Cardeal Scherer orienta Arquidiocese de São Paulo sobre 119ª romaria arquidiocesana a Aparecida

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27 de abril de 2020

O Arcebispo Metropolitano de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer dirigiu uma carta a toda Arquidiocese de São Paulo, orientando sobre como será realizada a 119ª romaria arquidiocesana ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida, programada para o dia 3 de maio. Seguindo as recomendações das autoridades sanitárias, apenas o Cardeal, os bispos auxiliares e algumas poucas pessoas representarão a Igreja da grande metrópole no santuário mariano, cujo a missa será transmitida pelos meio de comunicação social. 

LEIA A ÍNTEGRA DA CARTA:

Aos Bispos Auxiliares, Padres, Diáconos, Religiosos e Leigos da arquidiocese de São Paulo.

Faço votos e rezo para que todos estejam bem e com saúde neste tempo de pandemia do Coronavírus. Acompanho alguns poucos casos, de meu conhecimento, de padres e religiosos infectados e hospitalizados. Continuemos todos em oração por eles e pelo povo em geral, para que Deus olhe com misericórdia pelos doentes e conserve a todos nós com vida e saúde.  

Continuemos também alimentando a fé e animando a esperança e a caridade do nosso povo. Recomendo aos padres que celebrem por todo o povo e o sustentem com a Palavra e a Eucaristia, mesmo sem ser ainda de forma presencial. Como já informei em carta anterior, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos autorizou a celebração da “Missa em tempo de pandemia” em qualquer dia, exceto nas Solenidades e Domingos do Advento, Quaresma e Páscoa, bem como nos dias da Oitava da Páscoa, na Comemoração dos Fiéis Defuntos, na Quarta-Feira de Cinzas e nos dias feriais da Semana Santa. O formulário especial para a celebração dessa Missa está na Internet e também pode ser baixado do portal da arquidiocese de São Paulo.

Nesta carta, desejo tratar especialmente da 119ª. Romaria da arquidiocese de São Paulo a Aparecida, prevista para o Domingo, dia 03 de maio próximo. Neste ano, não será possível realizar a Romaria com a participação do povo, como seria desejável e belo, e como vem acontecendo ao longo de 119 anos. Estamos em plena crise sanitária e ainda deverão ser evitadas as aglomerações que favorecem o contágio, quer na viagem, quer no Santuário.

Em diálogo com o Reitor do Santuário, ficou concordado que apenas o Arcebispo e os Bispos Auxiliares, com algumas pouquíssimas outras pessoas, irão a Aparecida, representando toda a Arquidiocese, e celebrarão a Missa da Romaria no dia 03 de maio, às 12h00, na Basílica de Aparecida.

Todos na Arquidiocese (clero, religiosos e povo) poderão unir-se a essa celebração, ficando em casa, rezando juntamente com o Arcebispo e os Bispos Auxiliares. A Missa será transmitida pela TV Aparecida, Rádio 9 de Julho e Internet. Colocaremos nas 2 mãos e no coração de Nossa Senhora Aparecida as nossas paróquias e comunidades, as famílias e cada pessoa. Rezaremos especialmente pelos pobres e os doentes e por aqueles que cuidam deles. Pediremos a Nossa Senhora, “Auxílio dos Cristãos” e “Saúde dos Enfermos”, que olhe por todos com carinho maternal.

E também apresentaremos novamente à intercessão da Virgem Mãe Aparecida o nosso sínodo arquidiocesano, cujas atividades tiveram que ser suspensas, mas que serão retomadas assim que for possível.

Peço aos Padres, Religiosos e Leigos, com suas organizações na nossa Arquidiocese, a divulgarem em seus respectivos ambientes este CONVITE para todos se unirem, mesmo à distância, à nossa 119ª. Romaria anual ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida. Proponho que todos preparem a Romaria nas famílias e nas organizações comunitárias, nos dias 29 e 30/04 e 01-02/05, mediante a oração do Santo Rosário e da Ladainha de Nossa Senhora. Sugiro que as paróquias façam a transmissão dessa preparação pelas diversas mídias e convidem o povo a se unir à peregrinação, mesmo ficando em casa.

Para quem precisar de um subsídio para essa oração, sugiro fazer uso do Manual de Orações e da Vida Cristã para Católicos (pág. 59-71), distribuído nas paróquias em 2019. Esse Manual também está disponível na Internet e no Portal da Arquidiocese de São Paulo, para ser baixado no celular e no tablet.

Como sinal da participação na Romaria, peço que em todas as igrejas os sinos sejam tocados por 03 minutos no dia 03 de maio, após a bênção final da Missa. E as paróquias que o desejarem, poderão organizar uma carreata (sem concentração de povo) pelas ruas, com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, dando a bênção ao povo.

Confiemos nossa Arquidiocese à intercessão materna de Nossa Senhora Aparecida neste momento de dificuldades. Ela é nossa Mãe e não abandona os filhos que recorrem à sua proteção. Deus abençoe a todos!

Odilo Pedro Scherer Arcebispo de São Paulo

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Dom Odilo exorta a testemunhar fé, mesmo nas dificuldades

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22 de março de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa neste domingo, 22, na capela de sua residência, transmitida, ao vivo, pela página da Arquidiocese no Facebook.

Em virtude da crise sanitária provocada pela disseminação do novo coronavírus, desde o sábado, 21, as celebrações e eventos religiosos com a presença do povo estão suspensas na Arquidiocese.

A CURA DO CEGO

Na homilia, Dom Odilo refletiu sobre o Evangelho proclamado no 4º Domingo da Quaresma, que narra a cura do cego de nascença. Ele ele explicou essa figura da narrativa bíblica é paradgmática e exemplar para todas as pessoas e enfatizou que que essa história está inserida na lógica quaresmal de preparação para a Páscoa.

“A cegueira é uma imagem da cegueira espiritual, para quem não tem fé, quem não consegue crer... A falta daquele olhar sobrenatural que nos faz perceber as coisas com os olhos de Deus”, explicou o Cardeal.

PEDIR A FÉ

O Arcebispo ressaltou que todos devem sempre fazer o pedido que o cego fez a Jesus: “Senhor, que eu veja”. “Quando nos falta o olhar da fé, ficamos presos a este mundo. Quem tem o olhar da fé transcende, vai além daquilo que já temos agora”, continuou. 

O gesto de Jesus para recuperar a visão do cego, ao fazer lama com a própria saliva e ungir os seus olhos. “Esse gesto nos recorda as unções feitas no Batismo”, destacou Dom Odilo, chamando a atenção para o fato de, em seguida, Jesus ter mandado o cego ir se lavar na piscina de Siloé, o que também recorda o rito batismal.

Depois de ser curado da cegueira, aquele homem teve de enfrentar os questionamentos das pessoas  sobre como ele estava enxergando. O Arcebispo explicou que esses são aqueles que não têm fé e questionam aqueles que creem.

Desse modo, o homem que voltou a ver dá testemunho da sua fé, mostrando não apenas que foi curado, como também mostrou quem foi que o curou. “Quem tem fé, quem tem os olhos abertos ao sobrenatural, agradeça a Deus, fique firme na fé e a professe, dê testemunho dessa fé, mesmo nas dificuldades, diante daqueles que o provocam”, exortou Dom Odilo, acrescentando que Deus jamais nega a fé a quem pedi-la com sinceridade.

UNIDOS À COMUNIDADE

Antes da benção final, Dom Odilo recitou uma oração feita por Dom Bruno Forte, Bispo de Bispo de Chieti-Vasto, Itália, propriamente para esse tempo de pandemia de coronavírus.

Ao se despedir do fiéis, o Cardeal reforçou o pedido para que sejam seguidas as recomendações das autoridades sanitárias para ficar em casa e sair somente em caso de extrema necessidade, sobretudo os idosos e pessoas consideradas do grupo de risco para desenvolver a forma grave do COVID-19. Ele também incentivou todos a viverem o Dia do Senhor em família.

“Não deixemos de acompanhar a vida da Igreja neste tempo. Procurem acompanhar a sua comunidade paroquial. A Igreja não é uma ideia que está no ar, é uma realidade muito concreta, é a comunidade de comunidades. Portanto, devemos nos manter unidos à comunidade a qual pertencemos... Quando passar essa crise, voltaremos todos e, com um grande abraço, com grande alegria, encontraremo-nos de novo na igreja”, afirmou o Arcebispo.

Ainda neste domingo, Dom Odilo presidirá outra missa às 11h, transmitida pela rádo 9 de Julho e pela página da Arquidiocese do Facebook. A partir desta segunda-feira, 23, às 7h, as missas diárias do Cardeal Scherer também serão transmitidas pela rário e pela internet.

ASSISTA AO VÍDEO DA MISSA PRESIDIDA PELO CARDEAL SCHERER:

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Oração em tempos de coronavírus

Senhor Jesus, Salvador do mundo,
Esperança que não conhece desilusão,
Tem piedade de nós e livra-nos do mal!
A Ti imploramos a vitória sobre o flagelo deste vírus,
Que se difunde rapidamente,
A cura dos doentes, a proteção dos que têm saúde
O auxílio para quem cuida da saúde dos outros.
Mostra-nos o teu rosto misericordioso
E salva-nos com teu grande amor.
Tudo isso Te pedimos pela intercessão de Maria,
Tua e nossa mãe, que fielmente nos acompanha.
Tu que vives e reinas pelos séculos dos séculos.
Amém.

(Dom Bruno Forte, Bispo de Chieti-Vasto, Itália)

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Cardeal Scherer presidirá missa diária pela internet a partir do dia 23

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20 de março de 2020

Em entrevista concedida ao Padre Abério Christe, no programa “Em sintonia com a Fé”, da rádio 9 de Julho, na manhã desta sexta-feira, 20, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, reforçou o pedido a todo o povo que siga as recomendações preventivas das autoridades sanitárias no combate à disseminação do novo coronavírus na cidade.

Dom Odilo informou, ainda, que, a partir da próxima segunda-feira, 23, às 7h, as missas diárias por ele presidida na capela de sua residência, serão transmitidas, ao vivo, pela rádio 9 de Julho (AM 1600kHz  ou pelo site) e pelo Facebook. Além dessas missas, já são transmitidas as celebrações eucarísticas do Cardeal Scherer na Catedral da Sé, aos domingos, às 11h.

“Todos precisam fazer a sua parte, porque está em jogo a saúde e a vida, sobretudo, das pessoas mais frágeis, idosas, doentes. Portanto, façamos a nossa parte e sairemos bem dessa situação”.

NAS IGREJAS

Sobres as recomendações próprias para as paróquias, comunidades e organizações eclesiais, Dom Odilo pediu a todos que tenham calma e aguardem novas determinações por parte da Prefeitura de São Paulo, que em breve serão publicadas. “Nós também nos adequaremos a essas determinações. Mas aguardemos que seja publicado esse decreto da Prefeitura”, afirmou.

Para as pessoas que participam das celebrações nas igrejas, o Arcebispo reforçou as recomendações dadas anteriormente: evitar contato físico, guardar distância segura, higienizar as mãos, entre outras.

GRUPO DE RISCO

O Cardeal ressaltou que algumas orientações da autoridades já são conhecidas e têm sido incentivadas pela Arquidiocese, como a recomendação para que os idosos e pessoas consideradas do grupo de risco para desenvolver a forma grave do Covid-19 fiquem em casa.

“Vamos nos acostumando a participar mais das celebrações transmitidas pelo rádio, televisão, internet”, aconselhou o Arcebispo. “É um momento de crise, de exceção e nós temos que nos adequar”, completou.

O Cardeal também tranquilizou os fiéis impedidos de participar das missas, recordando que a Igreja já ensina que as pessoas em situação de doença ou risco não são obrigadas a participar da missa. “Em tempos normais, quando não há nenhum problema de risco, as pessoas vão normalmente à Igreja. Porém, em tempos de risco de contágio e de prejudicar a saúde das pessoas que já estão frágeis, não há problema em ficar em casa e acompanhar as celebrações a partir de casa”, recomendou o Cardeal.

ATENÇÃO AOS POBRES

“Não descuidemos de modo nenhum da nossa saúde para podermos cuidar da saúde dos outros também. E, nesse tempo, pensemos, sobretudo, naquelas pessoas que precisam de grandes cuidados”, enfatizou o Cardeal, pedindo a todos que não se esqueçam dos mais pobres.

“A população pobre não tem muito como se cuidar e vivem um risco ainda maior. Demos continuar a nossa solidariedade mesmo não indo à Igreja, acompanhemos os apelos de solidariedade para ajudar àquelas entidades que estão trabalhando pelos pobres”, concluiu. 

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‘A Campanha da Fraternidade é um grito em favor da vida’, diz Cardeal Scherer

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04 de março de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, concedeu uma entrevista coletiva na Quarta-feira de Cinzas, 26 de fevereiro, para falar do início da Quaresma e apresentar aos jornalistas a Campanha da Fraternidade (CF) 2020, aberta na mesma ocasião.

Dom Odilo explicou que o tempo litúrgico de 40 dias em preparação para a Páscoa convida todos os cristãos à conversão. “Ao longo da Quaresma, são colocados aqueles temas fundamentais que dizem respeito à nossa fé, à nossa vida cristã e moral, enfim, à nossa realidade de cristãos”, disse.

O Arcebispo ressaltou, ainda, os exercícios que são próprios para a vivência quaresmal: a penitência, a oração e a prática da caridade por meio das obras de misericórdia. 

AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO

Nesse contexto da espiritualidade da Quaresma, o Cardeal Scherer abordou a realização da CF 2020, que neste ano tem como tema “Fraternidade e vida: dom e compromisso”.

“A Campanha da Fraternidade sempre nos lembra que a vida cristã se sintetiza no amor a Deus e ao próximo, portanto, fraternidade. Amar a Deus sem amar o próximo não é vida cristã”, afirmou Dom Odilo, sublinhando que a conversão a Deus deve ser acompanhada pela conversão ao próximo em muitas dimensões.  

Ao falar do lema da CF deste ano, “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele (Lc 10,33-34)”, o Cardeal explicou que esses três verbos resumem a atitude concreta de fraternidade em relação à vida. “Ver, dar-se conta, não permanecer insensíveis, ter compaixão, isto é, ter misericórdia, e cuidar da vida pessoal, dos outros e da natureza, que também requer cuidados”, disse, recordando o conceito de “casa comum”, usado pelo Papa Francisco na Encíclica Laudato Si’ para se referir ao meio ambiente. 

ABORTO E EUTANÁSIA

Quanto ao cuidado da vida humana, Dom Odilo enfatizou que esta campanha também convida todos a refletirem sobre a promoção e defesa da vida em todas as etapas, sobretudo no seu início e no seu fim, que são situações de maior vulnerabilidade.  “Aí entra novamente a manifestação firme e clara da Igreja contra o aborto. Por outro lado, também em relação à eutanásia. Infelizmente, em vários países, há medidas favoráveis a essas práticas, que são um atentado contra a vida humana”, afirmou.

O Cardeal também chamou a atenção para o cuidado dos doentes, das pessoas que vivem na pobreza ou miséria, das vítimas de qualquer forma de violência. “Portanto, a Campanha da Fraternidade é um grito em favor da vida humana e da natureza e convida todos a se comprometerem com o cuidado da vida, não ficar indiferentes às situações de dor, sofrimento, ameaça e agressão à vida”, completou.

ECONOMIA DE FRANCISCO

Dom Odilo relacionou o tema da CF com a chamada Economia de Francisco, proposta pelo Papa e que será tema de um evento em Assis, na Itália, em março. “O cuidado da vida também está ligado à vida econômica. O Papa convocou essa reflexão sobre uma nova economia, que não esteja voltada para o acúmulo e a concentração, mas para promover a vida, a dignidade das pessoas e a fraternidade”, afirmou.

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A Palavra de Deus é ‘alimento substancioso da fé e da vida cristã’

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22 de janeiro de 2020

O Domingo da Palavra de Deus, que terá sua primeira edição celebrada no próximo dia 26, será oportunidade de que todos recordem que “não há missão e vida cristã autênticas, sem a centralidade da Palavra de Deus”. É o que destacou o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, em carta enviada ao toda a Arquidiocese, motivando, o clero, religiosos e leigos a darem ênfase para essa comemoração em suas paróquias e comunidades.

A data foi instituída pelo Papa Francisco em 30 de setembro de 2019, por meio da Carta Apostólica em forma de Motu Proprio Aperuit illis – “Abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras” (Lc 24, 45) – com o objetivo de conscientizar a comunidade cristã sobre o valor das Sagradas Escrituras na vida diária.

“A iniciativa faz parte do esforço de nova evangelização e de ‘conversão missionária’, necessário em toda a Igreja”, ressaltou Dom Odilo.

NAS COMUNIDADES

Nesse sentido, o Arcebispo motivou as comunidades a organizarem atividades voltadas a valorização da Palavra de Deus na vida da Igreja e na vida pessoal de cada um. Ele aconselhou, ainda, que seja dado destaque nas missas à Sagrada Escritura, como, por exemplo, com a entrada solene do Evangeliário na procissão de início da celebração.

“Pode-se perguntar ao povo, quem lê diariamente a Palavra de Deus? Semanalmente? Quem tem bíblia em casa? Pode-se pedir que as famílias iniciem o costume de ler cada dia, reunidas, um trecho dos Evangelhos...”

O Cardeal também exortou os que fazem homilias, catequeses ou alguma forma de pregação, que não se esqueçam que todos são servos da Palavra de Deus e deve oferecer o melhor de si para que ela seja servida aos irmãos como “alimento substancioso da fé e da vida cristã”.

“Essa Palavra traz a força e o poder de Deus e, portanto, deve ser anunciada com fé e humildade, sabendo que ela produz o seu efeito de forma misteriosa e não controlada por nós. A nós, cabe sermos fiéis e dedicados servidores dessa ‘Palavra da salvação’”, acrescentou Dom Odilo.

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Em Roraima, Cardeal Scherer ressalta ‘situação de emergência’ dos imigrantes venezuelanos

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21 de janeiro de 2020

Entre os dias 7 e 13 de janeiro, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, realiza uma visita missionária à Diocese de Roraima (RR).

Acolhido pelo Bispo Diocesano, Dom Mário Antonio da Silva, o Cardeal Scherer está conhecendo o trabalho de acolhida dos milhares de imigrantes venezuelanos que cruzam a fronteira após o agravamento da crise política e humanitária no país vizinho.

Nesta terça-feira, 7, Dom Odilo se reuniu com os membros das organizações eclesiais e civis que atuam na acolhida a apoio aos imigrantes.

“São iniciativas muito bonitas de solidariedade. Cada organização ajuda de alguma maneira e, assim, é um trabalho em rede, um trabalho de 'formiguinha'. Cada um faz alguma coisa e, no fim, muitas coisas para socorrer as situações de necessidade de tantos venezuelanos que aqui estão”, relatou o Cardeal, no programa “Encontro com o Pastor”, da rádio 9 de Julho.

MUITAS NECESSIDADES

O Arcebispo destacou, ainda, que a situação na fronteira é muito mais séria. “A situação é de grande emergência. Há carência de tudo. As pessoas estão com fome, desnutridas, cansadas, procuram trabalho, alguma forma de viver com dignidade, sustentar a família”, disse.

“A multidão é grande e as necessidades são muitas. Por isso, o Brasil todo precisa se envolver na ajuda a essas pessoas”, manifestou o Cardeal, ressaltando que Roraima é um estado pequeno e não consegue absorver a multidão que procura trabalho. “De toda forma, a primeira coisa que se faz é acolher, ver onde podem se abrigar, alimentar”, completou.

Pela manhã, Dom Odilo presidiu uma missa na casa dos Missionários da Consolata, onde, diariamente, é servido café da manhã aos imigrantes. Nós próximos dias, o Cardeal visitará a cidade Caracaraí, na fronteira com com a Venezuela. 

CAMINHOS DA SOLIDARIEDADE

Com o apoio do Fundo Nacional de Solidariedade – gesto concreto da Campanha da Fraternidade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – o projeto Caminhos da Solidariedade reúne diversas organizações que atuam em três eixos: articulação conjunta com a Igreja na Venezuela, integração e meios de vida.

Entre as entidades estão a Cáritas Brasileira, o Serviço Pastoral do Migrante (SPM), Instituto de Migrações e Direitos Humanos (IMDH), Serviço Jesuíta para Migrantes e Refugiados (SJMR).

Leia a reportagem completa na próxima edição do jornal O SÃO PAULO.

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Cardeal Scherer celebra Natal com pessoas em situação de rua

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27 de dezembro de 2019

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa da Solenidade do Natal do Senhor no Arsenal da Esperança Dom Luciano Mendes de Almeida, na tarde desta quarta-feira, 25.

Como acontece em todos os anos desde que tomou posse como Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo celebra o Natal na instituição localizada no Mooca, que, há 23 anos, atende, diariamente, 1.200 homens em situação de rua. Participaram da missa os acolhidos pela casa, voluntários e membros da Fraternidade da Esperança (SERMIG), que mantém a instituição.

Somente em 2019, foram atendidas 440 mil pessoas, somando os acolhidos diariamente e os do serviço de “pernoite baixa temperatura”. O Arsenal da Esperança não para nem no Natal, “dia em que celebramos o maior presente que a humanidade poderia receber: o nascimento de Jesus, o Filho de Deus que se tornou nosso irmão, dando-nos a dignidade que ninguém pode nos tirar”, como recordou o Cardeal Scherer, na homilia.

PRESENTES

Após a missa, foram distribuídos presentes a cada um dos acolhidos. Neste ano, cada um recebeu um kit contendo uma par de cuecas, meias, chinelos e uma camiseta, que tinha estampado o slogan “L’Amore ha già vinto” (em italiano: o Amor já venceu.

“Tudo isso é fruto de uma gigantesca Campanha de Natal que só foi possível graças ao apoio de dezenas de grupos, colégios, comunidades, famílias e amigos, aos quais agradecemos imensamente, pois de várias formas contribuíram para esse lindo gesto de solidariedade e esperança!”, afirmou o Padre Simone Bernardi, missionário da Fraternidade Esperança.

HÁ 23 ANOS

O Arsenal da Esperança foi fundado pelo italiano Ernesto Olivero e por Dom Luciano Mendes de Almeida, então Bispo Auxiliar de São Paulo, em 1º de fevereiro de 1996.

Sua sede fica onde era localizada a antiga Hospedaria de Imigrantes, estrutura construída na cidade de São Paulo para a “quarentena” dos imigrantes que chegavam à região a partir do final do século XIX para trabalhar nas plantações de café.

Hoje, além de uma cama limpa e refeição, o Arsenal da Esperança oferece uma oportunidade de integração, por meio de cursos de alfabetização, projetos de formação profissional, entre outras atividades.

Para saber mais sobre o Arsenal da Esperança, acesse o site.

(Colaborou: Padre Simone Bernardi)

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Dom Odilo Scherer comemora 70 anos de vida

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24 de setembro de 2019

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu no domingo, 22, na Catedral da Sé, missa em ação de graças pelo seu 70º aniversário, completado no sábado, 21.

A celebração reuniu padres, fiéis, colaboradores, familiares e autoridades, dentre as quais, o governador do Estado de São Paulo, João Doria, e o prefeito da capital, Bruno Covas.

“Obrigado a todos pela presença... Eu sei que tem muita gente fazendo aniversário por esses dias, em setembro, início da primavera nasceu muita gente. Quero convidar a agradecermos juntos a Deus pelo dom da vida, alegra-nos juntos por estarmos vivos, isso é dom, é graça de Deus, é coisa boa”, afirmou Dom Odilo, no início da missa.

GRATIDÃO

No final da missa, o Cura da Catedral, Padre Luiz Eduardo Baronto, saudou o aniversariante em nome de todo o povo da Arquidiocese. “Deus seja bendito pela sua vida. Em pleno início da primavera o senhor faz aniversário. A primavera é uma estação cheia de significados para toda a criação e mais ainda este ano para o senhor, afinal, chegou aos 70 e renovar-se é preciso”, disse.

“Aos 70 anos, sua vida transformou-se em fruto de amor para a Igreja, especialmente pela Igreja de São Paulo, que desde sua nomeação como Arcebispo tornou-se a sua esposa, uma esposa que o Senhor ama e cuida. Deus o recompense por tudo”, continuou o Cura.

Em seguida, Dom Odilo recebeu como presente uma muda de oliveira, e um quadro que retrata a Catedral da Sé.

BIOGRAFIA

Nascido em 21 de setembro de 1949, em Cerro Largo (RS), ele foi ordenado sacerdote em 7 de dezembro de 1976 na cidade de Quatro Pontes (PR), na Diocese de Toledo. Em 28 de novembro de 2001, São João Paulo II o nomeou Bispo Auxiliar de São Paulo, sendo ordenado em 2 de fevereiro de 2002, pelo então Arcebispo de São Paulo, Cardeal Cláudio Hummes, na Catedral de Toledo.

Em 20 de março 2007, ele foi nomeado 7º Arcebispo de São Paulo, tomando posse em 29 de abril de 2007. Em 24 de novembro 2007, Dom Odilo foi criado Cardeal da Igreja.

(Colaborou: Jenniffer Silva)

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Cardeal Scherer ressalta que preocupação da Igreja com a Amazônia não é recente

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02 de outubro de 2019

Durante sua viagem a Roma, por ocasião do encontro da presidência do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) com o Papa Francisco e departamentos de Cúria Romana, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, conversou com o Vatican News sobre assuntos relacionados ao Sínodo para Amazônia, que acontecerá entre 6 e 27 de outubro, no Vaticano.

Primeiro Vice-Presidente do Celam desde maio, Dom Odilo comentou seu recente artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, no dia 14, com o título “Sínodo da Amazônia no fogo das polêmicas”, fazendo referência às queimadas que vêm acontecendo na região amazônica.

ÂNIMOS INFLAMADOS

“As atenções estão voltadas para as questões de mudanças climáticas que estão sempre mais acentuadas e, também, as discussões internacionais sobre a parte de cada um nas responsabilidades em torno dessas mudanças. Entraram vários tipos de interesses e enfoques”, explicou. Nesse sentido, Dom Odilo afirmou que por conta desse contexto, até o Sínodo para a Amazônia, convocado pelo Papa Francisco em 2017, acabou “na mira dos ânimos mais aquecidos”.

O Arcebispo destacou, ainda, que há um conjunto de fatores que favoreceram tanto o crescimento dos incêndios quanto das polêmicas entorno das questões ambientais no País. Na entrevista, ele apontou como exemplo o fato de o atual Governo Federal ter dado “sinais de afrouxamento das leis de controle ambiental”, desativando ou enfraquecendo organismos voltados para esse fim.

‘CRISTO APONTA PARA A AMAZÔNIA’

No entanto, o Cardeal Scherer enfatizou que a preocupação da Igreja Católica com a destruição da Amazônia e com os problemas ambientais daí decorrentes não se iniciou com o atual governo do Brasil. Para confirmar isso, ele recordou o que afirmaram os participantes do encontro preparatório do Sínodo, realizado em agosto, em Belém (PA), na qual expressaram novamente sua preocupação diante das questões ambientais da Amazônia e das ameaças contra a ação da Igreja naquela região.

“Recordaram que desde 1952 os bispos da área vêm tomando posição diante desses problemas. Em 1972, o Papa Paulo VI fez um forte apelo em favor da Amazônia. ‘Cristo aponta para a Amazônia’, disse ele, indicando que a Igreja devia inserir-se mais e mais naquela realidade”, mencionou o Arcebispo.

O Cardeal Scherer também lembrou o documento "Em defesa da Amazônia", emitido pelos bispos da região em 1990, chamando a atenção para o desastre iminente, “com consequências catastróficas para todo o ecossistema mundial”. De igual modo, os apelos em favor da Amazônia também aparecem nas conclusões da 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, realizada em Aparecida em 2007, quando afirma que: “A natureza deve ser protegida contra toda forma de depredação e destruição irracional. Cabe-nos uma responsabilidade moral diante das ameaças à Amazônia”.

EVENTO ECLESIAL

O Purpurado ressaltou que o Sínodo para Amazônia é um evento da Igreja Católica com o objetivo de “refletir sobre o conjunto da realidade amazônica, envolvendo o homem, o ambiente natural e a missão da própria Igreja na grande Amazônia”.

“O Papa Francisco não é contrário à soberania nacional nem à autodeterminação de nenhum país, nem convoca bispos para tramarem contra os legítimos interesses de cada povo e cada país. Não se justifica a suspeita, levantada no ambiente aquecido das paixões nacionalistas, de que a ação da Igreja Católica na Amazônia sirva a interesses estrangeiros”, enfatizou o Cardeal.

Dom Odilo conclui o artigo reiterando que a soberania brasileira sobre sua parte da Amazônia é inquestionável para a Igreja. E citando novamente o manifesto de Belém: “Entendemos, no entanto, e apoiamos a preocupação do mundo inteiro em relação a esse macrobioma, que desempenha uma importantíssima função reguladora do clima planetário.”

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Cardeal Scherer recebe Colar Guilherme de Almeida

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05 de julho de 2019

A Câmara Municipal de São Paulo realizou, na sexta-feira, 28 de junho, a quarta edição do Colar Guilherme de Almeida. Entre os homenageados estava o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo.

Instituída em 2016, a premiação destina-se a pessoas físicas e jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que tenham prestado colaboração à literatura, cinema, teatro, música, artes plásticas e outras formas artístico-culturais de manifestação, bem como à preservação e à divulgação da história da cidade de São Paulo.

Anualmente, os indicados para receber o Colar Guilherme de Almeida são escolhidos por uma comissão composta por representantes do Museu Casa Guilherme de Almeida, da Sociedade Veteranos de 32, da Academia Paulista de História, da Academia Paulista de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e do Centro de Memória Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.

PREMIADOS
Além de Dom Odilo, também foram homenageados nesta edição do prêmio: o poeta e escritor Álvaro Alves de Faria; o historiador Armando Alexandre dos Santos; a Fundação Padre Anchieta, mantenedora da Rede Cultura de Rádio e Televisão; German Lorca, fotógrafo oficial das comemorações do IV Centenário da cidade de São Paulo; Desembargador José Renato Nalini, ex-secretário de Educação do Estado de São Paulo; Pedro Paulo Penna Trindade, diretor da Associação Comercial de São Paulo; o radialista Salomão Ésper; e o jornalista e musicólogo Zuza Homem de Melo.

PRESENÇA DA IGREJA NA CULTURA
Em entrevista ao O SÃO PAULO, o Cardeal Scherer afirmou que ficou muito honrado por receber essa homenagem em meio a pessoas de expressão na cultura da Capital Paulista. Para ele, mais do que um reconhecimento pessoal, o prêmio reconhece a ação da Igreja Católica, que marca sua presença no mundo cultural da cidade.

“Minha contribuição é pequena diante da contribuição de tantas personalidades que aqui estão. Mas acredito que o trabalho da Igreja que a gente faz e representa seja uma contribuição importante para a cultura”, destacou.

O Arcebispo acrescentou que o catolicismo e o próprio Evangelho são marcas importantes da cultura, “mediante o trabalho de evangelização, da formação da consciência do povo, o incentivo a tantas formas de religiosidade e arte populares que surgem a partir das expressões da fé”.

PRÍNCIPE DOS POETAS
O Vereador José Reis, primeiro secretário da Mesa Diretora da Câmara Municipal e um dos autores da homenagem, classifica o Colar Guilherme de Almeida como um dos maiores prêmios oferecidos pela Câmara Municipal aos que já foram agraciados por ele, e pelo que o poeta brasileiro representa para a cultura do Estado e do País.

Integrante do grupo da Semana de Arte Moderna de 1922, precursor da crítica cinematográfica no jornalismo brasileiro e compositor parceiro de Villa-Lobos, o paulista Guilherme de Almeida foi um artista completo. Deixou mais de 70 publicações entre poesia, prosa, ensaios e material jornalístico. Ele se alistou, lutou e foi preso após a Revolução Constitucionalista de 1932.

Em um concurso patrocinado pelo jornal carioca Correio da Manhã; em 1959, Guilherme de Almeida foi eleito príncipe dos poetas brasileiros após concorrer com Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Moraes e Mauro Mota. Foi membro das Academias Paulista e Brasileira de Letras e comandou a comissão responsável pelas comemorações do IV Centenário de São Paulo, em 1954.

CULTURA CRISTÃ
“A cultura é a nossa pele, o nosso jeito de viver, de relacionarmo-nos, de construirmos o mundo, expressar as nossas ideias em múltiplas formas de construção das artes. Seria muito importante se a nossa cultura urbana, do Estado e da cidade, pudesse zelar por não perder a marca da cultura cristã”, completou Dom Odilo.

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