. Apesar da rotatividade própria da Casa, há pessoas que estão no Coral há mais de dez anos, é o caso de Edson Calixto Pereira, que tem 69 anos, e mora na zona Norte de São Paulo, mas aos fins de semana vai para o Arsenal e lá permanece para trabalhar como voluntário.

 

‘O Filho de Deus se faz criança’

“O Filho de Deus se faz criança para que todos, sem medo, se deixem abraçar por ele”, disse Dom Odilo durante a homilia da missa, que foi concelebrada pelos padres da Fraternidade da Esperança, Simone Bernardi e Lorenzo Nacheli.

“Luzes, flores e presentes fazem parte do clima de Natal, mas o Natal é mais que isso. Neste dia, devemos nos perguntar: qual foi a origem de Jesus? Ele é o Filho de Deus. Não recordamos hoje somente o aniversário de Jesus, mas devemos pensar no que Jesus quer nos dizer a partir do seu nascimento”, continuou o Cardeal.

O Coral da Esperança também foi convidado para participar da mensagem de Natal da Arquidiocese de São Paulo.

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11 padres e uma missão: testemunhar Cristo na cidade

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29 de novembro de 2017

Fez-se um grande silêncio na Catedral da Sé. O momento era de oração e gratidão a Deus pelos 11 diáconos ordenados presbíteros na Arquidiocese de São Paulo, no sábado, 25, às 15h. Primeiro o presidente da celebração, Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo e, em seguida, todos os padres concelebrantes, impuseram as mãos sobre aqueles que estavam sendo ordenados. Com a Prece de Ordenação, seguida da vestição, da unção das mãos e da entrega do pão e do vinho, os até então diáconos passaram a ser chamados, até o fim da celebração, de neossacerdotes.

Na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, a missa teve um rito próprio e foi concelebrada pelos bispos auxiliares e muitos outros sacerdotes, que puderam renovar suas promessas sacerdotais e acolher os novos irmãos no ministério. Enviados para as seis regiões episcopais da Arquidiocese, os neossacerdotes foram acolhidos com muita alegria por toda a comunidade de fiéis.

Chamados pelo nome, logo após a proclamação do Evangelho, os que estavam sendo ordenados responderam um forte e solene “presente” e aquele que, até então, era o responsável pela formação dos diáconos, o Reitor do Seminário de Teologia Bom Pastor, Padre Cícero Alves de França, pediu ao Pai: “Reverendíssimo Pai, a Santa Mãe Igreja pede que ordenes para a função de Presbíteros estes nossos irmãos.” O diálogo entre o Reitor e Dom Odilo continuou, até que todos responderam: “Graças a Deus!”

Durante a homilia, o Cardeal manifestou sua grande satisfação pela ordenação sacerdotal. “Quero manifestar minha alegria por esta celebração de novos sacerdotes para nossa Arquidiocese. Naturalmente, é fruto da graça de Deus. É Deus que chama à vocação e dá força para perseverar. Fruto, também, de uma resposta generosa de vocês que, tendo ouvido o chamado de Deus, se apresentaram diante da Igreja para receberem a formação e se encarregarem de servir o povo de Deus como presbíteros. É também fruto do trabalho de muitas pessoas. Desde os familiares e as comunidades que os apoiaram, os padres e professores que trabalham no Seminário. É fruto, igualmente, da generosidade do povo de Deus, que apoia de muitas formas, às vezes sem nem mesmo saber, quer com orações quer com a ajuda para manter o seminário. Por isso, hoje quero dizer a todos um muito obrigado por todo o apoio e ajuda na formação dos novos sacerdotes e pedir que continuem apoiando.”

Na Solenidade, já com a liturgia que encerrou o ano litúrgico e, na Igreja no Brasil, abriu oficialmente o Ano Nacional do Laicato, Dom Odilo disse ainda que tipo de reino é aquele que Jesus veio trazer à terra. “O Evangelho nos apresenta Cristo Rei Pastor, Cristo Rei Juiz, aquele chamado para levar ao mundo a misericórdia de Deus. Os ministros ordenados devem anunciar a grande esperança, da participação com Cristo no seu Reino. Somos anunciadores da Boa Nova, da Esperança. O Papa Francisco tem recordado que devemos ser ministros da Esperança, bem como todo o povo de Deus. Devemos anunciar ao mundo a esperança, que vem do Evangelho e da nossa fidelidade às promessas de Deus.”

Com a comunidade

A pequena Ana Ligia, de 9 meses, estava no colo do pai, Tiago Lima; enquanto a Maria Clara, 2, e a Gabriele, 5, estavam sentadas no chão da Catedral, perto do presbitério com a mãe Débora Lima. A família veio participar da celebração em que o amigo e padrinho de casamento, Christopher Velasco, foi ordenado sacerdote. “Os pais do Christopher eram os coordenadores do grupo de Jovens Anjos da Vida e, por isso, o conhecemos desde que ele tinha 7 anos. Nós nos aproximamos muito da família dele. Estávamos esperando este momento para batizar, no dia 20 de janeiro, a Ana Lígia”, contou à reportagem Tiago, que estava presente no momento em que Christopher anunciou que entraria no seminário e também na celebração de ordenação diaconal.

Padre Valeriano dos Santos, Diretor da Faculdade de Teologia da PUC-SP, salientou a importância do momento para toda a Igreja. “Eles são ordenados para enriquecer nossa Igreja, atender as necessidades pastorais e constituir mais uma força no clero, porque, como Dom Odilo frisou, a fraternidade sacerdotal é muito importante. Todos os padres impuseram as mãos e abraçaram os novos sacerdotes”, afirmou à reportagem.

Emília Delfina é Coordenadora dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão na Catedral da Sé, grupo do qual participa há mais de 40 anos. “Durante o Ano da Misericórdia, fiquei bem próxima do José Edson e recordo-me, perfeitamente, do dia do velório de Dom Paulo Evaristo Arns [1921-2016], quando ficamos mais de 24 horas aqui. Ele é sempre muito disponível e alegre”, disse Emília, enquanto se vestia para participar de mais uma celebração de ordenação presbiteral, dentre tantas outras que já serviu como Ministra.

Vânia Lúcia da Silva, por sua vez, participou pela primeira vez de uma missa “tão emocionante”, como ela mesma disse. Junto ao esposo e aos filhos, Alice, de 3 anos, e João Miguel, de 1 ano e 8 meses, Vânia faz parte da Comunidade Católica Voz
dos Pobres e conhece há muitos anos Rodrigo Moraes, que também foi ordenado naquela tarde.

Uma grande família

Muitas famílias foram à Catedral no dia 25: crianças de todas as idades, idosos, pais, mães e amigos dos novos padres. Em muitos momentos, houve palmas e expressões de alegria, demonstrando que a missa é uma grande ação de graças, principalmente pelo grande dom dado por Deus de continuar chamando para o Seu serviço pessoas dispostas a doar a vida como presbíteros ordenados.

“Foram nove anos e não nove dias. E eu estou feliz, porque foi isso que ele escolheu e abracei a causa, desde o início. Desde os 7 anos de idade, ele participa da Paróquia Santa Cruz de Itaberaba. Sempre percebi que ele poderia seguir este caminho. O Rodrigo tem uma personalidade forte e, por isso, sempre acreditei que ele ia perseverar no caminho. Ter, hoje, um filho sacerdote é uma honra, uma graça de Deus”, disse Maria do Carmo de Moura, 57, mãe de Rodrigo Felipe da Silva. Ela veio de Pernambuco para São Paulo, em 1979. Casouse e teve dois filhos, Érica Felipe da Silva, 34, e Rodrigo, 29.

Padre José Edson Santana Barreto agradeceu, em nome dos neossacerdotes, a presença de todos e falou sobre a graça da vocação sacerdotal. “Queremos louvar o dom de termos sidos agraciados com a certeza de que Deus nos chama para esta
vocação sublime. Configurados com Cristo Sacerdote, queremos viver a doação de nossas vidas às ovelhas a nós confiadas”, disse, lembrando, ainda, todos os que colaboraram para que eles pudessem chegar à ordenação.

O rito

O segundo grau da Ordem é o presbiteral, denominado também por sacerdotal. A ordenação presbiteral ou sacerdotal é constituída por seis partes: eleição do candidato; homilia; propósito do eleito; ladainha; imposição das mãos e prece de ordenação; unção das mãos e entrega da patena e do cálice. O rito de ordenação presbiteral é realizado dentro da missa, logo após a Liturgia da Palavra.

• Eleição do Candidato
O Diácono chama o ordenando, com as seguintes palavras: “Queira aproximar-se o que vai ser ordenado presbítero”. Em pé, o candidato coloca-se diante do Bispo, como sinal de prontidão, dizendo: “Presente”. O Bispo, então, interroga se o candidato é digno deste ministério. O Presbítero declara com convicção, após ter averiguado junto ao povo de Deus e ouvido os responsáveis, ser testemunha de que este candidato foi considerado digno. Tendo esta resposta, o ordenante diz: “Com o auxílio de Deus e de Jesus Cristo, nosso Salvador, escolhemos este nosso irmão para a Ordem do Presbiterado”. E todos dizem: “Graças a Deus”.

• Homilia
• Propósito do Eleito
Após a homilia, o eleito, em pé, responde às interrogações feitas pelo Bispo com um decidido “Quero!”. O Bispo conclui, dizendo: “Deus, que te inspirou este bom propósito, te conduza sempre mais à perfeição”.

• Ladainha

• Imposição das mãos e Prece de Ordenação

Esta parte decorrente é tida como aquela que, no silêncio do coração, o Bispo e todos os Presbíteros presentes pedem a Deus pelo ordenando. Este, estando de joelhos, em silêncio, recebe a imposição das mãos do Bispo sobre sua cabeça e, posteriormente, as dos Presbíteros.

• Unção das mãos e entrega do pão e do vinho
O eleito é revestido com a estola sacerdotal e a casula. Em seguida, de joelhos, a palma das mãos do ordenado é ungida pelo Bispo com o óleo do Crisma. Os fiéis trazem o pão na patena e o vinho e a água no cálice, para a celebração da missa.
Por fim, o Bispo e o colégio dos presbíteros presentes o abraçam.
A missa prossegue.

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Arquidiocese festeja o tricentenário de Nossa Senhora Aparecida

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12 de outubro de 2017

A devoção a Nossa Senhora Aparecida levou centenas de fiéis ao Largo Santa Ifigênia na manhã desta quinta-feira, 12, para festejar o tricentenário do encontro da imagem da Padroeira do Brasil, em missa campal presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano.

A imagem de Nossa Senhora Aparecida chegou ao largo às 9h15, trazida em carreata, após ter percorrido 11 cidades paulistas, por meio do projeto Tietê Esperança Aparecida, que, desde 2004, tem o propósito de alertar para a responsabilidade comum pelo zelo do rio Tietê. Na chegada à Capital Paulista, na manhã de hoje, a imagem peregrina foi acolhida pelo Cardeal no Mosteiro da Luz e depois por devotos na Ponte do Piqueri, na zona Noroeste da cidade.

Dom Odilo, na homilia, enfatizou que Nossa Senhora Aparecida intercede pelo povo brasileiro e pela Igreja, e que sempre a súplica a Ela dirigida chega a Deus. “Não podemos imaginar a Igreja sem a Mãe de Jesus. Quem recorre à Mãe de Jesus está com Ele”, disse, comentando, ainda, que Maria, como catequista e evangelizadora, intercede por todos e ajuda a seguir no caminho que leva a Cristo.

O Cardeal lamentou, de modo enfático, os recentes episódios em que imagens de Nossa Senhora e de santos tenham sido profanadas, especialmente nas situações consideradas como arte. “A profanação ofende a Deus e às pessoas que creem, não podemos aceitar”, comentou, criticando, também, situações em que o desrespeito envolve o uso de crianças por pessoas adultas. Nesse sentindo, exortou aos pais: “Não terceirizem seus filhos! Vocês são os primeiros educadores deles”.

Após a comunhão, o Arcebispo rezou para que pela intercessão da Padroeira do Brasil sejam superadas toda a corrupção e as demais chagas morais que afetam o País.

Ao final da missa, Dom Odilo anunciou a criação do Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora Aparecida, na Igreja Nossa Senhora Aparecida no bairro do Ipiranga, ato que será oficializado com missa ainda na tarde desta quinta-feira, neste templo localizado na rua Labatut, 781, na zona Sul da cidade.

Procissão

A festa dos 300 anos de Nossa Senhora Aparecida seguiu após a missa com uma procissão com a imagem, que partiu do Largo Santa Ifigênia até o Vale do Anhangabaú. Durante o trajeto, marcado por cânticos e orações marianas, houve uma parada no Mosteiro de São Bento para uma prece pelos religiosos.

Quase duas horas e meia após o início da missa e, ainda sob o sol forte, as atividades foram concluídas no Vale do Anhangabaú, com a reza do Ato de Consagração a Nossa Senhora Aparecida, consagrando a Arquidiocese à Padroeira do Brasil. O Arcebispo também pediu à Virgem Maria que interceda pelo bom êxito do sínodo arquidiocesano. 

LEIA A REPORTAGEM COMPLETA NA PRÓXIMA EDIÇÃO DO O SÃO PAULO

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Igreja Santa Paulina é inaugurada no Heliópolis

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01 de julho de 2017

A comunidade do Heliópolis, na periferia da zona Sul de São Paulo, esteve em festa na noite da sexta-feira, 30 de junho. Após quase 14 anos da criação da Paróquia Santa Paulina, em dezembro de 2003, finalmente a igreja-matriz foi inaugurada, fruto da mobilização dos paroquianos, de toda a Arquidiocese (já que parte dos recursos foram da coleta da missa do centenário da Arquidiocese em 8 de junho de 2008) e também da doação de católicos da Alemanha.

“Alegres vamos à casa do Pai e na alegria cantar seu louvor, em sua casa, somos felizes, participamos da ceia do amor”, foi o canto entoado pelo ministério de música e cantado pela multidão de fiéis, às 19h30, ao ingressarem novo templo, após as portas serem abertas pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, que recebeu as chaves da igreja das mãos do pároco, o Padre Pedro Luiz Amorim Pereira.

No começo da celebração, Dom Odilo destacou que a nova igreja é esforço dos paroquianos e de todos que de alguma forma colaboraram para construí-la. “A igreja é feita para Deus e para a família de Deus”, afirmou o Cardeal. “Que aqui seja sempre sinal que Deus habita este bairro, que tem casa no meio de nós”, complementou.

Na sequência, houve a bênção da água, que foi aspergida sobre os fiéis, o templo e o altar. O rito de dedicação da igreja e do altar prosseguiu após a homilia, com a Ladainha de Todos os Santos; deposição sob o altar das relíquias de Santa Paulina, Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, São José Marello e Santa Felicidade; prece de dedicação; unção do altar e das paredes da igreja com o óleo do Crisma; incensação do altar e da igreja, e posterior iluminação do altar e do templo.

Na homilia, Dom Odilo exortou os paroquianos a darem testemunho da fé católica no bairro e lembrou que a matriz-paroquial deve reunir a comunidade, como família de Deus, ser lugar de amor, respeito, caridade, fraternidade, alegria e esperança. “Nós construímos aqui a casa de Deus, mas a casa de Deus verdadeira somos nós”, afirmou.

O Arcebispo ressaltou, também, que a igreja é o local do sacramento da Eucaristia e disse ser indispensável a participação dos fiéis nas missas, especialmente nas dominicais.

Na parte final da celebração, o Cardeal agradeceu ao empenho do Padre Pedro Luiz para a conclusão das obras, e o Sacerdote também expressou gratidão a todos que se empenharam com as doações nos últimos nove anos e na conclusão das obras, que foram iniciadas em agosto do ano passado.

Por fim, Dom Odilo lembrou que a cada ano, no dia 30 de junho, deve ser celebrado, de modo solene, o aniversário de dedicação da Igreja Santa Paulina.

Além da igreja-matriz, localizada na Rua 28 de Outubro, 07, Cidade Nova Heliópolis, a Paróquia Santa Paulina é composta pelas comunidades São Benedito, Santa Isabel e Santa Clara. O prédio da Comunidade São José, antiga matriz-paroquial, será transformada em um centro pastoral.

 

Leia a reportagem completa na próxima edição impressa do O SÃO PAULO, a partir de quarta-feira, dia 5

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É preciso superar esquemas engessados de prática pastoral

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28 de março de 2017

Ao falar sobre o 12º Plano Arquidiocesano de Pastoral, o arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, destaca a necessidade de uma Igreja “em saída” e cada vez mais em “estado permanente de missão” na cidade. “Precisamos fazer uma pastoral mais voltada para as pessoas, do que para alimentar esquemas ‘que sempre foram assim’”, disse.

Confira a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao jornal O SÃO PAULO:

Quais os principais pontos que o senhor destaca no 12º plano arquidiocesano de pastoral?

O 12° Plano de Pastoral, que deverá orientar a Pastoral de Conjunto da Arquidiocese de São Paulo nos próximos quatro anos, mantém a motivação de seus predecessores: a preocupação missionária diante das várias urgências da evangelização em nossa Arquidiocese. Nele, também continua presente a preocupação com o testemunho do Evangelho de Cristo na Metrópole paulistana, uma vez que somos uma Igreja inserida inteiramente no contexto da cidade grande. Ainda mais, o novo Plano traz a preocupação com a família, direcionado para uma nova pastoral familiar, conforme os estímulos vindos das últimas duas assembleias do Sínodo dos Bispos e do Papa Francisco, na Exortação Apostólica Amoris Laetitia.

Na apresentação do plano, o senhor escreve que “ainda estamos longe de ser uma Igreja ‘em saída’ e ‘em estado permanente de mis- são’”. O Que nos falta?

Falta-nos traduzir esses apelos da Igreja em práticas pastorais eficazes, que renovem a vida eclesial. Estamos falando de uma “nova evangelização” como uma necessidade urgente, desde a Conferência de Santo Domingo, do Episcopado da América Latina e do Ca- ribe (1992). Em 2007, a Conferência de Aparecida teve a mesma preocupação; e isso vem sendo repetido em vários momentos e documentos da Igreja no Brasil, em São Paulo, na América Lati- na... Sínodos e vários documentos pontifícios foram feitos em vista desta nova evangelização. Nesse sentido, o Papa Francisco vem falando constantemente da necessidade de sermos uma “Igreja em saída” e “em estado permanente de missão”. Certamente, muitos passos já foram dados, mas tenho a impressão de que há muito ainda para ser feito. Nossa Igreja continua pouco missionária.

Muitos fiéis continuam distantes e sem formação cristã, sem acompanharem a vida eclesial; outros, abandonam com facilidade a Igreja e a própria fé católica; as vocações sacerdotais, religiosas e missionárias escasseiam; o modelo cristão de família está em profunda crise; e o modo cristão de educação dos filhos, onde também se prevê a transmissão da fé, está sendo abandonado. De uma geração a outra, passamos de pais fervorosamente católicos a filhos indiferentes e, por fim, netos pagãos... Acho que está faltando muita coisa para sermos verdadeiramente uma Igreja “em estado de missão”! Precisamos achar a maneira de romper e superar certos esquemas engessados de prática pastoral, certa forma de trabalhar a evangelização que não se deu conta de que a sociedade e a cultura mudaram; precisamos falar mais ao coração das pessoas, concentrar os nossos esforços no que é essencial, conforme orientou o Papa Francis- cona Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (2013). Precisamos fazer uma pastoral mais voltada para as pessoas, do que para alimentar esquemas “que sempre foram assim”...

Uma novidade deste plano é a sexta urgência, “igreja, família de famílias”. Quais os motivos que levam a arquidiocese a olhar com maior cuidado para esse âmbito da sociedade?

Não é de hoje que a Igreja se preocupa com a família e faz pastoral familiar. Mas, no presente, a família atravessa uma situação nova: no contexto da cultura contemporânea, a proposta cristã de casamento e família está em profunda crise; há muitos casais católicos em situações “irregulares” e que se sentem “fora da Igreja”, abandonados por ela, mesmo que a Igreja não os tenha abandonado ou excluído. Tal mal-estar de muitos casais e famílias católicas é um fato. Diante disso, poderíamos ser tentados a dar toda a razão ao ambiente cultural e dizer: aquilo que a Igreja prega para as famílias e sobre o casamento não é viável.... Ou então, pensar que, em relação à família e ao casamento, não há o certo e o errado, mas, simplesmente, as situações reais, diante das quais não temos nada a dizer e fazer.... Estaríamos então abandonando o Evangelho. O Papa Francisco, na Exortação Amoris Laetitia, convida a Igreja a restabelecer a sua aliança com a família, tendo em vista o desígnio de Deus sobre ela e o valor e a importância da família para a pessoa, a comunidade humana e para a própria Igreja. É preciso que voltemos a nos relacionar com todas as famílias; que as acolhamos e convidemos a percorrer o caminho do Evangelho de Cristo. A família é importantíssima para a evangelização e transmissão da fé cristã, e, sem contar com ela, fica difícil transmitir a fé às novas gerações. O novo Plano de Pastoral traz essa preocupação para nossa Arquidiocese.

O plano também fala da necessidade urgente de retomar a catequese sistemática e propõe, inclusive, a elaboração de um “catecismo arquidiocesano”. O Que seria este catecismo?

De fato, foi constatado que a iniciação à vida cristã se apresenta falha ou insuficiente: ela precisa ser mais sistemática e aprofundada. A formação cristã apenas superficial do povo católico é um fato e precisa ser enfrentada com discernimento e coragem. Ela é uma das razões da falta de perseverança na fé e na vida cristã, do abandono fácil da Igreja, da “mudança de religião” e também da pouca coerência no testemunho de vida cristã de muitos católicos. Precisamos investir na formação de catequistas, na oferta de material catequético adequado e consistente, na busca e chamada das crianças, adolescentes, jovens e adultos para fazerem um caminho de formação cristã. De fato, compete aos bispos zelarem pela catequese em suas dioceses e isso inclui a preparação, ou indicação de catecismos e itinerários de formação cristã.

Também é proposta uma revisão do diretório dos sacramentos da arquidiocese. O Que precisa ser revisto neste documento?

O Diretório dos Sacramentos oferece as orientações e normas básicas para a pastoral dos Sacramentos; nosso Diretório foi elaborado há mais de 15 anos e vale para todas as dioceses da Província Eclesiástica de São Paulo. O Diretório precisa ser adequado, isto é, de acordo com as novas necessidades e circunstâncias; exemplo disso é a pastoral matrimonial, que precisa ser revista depois dos Sínodos sobre a família; também as orientações para a catequese de iniciação à vida cristã e para os Sacramentos de iniciação à prática da fé precisam ser adequadas.

Qual é a motivação do sínodo arquidiocesano proposto para ser iniciado durante a vigência deste plano de pastoral?

A proposta do Sínodo arquidiocesano está amadurecendo, e ele deverá ser anunciado ainda no decorrer deste ano de 2017. Um Sínodo diocesano é uma ação eclesial de grande envergadura e significado, que precisa ser bem preparada, planejada e organizada. Não somente é realizado em diversas etapas, mas com diversos níveis de envolvimento do povo de Deus e das lideranças da Igreja. Será uma novidade para nossa Arquidiocese e tenho a esperança de que ele trará muitos frutos. Desde agora, convido todo o povo da Arquidiocese a rezar pelo bom êxito do Sínodo!

Uma vez lançado o plano de pastoral, quais os próximos passos Que devem ser dados para a sua implementação prática?

O Plano já está lançado desde outubro de 2016. Passado o intervalo das férias, vamos então intensificar a divulgação do 12º Plano e estimular seu estudo e recepção em toda a Arquidiocese, para que possa surtir os efeitos práticos desejados. O Plano de Pastoral requer que suas diretrizes sejam assimiladas pelas diversas organizações e expressões organizadas da vida eclesial: regiões, setores pastorais, paróquias, organizações do laicato e da vida consagrada, das várias formas de comunidades menores, pastorais, movimentos, associações de fiéis; todas essas realidades eclesiais são chamadas a traduzir as indicações do novo Plano de Pastoral em projetos e programas pastorais. E esse trabalho precisa ser feito cada ano, ao longo dos próximos quatro anos.

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