Cardeal Scherer sobre a exposição ‘Queermuseu’: Inaceitável e vergonhoso

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14 de setembro de 2017

No domingo, 10, o Santander Cultural decidiu cancelar a exposição “Queermuseu- Cartografias da diferença na arte brasileira”, principalmente pelos protestos manifestos nas redes sociais sobre o conteúdo das obras.

A maioria das postagens manifestava que a exposição desrespeitou crenças, símbolos e pessoas.

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, apresentou sua opinião sobre a exposição no Encontro com o Pastor, veiculado na rádio 9 de Julho, na terça-feira, dia 12.

 

OUÇA A ÍNTEGRA DO ENCONTRO COM O PASTOR

Dom Odilo ressaltou o teor apelativo apresentado pela exposição, o que segundo ele, acaba com a oportunidade promoção cultural levando em consideração os recursos financeiros públicos investidos neste tipo de projeto. “Isso a título de ser uma exposição cultural é simplesmente inaceitável e vergonhoso”, enfatizou.

O Arcebispo de São Paulo também lamentou que “sinais católicos da nossa fé são desrespeitados profundamente”. Para ele, não há nada que justifique os insultos.

NA RÁDIO 9 DE JULHO

Ouça o Encontro com o Pastor

De segunda-feira a sábado, das 12h03 às 12h10

Acesse em: www.radio9dejulho.com.br

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60 anos do Seminário Maior de Curitiba

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01 de setembro de 2017

No dia 24, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, presidiu missa por ocasião dos 60 anos do Seminário Rainha dos Apóstolos da Arquidiocese de Curitiba (PR).

Fundado em 22 de agosto de 1957, o Seminário Maior de Curitiba já teve entre seus alunos 391 sacerdotes, entre os quais Dom Odilo, à época pertencente à Diocese de Toledo (PR). Depois de cursar o então Ginásio e Segundo Grau no Seminário Menor São José de Curitiba, o então jovem Odilo ingressou no Seminário Maior Rainha dos Apóstolos, onde viveu durante o período em que estudou Filosofia e Teologia.

Na homilia da missa do dia 24, Dom Odilo falou sobre o Evangelho na Festa de São Bartolomeu, destacando o serviço apostólico e relacionando a ação da Igreja com o papel de ofertar bons pastores, ação fundamental dos seminários. Nesse sentido, Dom Odilo citou os anos em que recebeu formação em Curitiba e agradeceu a Deus por essa oportunidade. (Com informações do Padre Fabiano Dias Pinto, reitor do Seminário Maior Teológico Rainha dos Apóstolos

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Dom Odilo preside missa nos 50 anos da Paróquia da Assunção de Nossa Senhora

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23 de agosto de 2017

No dia da Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, em 15 de agosto, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, presidiu a missa do jubileu de ouro da Paróquia da Assunção de Nossa Senhora, na Região Episcopal Sé, inaugurando o primeiro batistério do templo. Entre os concelebrantes esteve o Padre Juarez de Castro, Pároco.

Dom Odilo ressaltou que é pela porta do Batismo que o cristão entra para a comunidade e, por ela, é acolhido.

Na homilia, o Arcebispo chamou a atenção para a grande promessa de Deus, já cumprida em Maria, que é a participação de todos na glória dos céus. Maria assunta ao céu é sinal firme da esperança que anima os cristãos, e dá força para continuem na caminhada de fé. “Vivamos atentos às coisas do alto, porque também nós seremos elevados à glória dos céus”.

O Arcebispo disse, ainda, que a grande tragédia que assola os dias de hoje é a falta de esperança e, olhando para Maria, todos devem buscar a ajuda de Deus para enfrentar os grandes problemas da vida.

(Com informações de Ana Paula Cuccio)

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Em assembleia, Pastoral do Menor comemora 40 anos

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27 de julho de 2017

A Pastoral do Menor da Arquidiocese de São Paulo se reuniu em assembleia no sábado, 22, no Centro da Juventude da Companhia de Jesus Anchietanum, em Perdizes, zona Oeste de São Paulo.

Com o lema “Bem-aventurados são aqueles que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados” (Mt 5,6), o encontro marcou as comemorações dos 40 anos da Pastoral do Menor em todo o Brasil. Foram revistas e avaliadas ações, deliberações e definidas prioridades para o triênio 2018-2020.

A Assembleia teve por objetivo responder ao clamor de crianças e adolescentes que têm seus direitos fundamentais violados por meios de ações contínuas e concretas de promoção e de defesa dos direitos humanos, sempre à luz da fé católica.

Permeada de símbolos, a Assembleia trabalhou o “ver” a realidade, por meio das mãos que trazem os clamores dos meninos e meninas; o “julgar”, por meio do Sagrado Coração de Jesus, que representa a misericórdia de Deus que acolhe e direciona; e o “agir”, com uma balança, símbolo da justiça, que apontou os desafios a serem trabalhados e as prioridades da ação pastoral. Auxiliaram nesse processo de reflexão o Doutor José Nildo e o Professor Mestre Fernando Altemeyer Júnior.

Também participaram da Assembleia Dom Fernando Penteado, Bispo Emérito de Jacarezinho (PR) e referencial da Pastoral do Menor na Arquidiocese; Dom Devair Araújo da Fonseca, Bispo Auxiliar de São Paulo e referencial da Coordenação do Serviço da Caridade, Justiça e Paz; além de padres que acompanham a Pastoral do Menor nas regiões episcopais.

Na Assembleia também foram eleitos os membros da Comissão Executiva da Pastoral do Menor, sendo o Coordenador, o Padre Luiz Claudio Braga; Vice-Coordenadora, Sueli Camargo; Tesoureira, Olivia Luiz de Sousa; e Secretário, Ivan Bezerra dos Santos. Também foram apresentadas e referendadas as coordenações nas regiões episcopais.

O Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, acompanhou o processo de eleição, desejou boa sorte aos eleitos e destacou o cuidado da Pastoral para com as crianças em meio à complexidade da cidade. Ele ressaltou também o trabalho de evangelização na Fundação Casa, junto aos adolescentes. Por fim, Dom Odilo lembrou o papel da Pastoral do Menor em diversos campos, como família, educação e iniciação à vida cristã.

 

(Com informações de Sueli Camargo)

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'Que o poder político seja exercido em função do bem comum’

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10 de mai de 2017

Em entrevista coletiva concedida na segunda-feira, 8, na Cúria Metropolitana, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, destacou os principais assuntos tratados na 55ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada de 26 de abril a 5 de maio, em Aparecida (SP). Dom Odilo também respondeu a questões dos jornalistas sobre o momento nacional.

O Arcebispo informou que durante o encontro do episcopado brasileiro foi produzida uma série de textos e documentos, dentre os quais um que traça diretrizes sobre a iniciação à vida cristã, tema central da Assembleia.

Ao falar da declaração intitulada “Grave Momento Nacional”, publicada na quinta-feira, 4, Dom Odilo explicou aos jornalistas que se tratou de um apelo do episcopado ao povo brasileiro para que juntos pensem uma saída para a crise atual. “A palavra da CNBB sempre aponta para a esperança de uma tomada de consciência da população brasileira sobre o que nós queremos para o futuro do Brasil”, disse.

O Cardeal também chamou a atenção para a perplexidade da sociedade diante da corrupção no país, em que o poder político está mais voltado para interesses privados do que para o bem comum da população.

outro lado, Dom Odilo reafirmou que apesar do descrédito dos políticos, a política partidária é necessária, mas defendeu a realização de uma profunda reforma política que reveja a forma como se chega ao poder no Brasil, bem como o excessivo número de partidos. Contudo, o Cardeal Scherer acredita que essa reforma só será possível se houver uma renovação do Congresso Nacional.

O Arcebispo também destacou que a polarização vivida atualmente no Brasil não é sadia, pois se alimenta de preconceitos e favorece a ascensão de “salvadores da pátria” que concentram o poder em si mesmos.

Para o Purpurado, a Igreja pode contribuir com a superação da crise social ao chamar a consciência nacional para o diálogo e para os critérios éticos da convivência pacífica.

Após repercussão da coletiva, na terça-feira, 9, Dom Odilo usou as redes sociais para reafirmar seu apoio à declaração da Assembleia da CNBB sobre o momento nacional. “As palavras da Assembleia da CNBB são também as minhas palavras”.

Leia os principais trechos da entrevista ao lado.

Reformas

“Eu penso que, de toda maneira, há necessidade de reformas, quer na lei trabalhista quer na lei da Previdência. Por outro lado, é difícil que todos se sintam satisfeitos, porque também há situações de difícil ajuste. Em alguns casos, trata-se de perder posições alcançadas. Em outros casos, alguns setores da sociedade não se sentem suficientemente contemplados. Por isso, é importante o debate, é importante que haja as manifestações e que o Congresso faça as reformas ouvindo a sociedade”.

muitas vezes, no meio de desinformação, ou até de informações equivocadas. Por isso, informar sobre aquilo que de fato está sendo proposto é muito importante para o povo se orientar devidamente”.

Corrupção

“Muitas vezes, o exercício do poder político está mais voltado para interesses privados, como vimos agora com esse problema de corrupção e da promiscuidade entre público e privado [...]. Este é um grande mal! [...]. Que o poder político seja exercido em função do bem comum, e não de interesses privados, corporativistas. Isso requer uma revisão da forma como se chega ao poder no Brasil”.

Polarização política

“Esse é um dos problemas no Brasil atualmente [...]. Me recordo que na ditadura militar era um tempo de polarização, em que se colocavam os ruins de um lado e os bons de outro. Creio que vivemos um momento um pouco semelhante, que não me parece sadio e precisa ser superado por meio de mecanismos de diálogo. A polarização se alimenta de preconceitos em que se coloca alguém como ruim de todo ou como bom de todo [...]. Muitas vezes, alguém já é execrado e condenado a priori só porque não é do mesmo grupo. É importante deixar que a Justiça e o Legislativo façam o seu trabalho, que haja a devida serenidade e essa polarização seja superada”.

Política partidária

“Diante do atual momento de descrédito, talvez de desmoralização dos políticos e até da política, é preciso manter clara a ideia de que a política é importante e que os políticos são necessários. Também é necessário haver os mecanismos de trato político; e esses mecanismos são os partidos [...]. Penso que uma boa reforma política poderia ajudar a adequar a realidade política e também os partidos, que, ao meu ver, são excessivos”.

Reforma política

“Não penso que no momento se consiga fazer uma reforma política em profundidade. Nós deveríamos esperar a eleição de um novo Congresso. Com políticos que deverão passar pelo crivo do voto da sociedade, talvez poderíamos contar com novas disposições para uma revisão profunda da política brasileira”.

Ascensão de discursos extremistas

“Eu penso que é um fenômeno deste tempo, não só no Brasil, em que há um cansaço, desconfiança ou desilusão em relação à forma ordinária de conduzir a política. Isso favorece a ascensão, justamente como diz a declaração da CNBB, de ‘salvadores da pátria’, que favorecem poderes autocráticos, para não dizer ditaduras, que concentram excessivamente as competências na pessoa do governante”.

Fiscalizar os eleitos

“O que é crônico, no Brasil, por exemplo, é o fato de não haver acompanhamento dos eleitos por parte dos eleitores [...]. A população precisaria ter organismos de controle do poder muito mais eficientes do que temos agora [...]. Com a participação atenta da sociedade, por meio da imprensa e de muitas outras formas de controle do poder, nós poderemos chegar à mudança”.

Contribuição da Igreja para a superação da crise social

Segundo Dom Odilo, a Igreja tem contribuído ao chamar a atenção para a necessidade do diálogo, para os critérios éticos na vida pública e da convivência sadia ao defender a justiça, o respeito à pessoa e à dignidade humana. Contudo, esse dever não é restrito aos padres e bispos. Os leigos – jornalistas católicos, por exemplo – também podem e devem fazer o mesmo.

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