‘Que a fé pascal nos renove no ardor missionário e na caridade’

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15 de abril de 2020

Na missa desta quarta-feira da Oitava da Páscoa, 15, na capela de sua residência, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, ressaltou que a Palavra e os Sacramentos são os meios pelos quais Jesus Ressuscitado se faz presente e atua no meio da humanidade.

O MILAGRE DE PEDRO

Na homilia, Dom Odilo refletiu sobre a primeira leitura (At 3,1-10), que narra o milagre de Pedro que curou o paralítico na porta do templo. Ao se aproximar daquele homem que pedia esmolas, o Apóstolo lhe disse: “Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho te dou” e, então, o curou.

O Cardeal explicou que Pedro fez aquilo que Jesus mandou que os apóstolos fizessem. “São sinais, portanto, de que Jesus continuava atuar por meio dos apóstolos, na Igreja que, assim, nascia e, em nome dele, anunciava o Evangelho, chamava à conversão e realizava os sinais dos sacramentos”, enfatizou.

“Essa mesma atuação de Jesus continua na Igreja hoje. Mesmo que não aconteçam todos esses sinais e milagres. Hoje os sinais são dos sacramentos por meio do qual o Ressuscitado continua presente a agindo”, continuou o Arcebispo.

DISCÍPULOS DE EMAÚS

Comentando o Evangelho (Lc 24,13-35) que trata do encontro dos discípulos de Emaús com o Ressuscitado, Dom Odilo explicou que, ao se aproximar dos dois que caminhavam desolados, Jesus começou a lhes explicar a escrituras e seus corações se reaqueceram na fé. “É Jesus presente na Igreja por meio de sua Palavra”, afirmou.

O evangelista conta que, em seguida, sentado à mesa, Jesus tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e o distribuiu. Os olhos dos discípulos se abriram eles o recomecem ao partir o pão. “Esse é gesto essencial da Eucaristia instituída pelo Senhor na última ceia. A Palavra e os sacramentos são sinais de Jesus vivo e presente no meio de nós”, destacou o Cardeal.

Por fim, Dom Odilo sublinhou que após o reconhecerem, os discípulos voltaram para Jerusalém para contar os demais discípulo que viram o Ressuscitado. Saíram em missão. “Que a fé pascal nos renove no ardor missionário e na caridade”.

Desde o início das medidas de isolamento social para conter o avanço da pandemia de COVID-19 e a suspensão das celebrações religiosas com a presença de fiéis nas igrejas, as missas presididas pelo Cardeal Scherer em sua residência são transmitidas todos os dias, às 7h, pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

ASSISTA AO VÍDEO DA MISSA DESTA QUARTA-FEIRA:

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‘A ressurreição de Jesus é uma verdade do céu’

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14 de abril de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa desta terça-feira da Oitava da Páscoa,  14, na capela de sua residência, transmitida pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

Dom Odilo ofereceu a Eucaristia por todos os doentes e recordou, de modo particular, os padres que estão com COVID-19. Segundo ele, pelo menos cinco sacerdotes da Arquidiocese estão com a doença. 

GRAÇA DO BATISMO

Na homilia, Dom Odilo explicou que a liturgia desta semana da Páscoa é marcada pelo testemunhos do encontro com o Ressuscitado e pelo Batismo.

“No Batismo, morremos ao homem velho e ressurgimos para a nova criatura em Cristo. E por isso mesmo, já vivemos a graça da participação dos frutos da ressureição, da remissão dos pecados e da filiação divina”,  afirmou o Cardeal, que acrescentou:

“Ao longo desta semana, pedimos a Deus que valorizemos a graça do nosso Batismo. Pedimos que Deus aumente em nós a fé, a esperança e a caridade”.  

O Arcebispo mencionou o pedido feito na oração do dia: “acompanhais o vosso povo com vossos dons celestes, para que, tendo conseguido a verdadeira liberdade, possa um dia alegrar-se no céu, como exulta agora na terra”.

ENCONTRO COM O RESSUSCITADO

Ao comentar o Evangelho do dia (Jo 20,11-18), que narra o encontro de Maria Madalena com o Ressuscitado e seu testemunho aos apóstolos: “Eu vi o Senhor”, o Cardeal destacou que, ao se aproximar do túmulo vazio, Maria encontrou dois anjos que, como explicou Dom Odilo, comprovam que “a ressurreição de Jesus é uma verdade do céu, é um dom de Deus, algo que Ele realizou”.

Ao se dirigir a discípula, Jesus fez uma afirmação, que Dom Odilo considera reveladora:  “Ainda não subi para meu Deus e vosso Deus, meu Pai e vosso Pai”.

“Jesus está diante de Deus Pais de uma maneira única. Com Jesus, somos feitos filhos de Deus e também estamos diante o Pai. Ele nos introduz na casa do Pai. Esta graça nos é comunicada pelo Batismo”, ressaltou.

CUIDAR UNS DOS OUTROS

Antes da bênção final da missa, o Arcebispo renovou sua recomendação para que todos permaneçam em suas casas, como têm orientado as autoridades sanitária para evitar a disseminação do novo coronavírus. Dom Odilo mais uma vez dirigiu suas preses aos doentes e a todos aqueles que estão sofrendo direta ou indiretamente com a pandemia.

“Procurem espalhar a alegria e a esperança. Vamos superar esta pandemia com o mínimo possível de sofrimento e de vítimas. Cuidemos bem uns dos outros. A saúde é o dom mais precioso que temos”, exortou o Cardeal.  

EM COMUNHÃO COM A PARÓQUIA

Como tem feito desde o início do isolamento social, Dom Odilo pediu aos fiéis que busquem estar unidos espiritualmente às suas comunidades eclesiais. “Continuem ligados a sua paróquia, essa é a sua Igreja, a sua comunidade concreta, onde você está inserido na grande Igreja”, destacou.

Por fim, o Cardeal pediu a todo povo que não se esqueça de ajudar os pobres e as muitas organizações da Igreja que realizam esse serviço para com os mais necessitados.  “Ajudem, apoiem de todas as formas que puderem, para que essas obras continuem a realizar seu trabalho também em nosso nome”, afirmou.

As missas presididas por Dom Odilo são transmitidas diariamente, às 7h, pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

ASSISTA AO VÍDEO DA MISSA DESTA TERÇA-FEIRA: 

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Páscoa em família: ‘O Ressuscitado está no meio de nós’

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12 de abril de 2020

“A vida venceu a morte, o amor venceu o ódio e a maldade. Deus é o Senhor da vida. Nós renovamos essa proclamação de fé  neste domingo da Páscoa com toda a nossa convicção”. Com essas palavras, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, iniciou uma das duas missas da Páscoa da Ressurreição do Senhor que ele presidiu neste domingo, 12, em sua residência.

Devido às medidas de isolamento social para conter a pandemia de COVID-19, as celebrações foram transmitidas pela página da Arquidiocese no Facebook, sendo que a missa das 11h também foi transmitida pela rádio 9 de Julho.

Dom Odilo ofereceu a missa pela intenção dos doentes, especialmente os que sofrem com o novo corona vírus, seus familiares e todos aqueles cuidam da saúde da população. Ele recordou, ainda, de todos aqueles que, devido ao isolamento social, passarão este dia em sozinhos.

TÚMULO VAZIO

Na homilia, Dom Odilo ressaltou que mensagem da liturgia deste domingo está centrada na Ressurreição de Jesus, ao narrar o encontro dos apóstolos com o túmulo vazio. “Jesus não está mais no sepulcro, mas na glória de Deus. Seu corpo  massacrado na Paixão está vivo não mais para este mundo, mas foi glorificado”, destacou, acrescentando que os apóstolos viram o túmulo vazio e creram naquilo que o Senhor lhes avia dito anteriormente.

O Arcebispo recordou, ainda, que Cristo se manifestou aos seus discípulos e lhes renovou o chamado para que eles deem testemunho da sua ressureição. “De fato, aquilo que nós ouvimos e lemos a respeito de Jesus são testemunho daquilo que os apóstolos deram de que Jesus é realmente o Filho de Deus”, frisou.

PÁSCOA EM FAMÍLIA

Dom Odilo afirmou, ainda, que cada cristão é convidado a ter o encontro profundo e verdadeiro com o Ressuscitado, sobretudo, neste ano, em que as pessoas estão impossibilitadas de se aproximarem dos sacramentos nas igrejas, devido à pandemia.

“Somos chamados a um ato de fé mais profundo, na Palavra que nos é dirigida e dá testemunho da ressureição de Jesus. Na comunhão da comunidade de fé daqueles que creem na ressurreição”, exortou o Arcebispo, reforçando que a casa de cada cristão é um lugar onde o Ressuscitado está.

FÉ RENOVADA

“A renovação da fé no Senhor ressuscitado é fundamental para a nossa vida. A Igreja vive da fé em Jesus ressuscitado, é a base para a nossa vida cristã”, completou Dom Odilo, salientando que a ressureição é um fato sobrenatural na história humana. Deus entra na história e muda o seu curso.

O Cardeal explicou, ainda, que sem a fé na ressureição, é possível crer no Evangelho enquanto “palavras bonitas e até poéticas”. Também é se acredita em alguém que usou palavras fortes, como um profeta, com alguém que ensinou a viver a religião de um modo correto. “Isso também fazem tantos pregadores, que se apresentam como profetas, fundadores de religião... Mas a fé na ressureição confirma que Jesus é o Filho de Deus”, enfatizou.

GRAÇA BATISMAL

A Páscoa também é ocasião de renovar graça recebida no Batismo, tanto que na noite do Sábado Santo, durante a Vigília Pascal, os fiéis renovaram as promessas batismais.  “Pelo Batismo, aderimos a Jesus Ressuscitado, sepultamos o homem velho e ressuscitamos com Cristo para vivermos uma vida nova”, afirmou Dom Odilo.

O Arcebispo acrescentou que, pela fé, os cristãos, embora ainda com o corpo mortal, são chamados a viver como ressuscitados, mencionando a Carta de São Paulo aos Colossenses, que diz: “Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus”.

“Essas palavras nos recordam a graça do nosso Batismo e nosso chamado a renovar a nossa vida cristã dia a dia, para vivermos como Cristo ressuscitado, como pessoas pascais”, reforçou Dom Odilo.

‘ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS’

No fim da celebração, o Cardeal renovou sua saudação pascal desejando que o dia da Páscoa seja vivido na alegria, na intensidade da fé no Senhor ressuscitado “que está no meio de nós”.

Dom Odilo também lembrou que neste domingo, às 14h, acontecerá o ato de consagração da América Latina e do Caribe à Nossa Senhora de Guadalupe, transmitido pelos meios de comunicação de inspiração católica diretamente do México. “Peçamos a Nossa Senhora de Guadalupe proteção para a saúde de todos os nossos povos”, concluiu.

 

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Cardeal Odilo Scherer: ‘Jesus sofreu na sua carne as consequências do pecado da humanidade’

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10 de abril de 2020

Em profundo silêncio, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, padres, diáconos e seminaristas prostraram-se em frente ao presbitério da capela do Seminário de Teologia Bom Pastor, no Ipiranga, às 15h desta Sexta-feira Santa, 10 de abril.

Neste ano, a ação litúrgica da Sexta-feira da Paixão do Senhor aconteceu sem a presença da assembleia de fiéis, para evitar a aglomeração de pessoas e potenciais riscos de disseminação do novo coronavíus. Pelas redes sociais da Arquidiocese e pela rádio 9 de Julho, muitos uniram-se a este que é um dos momentos centrais da fé cristã.

Cristo assume a nossa humanidade

Após o relato da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, este ano extraída do Evangelho segundo São João (Jo 18, 1-19, 42), Dom Odilo iniciou a homilia lembrando que ao se colocar na cena da Paixão, cada pessoa pode discernir se está ou não ao lado de Cristo.

Dom Odilo afirmou que a crucifixão de Jesus não foi da vontade da Deus, mas decorreu da escolha humana pelo caminho da maldade e do firme propósito de Jesus de estar junto aos homens. “Ele assumiu nossa humanidade em tudo, também nas consequências do pecado”, entre as quais o ódio, a injustiça e a calúnia. “Cristo sofreu na sua carne as consequências do pecado e da maldade da humanidade”, recordou.

O Arcebispo disse, ainda, que o Filho de Deus despojou-se de sua glória para a todos redimir. “Ele se faz o Redentor, aquele que resgata, que consegue reconciliar a humanidade com Deus”, de modo que quem hoje ainda sofre, “pode olhar para Jesus na cruz e ter a certeza de não estar abandonado por Deus”.

Fragilidade e humildade

Dom Odilo ressaltou que Cristo, na cruz, entregou-se confiante por ter a certeza de que não seria abandonado por Deus. “Jesus dá o exemplo de como devemos enfrentar nossas provações quando humanamente nada mais podemos fazer”.

Ao recordar o momento vivido em todo o mundo em razão da pandemia do novo coronovírus, o Arcebispo de São Paulo disse que o vírus colocou em xeque muito daquilo que a humanidade considerava como seguro e que tem levado a todos a refletir sobre as próprias fragilidades.

“Ninguém deve se gloriar de si mesmo, de suas capacidades ou virtudes. Isso também vale para nossas forças sociais, poderes econômicos, forças políticas, partidos, nossa ciência e a tecnologia, por melhor que seja. É sempre bom manter-se humildes, pois somos frágeis. No fim de tudo, conta a nossa vida como dom, contamos nós como pessoas”, enfatizou.

Dom Odilo lembrou que este é o momento oportuno para que todos revejam o próprio modo de vida, reconheçam que um mundo sem Deus um dia pode ruir e que convém repensar as relações sociais, muitas vezes marcadas pelo ódio. “Vale muito mais, mesmo tendo pensamento diverso, compreender-se, respeitar-se, dar-se as mãos, lutar juntos para edificar o mundo melhor. Todos juntos, um com os outros”, disse.

Oração universal

Após a homilia, a ação litúrgica teve sequência com a oração universal pela Santa Igreja, pelo Papa, por todas as ordens e categorias de fiéis, pelos catecúmenos, pela unidade dos cristãos, pelos judeus (aos quais o Senhor Deus falou em primeiro lugar), pelos que não creem no Cristo (a fim de que possam ingressar no caminho da salvação), pelos que não creem em Deus (para que possam chegar ao Deus verdadeiro), pelos poderes públicos e por todos os que sofrem provações.

Este ano foi adicionada uma intenção “por todos os que sofrem as consequências da atual pandemia; para que Deus nosso Senhor, conceda a saúde aos enfermos, força aos que trabalham na saúde, conforto às famílias e a salvação a todos as vítimas mortais”, conforme consta na introdução da oração, publicada em 30 de março pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

Adoração da Santa Cruz

Em razão de a missa acontecer sem a assembleia de fiéis, a adoração a Santa Cruz foi feita apenas pelo Cardeal, padres, diáconos e seminaristas que participaram da ação litúrgica, bem como pelas poucas pessoas que auxiliaram na liturgia.

Colocar a própria vida diante de Deus

Na sequência do ato litúrgico, os presentes rezaram o Pai Nosso e foi distribuída a Santa Comunhão.

Posteriormente, o Arcebispo convidou que todos ofereçam a própria vida diante de Jesus e agradeçam por tudo que Ele fez por amor à humanidade. Ele pediu de modo especial pelos doentes e pelos profissionais da área da saúde. Foi ainda feita uma prece pelo fim da pandemia do novo coronavírus.

Coleta para os Lugares Santos

Também por causa da pandemia do novo coronavírus, não foi realizada a Coleta para os Lugares Santos, que acontece tradicionalmente neste dia. Esta foi remarcada para 13 de setembro, por determinação do Papa Francisco.

Manter-se em oração, recolhimento e penitência

Antes da oração sobre o povo, com qual se concluiu a ação litúrgica da Sexta-feira Santa, o Arcebispo de São Paulo exortou que todos se mantenham em clima de recolhimento, oração e penitência, e recomendou especial preparação para a vigília à espera da Ressurreição.

Por fim, Dom Odilo invocou as bênçãos de Deus sobre todos, em especial  os doentes e os profissionais da área da saúde.

Vigília Pascal

No sábado, 11, às 9h, o Cardeal Scherer fará uma transmissão ao vivo em sua conta no Facebook (@domodiloscherer), quando refletirá sobre o Credo e os aspectos da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. Às 18h, o Arcebispo presidirá a Vigília Pascal também na capela do Seminário de Teologia Bom Pastor.

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‘O fruto da Eucaristia é a vida eterna’

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08 de abril de 2020

A preparação da última ceia, na qual Jesus instituiu a Eucaristia, foi o destaque da liturgia da missa desta quarta-feira, 8, presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, e transmitida pelas mídias digitais.

Além de revelar novamente a traição de Judas Iscariotes, o texto do Evangelho (Mt 26,14-25), chama a atenção para o fato de Jesus pedir aos discípulos que prepararem um lugar para a celebração da ceia.

NOVA ALIANÇA

Na homilia, Dom Odilo ressaltou que esse detalhe do Evangelho mostra que Jesus e os apóstolos não tinham um lugar fixo para morar e também seu desejo de celebrar a Páscoa entre os seus, como era costume entre os judeus.

O Arcebispo ressaltou, ainda, que ao celebrar a Páscoa, Jesus dá um sentido novo àquela celebração, mudando o significado do pão e do cordeiro pascal da ceia: o cordeio é o próprio Cristo e o pão é o seu corpo. “Esta é a ceia da nova aliança selada no seu sangue que haveria de derramar na cruz”.

“Acolhamos também nós, sempre com muita fé esse dom e esse mistério que celebramos na Eucaristia, lembrando daquilo que Deus fez e continua a fazer por nós”, exortou o Cardeal, lembrando que cada vez que se celebra novamente a Eucaristia se atualiza o único sacrifício de Cristo na Cruz.

COMUNGAR COM A IGREJA

“O fruto da Eucaristia é a vida eterna. Portanto, agradeçamos sempre a Deus por nos dar esta graça tão grande de podermos receber o corpo de Cristo”, destacou o Dom Odilo, que, ao mesmo tempo, reconheceu que, neste ano, a maioria dos católicos não poderão comungar sacramentalmente devido às medidas de isolamento social que impedem a celebração de missas com a presença do povo.

“Procure comungar espiritualmente com a Igreja que comunga”, afirmou o Cardeal, motivando os fiéis a estarem unidos espiritualmente às suas comunidades paroquiais, acompanhando as transmissões das celebrações. “Depois que passar esta pandemia, nós poderemos voltar às nossas igrejas e celebrar a Eucaristia e comungar normalmente”, completou.

SEMANA SANTA 

O Arcebispo reforçou o convite para que todos acompanhem de suas casas, em família, as celebrações do Tríduo Pascal que serão transmitidas pelas mídias sociais e meios de comunicação.

As celebrações presididas por Dom Odilo serão transmitidas pela rádio 9 de Julho e pelo Facebook. Veja os horários na imagem ao lado. 

No Domingo de Páscoa, 12, haverá um ato de Consagração da América Latina e do Caribe a Nossa Senhora de Guadalupe, transmitido diretamente do México, por iniciativa do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam).

(Colaboraram: Edilma Oliveira e Fred Oliveira)

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‘É tempo de fraternidade, solidariedade e cuidado recíproco’

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08 de abril de 2020

Na missa desta Terça-feira Santa, 7, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, na capela de sua residência, ressaltou as duas atitudes de infidelidade que Jesus sofreu em sua Paixão: a negação de Pedro e a traição de Judas Iscariotes.

Na homilia Dom Odilo destacou que o próprio Jesus faz referência a esses fatos durante a última ceia, como narra o Evangelho do dia (Jo 13,21-33.36-38). Após Cristo anunciar que é chegada a hora de sua Paixão, Pedro, por excesso de amor ao mestre, diz que o seguirá aonde for e dará a vida por ele. Jesus, por sua vez, responde “Em verdade, em verdade te digo: o galo não cantará antes que me tenhas negado três vezes”.

“Foi por fraqueza, excesso de amor e autoconfiança que Pedro negou Jesus. Ele não foi humilde e pretendeu contar mais com suas forças do que com a forca de Deus”, afirmou o Cardeal.  

É CHEGADA A HORA

Quanto à traição de Judas, anunciada pelo próprio Jesus durante a ceia, Dom Odilo enfatizou que o apóstolo foi ganancioso e pensou somente em si mesmo. “Jesus,  conhecendo em seu coração o que Judas tramava, não se intimida e diz que é chegado o momento da glorificação de Deus, da demonstração do maior amor de Deus pela humanidade, por meio da entrega da sua vida, da sua morte na cruz”, disse.

No momento da cruz, enfatizou o Cardeal, a glória de Deus se revela plenamente e seu amor vai até o extremo “para encontrar o homem e estender a sua misericórdia a todos”. 

“É chocante a atitude de Judas e que isso nunca passe por nossa mente, nem trair as pessoas ao nosso redor, muito menos trair o amor imenso de Deus para conosco. E se acontecer, por fraqueza, façamos como Pedro, arrependemo-nos, peçamos perdão e continuemos com ainda mais fidelidade e amor a seguir Jesus Cristo”, exortou o Arcebispo.

DOAR A PRÓPRIA VIDA

Ainda referindo-se sobre a última ceia, Dom Odilo destacou que esse momento manifesta a entrega de Jesus, que reparte o pão entre seus amigos e, nesse gesto, entrega a si mesmo. “Nesse tempo em que nós vivemos, precisamos muito desse gesto de entrega da nossa vida”, afirmou, recordando aqueles que estão se dedicando aos outros mesmo com o risco da própria vida, como os profissionais da saúde e aqueles que estão cuidando dos doentes.

O Cardeal lembrou-se, ainda, daqueles que ofertam o pão da caridade aos mais necessitados, sejam os que vivem nas ruas, como aqueles que passam por necessidades, estão sem trabalho e como sustentar suas famílias. “Portanto, é preciso que todos procuremos nos mobilizar para aliviar as necessidades dos nossos irmãos que passam por dificuldades”, enfatizou.

CUIDAR UNS DOS OUTROS

No fim da celebração, Dom Odilo reforçou o convite a intensificar a preparação para a Páscoa por meio da oração e da caridade e mesmo sem a possibilidade de ir à Igreja, que a Semana Santa seja vivida com profunda fé em família.

Recomendando novamente o povo a seguir as orientações das autoridades para evitar sair de casa para conter a disseminação do COVID-19, o Cardeal deu um recado àquelas pessoas que, por não serem consideradas do grupo de risco para desenvolverem a forma grave da doença, pensem que não seja necessário ficarem isoladas:

“Talvez alguém diga: ‘Eu sou forte, para mim não vai haver problema’, ‘Eu sou jovem e saudável’. Agradeça a Deus, mas pense nas outras pessoas. Você pode estar infectado, pode não sentir nada, mas pode contagiar outras pessoas. Portanto, todos têm que se cuidar para cuidar da vida e da saúde do outro. É tempo de fraternidade, solidariedade e cuidado recíproco”, afirmou.

SEMANA SANTA 

As celebrações do Tríduo Pascal presididas por Dom Odilo serão transmitidas pela rádio 9 de Julho e pelo Facebook. Veja os horários na imagem ao lado. 

No Domingo de Páscoa, 12, haverá um ato de Consagração da América Latina e do Caribe a Nossa Senhora de Guadalupe, transmitido diretamente do México, por iniciativa do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam).

(Colaboraram: Edilma Oliveira e Fred Oliveira)

ASSISTA AO VÍDEO DA MISSA DESTA TERÇA-FEIRA: 

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'Somos chamados a socorrer os irmãos e, como Jesus, a ser servidores'

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06 de abril de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer presidiu a missa desta Segunda-feira Santa, 6, na capela de sua residência. Como tem acontecido desde o início das medidas de isolamento social recomendadas pelas autoridades para conter a pandemia do novo coronavírus, as celebrações eucarísticas do Arcebispo de São Paulo tem sido transmitidas diariamente pela rádio 9 de Julho e pelo Facebook.

Na homilia, Dom Odilo explicou que a liturgia do dia destaca os momentos que antecederam Jesus no seu caminho do Calvário, convidando todos a acompanharem o mistério central da fé cristã. “Nós celebramos a Paixão no rito e no sacramento, Jesus a viveu”, ressaltou.

Na Primeira Leitura (Is 42,1-7), o Profeta Isaías fala da figura do servo sofredor, eleito de Deus, em quem se compraz sua alma e “promoverá o julgamento das nações”, como uma profecia de Jesus e sua Paixão.

PERFUME DE CRISTO

Já o Evangelho (Jo 12,1-11) narra a cena de Maria, irmã de Lázaro, que unge os pés de Jesus, fazendo com que a casa inteira ficasse repleta do perfume de bálsamo. “Quem enche as nossas vidas com o perfume da sua presença, com a luz e a sabedoria que vem dele, senão Jesus, nosso Senhor e Salvador?”, destacou o Cardeal.   

O evangelista também destaca a atitude de Judas Iscariotes, que observa que o perfume usado pela mulher era muito caro e o dinheiro usado para compra-lo poderia ter sido dado aos pobres. Contudo, o texto ressalta que “Judas falou assim, não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão”.

Ao destacar a ganância de Judas, Dom Odilo lembrou que por uma quantia muito menor, o discípulo traidor entregou Jesus para aqueles que queriam prendê-lo e mata-lo. “Jesus vale muito mais e não tem preço. Traição de judas foi um ato muito vil e baixo, que não tem nenhuma qualificação”, enfatizou o Arcebispo.

CONSOLO DOS AMIGOS

Ainda comentando o Evangelho do dia, Dom Odilo chamou a atenção para o fato de Jesus, ao se aproximar a sua Paixão, não se escondeu, mas foi à casa de seus amigos em busca de consolo e conforto entre aqueles que ama. “Procurar consolo e conforto é um gesto humano e ter a sensibilidade e acolher e consolar é humano e divino”, afirmou.

O Cardeal ressaltando que, nesses tempos difíceis de pandemia de COVID-19, todos são chamados a consolar aqueles que necessitam, especialmente os doentes que estão nos hospitais ou em isolamento. “Somos chamados a socorrer os irmãos e, como Jesus, a ser servidores”, enfatizou.

CELEBRAÇÕES

No fim da missa, Dom Odilo motivou todos a viverem intensamente a Semana Santa, especialmente a celebração do Tríduo Pascal, acompanhando, de suas casas, pelos meios de comunicação, as celebrações de suas paróquias e comunidades.

Veja na imagem ao lado os horários das celebrações da Semana Santa presididas pelo Arcebispo de São Paulo e transmitidas pela rádio 9 de Julho e pelo Facebook

Ainda nesta segunda-feira, Dom Odilo presidirá outra missa em sua residência, às 19h30, que será transmitida pela TV Canção Nova.  

JEJUM E ABSTINÊNCIA

O Arcebispo também recordou que a Sexta-feira Santa é dia de jejum e a abstinência de carne como gesto de penitência prescrito pela Igreja, estando dispensados as pessoas doentes, idosas, gestantes, lactantes e crianças.

Dom Odilo também esclareceu que, embora seja possível substituir a carne vermelha por algum tipo de peixe, isso não significa que as pessoas devam comprar um peixe caro. “A Igreja não manda comer peixe na Sexta-feira Santa, mas a fazer jejum e abstinência de carne”, frisou.

CONSAGRAÇÃO À VIRGEM DE GUADALUPE

O Cardeal lembrou, ainda, que, neste Domingo de Páscoa, 12, haverá um ato de Consagração da América Latina e do Caribe a Nossa Senhora de Guadalupe, transmitido diretamente do México, por iniciativa do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam).

(Colaboraram: Edilma Oliveira e Fred Oliveira)

ASSISTA AO VÍDEO DA MISSA DESTA SEGUNDA-FEIRA: 

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‘Unamo-nos a Jesus Cristo no caminho de sua Paixão’

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05 de abril de 2020

O Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, neste dia 5, foi celebrado de forma diferente na Arquidiocese de São Paulo em boa parte do mundo. Devido à pandemia de COVID-19, os ritos que marcam o início da Semana Santa aconteceram sem a presença dos fiéis, a benção e a procissão dos ramos pelas ruas e praças.

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a celebração na capela de sua residência, sendo transmitida pela rádio 9 de Julho e pelo Facebook.

“Formamos uma grande comunidade, mesmo à distância, sem nos vermos, mas Deus está nos vendo”, afirmou Dom Odilo, no início da missa.

Nessa celebração, além de ser recordada a entrada solene de Jesus em Jerusalém, também se recorda a narrativa da Paixão e Morte do Senhor, este ano, segundo o evangelista São Mateus (Mt 21,1-11). 

MISTÉRIO DA FÉ

Na homilia, o Cardeal ressaltou que a celebração do Domingo de Ramos convida os cristãos a se unirem aos passos a Paixão de Cristo a fim de que cada um também possa se posicionar em relação a esse mistério da fé.

“Hoje, sabemos quem é Jesus, depois de muito testemunho de fé, temos mais clareza sobre quem ele é. Naquele tempo, Jesus deu sinais de quem ele é. Mas, mesmo assim, as pessoas estavam próximas dele não conseguiam enxergar. Por isso, quem o aclamou na entrada em Jerusalém fez coro àqueles que clamaram por sua morte”, destacou.

O Arcebispo continuou a meditação ressaltando que o relato do evangelista impressiona ao detalhar as torturas e humilhações sofridas por Jesus. “Aquele que foi aclamado, admirado e procurado durante a vida, sente-se abandonado por todos”, afirmou, recordando as palavras ditas por Cristo agonizante na Cruz: “Meu Deus, por que me abandonaste?”, tiradas do Salmo 21, também entoado na celebração.

CONFIANÇA EM DEUS

Dom Odilo enfatizou que esse não é um salmo de desespero, mas de abandono e confiança extrema em Deus, o único que finalmente pode salvar. Tanto que no final, diz: “Anunciarei o vosso nome a meus irmãos e no meio da assembleia hei de louvar-vos!”

O Cardeal Scherer reconhece que, diante desses fatos, muitos se perguntem por qual razão Jesus teve que sofrer tudo isso. “Este é um mistério que ninguém consegue explicar, a não ser se olharmos por outro olhar: Jesus tudo acolheu por amor”,  afirmou Dom Odilo, mencionando o trecho da Carta de São Paulo aos Filipenses (Fl 2,6-11), proclamado neste dia, em que diz que Jesus voluntariamente se esvaziou de sua glória, fez-se servo de todos, humilhou-se até a morte e morte de cruz.  

“Jesus, portanto, aceita voluntariamente a morte porque quer estar ao lado de todos aqueles que sofrem todo tipo de humilhação, zombaria e desprezo, para a todos resgatar, mostrar a sua salvação. ‘Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por aqueles que amam’”, completou o Arcebispo, recordando as palavras do próprio Cristo no Evangelho de São João (Jo15,13).

UNIR-SE À PAIXÃO

“Celebrando o Domingo de Ramos de uma maneira tão diferente, somos convidados também a nos unirmos a Jesus Cristo no caminho da sua Paixão, a aceitarmos, muitas vezes, as dores da nossa vida”, continuou Dom Odilo, convidando todos a fazerem um exame de consciência diante do mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor.  

“Todos nós temos que reconhecer a nossa condição humana. Somos inconstantes, contraditórios, experimentamos momentos de infidelidade e desrespeito a Deus e podemos tornar ainda mais pesada cruz de Cristo”, afirmou o Arcebispo, acrescentando: “Temos, portanto a possibilidade de mudar, de sermos mais fiéis, humildes, ter mais amor pelo próximo e procurar fazer com que a cruz de Cristo, que pesa na vida de tantas pessoas, seja mais leve”.

RETIRO ESPIRITUAL

Na conclusão da missa, Dom Odilo renovou seu convite para que todos possam vivenciar a Semana Santa em família, respeitando as recomendações das autoridades para ficar em casa, mas unidos às suas comunidades paroquiais que irão transmitir as celebrações pelas plataformas digitais. “Que esta semana seja um verdadeiro retiro espiritual para todos nós”, afirmou.

Dom Odilo recordou, ainda, que a Sexta-feira Santa, 10, é dia de jejum e abstinência de carne como prescreve a Igreja, estando dispensadas as pessoas doentes, idosas, gestantes, lactantes e crianças.

SEMANA SANTA 

Ainda neste domingo, o Cardeal Scherer presidirá mais uma missa que será transmitida pelos meios de comunicação às 11h, horário em que ele costuma celebrar a Eucaristia na Catedral da Sé.

Veja na imagem ao lado os horários das celebrações da Semana Santa presididas pelo Arcebispo de São Paulo e transmitidas pela rádio 9 de Julho e pelo Facebook

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‘Nossa fé não é um fato de mídia social, é uma experiência vivida’

Por
04 de abril de 2020

“O fundamento da nossa fé é Jesus Cristo, o mesmo ontem, hoje e sempre”, afirmou o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, na missa da manhã deste sábado, 4, celebrada na capela de sua residência e transmitida pelos meios de comunicação.

Ao refletir sobre o Evangelho do dia (Jo 11,45-56), Dom Odilo explicou que esse trecho do texto bíblico se dá no contexto da ressurreição de Lázaro, que gerou grandes comentários na região. De um lado, havia aqueles que acreditavam em Jesus e, de outro, aqueles que queriam eliminá-lo, temendo que todos o seguissem e que isso provocasse a repressão das autoridades romanas sobre os judeus.  

O evangelista conta, ainda, que diante da proximidade da Páscoa judaica, todos na região se perguntavam se Jesus apareceria na festa, o que, de fato, fez, como mostra a narrativa da entrada solene de Jesus em Jerusalém, celebrado no Domingo de Ramos.

ENCONTRO COM CRISTO

O Cardeal Scherer ressaltou que esses fatos são um convite para que os cristãos manifestem o desejo de encontrar Jesus. “Temos que querer encontrá-lo, estar com ele e acompanhá-lo”, enfatizou, afirmando, ainda: “Nossa fé não é um fato de mídia social, em que as notícias duram muito pouco. Nossa fé uma experiência vivida. Por isso, nós nos fundamentamos na pessoa de Jesus, não apenas em notícias”.

Nesse sentido, o Arcebispo reforçou o convite para que todos celebrem intensamente a Semana Santa desejosos desse encontro com Cristo. “Este ano, celebraremos de maneira diferente. Não nas igrejas, nas procissões, nas celebrações de massa... Porém, nós faremos essa celebração, que será transmitida e comunicada da melhor forma para que, de casa, vocês possam também acompanhar e ter os seu momento de oração, de união a Jesus Cristo na sua paixão, morte e ressurreição”. 

ORAÇÃO DO PAPA

No fim da celebração, Dom Odilo renovou sua orientação para seguir as medidas preventivas para evitar a disseminação do COVID-19. “Ainda estamos no meio da tempestade, precisamos cuidar da saúde com paciência e prudência, seguindo as recomendações das autoridades sanitárias de isolamento social”, reiterou.  

Em seguida, o Arcebispo rezou a oração do Papa Francisco à Virgem Maria pelo fim da pandemia:

Ó Maria,

Tu sempre brilhas no nosso caminho

como sinal de salvação e esperança.

Nós nos entregamos a Ti, Saúde dos Enfermos,

que junto à Cruz foste associada à dor de Jesus,

mantendo firme a Tua fé.

Tu, Salvação do povo romano,

sabes do que precisamos

e temos a certeza de que garantirás,

para que, como em Caná da Galiléia,

possam retornar a alegria e a celebração

após este momento de provação.

Ajuda-nos, Mãe do Divino Amor,

a nos conformarmos com a vontade do Pai

e a fazer o que nos disser Jesus,

que tomou sobre si os nossos sofrimentos

e carregou as nossas dores

para nos levar, através da Cruz,

à alegria da Ressurreição. Amém.

 

Sob a Tua proteção, buscamos refúgio, Santa Mãe de Deus.

Não desprezes as nossas súplicas, nós que estamos na provação,

e livra-nos de todo perigo, Virgem gloriosa e bendita.

 

MISSA DIÁRIA

As missas presididas por Dom Odilo são transmitidas diariamente, às 7h, pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

(Colaboraram: Edilma Oliveira e Fred Oliveira)

ASSISTA AO VÍDEO DA MÍSSA DESTE SÁBADO: 

 

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‘Deus é o único absoluto em nossa vida’

Por
03 de abril de 2020

Reconhecer Jesus como filho de Deus e dar testemunho dele para que todos nele creiam e tenham a vida eterna. Assim, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo sintetizou o sentido o Evangelho, na homilia da missa desta sexta-feira, 3, celebrada na capela de sua residência e transmitida pelos meios de comunicação.

FILHO DE DEUS

O Evangelho do dia (Jo 10,31-42) continua a narrativa da discussão de Jesus com as autoridades do Templo acerca de quem ele era e, mais uma vez, desejaram matá-lo. “Fica muito claro como, de fato, o motivo que leva a condenação de Jesus a morte é a afirmação de que ele é o filho de Deus”, ressaltou Dom Odilo, na homilia.

O Cardeal explicou, ainda, que no final do trecho bíblico, está a chave para compreensão do texto: “Jesus passou para o outro lado do Jordão... E muitos, ali, acreditaram nele”.

“O objetivo do Evangelho é mostrar quem é Jesus, dar testemunho dele, para que nele todos creiam e tenham a vida eterna”, enfatizou o Arcebispo, acrescentando que o grande objetivo do caminho quaresmal é a volta sincera para Deus, para que a vida seja orientada para ele.

PENITÊNCIA E CONVERSÃO

Recordando que esta é a última sexta-feira da Quaresma, Dom Odilo reforçou o sentido da penitência e do jejum. “Quando nos abstemos de coisas que poderiam ser boas, caímos na conta que tudo isso é indispensável, só Deus basta, é o único absoluto que não podemos deixar de lado na nossa vida”, afirmou.

O Cardeal recordou que a penitência leva ao arrependimento dos pecados e ao sacramento da Reconciliação. Contudo, reconheceu que a situação atual de isolamento social impede que muitas pessoas possam se confessar sacramentalmente.

Nesse sentido, Dom Odilo explicou quem, nessas circunstâncias, a Igreja orienta o fiel a fazer o seu exame de consciência diante de Deus, reconhecer o próprio pecado e pedir perdão a Deus com sinceridade, fazendo uma penitência como forma de agradecimento pelo perdão recebido.

EM FAMÍLIA

No fim da missa, o Arcebispo renovou o convite aos fiéis para estarem unidos em oração, acompanhando as celebrações transmitidas por suas paróquias e comunidades, especialmente as da Semana Santa. Ele recomendou, ainda, para que as pessoas aproveitem o tempo em casa para rezar mais, sobretudo em família, ler a Palavra de Deus, conviver, conversar, brincar e contar historia para as crianças.

“Enquanto isso, mantenhamos a prevenção, aquelas medidas sanitárias já conhecidas, devemos observar muito seriamente e assim estaremos cuidando na nossa vida e da vida dos outros”.

As missas presididas por Dom Odilo são transmitidas diariamente, às 7h, pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

(Colaboraram: Edilma Oliveira e Fred Oliveira)

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ASSISTA AO VÍDEO DA MISSA DESTA SEXTA-FEIRA: 

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